Buscar

O des. hist. das prat. de saude

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

ENFERMAGEM
O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE
Salvador
2017
CAIO MENDES ESQUIVEL
RESUMO DO CAPITULO I DO LIVRO HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – VERSÕES E INTERPRETAÇÕES DE GIOVANINI, TELMA - MOREIRA, ALMERINHA - SCHOLLER, DORNELLES - MACHADO, WILLIAM C. A.
Trabalho da disciplina Prática de Enfermagem I, do curso de Enfermagem da UNIFACS como requisito para obtenção de nota.
Elcimara Jesus
Salvador
2017
O Desenvolvimento Histórico das Práticas de Saúde
As práticas de saúde desenvolveram-se junto com as primeiras civilizações, em diferentes nações e épocas pois inerentes a própria condição de sobrevivência e foram influenciadas pelas mais diferentes doutrinas e dogmas, como podemos observar a seguir.
• Assíria e Babilônia: Medicina baseada em crendices e magias, as curas aconteciam como milagres de Deus. Não fazem menção nem a hospitais nem a enfermagem.
• China: Alcançada pela influência árabe, traduziram e difundiram os escritos de Hipócrates e de Galeno. Sacerdotes tratavam os doentes com plantas medicinais nos templos, categorizavam as doenças e as tratavam conforme sua gravidade. Construíram hospitais e casas de repouso, conheciam a arte da cirurgia e tratavam a varíola e a sífilis, anestesiavam com ópio e utilizavam arsênico em doenças de pele, além da acupuntura e da cauterização. Deixaram como legado o princípio da medicina chinesa. Enfatizavam a prevenção das doenças pela manutenção desse equilíbrio. Para eles, as doenças eram resultantes também dos maus espíritos. Foram os únicos a descrever as etapas do diagnóstico.
• Egito: Detentores de vastos saberes e práticas da medicina de sua época, não deixavam de lado as praticas mágico-religiosas. Utilizavam a interpretação de sonhos e o hipnotismo na cura de doenças.
• Índia: Os hindus tinham um grande conhecimento em anatomia e a arte humanística. Contribuíram para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina, citam enfermeiros, exigindo destes conhecimentos científicos, habilidades e elevados princípios morais. Construíram vários hospitais, onde utilizavam e valorizaram diversas formas de distração para os enfermos. Realizavam procedimentos de alta complexidade para a sua época.
• Japão:Muito conhecida pelo uso intensivo da hidroterapia na cura de doenças. Sua cultura favorecia e estimulava a prática da eutanásia.
• Grécia: A mitologia grega, seus deuses e heróis são o motor da história da medicina ocidental, através dos sacerdotes e cirurgiões-barbeiros. Hipócrates, o pai da medicina, dissociou a crendice das práticas de saúde, dando uma nova versão mais científica à história da medicina. Os tratamentos utilizados eram os recursos da natureza, como banho de sol, ar puro, água pura, sangrias, massagens e dietas, nos templos.
• Roma: Com uma prática médica menos prestigiada que a grega, porém destacados quanto à higiene e à saúde pública, por meio de seus aquedutos, esgotos, cisternas e banhos públicos; a medicina romana aliava o religioso, o mágico e o popular e, durante muito tempo, foi exercida por estrangeiros e escravos.
A periodização obedece à relação do objeto de pesquisa com a realidade histórica e é identificada por pontos críticos, em que ocorre transformação qualitativa ou mudança significativa nessa relação, ficando assim subdividida:
As práticas de saúde instintivas: Inerente ao instinto de conservação da espécie, a historia mostra que a mulher foi, num primeiro estágio da civilização, foi contemplada como responsável pelo cuidado de crianças, velhos e doentes. Com o evoluir dos tempos, o homem percebeu que o conhecimento dos meios de cura resultava em poder, aliou esse conhecimento ao misticismo e se apoderou desse poder.
As praticas de saúde Mágico-sacerdotais: As práticas de saúde eram ligadas as práticas religiosas, a cura era um jogo entre a natureza e a doença, o sacerdote era o mediador e interprete dos deuses, aliado da natureza contra os demônios causadores dos males do corpo e do espírito. Os enfermos eram tratados em templos onde passavam por banhos em fontes de água pura, dietas, exercícios e medicamentos empíricos.
As práticas de saúde no alvorecer da ciência: No final do século V ao inicio do século IV a.C.. Os filósofos e os sofistas vêem a psicologia humana como o centro do real, eliminam o maravilhoso e o sobrenatural. A prática de saúde passa agora a se basear na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico – prejudicada pela ausência quase total de conhecimentos anatomofisiológicos – e na especulação filosófica. O processo de cura é então, dissociado dos preceitos místicos e sacerdotais. Hipócrates, de acordo com este pensamento, enfatizou a importância do diagnóstico, prognóstico e da terapêutica como um processo a ser desenvolvido a partir da observação do enfermo.
As práticas de saúde Monástico-medievais
Período marcado por guerras bárbaras que deram inicio a devastação da Europa ocidental, a queda do Império Romano e a ascensão do feudalismo. Grandes epidemias entre guerras sangrentas e graves desastres naturais reforçaram as superstições e as crendices voltam a prosperar apoiadas pela ignorância coletiva, e nesse cenário de sensibilidade mística do povo, a religião cristã começa a progredir. Restritos ao clero, o conhecimento de saúde, agora minado pelo ceticismo e desvinculado do interesse cientifico, se inclina, novamente para uma pratica dogmática. 
