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Psicomotricidade e Desenvolvimento Motor

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Psicomotricidade/12 - Estimulacao Precoce - Bobath.pdf
ESTIMULAÇÃO PRECOCE - BOBATH 
 
Apresentação de um Programa de Estimulação Precoce; Prática psicomotora; 
Apresentação do conceito Bobath. 
 
O desenvolvimento motor é o processo de mudança no comportamento motor, o qual 
está relacionado com a idade, tanto na postura quanto no movimento da criança. 
O desenvolvimento é um processo de mudanças complexas e interligadas das quais 
participam todos os aspectos de crescimento e maturação dos aparelhos e sistemas 
dos organismos. 
 
Estimulação Motora Precoce: 
Em nenhuma fase do ser humano o desenvolvimento motor vai ser tão rápido como o 
de 0 a 1 ano e 8 meses. Portanto, este é o período em que o bebê ainda terá maiores 
possibilidades de se normalizar sem se defasar no seu desenvolvimento. 
 
Independente da perspectiva adotada, mais biológica ou social, são muitas as 
evidências de que crianças pré-termo estão sob maior risco para apresentar atraso 
perceptual, motor e cognitivo, associado ou não a problemas de comportamento e 
déficit de atenção INTERVENÇÃO PRECOCE . 
 
Ao se pensar em lesão cerebral que ocorreu pré, peri ou pós natal tem que se pensar, 
ao mesmo tempo, em intervenção precoce nas áreas sensório-motoras para atingir o 
mais rápido possível um desenvolvimento que ainda está com toda a sua plasticidade 
e capacidade de receber as sensações normais e integrá-las. 
 
 
Possibilidade Terapêutica: 
 
DESENVOLVIMENTO NEUROPLASTICIDADE CONEXÕES 
SINÁPTICAS DEMANDA FUNCIONAL DESENVOLVIMENTO 
 
Técnicas de integração sensorial Programas sensório-motores 
 
A arte de normalizar o tônus é brincar com ele. Se o tônus é baixo, trazê-lo para um tônus mais alto 
e normalizado; se o tônus é alto, trazê-lo para o tônus mais baixo e normalizado. 
 
 
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO NEONATO 
 
 
- História clínica do paciente; 
- Condições clínicas atuais; 
 - Padrão respiratório; 
 - Mobilidade da caixa torácica; 
 - Cianose e palidez; 
 - Condições de pele; 
 - Sensibilidade tátil e dolorosa; 
 - Alterações ósseas; 
 - Padrões posturais; 
- Tônus basal; 
 - Ausculta pulmonar; 
 - Sinais vitais; 
 - Sinais de fadiga muscular; 
 - Medicações; 
 - Exames radiológicos e laboratoriais; 
 - Manutenção da temperatura. 
 
CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA 
 
♦ As mudanças constantes de decúbito, respeitando os horários de sono; 
♦Cinesioterapia passiva, com o uso do tapping, e outras técnicas objetivando a 
normalização do tônus. 
♦ Mobilização e alongamentos ou cinesioterapia motora passiva . 
♦ Manobras de inibição reflexa de reações ou movimentos anormais ao padrão do neonato. 
♦ Facilitação neuromotora de padrões normais ao neonato. 
♦Estimulação sensório- motor a utilizando reflexos fisiológicos dos neonatos. 
 
Posição prono / supino: Estudos comprovam a eficiência da posição prono para a 
melhora da saturação de O2 no neonato independente do peso de nascimento, 
melhorando a eficácia do diafragma, promovido por um melhor apoio abdominal. 
 
O bebê prematuro exibe caracteristicamente uma hipotonia global. Tão logo o bebê prematuro se 
desenvolve, o tônus muscular flexor aumenta em direção caudal-cefálica. Este bebê geralmente não 
alcança o grau completo do tônus muscular flexor visto em bebês nascidos a termo. Desse modo, os 
bebês prematuros não têm o contrapeso do tônus flexor para compensar a progressão normal do 
tônus muscular extensor, o que causa um desequilíbrio entre os grupos flexores e extensores. Esse 
desequilíbrio pode interferir no desenvolvimento do controle da cabeça, no equilíbrio sentado, na 
aquisição de habilidades e na coordenação bilateral. Secundária à diminuição do uso da linha média 
e à aquisição de habilidades, a imagem corporal e as habilidades exploratórias podem estar 
adversamente afetadas. 
 
Posicionamento: 
 
♦ importante para o desenvolvimento de padrões de movimentos mais maduros. 
♦ manutenção de tônus muscular mais adequado. 
♦ Sabe-se que a flexão é melhorada em decúbito ventral pela influência do reflexo tônico 
labiríntico. 
♦ Bebês em decúbito ventral têm apresentado melhor oxigenação, menos choro, sono mais calmo, 
respiração regular. 
♦ A posição prona propicia ao bebê a utilização dos extensores da cabeça e promove a flexão das 
extremidades, além da mão à boca 
♦ O decúbito lateral favorece o trabalho diafragmático, fortalecendo a hemicúpula do lado que o RN 
está apoiado e expandindo a do lado oposto. 
♦ Nesta posição devem-se colocar pequenos rolos posteriores atrás da cabeça, tronco e coxas. 
♦ A posição supina promove simetria e movimentos de flexão antigravitacional.Ela não é 
aconselhada por dificultar o trabalho diafragmático. 
♦ A posição semi-sentada, com o apoio promove início do controle de cabeça, melhor orientação 
visual e contato social, além de favorecer o trabalho diafragmático. 
 
Estimulação 
 
Idade: 0 a 2 meses 
Objetivos: 
1. Desenvolver o equilíbrio da cabeça. 
2. Em decúbito prono (de bruços) girar a cabeça para os lados. 
3. Em supino, (deitado) erguer a cabeça momentaneamente do plano horizontal. 
4. Desenvolver a fixação ocular. 
5. Perseguir visualmente um objeto. 
Recursos 
 - Chocalho brilhante; 
 - rosto humano; 
 - voz humana 
 
Idade: 2 a 4 meses 
 Objetivos: 
1. Adquirir controle completo dos movimentos da cabeça. 
2. Erguer a cabeça em decúbito prono, do plano horizontal e mantê-la. 
3. Apoiar sobre os cotovelos, quando em decúbito prono. 
4. Segurar voluntariamente objetos. Preensão cúbito-palmar. 
5. Perseguir visualmente um objeto em todos os planos 180 graus. 
Recursos - Chocalhos; 
 - bichos de borracha; 
 - rosto humano; 
 - brinquedos coloridos e atraentes. 
 
Idade: 4 a 6 meses 
 
 Objetivos: 
1. Sentar com apoio. 
2. Desenvolver a preensão voluntária de objetos - Preensão palmar. 
3. Coordenar os movimentos mão-objeto/objeto-boca. 
4. Sentar sem apoio momentaneamente. 
5. Rolar sobre si mesmo. 
6. Desenvolver músculos das extremidades e distribuir o peso do corpo nos pés. 
Recursos 
- Sofá/poltrona; 
- bebê conforto; 
- bichos de borracha com assovios; 
- mordedor de borracha; 
- chocalhos interessantes; 
- argolas coloridas. 
 
Idade de 6 a 8 meses: 
Objetivos: 
1. Sentar sozinho mantendo o tronco ereto. 
2. Manter o peso do seu corpo nos pés. Moleje-o ativamente. 
3. Arrastar. 
4. Transferir objetos de mão. Bater um contra o outro. 
5. Engatinhar. 
6. Desenvolver o movimento de pinça inferior. 
7. Segurar um objeto em cada mão. 
8. Bater com o objeto. Sacudir o chocalho. 
Recursos 
- Brinquedos atraentes; 
- pequeno plano inclinado; 
- chocalhos; 
- cubos de papelão; 
- brinquedos de borracha com assovio; 
- caixas de fósforo; 
- argolas. 
 
Idade: 8 a 10 meses 
 
Objetivos: 
1 - Engatinhar em padrão cruzado. 
2 - Sentar com equilíbrio perfeito de tronco e liberação de membros superiores. 
3 - Segurar objetos numa só mão. 
4 - Erguer-se com apoio na posição de pé. 
5 - Trocar de posições: sentado
para engatinhar e de engatinhar para sentado. 
6 - Dar alguns passos com apoio bilateral. 
 
Idade: 10 a 12 meses 
 Objetivos: 
1 - Erguer-se com apoio nos móveis. 
2 - Dar passos com apoio nas duas mãos. 
3 - Manter-se de pé com apoio numa só mão. 
4 - Girar e inclinar a cabeça na posição sentada. 
5 - Realizar a pinça superior. 
6 - Dar passos com apoio numa só mão. 
7 - Ficar de pé sozinho. 
8 - Usar o indicador. 
9 - Fazer garatujas. Folhear livros. Rasgar folhas, amassar. 
 
Idade de 12 a 15 meses 
 Objetivos: 
1 - Desenvolver habilidades para marcha, subir e descer escadas 
 engatinhando. 
2 - Desenvolver habilidades de preensão fina. 
3 - Desenvolver equilíbrio estático/dinâmico. 
4 - Desenvolver coordenação viso-motora. 
Recursos - Cadeira grande; 
- Cadeira pequena; 
- Caixotes de madeira com brinquedos dentro; 
- Escada de madeira; 
- Macarrão cru; 
- Livros de folhas grossas e gravuras infantis; 
- Bolas; 
- Encaixes; 
- Bate estacas. 
 
Idade: 15 a 18 meses 
 Objetivos: 
1 - Desenvolver as habilidades de marcha e de subir escadas. 
2 - Desenvolver condutas motoras básicas. 
3 - Desenvolver coordenação viso-motora, habilidades manuais. Preensão do lápis com toda a mão. 
4 - Desenvolver independência. 
Recursos: 
- Blocos de madeira; 
- Carrinhos para puxar e empurrar; 
- Caixas de papelão, tacos de madeira (usados como obstáculos); 
- Bolas; 
- jogos de encaixe; 
- papel; 
- Lápis estaca. 
 
