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1 Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO I. IDENTIFICAÇÃO DISCIPLINA Sistemas políticos, partidários e eleitorais CARGA HORÁRIA 60 CURSO Especialização em Ciência Política SEMESTRE 2º PROFESSORES Humberto Dantas e Mônica Sodré TITULAÇÃO Doutor e Doutora CÓDIGO DA DISCIPLINA SPPE 4 II. OBJETIVOS A – Geral Proporcionar aos alunos apreensão e compreensão das características e efeitos associados aos sistemas políticos, partidários e eleitorais em perspectiva comparada e, mais detalhadamente, ao caso brasileiro. B – Específico Proporcionar aos alunos uma visão crítica acerca das características de sistemas eleitorais, partidários e políticos do Brasil e de países abordados, com o intuito de gerar um entendimento específico sobre aspectos de ordem institucional. Os alunos serão capacitados para a elaboração de reflexões críticas sobre aspectos positivos e negativos de qualquer opção de sistema político-partidário, tanto no âmbito nacional quanto na esfera comparada. Assim, será possível desenvolver reflexões acerca das opções e alternativas propostas, por exemplo, em distintos projetos de reforma política de variados atores da sociedade, adensando o sentido crítico sobre consequências e expectativas. Em relação a todo esse conteúdo, buscar-se-á ancorar valores teórico-conceituais ao noticiário, mostrando os desafios de se compreender, de maneira mais aprofundada, os textos jornalísticos e o debate público em geral. III. EMENTA O curso abordará as principais questões relacionadas às características de nosso sistema político, partidário e eleitoral emergido da Constituição de 1988, que pautam os processos institucionais brasileiros e como o nosso caso se enquadra do cenário internacional, ou seja, em perspectiva comparada e buscando definir de forma clara alguns termos. As atividades, que terão como eixo central a abordagem da realidade nacional e posterior comparação de parte de suas características com o cenário externo, serão pautadas por bibliografia, noticiários e debates específicos que visam ao adensamento do espírito crítico. IV. CONTEÚDO SELECIONADO O conteúdo selecionado está organizado em duas partes. Na primeira parte, parcela expressiva desse conteúdo será tratada de forma comparada utilizando como base bibliografia acerca de tais temáticas. Aqui serão mostrados pontos da política internacional, bancos de dados de informações dos países, notícias e, sobretudo, definidos conceitos de forma didática que permita a compreensão mais profunda da temática. A segunda parte, dividida em sete temas, trará discussões acerca das características gerais do sistema político, eleitoral e partidário do Brasil. V. METODOLOGIA A – Métodos O curso será realizado por meio de sessões expositivas e as aulas terão foco nos textos selecionados para discussão. Durante as aulas haverá momento reservado para trabalhos em grupo, bem como discussões mais dinâmicas que acolherão as ideias, opiniões e dúvidas dos discentes. B – Recursos: quadro e uso de recursos audiovisuais em algumas ocasiões. VI. AVALIAÇÃO 2 Os alunos deverão escrever uma resenha crítica contendo entre 3,0 mil e 3,5 mil caracteres com espaço promovendo análise crítica sobre pontos da reforma política discutidos em sala de aula. No trabalho deve ser escolhido um dos PONTOS indicados em SALA DE AULA e o texto deve primar por FUGA de juízo de valor e observação de aspectos que possam ser entendidos como capazes de aperfeiçoar E prejudicar a lógica do sistema. Esse “E” é essencial eo aluno será avaliado pelo equilíbrio do texto, o que representa dizer que deve evitar escolher um tema que tenha posição absolutamente formada – positiva OU negativa. O trabalho deve ser entregue IMPRESSO EM AULA e respeitando as regras no dia 07 de novembro. Os trabalhos entregues no dia 14 de novembro terão descontos de 20% da nota. Após isso não serão mais aceitos. Colegas podem entregar o trabalho de um aluno ausente no dia 07. O segundo trabalho consiste em um paper entre 8 mil e 10 mil caracteres com