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Leishmania sp. Drª Clélia de Alencar Xavier Mota • As leishmanioses estão entre as doenças infecciosas-parasitárias de maior importância no mundo (MEDEIROS et al 2002; OMS, 2006). • Protozoários do gênero Leishmania - - flebotomíneos - - hospedeiros (silvestres ou domésticos) (MICHALSKY, et al 2002). • A leishmaniose ocupa o segundo lugar entre as protozoonoses transmitidas por vetores no Brasil (AZULAY, 2004). Introdução Leishmania sp Leishmaniose tegumentar americana Leishmaniose visceral (calazar) Leishmaniose tegumentar do velho mundo Não existe no Brasil Introdução Distribuição Geográfica das Leishmanioses LT • Ocorrem em 88 países - 14 milhões de infectados - acréscimo anual de 2 milhões de casos novos - 350 milhões de pessoas vivem em áreas de risco (OMS, 2006). LV 1 - Leishmania (V) brasiliensis 2 - Leishmania (V) guyanensis 3 - Leishmania (L) amazonensis 4 - Leishmania (V) lainsoni 5 - Leishmania (V) shawi 6- Leishmania (V) naiffi 7- Leishmania (V) lindenberg Família: Tripanosomatidae, Gênero: Leishmania Sub-gêneros: Viannia e Leishmania Agente Etiólógico Leishmanias que causam LTA no Brasil Família: Tripanosomatidae, Gênero: Leishmania Sub-gêneros: Viannia e Leishmania Agente Etiólógico 1 - Leishmania (L) donovani 2 - Leishmania (L) infantum 3 - Leishmania (L) chagasi (Brasil) Leishmanias que causam LV • Amastigota Aspectos biológicos- Morfologia Aspectos biológicos- Morfologia • Promastigota Promastigotas de Leishmania sp. Microscopia Confocal a Laser Microscopia Eletrônica de Varredura Promastigotas de Leishmania sp. Microscopia Eletrônica de Varredura Promastigotas de Leishmania sp. Intestino do Inseto Aspectos biológicos- Morfologia • Paramastigota: Aspectos biológicos • Localização: Amastigotas: células do SFM- macrófagos Macrófago com amastigota • LTA: • LV: Aspectos biológicos • Promastigotas • Paramastigotas Promastigota Paramastigota Vetor da Leishmania Dípteros da família Psicodidae, sub-família Phlebotominae Gênero: Lutzomyia Aspectos biológicos • Hospedeiro invertebrado LTA: • Lutzomyia whitmani • Lutzomyia wellcomei • Lutzomyia intermedia • Lutzomyia umbratilis • Lutzomyia flaviscutellata • Lutzomyia migonei LV: • Lutzomyia longipalpis • Lutzomyia cruzi Aspectos biológicos • LTA- hospedeiro vertebrado • Edentados (tatu, tamanduá) • Marsupiais (gambá) • Roedores • Canídeos Aspectos biológicos • Doméstico (Cão)• Silvestres (Raposas) LV- hospedeiro vertebrado Ciclo de Vida da Leishmania Transmissão • Picada do vetor Lutzomyia sp Inocula as formas promastigotas metacíclicas Transmissão •LV: • Compartilhamento de agulhas e seringas • Transfusão sanguínea • Congênita e acidente de laboratório Ciclo biológico • LTA O ciclo ocorre nos macrófagos residentes na pele e/ou mucosas • LV O ciclo ocorre em órgãos linfóides (linfonodos, baço, fígado e medula óssea) e nas vísceras Interação parasito-célula hospedeira • Participação de elementos: • Vetor Saliva- Qual o papel da saliva do vetor? • Hospedeiro vertebrado Sistema imune • Protozoários Moléculas de superfície: Gp63 LPG (lipofosfoglicano) Patogenia e aspectos clínicos LTA • Doença parasitária da pele e mucosas • Lesão inicial: ocorre no local da picada do vetor. Pápulas pruriginosas e avermelhadas • Regredir • Permancer estacionária • Evoluir Úlcera leishmaniótica típica Patogenia e aspectos clínicos LTA • Úlcera leishmaniótica típica: LTA Leishmaniose Cutânea Leishmaniose cutâneo-mucosa Leishmaniose cutâneo-difusa ??? Espécies Resposta imune Patogenia e aspectos clínicos LTA Patogenia e aspectos clínicos LTA -Resposta imune • TH1: Resistência a infecção • TH2: Sensibilidade a infecção Patogenia e aspectos clínicos LTA • Leishmaniose Cutânea Úlcera leishmaniótica típica Única ou múltiplas- o que determina??? • Leishmania (V) braziliensis* • Leishmania (V)guyanensis • Leishmanis (L)amazonensis Patogenia e aspectos clínicos LTA • Leishmaniose cutâneo-mucosa: Espécies: • Leishmania (V) braziliensis Lesões desfigurantes Dificuldade na fala, alimentação Óbito: infecções secundárias Polo hiperérgico-pauciparasitario Leishmaniose Cutâneo-mucosa Compromete nariz, faringe, boca e