Idade: 24 a 36 meses 
 Objetivos: 
1. Adquirir conhecimento das partes do seu corpo. 
2. Adquirir habilidades de compreensão de ordens e imitação. 
3. Desenvolver habilidades de imitação dos movimentos faciais. 
4. Desenvolver a coordenação motora fina. 
Objetivo 1: Ampliar seu conhecimento quanto às partes do corpo humano, pedindo para nomeá-las 
através de perguntas ou utilizando uma boneca. 
 
Objetivo 2: Através de brincadeiras, andar segundo ordens: para frente, para trás, para o lado. 
Realizar jogo imitativos como: andar feito sapo, pássaro, macaco, etc. 
 
 Objetivo 3: Através de brincadeiras, fazer exercícios de movimentos faciais como fechar os olhos, 
abrir e fechar a boca, fazer caretas etc 
Dar jogos de construção, Colagens, Recortes, Dobraduras,etc. 
 
 
Psicomotricidade/5 - Desenvolvimento Motor (6meses a 1ano).pdf
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DE 6 MESES A 1 ANO 
Tema: Desenvolvimento Geral. Desenvolvimento neurológico. Desenvolvimento 
psicomotor de 6 meses a 1 ano. 
O Sexto Mês: 
♦ Decúbito dorsal: 
- cr. Pode virar da posição dorsal para a ventral, virar-se para ambos os lados. 
- pega os pés e no corpo para reconhecê-lo. 
- pode estender os braços para a frente e erguer a cabeça. 
- pode realizar uma ponte com a extensão da coluna. 
- tronco retificado no sentido da linha média. 
- as pernas estão em abdução e rotação externa mas pode estender-se bem. 
- boa abdução do quadril. 
 preferência pelo decúbito dorsal. 
♦ Decúbito Ventral: 
- a cabeça eleva-se muito bem. Posição média de 90 graus. 
- o tronco está estendido. 
- o quadril apóia-se na base. 
- apoio de antebraço, bom equilíbrio, permitindo estender, rodar o outro braço a 
fim de pegar um objeto. 
- vira-se para o decúbito dorsal: já com mov. de rotação de tronco diminuindo as 
quedas. 
- mov. natatórios: quando se perde o equilíbrio. 
♦ Levantar-se para sentar: 
- boa colaboração quando é estimulada a sentar. 
- quer ficar em pé. 
- quando sentada é difícil fazê-la ficar em posição dorsal. 
- bom controle de cabeça. 
- moderado controle de tronco. 
- extensão das pernas quando colocada de pé. 
♦ Sentada: 
- sentada pode tirar temporariamente as mãos do chão. 
- cr. joga-se para frente e para trás: brincadeira. 
- sentada: perna em rotação externa e quadris abduzidos, art. Tibiotársicas 
movéis. 
- fica com o dorso curvado e os joelhos fletidos. 
- apoio para o lado ainda é insuficiente. 
♦ Levantar-se: 
- boa simetria da postura. 
- suporta bem o peso 
- ainda não se mantém em pé. 
- presença de flexão no joelho. 
- mov. de inclinação são respondidos. 
Características: 
Tônus muscular normal: ajustado para cada posição. 
Flexão e extensão são possíveis. 
Articulações tornam-se independentes. 
Tensão região escapular cede: ajusta-se ao equilíbrio. 
Reações posturais: boa colocação da cabeça, cr. 
reequilibra-se quando vai cair. 
Reações de equilíbrio: bom equilíbrio na posição: dorsal e 
ventral. Instabilidade (sentada), já descarrega o peso nos braços; 
Boa reação de Landau. 
Reflexos primitivos: já não são obtidos mais. 
Motricidade Fina: cr. Pode estender as mãos e agarrar objetos. 
Preensão ainda é com toda a mão, passa-se objetos para a outra mão; começa pegar 
objetos com dedos em pinça. 
Acompanha pessoas e objetos com os olhos, não há estrabismo. 
Cr. Reage positivamente quando alguém se aproxima caso a mãe sorria. 
Mês de importantes conquistas para a cr: motoras e percepções (visuais, táteis), bom 
contato com o ambiente. 
 
O Sétimo Mês: 
 
Não gosta e ficar em decúbito dorsal. 
Cr. se volta para os dois lados. 
Estende os braços e ergue a cabeça: se alguém a pega ela ergue-se sozinha. 
Não há predominância de padrão extensor ou flexor. 
Cabeça bem levantada 
Gira em torno de seu eixo. 
Desloca seu peso e puxa as pernas (debaixo do abdômen) para se levantar. 
Maior estabilidade. 
Apóia os braços de lado para não cair: reação de proteção e equilíbrio. 
Dorso ainda curvado, mas com possibilidade de extensão muito boa. 
Pernas em abdução, quadris muito bem fletido. 
Começa a engatinhar para trás quando quer pegar algum objeto à frente. 
Posição quadrúpede ainda não é muito estável. 
Encolhe bastante as pernas por debaixo do abdômen conseguindo progressos ao retirá-
las. 
Segurada pela axila, levantada a cr. tenta equilibrar-se e oscila numa posição para cima 
e para baixo. 
Quadril já bem estendido, simetria de atitude, boa colocação na cabeça no espaço. 
Movimentos compensatórios. 
Boa colocação da cabeça no espaço. 
Reações posturais do corpo sobre a cabeça e vice-versa são bem nítidas. 
Tônus é normal e a motricidade estável 
Nas mudanças de decúbito e deslocamento se estabelece o equilíbrio mediante a 
regulação e contra-regulação. 
 
Características do 7º mês: 
 Simetria: atitude simétrica, que é modificada intencionalmente, lentamente se 
desenvolve a mão dominante. 
 Objetos menores e maiores são agarrados quase sempre com a palma da mão. 
Ainda não há preensão em garra. Pode pegar objetos com as duas mãos ao 
mesmo tempo, ou passar de uma mão para a outra. 
 Começa a usar o seu dedo polegar para empurrar coisas para dentro da mão. 
 A criança olha para o que está pegando ou brincando, mãos juntas na linha 
média do corpo. 
 A cr. diz as primeiras sílabas, imita sons, repete ruídos próprios. 
 Contato social: diverte-se em reconhecer as pessoas. Vira-se para onde está o 
barulho. 
 Presta atenção ao ouvir um ruído, vira-se para a fonte do mesmo. Distingue-se 
qualidades de som: agradáveis e desagradáveis. 
 Já tem uma boa coordenação dos m. oculares. Boa coordenação mão-olho. 
Observa os objetos
que tem na mão. 
 Prossegue a estabilização e a socialização: a motricidade melhora da dá a 
oportunidade de investigar o ambiente. 
 Quando deitado de bruços, rasteja para frente. 
 Consegue suportar o próprio peso e ficar de pé segurando nos móveis. 
 
O Bebê de 8 meses 
Criança consegue virar para ambos os lados e para posição ventral. 
Vira-se em eixo em torno do próprio corpo. Passa da posição de decúbito ventral para a 
posição de encaminhar. 
Senta-se com o dorso reto e bom controle de tronco. Movimentos já demonstram boa 
coordenação. 
Fica em pé segurando em algum objeto ou na mão de alguém. 
Artelhos em garra porque não tem bom equilíbrio. Presença ainda do reflexo plantar. 
Coloca-se em posição de engatinhamento, engatinha com rotação ainda deficiente. 
Criança é capaz de mover-se para frente. Senta cada vez mais rápido e com maior 
controle. 
- Fica em pé com alguém segurando. 
- Caminha com passos titubeantes. 
- Quando largada, senta-se e tenta ergue-se de novo. 
- Tônus normal: adquirindo estabilidade na posição ereta. 
- Boa mobilidade articular. 
 
Reações posturais e de equilíbrio: 
♦ Boa colocação da cabeça no espaço: cr. sadia sempre busca um alinhamento do eixo 
corporal. 
♦ Bom equilíbrio nas posições dorsal e ventral, cr começa a sentar-se. 
♦ Reação de apoio e Landau aprimorados. 
 
Características: 
♦ A cr. Pode voltar de qualquer posição assimétrica à simetria, predileção por uma das 
mãos. 
♦ Motricidade fina: pega dois objetos com uma mão, acompanha brinquedos que caem, 
brinca com as mãos, faz tchau, brinca de esconder. 
♦ Fase de pegar e jogar objetos no chão até que a mãe canse. 
♦ mãos abertas e dedos preparados para atividades mais finas. 
♦ Apalpa objetos e aprende a reconhecer superfícies agradáveis e desagradáveis. 
♦ Agarra objetos estreitos com polegar e o indicador. 
Linguagem: 
♦ A cr. fala sílabas duplas: mamã, dadá.... 
♦ imita os sons próprios e dos outros: adora ficar contando coisas. 
Audição: 
♦ cr. Presta atenção aos ruídos e volta-se para ver onde estão. Demonstra desconforto a 
sons desagradáveis. 
Visão: 
♦ Boa coordenação da m. ocular: coordenação mãos-olhos. 
 acompanha o movimentos em todos os planos. 
 
O Nono Mês: 
Posição dorsal e ventral: 
♦ cr. não gosta destas posições. 
♦ vira-se para a posição lateral. 
♦ sequência: posição ventral, apoio sobre os quatro membros, volta-se de lado para 
adquirir a posição sentada 
 
Posição sentada: 
♦ cr. senta-se com boa estabilidade 
♦ mov. Para frente e para o lado. 
♦ demonstra boa rotação de tronco. 
♦ presença de simetria. 
♦ gosta muito desta posição. 
 