espaço (fonte times new roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1.5) onde os alunos, organizados em grupos de três a quatro alunos, devem escolher uma temática associada à realidade internacional e analisá-la à luz do banco de dados IDEA [http://www.idea.int/]. O paper deverá ser entregue impresso em aula, e respeitando as regras, no dia 03 de outubro. Os trabalhos entregues no dia 10 de outubro terão descontos de 20% da nota. Após isso não serão mais aceitos. A introdução deste trabalho deverá ser discutida por meio de uma apresentação de 10 minutos em sala de aula para os colegas, também no dia 03/10. VII. BIBLIOGRAFIA Básica: AVELAR, L. e CINTRA, A. O. Sistema político brasileiro: uma introdução. Rio de Janeiro: Konrad Adenauer, 2007. DANTAS H. e MARTINS JR. J.P. Introdução à política brasileira. São Paulo: Paulus, 2007. LIJPHART, A. Modelos de democracia: desempenho e padrões de governo em 36 países. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Complementar: AMORIM NETO, O. O Brasil, Lijphart e o Modelo Consensual de Democracia. In: Magna Inácio; Lucio Renno. (Org.). Legislativo Brasileiro em Perspectiva Comparada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. CARNEIRO, J. M. e DANTAS, H. (orgs.) Parceria Social Público-Privada: textos de referência. São Paulo: Oficina Municipal, 2012. FUNDAÇÃO KONRAD ADENAUER. Reformas estruturais do estado brasileiro. Cadernos Adenauer, Rio de Janeiro, vol. 1/2010, p. 4-12. INÁCIO, M.; Renno, L. (Org.). Legislativo Brasileiro em Perspectiva Comparada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. NICOLAU, J. Sistemas Eleitorais. São Paulo: FGV, 3ª edição (revisada), 2012. NICOLAU, J. Eleições no Brasil. São Paulo: Zahar, 2012. Filmografia: PORTA A PORTA: A POLÍTICA EM DOIS TEMPOS. Direção: Marcelo Brennand. Zéfiro Filmes, 2011. (86 min.) VIII. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES AULA 1 – 08 de agosto – Prof. Mônica Sodré Introdução da disciplina – Apresentação do programa e a lógica de estudos comparados. Para que servem e como funcionam? Os bancos de dados e a importância do conhecimento teórico na realidade do jornalismo político. Sistemas políticos, partidários e eleitorais – Introdução conceitual 3 AULA 2 – 15 de agosto– Prof. Humberto Dantas O conceito de democracia em perspectiva mais ampla e à luz da realidade brasileira como desafio cultural. DANTAS, H. Democracia e cidadania: consciência e participação. In. DANTAS, H. e MARTINS JR. J. P. Introdução à política brasileira. São Paulo: Paulus, 2007. DAHL, Robert (1997). Sobre a Democracia. Brasília. UnB. 2001. LIMONGI, Fernando. (1997), Prefácio; in R. A. Dahl, Poliarquia: participação e oposição, São Paulo, Edusp. AULA 3 – 22 de agosto – Prof. Mônica Sodré Tipos de democracias: modelo consensual e modelo majoritário LIJPHART, A. Modelos de democracia: desempenho e padrões de governo em 36 países. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Capítulo 2. O modelo Westminster de Democracia & Capítulo 3. O modelo consensual de democracia. pp. 25-66 Exemplo: Referendo na Inglaterra sobre UE https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/06/28/Como-fica-o-Brexit-após-eleições- decisivas-na-Europa https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/07/25/Por-que-o-Brexit-é-um-risco-para-as- universidades-britânicas AULA 4 – 29 de agosto – Prof. Humberto Dantas Cultura Política brasileira, juventude, novos movimentos e engajamento. FILME: Porta a Porta – a política em dois tempos. Revista Cadernos Adenauer – 1/2015 – textos de Beatriz Pedreira (1) e Dantas e Estramanho (2). Revista Cadernos Adenauer – 1/2016 – textos de Pelanda (1) e demais textos que gerem interesse.Castells, M. Redes de Indignação e esperança. São Paulo: Zahar, 2014. http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/10/politica/1447193346_169410.html AULA 5 – 05 de setembro – Prof. Humberto Dantas Organização do Estado Brasileiro – federalismo e sistema de governo Material – Dantas – FESP-SP DANTAS, H. Atores fundamentais e funcionamento da democracia