	Os primeiros hospitais foram inicialmente destinados aos monges e só mais tarde, surgiram outros, para atender a demanda das grandes epidemias, catástrofes e guerras e eram ligados às práticas de saúde dos mosteiros. Movidas pela fé em cristo, muitas mulheres decidem dedicar sua vida para a caridade e a enfermagem começa a aparecer como uma pratica leiga. As aspirantes eram submetidas a treinamentos nos conventos e o ensino era desenvolvido nos orfanatos, residências e hospitais. Principalmente optavam por este tipo de vida as virgens e as viúvas, e como fundadoras de monastérios femininos, as damas de grande influencia na sociedade. Esse período deixou um legado de valores que com o passar do tempo foram legitimados e vistos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem, como a abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros.
As práticas de saúde Pós-monásticas
A decadência do regime feudal e a expansão do comercio e da indústria – que gerou uma grande demanda de mão de obra nas grandes cidades – causaram uma grande migração para as cidades. A ciência tradicional da lugar a expansão progressiva da nova ciência ocidental. Com o surgimento da Renascença na Itália, as práticas de saúde avançam para a objetividade da observação e da experimentação voltando-se mais para o cliente do que para os ensinamentos literários, assim o estudo do organismo humano, seu comportamento e suas doenças foram priorizados. Acompanhando as descobertas anatômicas, a cirurgia também faz notáveis progressos.
As universidades se multiplicam sem se desligar da direção da igreja ate , com a entrada de judeus e outros não católicos, esse quadro começou a se reverter.
A exigência da formação universitária para o exercício da medicina e o amparo de leis e estatutos vigorosos, consolida o status social da categoria. Ao sair do monastério para a universidade, a pratica medica encontrou um refugio seguro que possibilitou a sua evolução. O mesmo não ocorreu com a Enfermagem, que viria a sofrer diretamente todas as conseqüências dos movimentos religiosos que se anunciavam.
As condições políticas, o baixo nível de qualidade das praticas de saúde e a posição considerada inferior da mulher na sociedade contribuíram para o desprestigio da Enfermagem, durante o período compreendido entre os séculos XVI e XVII, caracterizando a sua fase de decadência.
As práticas de saúde no mundo moderno
A revolução industrial, e o progresso dos meios de transporte, aceleraram a expansão econômica e cientifica. Ocorreram fatores que romperamcom os vínculos do feudalismo, sendo eles, a revolução industrial e a melhoria do tráfego terrestre e marítimo acelerando assim a expansão econômica e científica. 
	Como conseqüência da desintegração social das comunidades de pequenos produtores, ocasionada pela dissociação entre o trabalhador e a propriedade produtiva, aqueles que resistiram, ficaram condicionados ao alienante e hostil trabalho das industrias., antes dificilmente sofriam de desnutrição, em razão da facilidade de subsistência gerada pela presença agropastoril, agora, diante das novas condições de vida e trabalho, torna-se muito mais suscetível às doenças provenientes dessa nova condição, bem como contagio que resultam na propagação de doenças transmissíveis. Existe interesse em manter a saúde, não como uma necessidade básica do indivíduo, mas como um modo de manutenção da produtividade e por esse motivo, o Estado passa a assumir o controle da assistência à saúde.
A evolução da Medicina e sua articulação com a esfera produtiva
Além de ser um instrumento de manutenção e reprodução da força de trabalho, a saúde também funciona como meio de fortalecer o poder econômico, uma vez que consumirá bens, equipamentos e grande quantidade de medicamentos, o que resultará em produção direta de riqueza. Dessa forma, a saúde passa a ser vista, também, como objeto de consumo, já que, para uns, constitui uma necessidade ou um desejo e, para outros, constitui lucro.
As universidades estavam agora mais liberadas do controle religioso e político tiveram um grande avanço naquela época, modernizando-se e difundindo melhor a cultura. Esse rápido crescimento, não evitou o surgimento de charlatães que fez o povo, ainda ignorante, alvo de seus falsos remédios e suas praticas dúbias. Entretanto, os verdadeiros médicos investiram contra esses elementos e em varias cidades foi estabelecida uma norma para os que pretendiam exercer a Medicina.
A reorganização hospitalar e o surgimento da Enfermagem moderna
É na reorganização da instituição hospitalar e no posicionamento do medico, como principal responsável por essa reordenação e logo que ocorra a instrucionalização da enfermagem, as ações burocráticas farão parte da pratica administrativa do enfermeiro.
Nesse período Florence Nightingale se destacou pelo seu grande conhecimento em enfermagem. Por isso foi convidada para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Crimeia. Ela foi a precursora da nova enfermagem que, como a Medicina, encontrava-se vinculada à política e à ideologia da sociedade capitalista. Para ela, existiam quatro conceitos básicos fundamentais para o cuidado aos doentes: o ser humano, o meio ambiente, a saúde e a Enfermagem, esses conceitos identificam-se com as bases humanísticas da Enfermagem. Entendeu, também, que a cura não resultava da ação médica ou de Enfermagem, mas que era um privilégio da natureza; portanto, as ações de Enfermagem deveriam visar à manutenção do doente em condições favoráveis à cura para que a natureza pudesse atuar sobre ele. Considerou que o conhecimento e as ações de Enfermagem são diferentes das ações e dos conhecimentos médicos, uma vez que o interesse da Enfermagem está centrado no ser humano sadio ou doente e não na doença e na saúde propriamente ditas.
Após a guerra, Florence fundou uma escola de enfermagem que a posteriormente passou a servir de modelo para as demais escolas. Assim a enfermagem deixa de ser empírica. A Enfermagem moderna nasce como uma profissão complementar à prática médica, ou seja, um suporte do trabalho médico, subordinado a este.

Outros materiais