Levantando-se: 
♦ A cr. Levanta-se segurando em objetos e já fica em pé com bastante estabilidade. 
♦ balanceio para cima e para baixo 
♦ Dá os primeiros passos com apoio. 
♦ Passa desta posição para engatinhar porque não se locomove com rapidez e oscilações 
de equilíbrio. 
 
A cr. sentada ou em pé, apoia-se sobre os quatro membros. 
♦ Locomover-se com muita rapidez. 
♦ Mov. prazeroso para a cr. 
♦ Cuidados especiais. 
 
Características: 
 Tônus postural: boa estabilidade e regularização do tônus, articulações móveis 
e boa abdução do quadril. 
 Reação postural: boa posição de cabeça no espaço, presença de 
contramovimentos para manutenção da postura e eixo corporal. 
 Reação de equilíbrio: bom equilíbrio nas posições dorsal, ventral, e sentada. 
Apoia-se para frente e para o lado (ainda não consegue isso para tras). 
 Simetria: em qualquer posição, manipula objetos com as duas mãos, preferindo 
uma delas. 
 Motricidade fina: agarra e pode atirar os brinquedos, preensão em pinça (para 
pequenos objetos), bate as mãos, indica figuras com o dedo, tira coisas da cabeça 
(ex: boné). 
♦ Preensão: 
- agarra objetos em todas as posições, 
- atinge objetos fora de seu alcance, 
- dedos preparados para atividades mais finas, 
- a cr. olha para as coisas que pega, 
- brinca com as mãos, pés e corpo inteiro. 
- demonstra reação de agrada ou desagrado. 
- come biscoito com as mãos. 
♦ Linguagem: 
- diz sílabas duplas e emita os sons que ouve. 
- Começa a sussurrar, adorar ficar contanto coisas. 
 
Décimo Mês: 
 
Posição dorsal e ventral: 
 - controle total nestas posições, posição dorsal geralmente é rejeitada. A cr. vira-se 
para os dois lados, passa para a posição sentada e às vezes para a posição de 4 membros 
e pode engatinhar. 
Sentar-se: 
♦ a cr. senta-se sozinha com bom equilíbrio. 
♦ apoia-se para frente, lado e para trás. 
♦ boa rotação. 
♦ cr. desliza para frente em redor do próprio eixo. 
Ficando em pé: 
 a cr. ergue-se segurando -se em objetos 
 pode ficar em pé sozinha. 
 segurada por alguém tem boa estabilidade e anda ao longo dos objetos. 
 às vezes a cr. se larga mas ainda não pode dar passos. 
 da posição de pé passa para a posição de engatinhar. 
 
Características: 
 Boa regulação tônica, tensão correspondente ao esforço. 
 articulações independentes e adaptadas para a posição ereta e a marcha. 
 Boas reações posturais no espaço. 
 Só não há bom equilíbrio na posição em pé. 
 alcança brinquedos mais longes, os pega e os joga (brincadeira). 
 tira objetos de uma caixa. 
 bebe da xícara e pega-a com as duas mãos. 
 troca de objetos de uma mão para a outra. 
 diz sílabas dobradas: mamã, papá. 
 reage ao seu nome 
 pega na colher para comer sozinha, mas tem que receber a comida na boca. 
 come biscoitos. 
 não há ainda controle de bexiga. 
 
O bebê de 12 meses 
 
Características motoras: 
 Posições de decúbito dorsal e ventral, somente no sono. 
 vira-se para amos os lados. 
 Senta-se, primeiro de lado. 
 Engatinha sobre os quatro membros. 
 Senta-se sozinha. 
 Bom equilíbrio, boa rotação, atitude simétrica. 
 Ergue-se para ficar de pé ou faz isso sozinha. 
 Pode dar pequenos passos para a frente. 
 Andam ao longo dos móveis, já bem depressa. 
 Engatinham com rapidez. 
 Engatinha com rotação e equilíbrio. 
- Engatinha rápido, senta, levanta-se: Fase que inspira cuidados. 
- Algumas cr. andam melhor, mas outras apresentam ainda bastante insegurança. 
- desenvolvimento da marcha com domínio do espaço físico e simbólico. 
- linguagem: diz três ou quatro palavras, aumentando assim a perspectiva do 
pensamento. 
- entende frases curtas. 
Psicomotricidade/7 - Desenvolvimento Motor (2-3anos).pdf
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DE 2 A 3 ANOS 
As funções psicomotoras: Coordenação global, fina e óculo manual. 
 
Coordenação Global: 
 
Praxia tem por definição a capacidade de realizar a movimentação voluntária pré-
estabelecida com forma de alcança um objetivo. A praxia global esta relacionada com a 
realização e a automação dos movimentos globais complexos, que se desenrolam num 
determinado tempo e que exigem a atividade conjunta de vários grupos musculares. 
 
Praxia = Coordenação 
 
 Diz respeito as atividades dos grandes músculos. 
 Depende da capacidade de equilíbrio postural do indivíduo. 
 Equilíbrio: subordinado às sensações proprioceptivas: 
 Cinestésicas, Labirínticas. 
 
A coordenação global e a experimentação levam a criança a adquirir a Dissociação de
movimentos. 
 
 
 
 
 
Características da praxia global: 
 
 Possibilita a realização de múltiplos movimentos ao mesmo tempo. 
 Cada membro realizando uma tarefa diferente, havendo uma conservação de 
unidade do gesto. Ex: tocar piano, bateria. 
 Diversas atividades levam à conscientização global do corpo como: andar, 
correr, saltar, rolar, nadar, e outros. 
 A postura e o controle do corpo são fundamentais para se adquirir uma boa 
coordenação. Ex: letra da criança/postura da escrita. 
 Observar se não há desinteresse e descaso e se esses fatores não estão 
influenciando para uma má coordenação global. 
 
Exercícios de Coordenação Dinâmica Global: 
 
• Engatinhar bem rápido, rolar, saltar, pular corda. 
• Correr imitando animais. 
• Correr segurando uma bola. 
• Arremessar bolas para um colega. 
• Sentar-se no chão como alguns índios, com as pernas e braços cruzados. 
• Natação 
 
Coordenação Fina 
 
A praxia fina compreende todas as tarefas motoras finas, onde associa a função de 
coordenação dos movimentos dos olhos durante a fixação da atenção, e durante a 
fixação da atenção e manipulação de objetos que exigem controle visual, além de 
abranger as funções de programação, regulação e verificação das atividades preensivas e 
manipulativas mais finas e complexas. 
 
 A coordenação fina diz respeito à habilidade e destreza manual e constituiu um 
aspecto particular da coordenação global. 
 A coordenação fina das mãos facilita a aquisição de novos conhecimentos. 
 A mão é um instrumento de ação a serviço da inteligência. 
 Só possuir uma praxia fina não é suficiente. É necessário também um controle 
ocular: A visão acompanhando os gestos da mão. 
 
Chama-se a isso: coordenação óculo-manual ou viso-motora. 
 
A coordenação óculo-manual se efetua com precisão sobre a base de um domínio visual 
previamente estabelecido ligado aos gestos executados, facilitando, assim, uma maior 
harmonia do movimento. 
 
Esta coordenação é essencial para a escrita. 
 
Segundo Ajuriaguerra, o desenvolvimento da escrita depende: 
 
1. Maturação geral do SNC 
2. Desenvolvimento psicomotor geral em relação à: 
 ♦ Tonicidade 
 ♦ Coordenação dos movimentos. 
3. Desenvolvimento da motricidade fina dos dedos e da mão. 
 
Crianças que têm transtornos na coordenação dinâmica manual geralmente têm 
problemas visomotores, apresentando inúmeras dificuldades de desenhar, recortar, 
escrever, ou seja, em todos os movimentos que exijam precisão na coordenação 
olho/mão 
 
Problemas de coordenação motora são comuns na infância e podem influenciar o 
desempenho escolar e a auto-estima da criança. 
 
Aspectos da experimentação do corpo: 
 
 Independência do braço em relação ao ombro 
 Independência da mão e dos dedos 
 
Fatores decisivos de precisão da coordenação visomotora. 
 
 
Essas independências geram: 
- ECONOMIA DE ENERGIA 
- PREVINE CANSAÇO 
- CONTROLE DE PRESSÃO SOBRE OS DEDOS (Tônus Muscular. 
 
 
Como Treinar a Coordenação óculo-manual: 
 
 Experiências dinâmicas de lançar-pegar: pois facilitam o campo visual e a 
motricidade fina da mão e dedos. 
 Desenhar, preencher com contornos e pinturas internas ao desenho, pegando 
objetos com as pontas dos dedos e colocando em pequenas caixas. 
 Traçar linhas em ziguezague. 
 Recorte, Colagem, modelagem. 
 Identificar os dedos através da música. Polegares, polegares onde estão... 
(Trocar nome dos dedos). 
 Amassar papel com a palma (preensão palmar) 
 Fazer bolinhas de papel crepon com os dedos: Preensão bidigitais: é a mais fina 
e precisa. O dedo polegar e indicador ou o polegar e o dedo médio. 
 Rasgadura : fazer tiras de papel, rasgando com os dedos: polegar e indicador. 
Observar o movimento das mãos, uma puxa na direção para frente e outra na 
direção para trás, estimular as crianças a realizar este exercício observando o 
movimentos dos dedos e das mãos, pois muitas crianças costumam puxar o 
papel, em vez de rasgar. 
 
 
O desenvolvimento psicomotor de 2 a 3 anos 
 
Período Simbólico - dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente. (Piaget) 
 
 Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, 
do desenho, da imitação, da dramatização, etc.. Podendo criar imagens mentais na 
ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo 
simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto 
numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho, por exemplo). É 
também o período em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos ("o carro do 
papai foi 'dormir' na garagem"). 
 
 nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), 
superdeterminação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é “meu”). 
 Dos 2 aos 3 anos a criança aprende a saltar, a subir e consegue pôr 3 cubos "em 
ponte", desenvolve muito a linguagem, começa a fazer perguntas, compreende a 
maior parte do que lhe dizem e começa a brincar verdadeiramente com as outras 
crianças, percebendo que há um mundo para além do círculo familiar. 
 nesta idade, a independência, a linguagem e muitas destrezas novas 
desenvolvem-se rapidamente. Não se pode perder de vista a criança porque 
ainda não tem a sensação do perigo. Gosta de construir e destruir, reunir e 
separar; diverte-se com tudo aquilo que sabe fazer. 
 
