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DIREITO CONTRATO Evicção+extinç contrato

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CONTRATOS
Evicção
CONCEITO 
Evicção é a perda da coisa em virtude de sentença judicial, que a atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato.
FUNDAMENTO JURÍDICO
Funda-se no mesmo princípio de garantia em que se assenta a teoria dos vícios redibitórios. Nesta, o dever do alienante é garantir o uso e gozo da coisa, protegendo o adquirente contra os defeitos ocultos. Mas essa garantia estende-se também aos defeitos do direito transmitido.
Pode decorrer, assim, tanto de ações petitórias como de possessórias, pois o citado art.447 não prevê enhuma limitação. Em regra, pois, inexiste responsabilidade pela evicção nos contratos gratuitos (art. 552), salvo se se tratar de doação modal (onerosa ou gravada de encargo).
EXTENSÃO DA GARANTIA 
 
Sendo uma garantia legal, a sua extensão é estabelecida pelo legislador. Ocorrendo a perda da coisa, em ação movida por terceiro, o adquirente tem o direito de voltar-se contra o alienante, para ser ressarcido do prejuízo.
. As verbas devidas estão especificadas no art. 450 do Código Civil e abrangem, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
a) a indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
b) a das despesas dos contratos e dos prejuízos que resultarem diretamente da evicção; 
 c) as custas judiciais e os honorários do advogado por ele constituído
Subsiste para o alienante a obrigação de ressarcir os referidos prejuízos ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente (CC, art. 451)
— Verbas devidas, além da restituição das quantias pagas: a indenização dos frutos que o adquirente tiver sido obrigado a restituir; a das despesas dos contratos e dos prejuízos que resultarem diretamente da evicção; as custas e os honorários de advogado (art. 450).
— Subsiste para o alienante a obrigação de ressarcir os prejuízos ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente (art. 451).
— Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção (art. 448).
Não obstante a existência de tal cláusula, se a evicção se der, tem direito o evicto a recobrar o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu (art. 449).
— Em caso de evicção parcial, mas considerável, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido (art.455).
4. Requisitos da evicção
perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada;
b) onerosidade da aquisição;
c) ignorância, pelo adquirente, da litigiosidade da coisa (art. 457);
d) anterioridade do direito do evictor;
e) denunciação da lide ao alienante (art. 456).
O alienante só responde pela perda decorrente de causa já existente ao tempo da alienação. Se lhe é posterior, nenhuma responsabilidade lhe cabe.
A sentença julgará as duas e, se julgar procedente a ação, declarará o direito do evicto.
 
- Formas de Extinção dos Contratos:
 