laringe (óbito) Leishmaniose Cutâneomucosa Patogenia e aspectos clínicos LTA • Leishmaniose cutâneo-difusa: Espécie: Leishmania (L)amazonensis Lesões difusas não-ulceradas Deficiência imunológica Polo anérgico - multiparasitário Leishmaniose Cutânea Difusa Lesões difusas com erupções papulares ou nodulares não ulceradas Diagnóstico LTA • Clínico: Anamnese e aspecto da lesão • Laboratorial: Pesquisa do protozoário Métodos imunológicos Diagnóstico LTA • Pesquisa do protozoário Obter material da lesão (fragmento da lesão ou aspirado da borda da lesão) •Exame direto de esfregaços corados •Exame histopatológico Diagnóstico Parasitológico-Punção Aspirativa Diagnóstico LTA • Métodos imunológicos: Teste de Montenegro- Avaliação da resposta celular: • Reação Negativa: ausência de qualquer sinal no local de inoculação • Reação Positiva: presença de nódulo com diâmetro variado Cutânea Cutâneo-mucosa Cutâneo-difusa Diagnóstico LTA • Avaliação da resposta humoral Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) • Limitações: Títulos são normalmente baixos Reações cruzadas Patogenia e aspectos clínicos LV Local da picada Disseminação hematogênica/linfática Fígado Baço Medula óssea Rins Pulmão Linfonodos Local da picada: lesão transitória/pouco descrita A febre é o primeiro sinal da presença de amastigotas nas vísceras • Via hematogênica- amastigotas no sangue?? • Raramente se encontra leishmania no sangue humano • No sangue de cães e raposas é mais frequente. Patogenia e aspectos clínicos LV Patogenia e aspectos clínicos LV • Alterações esplênicas: Esplenomegalia- achado mais importante e frequente Fatores determinantes: hiperplasia e hipertrofia das células do SFM do baço • células de kupffer densamente parasitadas- dilatação dos sinusóides • Hipertensão portal- ascite • Alterações hepáticas: Patogenia e aspectos clínicos LV • Alterações no tecido hemocitopoético Medula óssea densamente parasitada Alterações hematológicas importantes: •Principal: anemia • Leucopenia •Plaquetopenia Pancitopenia Patogenia e aspectos clínicos LV • Alterações renais: Glomerulonefrites Albuminúria-50% dos pacientes • Alterações pulmonares: Pneumonite- infecções secundárias- broncopneumonias- óbito Patogenia e aspectos clínicos LV • Alterações nos linfonodos Hipertrofia • Alterações no tubo digestivo Edema e alongamento das vilosidades • Cutânea: Descamação e queda de cabelo Leishmaniose Visceral (Calazar) Esplenomegalia e Hepatomeglia , Febre baixa recorrente, icterícia, ascite, alterações pulmonares e renais. Patogenia e aspectos clínicos LV • Hepatoesplenomegalia• Ascite Diagnóstico LV • Clínico: Sinais e sintomas e aspectos epidemiológicos Diferencial: • Esquistossomose, doença de chagas aguda, malária... • Laboratorial: Métodos imunológicos Pesquisa do parasito Diagnóstico LV • Métodos imunológicos •RIFI (Reação de Imunofluorescência Indireta) •ELISA (Ensaio Imunoenzimático) Diagnóstico LV • Pesquisa do parasito: Aspirado de medula óssea, baço, fígado, linfonodos Esfregaço corado com giemsa A punção de medula óssea é a técnica mais simples e representa menos risco para o paciente Diagnóstico LV • Achados laboratoriais: • Hipergamaglobulinemia; • Hipoalbuminemia; • Pancitopenia; • Elevação das transaminases, bilirrubina, proteínas Totais e frações; • Elevação do VHS; Epidemiologia Profilaxia • Utilização de repelentes • Utilização de mosquiteiros • Construção de casas a uma distância de 500m da mata • Engenheiros, topógrafos, geólogos, militares- contato com área endêmica • Saneamento básico • Diagnóstico e tratamento dos doentes • Eliminação ou tratamento (Milteforan) dos cães com sorologia positiva • Combate às formas adultas do inseto vetor Notificação dos casos confirmados é importante para a prevenção e conhecimento epidemiológico das doenças Tratamento Leishmanioses • Anfotericina B Convencional Lipossomal • Antimonial pentavalente Antimoniato de N-metilglucamina (Glucantime) Esquema terapêutico variado no Brasil Estibogluconato de sódio (Pentostan) Caro Tratamento Leishmanioses • LV 20 mg Sb+5/Kg peso/dia- 20 dias - 40 dias Fonte: Guia de Bolso do MS (2010)
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