 Com cerca de 2 anos de idade, a taxa relativa de crescimento das crianças tende 
a estabilizar-se em comparação com o rápido crescimento anterior a este 
momento. 
 Na 1ª infância ( 2 a 6 anos) a taxa de ganho de altura é quase o dobro da taxa de 
ganho de peso. 
 Grande crescimento dos mmii em proporção ao tamanho do tronco, perfil 
retilíneo. 
 A proporção de peso é de 25% para o tecido muscular até os 5 anos quando essa 
proporção passa para 75%. 
 O mais rápido aumento do tecido muscular durante os primeiros 5 anos torna 
disponível um amplo potencial de energia muscular para os movimentos no 
número crescente de atividades físicas da criança. 
 Idade marcada pelo falar e pelo andar. Com 2 anos apresenta um vocabulário 
médio de 29 palavras diferentes. Com 3 anos passa para 62.8 palavras. Fonte: 
Eckert, H. M, 1993. 
 A superproteção pode dificultar o desenvolvimento motor da cr. ( devido ao 
medo a possíveis danos corporais). 
 
O Andar: 
 A frequência do andar tende a se estabilizar em 170 passos por minuto entre 18 
meses e 2 anos. A frequência não aumentará mais e sim o comprimento dos 
passos. 
 20 a 22 meses a marcha ainda é espasmódica: passos com a sola do pé tocando 
por inteiro o solo. 
 Em alguns casos com dois anos há a transferência de peso do calcanhar para o 
dedo do pé. (ANDAR MAIS SUAVE). 
 A vontade para experimentar novos modos de aquisição de locomoção é muito 
grande a lactância e a 1ª infância. 
 As crianças demonstram variações no modo de andar que são inerentes ao seu 
controle do corpo. 
 Andar de lado em média: 16,5 meses 
 Andar para trás: 16,9 meses 
 Andar nas pontas dos dedos: até 30 meses não é habitual. 
 
 
 
Psicomotricidade/8 - Desenvolvimento Motor (5 a 6anos).pdf
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DE DE 5 A 6 ANOS 
 
Psicologia e Desenvolvimento Motor 
 
“Desenvolvimento motor de crianças pré - escolares entre 5 e 6 anos” 
 
Introdução 
 
 A idade pré-escolar é considerada a fase áurea da vida, em termos de psicologia 
evolutiva,
pois é nesse período que o organismo se torna estruturalmente capacitado 
para o exercício de atividades psicológicas mais complexas como, por exemplo, o uso 
da linguagem articulada. Para Rosa (1986), são muitas as formulações teóricas que têm 
concentrado grande soma de interesse nessa fase da vida humana. Quase todas as teorias 
do desenvolvimento humano admitem que a idade pré-escolar é de fundamental 
importância na vida humana, por ser esse o período em que os fundamentos da 
personalidade do indivíduo começam a tomar formas claras e definidas. 
 Do ponto de vista da teoria psicanalítica, este período da vida abrange dois estágios 
da evolução psicossexual: o estágio anal, cujas implicações para o processo evolutivo 
do ser humano são bastante acentuadas, e o estágio fálico, que representa o período em 
que tipicamente ocorre o chamado complexo de Édipo, um dos esteios da teoria de 
Freud. Para Erikson (1959), duas qualidades essenciais do eu emergem nessa fase 
evolutiva: autonomia e iniciativa. A cultura desempenha relevante papel na aquisição 
dessas qualidades fundamentais. As conquistas realizadas nesse período são de grande 
importância e determinarão o grau de competência que o indivíduo ordinariamente terá. 
Segundo a teoria de Piaget, a fase pré-escolar corresponde ao período pré-operacional 
do desenvolvimento cognitivo. As operações mentais da criança nessa idade se limitam 
aos significados imediatos do mundo infantil. A primeira fase desse estágio é 
caracterizada pelo pensamento egocêntrico. Na Segunda fase a criança começa a 
ampliar o seu mundo cognitivo, o que constitui o chamado pensamento intuitivo. Para 
Bruner citado por Rosa (1986), na fase pré-escolar o mundo é representado para a 
criança de modo iônico, ou seja, de modo visoperceptivo. Do ponto de vista da evolução 
do ser humano um fato importante nessa fase da vida é o processo de descentralização, 
que possibilita à criança a percepção de mais de um aspecto de dado objeto de uma só 
vez. 
 Para Enderle (1987), o período pré-escolar é denominado de fase mágica, dada à 
predominância, do pensamento fantástico que caracteriza a infância, ainda que a 
fantasia não persista ao longo de toda a fase que vai do segundo ao sexto ano de vida. 
Em torno dos quatro anos observa-se, inclusive, o interesse da criança por realizações 
concretas, o que coloca em dúvida a adequação do termo mágica. Aliás, o pensamento 
fantástico transiciona para o lógico de forma que em torno dos sete anos já ocorreu a 
inserção no concreto. 
 Segundo o mesmo autor, os acontecimentos mais marcantes na fase mágica são: a 
aquisição da marcha, da fala, da autonomia nos hábitos de higiene e alimentos. O fato 
de caminhar, por si só, representa um fator de desligamento da mãe, pois ao deixar o 
colo materno a criança começa a explorar o ambiente, elegendo entre o fazer e o não 
fazer, pode experimentar o seu universo pelo processo de ensaio e erro. Durante o 
segundo ano de vida a capacidade de falar progride de forma espantosa na maioria das 
crianças. Os meninos costumam atrasar a linguagem em comparação com as meninas. 
Estudos feitos por psicólogos, observam que existe, em muitos casos, uma correlação 
entre o desenvolvimento lingüistico e psicomotor. Esses se alteram, de modo que o 
progresso em uma atividade implica a diminuição temporária da outra. Quanto a 
educação para higiene e alimentação, foi tratada de forma ampla pela escola 
psicanalística inglesa, principalmente pelo grupo de pesquisadores da linha Kleiniana. O 
treino para a higiene dispensa rigor, pois basta o exemplo dos pais e a maturidade 
fisiológica e neurológica para que a criança por si só aprenda a utilizar o sanitário. O 
comportamento à mesa e as atitudes em relação a alimentação, constituem outro marco 
dessa fase, mais devido à ansiedade que a autonomia da criança causa aos pais, do que 
por si só, já que se a deixarmos se sujar e manipular os alimentos como material lúdico, 
o que é normal nesse período, nenhum prejuízo se verificará em seu desenvolvimento e, 
até o final da fase mágica, a criança adquirirá os hábitos de higiene alimentar, sem 
problemas. 
 São grandes e significativas as mudanças que ocorrem durante o período da chamada 
fase mágica, nas principais áreas de desenvolvimento motor, intelectual, emocional, 
afetivo e social. Em nosso estudo abordaremos o desenvolvimento motor, em especial 
na idade de 5 a 6 anos de idade. 
 O desenvolvimento motor é um processo contínuo e demorado e, pelo fato das 
mudanças mais acentuadas ocorrerem nos primeiros anos de vida, existe a tendência em 
se considerar o estudo do desenvolvimento motor como sendo apenas o estudo da 
criança. É necessário enfocar a criança, pois, enquanto são necessários cerca de vinte 
anos para que o organismo se torne maduro, autoridades em desenvolvimento da criança 
concordam que os primeiros anos de vida, do nascimento aos seis anos, são anos 
cruciais para o indivíduo (Tani et al.,1988). As experiências que a criança tem durante 
este período determinarão, por grande extensão, que tipo de adulto a pessoa se tornará 
(Hottinger apud Tani et al. , 1988). Mas não se pode deixar de lado o fato de que o 
desenvolvimento é um processo contínuo que ocorre ao longo de toda a vida do ser 
humano. 
 A organização do desenvolvimento se inicia na concepção, o domínio motor, afetivo-
social (conduta pessoal-social) e cognitivo (conduta adaptativa e linguagem) vão se 
diferenciando gradualmente. Mas no início da seqüência, o comportamento motor é uma 
expressão de integração de todos os domínios. Este caráter do movimento indica o 
importante papel do domínio motor na seqüência de desenvolvimento do ser humano, 
mas isto leva às vezes à concepção de que o movimento é apenas um índice para medir 
outros domínios de comportamento (Tani et al,1988). 
 O desenvolvimento motor pode ser visto pelo desenvolvimento progressivo das 
habilidades de movimento, ou seja, a abertura para o desenvolvimento motor é dada 
através do comportamento de movimento observável do sujeito ( Gallahue & Ozmun, 
1995; 2001). Em seu modelo teórico, Gallahue (1989), apresenta o desenvolvimento da 
transacionalidade, a interação indivíduo, ambiente e tarefa. Com os domínios, cognitivo, 
afetivo e motor, o autor descreve seu modelo desde a fase dos movimentos reflexos até 
a fase dos movimentos especializados. O processo de desenvolvimento motor é 
apresentado através das fases dos movimentos reflexos, rudimentares, fundamentais e 
especializados. Para cada fase do processo de desenvolvimento motor são indicados 
estágios com idades cronológicas correspondentes. Os movimentos para Gallahue & 
Ozmun (1995; 2001) podem ser caracterizados com estabilizadores, locomotores ou 
manipulativos, que combinam-se na execução das habilidades motoras ao longo da vida. 
 Nos movimentos estabilizadores, a criança é envolvida em constantes esforços contra 
a força de gravidade na tentativa de obter e manter a postura vertical. É através desta 
dimensão que as crianças ganham e mantém um ponto de origem na exploração que 
realizam no espaço. A categoria de movimentos locomotores, referem-se aos 
movimentos que indiquem uma mudança na localização do corpo em relação a um 
ponto fixo na superfície. Envolve a projeção do corpo em um espaço externo pela 
mudança de posição do corpo em relação a um ponto fixo da superfície. Caminhar, 
correr, saltar, pular ou saltitar são tarefas locomotoras. A categoria de movimentos 
manipulativos, referem-se
à manipulações motoras, como tarefas de arremessos, 
recepção, chute e interceptação de objetos, que são movimentos manipulativos grossos. 
Costurar e cortar com tesoura são movimentos manipulativos finos. Os componentes 
manipulativos envolvem um relacionamento do indivíduo para os objetos e é 
caracterizado pela força cedida para os objetos e pela força recebida deles (Gallahue & 
Ozmun, 1995). 
 Para Pérez (1994), a fase pré-escolar é a época da aquisição de habilidades motoras 
básicas, os movimentos fundamentais são considerados verdadeiros núcleos cinéticos. 
Esta capacidade para mover-se cada vez de forma mais autônoma está relacionada com 
diversos fatores: maturação neurológica que permite movimentos mais completos; 
Crescimento corporal, que ao final deste período vai permitir maior possibilidade de 
domínio corporal, facilitando o movimento e disponibilidade em realizar atividades 
motoras, etc. 
 Gallahue (1989), Gallahue & Ozmun (2001), mostram que, para se chegar ao 
domínio de habilidades desportivas, é necessário um longo processo, onde as 
experiências com habilidades básicas (movimentos fundamentais) são de fundamental 
importância. Na pré-escola, a criança de 4 a 6 anos de idade abrange a fase dos 
movimentos fundamentais, com o surgimento de múltiplas formas (correr, saltar, 
arremessar, receber, quicar, chutar) e suas combinações. As mudanças observadas nos 
estágios serão estabelecidas em forma de um refinamento das habilidades básicas e, 
melhor eficiência em sua combinação, o que irá marcar a passagem para a fase seguinte, 
a dos movimentos relacionados ao desporto, ou especializados. Nesta fase, os 
movimentos fundamentais vão servir de base para as combinações em habilidades 
desportivas, de modo que a aquisição dos movimentos fundamentais reveste-se da 
maior importância no modelo proposto por Gallahue. 
 Gallahue (1989) divide a fase dos movimentos fundamentais em três estágios. 
Estágio inicial: representa a primeira meta orientada da criança na tentativa de executar 
um padrão de movimento fundamental. A integração dos movimentos espaciais e 
temporais são pobres. Tipicamente os movimentos locomotores, manipulativos e 
estabilizadores de crianças de dois anos de idade estão no nível inicial. Estágio 
elementar: envolve maior controle e melhor coordenação rítmica dos movimentos 
fundamentais. Segundo o autor, crianças de desenvolvimento normal tendem a avançar 
para o estágio elementar através do processo de maturação, embora alguns indivíduos 
não conseguem desenvolver além do estágio elementar em muitos padrões de 
movimento, e permanecem nesse estágio por toda a vida. Estágio maduro: é 
caracterizado como mecanicamente eficiente, coordenado, e de execução controlada. 
Tipicamente as crianças tem potencial de desenvolvimento para estar no estágio maduro 
perto do 5 ou 6 anos, na maioria das habilidades fundamentais. 
 A aquisição desses padrões fundamentais de movimento é de vital importância para o 
domínio das habilidades motoras. A Educação Física adquire papel importantíssimo a 
medida em que ela pode estruturar o ambiente adequado para a criança, oferecendo 
experiências, resultando numa grande auxiliar e promotora do desenvolvimento 
humano, em especial ao desenvolvimento motor e garantir a aprendizagem de 
habilidades específicas nos jogos, esportes, ginásticas e dança (Flinchum 1982, Harrow 
1983, Tani 1988, Gallahue 1989 e Eckert 1993). Para que estas habilidades sejam 
desenvolvidas é necessário que se dê à criança oportunidades de desempenha-las. O 
movimentar-se é de grande importância biológica, psicológica, social e cultural, pois, é 
através da execução dos movimentos que as pessoas interagem com o meio ambiente, 
relacionando-se com os outros, apreendendo sobre si, seus limites, capacidades e 
solucionando problemas. Pois como é comum encontrar indivíduos que, não atingiram o 
padrão maduro nas habilidades básicas, nas quais apresentam um nível inicial ou 
elementar, o que prejudicará todo o desenvolvimento posterior, ressalta-se assim, a 
preocupação que os profissionais de Educação Física deveriam ter em relação ao 
conhecimento sobre a aquisição e desenvolvimento dos padrões fundamentais de 
movimento, elegendo-o como foco principal para o desenvolvimento da Educação 
Física pré -escolar e séries iniciais no ensino fundamental. 
 