– Adimplemento: É o modo normal de extinção das obrigações, representado pela satisfação da pretensão do credor através do cumprimento da obrigação pelo devedor. Representa o efeito extintivo normal de um negócio jurídico, que pode ocorrer,
segundo o NCC, através das figuras do pagamento, consignação, sub-rogação, imputação, dação, novação, compensação, confusão,remissão, transação e compromisso.
– Revogação: A revogação é um dos modos de extinção das obrigações que consiste no poder de se subtrair o elemento vontade do suporte fático do negócio jurídico. A revogação atinge o suporte fático, retirando deste o elemento constitutivo referente à vontade. A revogação não ataca o negócio jurídico, mas tão somente retira-lhe a “vox” (vontade). Portanto, com a retirada do elemento vontade, a obrigação que dela se irradiou também se extingui. A revogação opera seus efeitos ex nunc (revogação do contrato de mandato) ou ex tunc (revogação do contrato de doação, porém não contra terceiros), conforme a natureza do contrato e da prestação.
– Resolução: Prevista nos Arts. 478 a 480 do NCC, a resolução é um dos modos de extinção das obrigações, que consiste na desconstituição dos efeitos do negócio jurídico, “como se” este não tivesse existido, independentemente de culpa de qualquer um dos contratantes, em razão da superveniência de acontecimentos posteriores à formação do contrato. Na revogação, retira-se a “vox” do negócio jurídico, atacando-se o suporte fático. Na resolução atacam-se os efeitos do negócio jurídico, desconstituindo-os. A eficácia da desconstituição dos efeitos do negócio jurídico, na resolução, opera-se ex tunc, ou seja, opera-se uma desconstituição dos efeitos desde a formação do contrato. Também se enquadra como hipótese de resolução as situações de revisão contratual, prevista no Art.317 do NCC.
– Resilição: A resilição é outro dos modos de extinção das obrigações, que consiste, em sentido lato, em uma resolução que opera seus efeitos de forma ex nunc. Tanto a resilição como a resolução, consistem na desconstituição do negócio jurídico no plano da eficácia. Entretanto, na resilição, a desconstituição dos efeitos do negócio jurídico não se opera
desde a sua formação, mas tão somente a partir da resilição propriamente dita. Assim, a resolução e a resilição são diferenciadas, apenas, quanto ao momento que se inicia a sua eficácia. A resolução apresenta eficácia ex tunc, enquanto a resilição apresenta eficácia ex nunc.
– Denúncia: Prevista no Art. 473 do NCC, como o nome de “resilição unilateral”, a denúncia também é um dos modos de extinção das obrigações, através do qual se põe fim à relação jurídica, simplesmente, de forma não receptícia. A denúncia atinge a toda relação jurídica, pondo termo a esta, com efeitos ex nunc. Entretanto, denúncia não é resilição, pelo fato de ambos apresentarem efeitos ex nunc. A resilição
d e s c o n s t i t u i o s e f e i t o s d o n e g ó c i o j u r í d i c o , e conseqüentemente a este também, “como se” não tivesse existido. A denúncia não desconstitui, mas tão somente põe termo à relação jurídica. As denúncias podem ser vazias (= não precisam ser fundamentadas) ou cheias (= só se pode denunciar se adveio razão, segundo a lei ou negócio jurídico). Portanto, a denúncia não desconstitui o negócio jurídico, mas tão somente impede que este continue a produzir os seus efeitos.
– Renúncia: E outro modo de extinção das obrigações, que consiste em por fim à relação jurídica, não a atingindo em sua totalidade, mas tão somente em seu polo passivo. A renúncia assemelha-se à denúncia, diferenciando-se apenas por representar um ato unilateral, de disposição. A renúncia também apresenta eficácia ex nunc, não desconstituindo o negócio jurídico ou seus efeitos, mas apenas pondo fim à relação jurídica, unilateralmente.
– Invalidade: A invalidade (= anulação/nulidade em seus dois graus de defeito) também é um dos modos de extinção das obrigações, através da desconstituição do próprio negócio jurídico e de seus efeitos. Na resolução e na resilição operase a desconstituição apenas dos efeitos do negócio jurídico, “como se” este não tivesse existido. Aqui na invalidade não, desconstitui-se o negócio jurídico em si e também a seus efeitos. Na invalidade, após a desconstituição, pode-se afirmar que não houve negócio jurídico. A invalidade pode apresentar eficácia ex tunc ou ex nunc, conforme o caso concreto. A desconstituição do negócio jurídico e de seus efeitos, através da invalidade, se dá em virtude de um vício de validade daquele, e deve ser feita através de decisão judicial. Assim, a invalidade é um modo de extinção das obrigações que se opera no plano da validade. Quanto ao ato nulo, deve-se dizer que, via de regra, a desconstituição opera-se apenas sobre o próprio negócio jurídico, e não sobre o s s e u s e f e i t o s , q u e n ã o e x i s t e m , a o c o n t r á r i o d a anulabilidade, na qual são desconstituídos o negócio jurídico e os seus
efeitos
– Rescisão: Prevista no Art. 475 do NCC, com a denominação de
“cláusula resolutiva”, a rescisão é uma espécie de extinção das obrigações, que consiste, também, na desconstituição do próprio negócio jurídico e de seus efeitos, quando houver inadimplemento culposo de um dos contratantes. A rescisão corta, desmancha o negócio jurídico, indo ao seu suporte fático. A revogação também atinge o suporte fático, mas apenas no tocante ao elemento vontade. A rescisão atinge todo o suporte fático, inclusive a “vox”. Na revogação há ato unilateral que atinge a “vox”. Na rescisão há atendimento do Estado, pelo Juiz, à pretensão rescisória da parte, no sentido de atingir a todo o suporte fático. Tanto a rescisão como a invalidade desconstituem o negócio jurídico em si e a seus efeitos, mas na rescisão a desconstituição se opera no plano da existência, enquanto na invalidade a desconstituição se opera no plano da validade. A invalidade diz respeito à desconstituição de um vício de validade de negócio jurídico, portanto, operando-se no plano da validade. A rescisão não, a
rescisão desce ao suporte fático e lá destrói o que está equivocado, em virtude de descumprimento contratual.
– Distrato: Previsto no Art. 472 do NCC, é modo de extinção das obrigações, onde não ocorre a desconstituição do negócio jurídico ou de seus efeitos, ou sequer se atinge o suporte fático do mesmo. Não é denúncia ou renúncia, pois não põe termo à relação jurídica simplesmente. No distrato simplesmente se atinge apenas o vínculo da relação jurídica, criando-se um novo negócio jurídico para modificar os efeitos do primeiro. Portanto, no distrato o negócio jurídico primitivo continua a existir, mas apenas cria-se um novo negócio jurídico para modificar os seus efeitos. O distrato representa um “contrarius consensus” ao contrato primitivo. O distrato, conforme o caso concreto, poderá se apresentar com eficácia ex tunc ou com eficácia ex nunc. Deve-se ainda observar, que no distrato devem participar todas as pessoas que fizeram parte do contrato primitivo, por representar um
novo acordo de vontades.__

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