em nível local. In. CARNEIRO, J. M. e DANTAS, H. (orgs.) Parceria Social Público-Privada: textos de referência. São Paulo: Oficina Municipal, 2012. http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160120_ranking_democracia_brasil_fd AULA 6 – 12 de setembro – Prof. Mônica Sodré Sistemas de governo: o debate entre presidencialismo e parlamentarismo CHEIBUB, J. PRZEWORSKI, A. e SAIEGH, S (2002). “Governos de coalizão nas democracias presidencialistas e parlamentaristas” in Revista Dados, vo. 45, n.2, pp 187-218 LINZ, J. e VALENZUELA, A. Presidencialismo ou parlamentarismo: existe alguma diferença? In. Linz, J; Lijphart, A; Valenzuela, A; e Lamounier, B. A opção parlamentarista, São Paulo, IDESP, Ed. Sumaré. 1990. MAINWARING, S. e SHUGART, M. Juan Linz, Presidencialismo e Democracia: uma avaliação crítica. Revista Novos Estudos Cebrap. nº 37. Novembro. 1993. pp. 191-213. Exemplos: Crises no Parlamentarismo http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2015/09/14/crise-no-partido-liberal-provoca- mudanca-de-primeiro-ministro-da-australia.htm http://www.dw.com/pt/paigc-rejeita-proposta-do-presidente-da-guin%C3%A9-bissau-para- resolver-crise/a-19083369 AULA 7 – 19 de setembro – Prof. Humberto Dantas Sistema partidário brasileiro MARTINS JR. J. P. Os partidos políticos. In. DANTAS, H. e MARTINS JR. J. P. Introdução à política brasileira. São Paulo: Paulus, 2007. DANTAS, H. PRAÇA, S. Coligações entre partidos nas eleições municipais de 2004 e 2008. 4 Estudo de caso (DEM/PFL e PT). Brasília: Liberdade e Cidadania, ano IV, número 17, 2012. Disponível em: http://www.flc.org.br/revista/materias_view099f.html?id=%7B46DD7077- 9CC8-4C22-B4A5-4505B9853136%7D http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,partidos-demais,10000019300 http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,partidos-tem-um-ano-para-se-adequarem-a- resolucao-sobre-fusao-e-extincao-de-siglas,10000019350 AULA 8 – 26 de setembro – Prof. Humberto Dantas Sistema eleitoral brasileiro RIBEIRAL, T. e DANTAS, H. O sistema político-eleitoral brasileiro. In. DANTAS, H. e MARTINS JR. J. P. Introdução à política brasileira. São Paulo: Paulus, 2007. NICOLAU, J. O sistema eleitoral brasileiro. In. AVELAR, L. e CINTRA, A. O. Sistema político brasileiro: uma introdução. Rio de Janeiro: Konrad Adenauer, 2007. http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/05/camara-decide-manter-atual-sistema-de- votacao-para-deputado-e-vereador.html AULA 9 – 03 de outubro – Prof. Mônica Sodré Formas de organização do poder: modelos centralizados e descentralizados ANDERSON, George. (2009). Federalismo: uma introdução. Tradução: Fátima Guerreiro. IDESP. FGV Editora. LIJPHART, A. Modelos de democracia: desempenho e padrões de governo em 36 países. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Capítulo 10. Divisão de Poderes: os contrastes federal- unitário e centralizado-descentralizado. pp 211- 226. STEPAN, A. (1999). "Para uma nova análise comparativa do federalismo e da democracia: federações que restringem o ampliam o poder do demos", Dados 42(2), Rio de Janeiro: Iuperj, pp. 197-252. ARRETCHE, M. Federalismo e Democracia no Brasil. A visão da ciência política norte- americana. Revista São Paulo em Perspectiva. Volume 15. nº4. 2001. Exemplo: Catalunha https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/06/12/Catalunha-quer-votar-de-novo-sua- independência.-Qual-o-status-da-demanda Entrega e apresentação do paper em grupo. AULA 10 – 10 de outubro – Prof. Humberto Dantas O Legislativo brasileiro RICCI, P. O conteúdo da produção legislativa brasileira: leis nacionais ou políticas paroquiais?. Dados (Rio de Janeiro), Rio de Janeiro, v. 46, n. 4, p. 699-734, 2003. LIMONGI, F. e FIGUEIREDO, A. Modelos de Legislativo: o Legislativo Brasileiro em Perspectiva Comparada. Plenarium, ano 1, n.1, novembro, pp. 41-56 ARTIGOS do Basômetro no Estadão (rodapé do LINK) - http://estadaodados.com/basometro/ AULA 11 – 17 de outubro – Prof. Humberto Dantas Reforma política no Brasil DANTAS, H. Reforma política: aspectos centrais