 
Site: http://www.efdeportes.com/efd58/5anos.htm 
 
********************************************************************** 
 
Introdução 
 
O aprimoramento motor é o ponto de partida de todo o desenvolvimento motor da 
criança. A independência adquirida com a locomoção e a manipulação de objetos 
ampliou a visão de mundo do ser humano, contribuindo e levando-o a progredir 
continuamente. O desenvolvimento motor é o processo de mudança no comportamento 
motor, o qual está relacionado com a idade, tanto na postura quanto no movimento da 
criança. O desenvolvimento é um processo de mudanças complexas e interligadas das 
quais participam todos os aspectos de crescimento e maturação dos aparelhos e sistemas 
dos organismos. O desenvolvimento motor é dependente da biologia, do 
comportamento e do ambiente e não apenas da maturação do sistema nervoso. Quando a 
criança nasce, o seu SNC ainda não está completamente desenvolvido. Ela percebe o 
mundo pelos sentidos e age sobre ele, criando uma interação que se modifica no 
decorrer do seu desenvolvimento. Deste modo, por meio de sua relação com o meio, o 
SNC se mantém em constante evolução, em um processo de aprendizagem que permite 
sua melhor adaptação ao meio em que vive. Cada criança apresenta seu padrão 
característico de desenvolvimento, visto que suas características inerentes sofrem a 
influência constante de uma cadeia de transações que se passam entre a criança e seu 
ambiente. Mesmo assim, existem características particulares que permitem uma 
avaliação grosseira do nível e da qualidade do desempenho. Um bom desenvolvimento 
motor repercute na vida futura da criança nos aspectos sociais, intelectuais e culturais, 
pois ao ter alguma dificuldade motora faz com que a criança se refugie do meio o qual 
não domina, conseqüentemente deixando de realizar ou realizando com pouca 
freqüência determinadas atividades. A maioria das crianças nasce sem problemas de 
desenvolvimento. As diferenças individuais entre elas são muitas, inclusive 
características físicas, temperamento e personalidade; mas a seqüência de 
desenvolvimento é bastante previsível. Sabe-se que, na ausência de sinais severos, como 
nos casos de paralisia cerebral e retardo mental, um número significativo de crianças 
com história de prematuridade vem apresentar sinais de distúrbios de aprendizagem, 
dificuldades de linguagem, problemas de comportamento, déficits de coordenação 
motora e percepção visuoespacial na idade escolar. De acordo com isso, foram 
constatados em estudos experimentais que a estimulação sensório motora em recém-
nascidos de risco favoreceu a adequação de seus padrões motores. Deve-se ter em mente 
que as informações obtidas através de pesquisas culturais cruzadas sobre o 
desenvolvimento motor de lactentes vêm alertar pesquisadores, médicos, terapeutas e 
educadores quanto à existência de diferentes padrões no desenvolvimento e quanto à 
necessidade de conhecimento dos padrões da população em que se atua, evitando 
interpretações equivocadas de testes motores e falhas no diagnóstico de desvios, atrasos 
ou precocidade no desenvolvimento motor.
Fases do Desenvolvimento da Criança 
 
Rápidas mudanças no desenvolvimento ocorrem durante os primeiros 24 meses após o 
nascimento e influenciam dramaticamente por toda a vida. As mudanças evolutivas que 
ocorrem durante esse período são resultado de complexo desenvolvimento neurológico, 
o qual é influenciado por fatores genéticos e ambientais. O conhecimento do 
desenvolvimento motor assume importância fundamental na clínica pediátrica, 
sobretudo, em casos de o lactente apresentar ou correr o risco de apresentar, distúrbio 
motor devido a alguma lesão nervosa ou a uma anomalia do sistema osteomuscular. Por 
isso, o fisioterapeuta precisa de noções e conhecimento claros sobre desenvolvimento, 
para poder avaliar o lactente ou a criança, sabendo identificar as características 
individuais do desempenho e que conheça mais as capacidades e respostas diante de 
certos estímulos que podem ser esperados em determinada idade. Cada criança 
apresenta seu padrão característico de desenvolvimento, pela influência sofrida em seu 
meio. Durante os primeiros anos de vida os progressos em relação ao desenvolvimento 
costumam obedecer a uma seqüência ordenada, mas existe considerável variabilidade 
individual, de acordo com cada criança. Tendo em mente que cada criança é um 
indivíduo com padrão, ritmo de desenvolvimento e habilidades ligeiramente diferentes, 
Flehmig esboça as típicas aquisições da criança em desenvolvimento: 
 
 
Primeiro Mês 
 
A postura do recém nascido é a flexão fisiológica. Predomina a assimetria. Em decúbito 
dorsal ele é capaz de virar a cabeça para ambas as direções. Em decúbito ventral ele é 
capaz de estender os membros inferiores reciprocamente e de virar a cabeça para liberar 
as vias aéreas nessa posição. A cabeça do recém nascido cai completamente para trás 
quando ele é puxado para a posição sentada. Quando segurado pelas axilas, apóia-se se 
mantendo erguido por alguns segundos sem fixação adequada e depois, cai fletindo os 
joelhos. Durante as primeiras semanas de vida, o lactente é capaz de reagir às sensações 
táteis, gustativas, sonoras, aos movimentos e as imagens visuais, especialmente diante 
de um rosto humano, mas depende de alguém que o alimente, o proteja e o suporte 
contra a ação da gravidade e durante os movimentos no meio ambiente. A criança 
recém-nascida move os braços, as pernas e o corpo inteiro ao mesmo tempo 
(movimento em bloco) porque não pode ainda diferenciar os movimentos separados. Os 
movimentos em bloco se evidenciam principalmente durante a manipulação, embora 
também possam ocorrer durante outros movimentos, como parte gradativa do controle 
motor. À medida que o córtex e as bainhas de mielina se desenvolvem, é estabelecida a 
conexão com a medula espinhal, com isso os movimentos em bloco diminuem e os 
movimentos voluntários se tornam mais precisos. Objetos que se movem na linha visual 
são percebidos e já fixados por pouco tempo. Os olhos acompanham junto com a cabeça 
à estimulação por um objeto, ou pelo rosto da mãe, até a linha média. A criança reage a 
efeitos luminosos ou acústicos com enrugamento da testa, Reflexo de Moro, diminuindo 
a atividade ou ficando totalmente quieta. Já produz poucos sons laríngeos. Chora antes 
das refeições. Quando ouve ruídos, interrompe seus movimentos mas ainda não se vira 
para a fonte acústica. Reflexos e Reações: Sucção e deglutição, quatro pontos cardeais, 
olhos de boneca, fuga à asfixia (até o resto da vida), glabelar, magnético, colocação 
palmar, colocação plantar, tônico cervical simétrico, preensão palmar, preensão plantar, 
tônico cervical assimétrico, tônico labiríntico, Galant, Moro, positivo de apoio, cutâneo 
plantar em extensão, marcha automática e a reação de endireitamento da cabeça. 
 
 
Segundo mês 
 
 Em decúbito dorsal, a criança ainda apresenta predomínio de flexão, mas realiza uma 
extensão melhor. O corpo já está simétrico. Na posição ventral já pode estender o 
segmento torácico. A cabeça levanta-se por curtos intervalos, ainda ligeiramente 
oscilando, mas não além dos 45º. Quando puxada para sentar, a cabeça ainda oscila, 
mas ela orienta-se para a posição ereta mais estável. Segurada pelas axilas, a criança 
ergue-se por alguns segundos de maneira mais estável e abandona a posição mais 
suavemente, fletindo os joelhos. Objetos que se movem (à 30 ou 40 cm) são percebidos 
e fixados na linha visual. Os olhos param até que o objeto saia do campo visual. A 
criança reage a estímulos luminosos extremos com enrugamento da testa, choro, reflexo 
de Moro, ou diminuindo sua atividade, permanecendo quieta. Ouvindo ruídos, ela já 
inicia seus movimentos (pode se virar para a direção do som). Reflexos e reações: Os 
reflexos têm menor intensidade, mas se produzem bem equilateralmente. São eles: 
Sucção e deglutição, Quatro Pontos Cardeais, Glabelar, Marcha Automática, Magnético, 
Colocação Plantar, Colocação Palmar, Galant, RTCA, RTCS, Tônico Labiríntico, 
Preensão Plantar, Preensão Palmar, Positivo de Apoio, Cutâneo Plantar em Extensão, 
Moro e a Reação de Endireitamento da Cabeça. 
 
 
Terceiro Mês 
 
 A criança pode virar-se para os dois lados, não mais em bloco, mas já com certa 
rotação. A cabeça pode ser mantida na linha média, mas se coloca, freqüentemente, para 
um dos lados. As mãos podem ser trazidas para a linha média. Ela já brinca com as 
mãos e pode segurar objetos, levando-os à boca. Na posição ventral, ergue a cabeça a 
45º e o apoio sobre os antebraços ainda não é estável. A criança já colabora quando se 
quer levantá-la da posição dorsal. A cabeça já acompanha bem, mas ainda oscila um 
pouco. Segurada pelas axilas, já permanece mais estável na posição em pé. O tônus 
flexor já não predomina e a criança já mostra padrão extensor. Percebem-se objetos na 
linha média e mesmo além dela para ambos os lados, na linha visual, à distância de 30-
40cm. A criança acompanha o objeto a mais de 180º e já observa por tempo prolongado 
se este a interessar. Os movimentos dos olhos e cabeça já são, muitas vezes, simultâneos 
e coordenados. Ouvindo ruídos, a criança para de mover-se e vira logo para a fonte 
geradora. Reflexos e Reações: RTCA, Tônico Labiríntico, Preensão Plantar, Preensão 
Palmar, Cutâneo Plantar em Extensão, Moro e Reações de Endireitamento da Cabeça, 
Postural Labiríntica, Óptica de Retificação e Retificação do Corpo sobre a Cabeça. Em 
resumo, sentar e ficar em pé não são posturas independentes no primeiro trimestre. Mas 
o bebê mostra sinais do que está para acontecer. Lutando contra a gravidade, ele adquire 
controle da cabeça e dá um grande passo para vencer a força da gravidade que o havia 
deixado tão fisicamente dependente no momento do nascimento 
 
 
Quarto Mês 
 
As mãos são trazidas à linha média e contempladas, coordenadamente com a atitude da 
cabeça e do corpo. Em posição ventral, a cabeça já se ergue a quase 90º e apóia os 
antebraços com bastante estabilidade. Já iniciam os movimentos de rastejamento 
Quando levantada da posição dorsal, colabora com bom controle da cabeça. Sentada, o 
tronco ainda não é estável. Quando levantada pelas axilas, estende as pernas, encontra o 
suporte e faz peso ligeiramente mediante co-contração. Percebe objetos na linha média e 
além dela à distância de 20-30cm. Acompanha com os olhos e movimentos da cabeça 
um objeto até mais de 180º. Mãos, dedos e objetos são levados à boca e sugados. A 
criança opõe resistência quando lhe querem tirar um brinquedo. Já consegue distinguir
bem as qualidades de sons.Reflexos e Reações: RTCA, Tônico Labiríntico, Preensão 
Plantar, Preensão Palmar, Cutâneo Plantar em Extensão, Moro e Landau. O contato com 
o ambiente melhorou e, por causa disso, a criança começa a investigar seu ambiente e 
mostra-se mentalmente mais adiantada do que lhe permite a motricidade. A criança já 
tem, além das fases da satisfação de necessidades alimentares, o desejo de contatos com 
o ambiente. Se não os consegue, chora. 
 
Quinto Mês 
 
 Em decúbito dorsal pode virar-se de um lado para o outro e, às vezes, atingir o decúbito 
ventral. Já leva os pés à boca. Em decúbito ventral, a cabeça ergue-se bem até 90º. 
Começa o deslocamento de peso para um dos lados, a fim de liberar um dos braços. 
Estabilidade incipiente do tronco. Quando erguido pelas axilas, há maior flexibilidade 
no joelho. Reflexos e Reações: Preensão Plantar, Cutâneo Plantar em Extensão, Landau 
e inicia-se a Reação de Equilíbrio. 
 
Sexto Mês 
 
 Se a criança se senta, pode-se tirar as mãos por curtos períodos. Ela joga-se, então, para 
adiante, tendo um controle de peso insuficiente. Quando colocada em pé, apresenta boa 
simetria da postura, mas não se mantém independentemente. Já pode falar algumas 
palavrinhas como papai e mamãe.Reflexos e Reações:Preensão Plantar, Cutâneo Plantar 
em Extensão (dependendo da criança pode se extinguir nesse mês, mas em algumas 
perdura até 1 ano), Landau e Reações de Retificação da Cabeça sobre o Corpo, 
Endireitamento do Corpo sobre o Corpo, Postural de Fixação e de Proteção. 
 
Sétimo Mês 
 
Não permanece mais em decúbito dorsal, virando-se para um dos lados. Em decúbito 
ventral, às vezes tenta ficar de gato. Sentada, apresenta bom equilíbrio quando se inclina 
para frente. Quando segurada pelas axilas, tenta equilibrar-se, mas oscila. A criança 
agarra objetos e tenta estabilizar-se neste sentido. Objetos menores e maiores são 
agarrados, quase sempre com a palma da mão. Já existe boa coordenação dos músculos 
oculares, boa coordenação olho-mão, já acompanha em todos os planos. Já come 
biscoitos que lhe são dados, bebe em xícara que alguém segura para ela e come com 
colher. 
 
Oitavo Mês 
 
Da posição ventral, pode, fletindo-se, passar para a posição de gato. Sentada, já se apóia 
com rotação muito boa para adiante e lateralmente. Apoiando-se, já consegue ficar em 
pé. A criança tornou-se muito mais estável e chega à posição ereta embora ainda sem 
segurança. Assim, do ponto de vista mental, há uma melhor situação e pode, a partir daí, 
descobrir melhor o seu meio. Movimentos continuados, modificações na posição e 
tentativas constantes de alcançar alguma coisa no espaço determinam o 
desenvolvimento. 
 