da “mãe de todas as reformas”. Cadernos Adenauer, Rio de Janeiro, vol. 1/2010, p. 4-12. http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/535324-CONFIRA-AS- PROPOSTAS-PARA-REFORMA-POLITICA-EM-ANALISE-NA-CAMARA.html http://www.correiodoestado.com.br/politica/comissao-da-reforma-politica-reune-se-para- votar-financiamento/309121/ http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/07/1903720-por-regras-para-2018-congresso- deve-aprovar-reforma-politica-esvaziada.shtml Notar que até outubro ALGO deve ter sido aprovado. O quê? Brasil em FOCO – Fundação Konrad Adenauer – acessar os textos sobre reforma política AULA 12 – 24 de outubro - Prof. Mônica Sodré Sistemas partidários e relações Legislativo x Executivo LIJPHART, A. Modelos de democracia: desempenho e padrões de governo em 36 países. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Capítulo 5. Sistemas Partidários: padrões bipartidários e 5 multipartidários. pp. 83-112 LIMONGI, F. e FIGUEIREDO, A. Modelos de Legislativo: o Legislativo Brasileiro em Perspectiva Comparada. Plenarium, ano 1, n.1, novembro, pp. 41-56 NICOLAU, J. e SCHMITT, R. Sistema Eleitoral e Sistema Partidário In Lua Nova nr 36 1995. (Disponível online) NICOLAU, J. Multipartidarismo e Democracia. Editora FGV. 5ª Edição. 1996. SAEZ, M. A. e FREIDENBERG, F. Partidos políticos na América Latina. In. Opinião Pública, vol VIII. n. 2.pp. 137-157. Exemplo: Republicanos x democratas sobre a reforma da saúde - EUA http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/03/1869936-governo-trump-critica- republicanos-conservadores-e-acena-a-democratas.shtml AULA 13 – 31 de outubro – Prof. Mônica Sodré Organização do estado brasileiro: federalismo e divisão dos poderes BRANCO, M. O federalismo em conceitos e na realidade brasileira. In. DANTAS, H. e MARTINS JR. J. P. Introdução à política brasileira. São Paulo: Paulus, 2007. AMORIM NETO, O. O Poder Executivo, centro de gravidade do sistema político brasileiro. In. AVELAR, L. e CINTRA, A. O. Sistema político brasileiro: uma introdução. Rio de Janeiro: Konrad Adenauer, 2007. COSTA, V. Federalismo: as relações intergovernamentais. In. AVELAR, L. e CINTRA, A. O. Sistema político brasileiro: uma introdução. Rio de Janeiro: Konrad Adenauer, 2007. ABRUCIO, F. O município na federação brasileira. In. CARNEIRO, J. M. e DANTAS, H. (orgs.) Parceria Social Público-Privada: textos de referência. São Paulo: Oficina Municipal, 2012. . https://www.brasil247.com/pt/247/rio247/191068/Pez%C3%A3o-defende-reforma-do- Pacto-Federativo.htm AULA 14 – 07 de novembro – Prof. Mônica Sodré Sistemas eleitorais: sistemas majoritários e-ou sistemas proporcionais LIJPHART, A. Modelos de democracia: desempenho e padrões de governo em 36 países. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Capítulo 8. Sistemas eleitorais: Métodos de maioria absoluta e de maioria simples versus representação proporcional. pp. 167-194. NICOLAU, J. O Sistema Eleitoral de Lista Aberta no Brasil. In DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, Vol. 49, no 4, 2006, pp. 689 a 720. (Disponível online) NICOLAU, J. Sistemas Eleitorais. Rio de Janeiro. Editora FGV. 5ª Edição. 2004. Capítulos 1 a 4. pp. 17 a 86. Exemplo: Voto Distrital na Inglaterra http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/05/150507_voto_distrital_pros_contras_paiAULA 15 – 14 de novembro – Prof. Mônica Sodré AULA ESPECIAL: Conjuntura internacional e aspectos políticos atuais - Governo Trump - desafios do presidencialismo - Governo Macron – desafios do parlamentarismo - Uso e impacto de novas tecnologias na democracia – Big Data, Fake News, Pós verdade - 2017 na política internacional: Alemanha, Hong Kong, Chile e outros https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/01/04/Quais-eleições-marcadas-para-2017- ao-redor-do-mundo-merecem-atenção https://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/31/internacional/1477948327_422940.html https://oglobo.globo.com/mundo/quatro-desafios-para-macron-na-franca-21308982
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