 
Nono Mês 
 
Quase nunca assume a posição dorsal e ventral. Senta-se estavelmente e, quando perde 
o equilíbrio, reage com contramovimento do corpo. Fica em pé com maior estabilidade 
e, quando segurada, apresenta bom equilíbrio. Sentada ou em pé apóia-se sobre os 
quatro membros, locomovendo-se com maior rapidez. Nessa idade, o brinquedo bem 
agarrado já pode ser atirado. Pega objetos pequenos com o polegar e o indicador (pinça) 
 
 
Décimo Mês 
 
Atinge o sentar sem apoio independentemente, com bastante equilíbrio. Também já fica 
em pé sozinha segurando em objetos. Passa da posição em pé para sentada e sentada 
para em pé 
Esta idade é o estádio intermediário da horizontal para a vertical ainda instável. Os 
estádios intermediários melhoram. A criança fica em pé e tenta largar-se. Anda ao longo 
dos móveis, engatinha. Por isso, já não se pode deixá-la só 
 
 
Décimo Segundo Mês 
 
Ainda preferem engatinhar, pois é uma locomoção mais rápida, mas já começam a dar 
os primeiros passos 
 
 
Décimo Quinto Mês 
 
O engatinhar já não é o recurso mais utilizado para se locomover, mas ainda é usado. A 
criança já pode deslocar seu peso e adaptar-se bem à modificação da sua posição no 
espaço. Já pode caminhar livremente. Têm boa compreensão do que lhe dizem e 
consegue expressar-se dizendo, por exemplo, papá (comer), au-au (cão). 
 
 
Décimo Oitavo Mês 
 
A criança mostra equilíbrio adequado às posições. Bom controle de cabeça e tronco, boa 
rotação, boa flexão de quadril na posição sentada, boa extensão de quadril em pé e boa 
mobilidade das articulações 
 
Ela já pode agarrar um objeto e transportá-lo. Arruma os objetos, tenta colocá-los em 
ordem, desarruma, apalpa, distingue materiais e superfícies. Melhora de forma constante 
a sua integração perceptiva, acompanhada pelo desenvolvimento da fala. A evolução 
motora está realizada, de modo que a criança pode experimentar amplas dimensões 
evolutivas. 
 
Em estudo realizado buscou-se observar de que maneira o homem vem completando seu 
desenvolvimento motor normal e os fatores que podem levar a dificuldades motoras 
futuras, mostrando a importância da estimulação na fase de maior desenvolvimento, que 
vai de 0 a 18 meses. Concluiu-se que existem fases bem pouco vivenciadas do DMN e 
que estas, quando corretamente estimuladas, levam à obtenção de melhor condição de 
vida para as crianças, tanto presente quanto futuramente porque o estímulo dado, 
mesmo que por curto período de tempo, faz com que as crianças respondam e 
vivenciem as fases estimuladas 
Também foram realizados estudos comparando o desenvolvimento motor em lactentes 
brasileiros e norte-americanos a fim de descobrir se há ou não diferenças no 
comportamento e desenvolvimento motor entre uma cultura e outra. Constataram que, 
de maneira geral, os lactentes brasileiros apresentaram uma evolução maior no 
desenvolvimento nos primeiros oito meses, seguido de um período de relativa 
estabilização. Assim concluíram, de acordo com várias pesquisas, que o padrão de 
desenvolvimento motor não é universal. 
 
 
Estimulação Motora Precoce 
 
Em nenhuma fase do ser humano o desenvolvimento motor vai ser tão rápido como o de 
0 a 1 ano e 8 meses. Portanto, este é o período em que o bebê ainda terá maiores 
possibilidades de se normalizar sem se defasar no seu desenvolvimento [ 
 
Independente da perspectiva adotada, mais biológica ou social, são muitas as evidências 
de que crianças pré-termo estão sob maior risco para apresentar atraso perceptual, motor 
e cognitivo, associado ou não a problemas de comportamento e déficit de atenção [Ao 
se pensar em lesão cerebral que ocorreu pré, peri ou pós natal tem que se pensar, ao 
mesmo tempo, em intervenção precoce nas áreas sensório-motoras para atingir o mais 
rápido possível um desenvolvimento que ainda está com toda a sua plasticidade e 
capacidade de receber as sensações normais e integrá-las 
 
Pensava-se que o SNC era imutável após o seu desenvolvimento. Com a descoberta da 
neuroplasticidade sabe-se que as conexões sinápticas são modificadas pela demanda 
funcional. Como substrato da aprendizagem do indivíduo em sua interação com o 
ambiente, pode-se perceber a importância da criança experimentar movimentos e 
posturas normais desde seu nascimento, favorecendo a sua habilitação; caso contrário se 
esta criança começar a realizar movimentos e posturas anormais durante seu 
desenvolvimento, estará aprendendo a interagir com o mundo em padrões anormais, 
reforçando circuitos neuronais de comportamentos anormais, dificultando e limitando 
sua qualidade de vida 
 
Quanto mais tarde a criança iniciar
o plano de normalização, mais defasado estará o seu 
desenvolvimento motor, juntamente com a perda na área sensorial, refletindo na perda 
da noção espacial, esquema corporal, percepção, que poderá contribuir com a falta de 
atenção ou dificuldades cognitivas [24]. O tratamento por meio do conceito 
neuroevolutivo (Bobath) foi originalmente desenvolvido pelos Bobath na Inglaterra no 
início da década de 1940 para o tratamento de indivíduos com fisiopatologias do SNC. 
Esse método foi descrito como um conceito de vida e, como tal, continuou a evoluir 
com o passar dos anos 
 
O tratamento pelo desenvolvimento neurológico, como planejado por Bobath, usa o 
manuseio para inibir respostas anormais enquanto facilita reações automáticas. O 
manuseio proporciona experiências sensoriais e motoras normais que darão base para o 
desenvolvimento motor. Com as abordagens sensório-motoras, estímulos sensoriais 
específicos são administrados para estimular uma resposta comportamental ou motora 
desejada. Técnicas de integração sensorial algumas vezes são incorporadas nos 
programas sensório-motores. 
 
A intervenção sensório-motora pode ser aplicada a bebês de alto risco de várias 
maneiras, por exemplo, o rolamento linear em uma bola pequena para estimular o 
sistema vestibular e promover um estado de alerta. Estímulos proprioceptivos e táteis 
profundos poderão promover um comportamento calmo e auto regulatório 
 
As atividades lúdicas são um meio para atingir os objetivos terapêuticos. A brincadeira 
original não é como tirar férias da vida; é vida. O terapeuta e a criança estão sempre 
crescendo e mudando. A brincadeira original não se baseia no medo, mas em uma 
relação de confiança com a vida. Como um amiguinho, o terapeuta se junta a criança de 
tal forma que ambos sentem-se amados, respeitados e ansiosos por explorar. As 
habilidades necessárias para a brincadeira serão a curiosidade, confiança, resistência, 
vigilância 
 
A arte de normalizar o tônus é brincar com ele. Se o tônus é baixo, trazê-lo para um 
tônus mais alto e normalizado; se o tônus é alto, trazê-lo para o tônus mais baixo e 
normalizado. Assim que obtiver um tônus mais normalizado, é necessário dar-se a 
reação de equilíbrio. São essas reações de equilíbrio, rotação, tirar da linha média, que 
vão manter o tônus normalizado e fazer com que o cérebro integre essas reações e 
mantém o tônus 
 
Antes que a criança chegue é necessário planejar como utilizar o ambiente e os 
brinquedos para trabalhar no sentido das metas de desenvolvimento da criança. É 
importante ter pelo menos um plano de reserva para a seção de fisioterapia, pois a 
criança pode não querer realizar atividade proposta. O uso criativo do equipamento e 
dos brinquedos é uma habilidade muito importante. 
 
 Um adjunto à flexibilidade é aprender a usar o ambiente como instrumento de 
fisioterapia. Uma grande motivação para as crianças pequenas são irmãos, pais e avós. 
A família pode conseguir que a criança faça alguma coisa que o terapeuta não consegue. 
Também sabem o tipo de brincadeira que a criança gosta e podem incorporar jogos 
familiares às sessões. A música também pode ser de grande motivação; pode ser de 
fundo, para incrementar a atmosfera da sessão de fisioterapia, usada como meio para as 
rotinas de exercícios, tocada em um gravador acionado por botões para incentivar 
movimentos específicos 
 
Estudo comparativo sobre desempenho perceptual e motor em crianças em idade escolar 
que nasceram pré-termo e a termo mostrou diferenças significativas de desempenho 
entre os dois grupos em quase todos os testes. Chama a atenção para a importância do 
acompanhamento que deve ser dado do desenvolvimento de recém-nascidos pré-termo, 
principalmente os nascidos abaixo da 34º semana de gestação e com menos de 1500g, 
até a idade escolar. Uma recomendação pertinente, frente aos dados apresentados, é que 
além de programas de detecção precoce de seqüelas neuromotoras, crianças com 
história de prematuridade e que não apresentam quadro neurológico evidente, deveriam 
ser encaminhados a programas de intervenção precoce 
 
Em análise sobre o desenvolvimento cognitivo de crianças nascidas com muito baixo 
peso na idade pré-escolar, constatou-se um funcionamento intelectual limítrofe no 
momento da avaliação, indicando possível dificuldade escolar, reforçando a necessidade 
de se promover estimulação adequada à criança 
 
É muito importante fazer um plano de tratamento, visualizando-se o bebê com o que se 
apresenta, e como será se não for possível normalizá-lo, para que se trabalhe muito mais 
nas suas dificuldades e que, pelo bom posicionamento, a normalização adquirida na 
terapia ou pelo manuseio adequado dado pela mãe (que deve ser bem orientada) perdure 
por mais tempo. Essa é a idéia fundamental da intervenção precoce: normalizar o tônus 
e permitir que, pela plasticidade, estas sensações normais sejam absorvidas e que sejam 
mantidas pelo maior tempo possível, para que as sensações anormais sejam colocadas 
em segundo plano, fazendo com que o cérebro só integre as sensações normais e depois 
as use para sempre 
 
De nada adianta o bebê ir diariamente à sessão de terapia e depois passar o resto do dia 
em posturas que não favoreçam esta normalização. É muito mais vantajoso um bebê ir 
uma a duas vezes por semana na terapia onde a mãe é sempre orientada e assiste o 
tratamento. Ela é a grande força para a normalização de um bebê pequeno, e por isso ela 
deve ser respeitada, conquistada e amada pelo terapeuta 
 
Objetivos 
 
Fazer um levantamento quanto às fases de desenvolvimento motor normal da criança e 
sobre como e o porquê da estimulação precoce na criança de risco. 
 
 
Metodologia 
 
Foram pesquisadas e utilizadas referências bibliográficas de 1990 à 2004, encontradas 
na biblioteca do Centro Universitário Hermínio Ometto e na base de dados Scielo 
Brasil. 
 
Conclusão 
 
Pode-se concluir que o período de 0 a 18 meses é o de maior desenvolvimento da 
criança, sendo que as diferenças são notadas claramente. Também que cada criança tem 
seu tempo e se desenvolve de acordo com a maturação de seu SNC, juntamente com a 
ação do meio em que vivem; mas pode-se considerar, por alto, uma seqüência de 
desenvolvimento normal que deve ser seguida. Sabe-se da necessidade que algumas 
crianças possuem, através de estudos realizados, de estimulação nessa primeira fase de 
sua vida, mesmo não possuindo problemas neurológicos (geralmente, crianças que 
nascem pré-termo, com extremo baixo peso). E é a partir disso que a fisioterapia faz uso 
da estimulação precoce, ajudando, através de brincadeiras, as crianças a se 
desenvolverem da melhor maneira possível. 
Site: 
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/neuro/desenv_motor_o
ctavio.htm 
Psicomotricidade/1 - Introducao a Psicomotricidade.pdf
CONCEITOS E APRESENTAÇÃO 
A psicomotricidade constitui o estudo relativo às questões motoras e psico-
afetivas do ser humano. A mesma seria o ponto de encontro entre a expressão 
motora (o que a pessoa faz ) e a característica pessoal-emocional de cada ser 
humano (o que a pessoa sente). 
 O corpo é o seu ponto de referência e o seu interesse objetivo de estudo. 
As alterações corporais constituem-se, assim, no motivo das suas pesquisas e 
no da sua intervenção. 
 A psicomotricidade será, dessa forma, um tipo de psicoterapia de índole 
corporal.
É uma ciência que estuda a conduta motora como expressão do 
amadurecimento e desenvolvimento da totalidade psico-física do homem e tem 
como um dos objetivos principais fazer com que o indivíduo descubra seu 
próprio corpo em relação com o mundo interno e externo, e sua capacidade de 
movimento-ação” (Le Boulch, 1980) 
O movimento é uma necessidade orgânica; é a base para a organização 
física, psíquica, mental e social do homem. Ele vive em unidade com o meio 
externo e busca adaptar-se constantemente a ele. (Fonseca, 1998). 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR NORMAL 
 
 A partir do nascimento o cérebro infantil encontra-se em constante 
evolução 
 Através de sua inter-relação com o meio. A criança reconhece o mundo 
pelos sentidos, age sobre ele, e esta interação se modifica durante a 
evolução, entendendo melhor, pensando de modo mais complexo, 
comportando-se de maneira mais adequada, com maior precisão à 
medida que domina seu corpo e elabora suas idéias (DIAMENT;CYPEL, 
1996). 
 Os estágios que caracterizam o desenvolvimento da inteligência da 
criança se dividem em três: 
 I - Período sensório-motor (do nascimento até dois anos) 
 II - Período de operações concretas (dos dois anos até onze 
anos) 
 III -Período de operações formais (dos onze anos aos doze anos) 
 
 O desenvolvimento motor normal ocorre através da maturação gradual 
do controle postural com aprimoramento das reações de retificação e 
equilíbrio, que são a base para as atividades normais. 
 O desenvolvimento motor tem início ainda na vida intra-uterina, sendo os 
movimentos adquiridos pelo recém nascido nada mais que uma 
adaptação, modificação e refinamento de padrões de movimentos pré-
existentes. 
 A princípio os movimentos do bebê são espontâneos, automáticos ou 
acidentais, e, com a repetição, vão se tornando mais controlados. 
 Os estímulos sensoriais e o feedback são muito importantes neste 
processo. Dentro dos estímulos sensoriais temos o tátil, o labiríntico, o 
visual e o proprioceptivo. 
 O recém-nascido, examinado em estado de vigília, apresenta um tônus 
muscular aumentado (hipertonia) gerando um padrão de flexão a nível 
dos quatro membros. A hipertonia auxilia no nascimento da criança 
permanecendo por mais ou menos 15 dias. 
 Passado a fase hipertônica, o tônus se adequa podendo surgir uma leve 
hipotonia. Agitação dos membros, sendo que os membros inferiores 
(MMII) são mais ativos com movimentos bruscos, fortes e rítmicos e os 
membros superiores (MMSS) apresentam movimentos lentos e 
rotatórios. 
Os seis reflexos primários principais estão nítidos: deglutição, Moro, Reflexo 
Tônico Cervical Assimétrico (RTCA), preensão palmar e plantar, galant e 
reação de marcha 
Psicomotricidade - intervenção fisioterápica 
 É fundamental a importância da intervenção fisioterapêutica na 
prevenção dos atrasos neuropsicomotores na criança. 
 A pobreza de atividades motoras impostas pela deficiência pode 
promover desvios, atrasos e dificuldades na aquisição de habilidades 
sensório-motoras, tais como: ajustes do tônus muscular; ajustes 
posturais; tendência à hipotonia; mudanças de postura; reações de 
endireitamento; reações protetoras; equilíbrio estático e dinâmico; 
orientação têmporo-espacial; coordenação motora ampla e fina; 
sensibilidade tátil. 
 Esses desvios interferem no desenvolvimento global: pessoal/social, 
psíquico e cognitivo. 
 Através de uma abordagem de ordem prática procuramos mostrar como 
a Fisioterapia, utilizando-se de fundamentos da Psicomotricidade, dentro 
dos programas de Estimulação Precoce, pode intervir no processo do 
desenvolvimento motor da criança como elemento facilitador, permitindo 
que ela se desenvolva da forma mais ajustada possível. 
 
ASPECTOS GERAIS DA PSICOMOTRICIDADE 
 
A Psicomotricidade não visa a readaptação funcional ou a supervalorização do 
músculo, mas a fluidez do corpo no envolvimento. 
 
O seu fim é permitir uma melhor integração e um melhor conhecimento do 
corpo, uma maior capacidade de se situar no espaço, no tempo e no mundo 
dos objetos, facilitar e promover uma melhor harmonização na relação com o 
outro.(Ajuriaguerra e Soubiran, 1959). 
 
 
 
 
 
Pesquisas mostram que crianças com bom desenvolvimento psicomotor 
exercem maior domínio do ambiente, tornando-se líderes, ao contrário 
daqueles que possuem um atraso psicomotor, tem dificuldades em 
serem aceitos pelo grupo (Montagnier). 
 
Funções Psicomotoras 
 Esquema Corporal; 
 Tônus da Postura; 
 Coordenações Globais (Motricidade ampla); 
 Motricidade Fina; 
 Organização Espacial e Temporal; 
 Ritmo; 
 Lateralidade; 
 Equilíbrio e Relaxamento. 
PREMISSAS IMPORTANTES 
 Saber esperar e escutar; 
 Ter em conta a progressão do desenvolvimento neuromotor: 
– O sujeito atua das posturas de flexão às de extensão; 
– A maturação ocorre do céfalo-caudal ao próximo distal; 
– O movimento se organiza da globalidade à independência. 
 O movimento se desenvolve desde situações passivas a uma 
progressiva dinâmica 
 As propostas lúdicas devem orientar-se para a participação criadora da 
criança, facilitando a expressão de seus sentimentos e contribuindo para 
o desenvolvimento de habilidades cognitivas. 
 A terapia não é local para subestimar ou superestimar o paciente. As 
técnicas corretas e aplicáveis devem ser estimuladas. 
 Estimular a participação dos familiares. 
 
CONCLUSÃO 
A psicomotricidade contribui significativamente nos Programas de 
Estimulação Precoce, enriquecendo e aprofundando as condutas utilizadas na 
intervenção fisioterápica no que se refere à prevenção do atraso motor da 
criança nos primeiros dois anos de vida. 
A criança é um ser único e deve ser respeitada com suas limitações e 
características próprias. Há que se valorizar, porém, todo seu potencial 
positivo. Ele possibilita o desenvolvimento infantil quando uma deficiência se 
faz presente. 
A Fisioterapia, revestida dos aspectos educacionais e psicomotores, atuam 
acompanhando e intervindo, durante todo o processo do desenvolvimento da 
criança, despertando nela o interesse em cumprir todas as etapas motoras 
previstas pela evolução. 
Psicomotricidade/6 - Desenvolvimeno Motor (1-2anos).pdf
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DE 1 A 2 ANOS 
 
As Funções Psicomotoras: Tônus da Postura e Desenvolvimento Psicomotor: 1 a 2 Anos. 
 
Tonicidade Muscular: 
 Os músculos individuais saudáveis apresentam uma firmeza à palpação que é denominada 
Tônus Muscular. Esta firmeza está presente nos músculos em repouso mesmo nos 
indivíduos bem relaxados, mas é perdida se o nervo motor que controla o músculo é 
cortado, ou seja, já nascemos com ela. 
 Assim, a tonicidade muscular de músculos relaxados e normalmente inervados parece ser 
um resultado de propriedades físicas básicas como: elasticidade, viscosidade e 
plasticidade. Uma quantidade normal de tônus muscular, assegura que o músculo esteja 
pronto pra resistir a qualquer mudança em seu comprimento, auxiliando com isso a 
manutenção da postura, mas também que ele esteja pronto a contrair-se ou relaxar-se 
rapidamente quando os sinais de controle apropriados atingem os motoneurônios para 
produzir um movimento coordenado. 
 
O tônus pode ser influenciado por doenças ou lesões em vários níveis do sistema nervoso, que 
podem causar sintomas

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