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Texto Aula 05 e Aula 06 Oferta e Demanda

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CENÁRIOS ECONÔMICOS 
 
AULA 05 
OFERTA E DEMANDA 
 
Prof. Johannes Theer 
 
OFERTA E DEMANDA 
 
Teoria Básica de Oferta e Demanda 
 
 A economia usa modelos para ajudar a explicar os fenômenos complexos. 
Um modelo é uma ferramenta que nos ajuda a entender alguma coisa por focar 
em certos aspectos da realidade enquanto ignoramos outros. Nenhum modelo 
pode considerar todos os fatores possíveis que poderiam ser relevantes, então os 
economistas fazem suposições simplificadoras. Um modelo de economia pode ter 
a forma de uma estória simplificada, um gráfico, uma figura, ou um conjunto de 
equações. Uma dos mais poderosos e amplamente modelos utilizados em 
economia consiste da interação da oferta e demanda. Baseado em várias 
suposições simplificadoras, este modelo nos provém com “insights” sobre as 
mudanças que esperamos quando certas coisas acontecem bem como que tipos 
de políticas econômicas são as mais apropriadas em circunstâncias diferentes. 
 
 Costuma-se dizer que, em uma economia capitalista, os problemas 
econômicos relativos à decisão sobre que tipos de produtos devem ser 
produzidos e a que preços serão vendidos esses produtos são resolvidos 
normalmente pelo livre jogo das forças de mercado – isto é, pelo livre 
funcionamento da oferta e da demanda. 
 Nesta hipótese, as decisões e escolhas econômicas são individualizadas e 
feitas pelos consumidores – que são os demandantes dos bens e serviços – e 
pelos produtores – que são os ofertantes. 
 
 
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 Agindo de acordo com seus próprios interesses, os indivíduos, afetando e 
sendo afetados pelo sistema de preços, tomam as decisões que maximizarão a 
satisfação coletiva. 
 
A Teoria da Demanda 
 
A teoria da demanda considera como o consumidor demanda por bens e serviços 
mudam como um resultado das mudanças nos preços e outras variáveis 
relevantes. Neste texto, será utilizado o mercado para gasolina como exemplo. 
 Obviamente, muitos dos fatores poderiam afetar a demanda do consumidor 
por gasolina, então começaremos por fazer uma suposição simplificadora. Por 
enquanto, vamos considerar como a demanda do consumidor por gasolina muda 
quando o preço da gasolina muda – todos os outros fatores relevantes são 
considerados constantes. 
 Os economistas usam o termo latino “ceteris paribus”, significando “todas 
outras coisas iguais” ou “tudo o mais sendo igual”, para isolar a influência de 
apenas um ou poucas variáveis. 
 Como a quantidade de gasolina demandada pelo consumidor mudará à 
medida que o preço da gasolina muda? A lei da demanda estabelece que à 
medida que o preço de um bem ou serviço aumenta, os consumidores 
demandarão menos dele, “ceteris paribus”. Poderíamos ao contrário estabelecer a 
lei da demanda como: os consumidores demandam mais de um bem ou serviço 
quando seu preço cai. Esta relação inversa entre preço de alguma coisa e a 
quantidade demandada pode ser expressa de muitas formas. Uma é a 
programação da demanda – uma tabela mostrando a quantidade demandada de 
um bem ou serviço específico a preços diferentes. A outra forma é um gráfico que 
ilustra a curva de demanda – a representação gráfica de uma programação de 
demanda. A convenção entre os economistas é de colocar a quantidade 
demandada no eixo horizontal (eixo x) e o preço no eixo vertical (eixo y). 
 
 
 
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 Outro fator que causaria uma mudança na demanda é uma mudança no 
preço dos bens relacionados. Neste exemplo da demanda por gasolina, suponha 
que o preço do transporte público aumente significativamente. Isto causaria a 
demanda por gasolina aumentar (mudança para a direita) à medida que mais 3 
pessoas decidem dirigir seus próprios veículos porque o transporte público é 
agora muito caro para eles. Uma mudança nas preferências dos consumidores 
causaria também a curva de demanda para gasolina mudar. Por exemplo, as 
preferências dos consumidores americanos com relação a veículos grandes, 
ineficientes em combustível, em anos recentes têm causado um aumento na 
demanda por gasolina. 
 Uma mudança significativa no número de pessoas dirigindo também 
causaria uma mudança na demanda por gasolina. 
 
Dessa análise surgem dois conceitos distintos: 
 
I) Variação da quantidade demandada (ou ofertada) – ocorre quando o preço do 
bem considerado varia,implicando um deslocamento ao longo da curva de 
demanda (ou de oferta). 
II) Variação da demanda (oferta) – ocorre quando outros fatores, exceto o preço, 
variam, implicando deslocamento da curva de demanda para a direita ou 
 
 
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esquerda (caso seja um dos fatores que influem na demanda) ou da curva de 
oferta (caso se trate de um fator que afete a oferta). 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
LANZANA, Antonio Evaristo Teixeira. Economia Brasileira ( Atlas) – 3ª Edição – 
2009. 
REGO, José Marcio. Economia Brasileira ( Saraiva) – 3ª Edição – 2009. 
ROSSETI, José Paschoal. Introdução a Economia ( Atlas). 20º Edição – 2003. 
 
 
 
CENÁRIOS ECONÔMICOS 
 
AULA 06 
OFERTA E DEMANDA 
 
Prof. Johannes Theer 
Teoria Básica de Oferta e Demanda 
 
 A economia usa modelos para ajudar a explicar os fenômenos complexos. 
Um modelo é uma ferramenta que nos ajuda a entender alguma coisa por focar 
em certos aspectos da realidade enquanto ignoramos outros. Nenhum modelo 
pode considerar todos os fatores possíveis que poderiam ser relevantes, então os 
economistas fazem suposições simplificadoras. Um modelo de economia pode ter 
a forma de uma estória simplificada, um gráfico, uma figura, ou um conjunto de 
equações. Uma dos mais poderosos e amplamente modelos utilizados em 
economia consiste da interação da oferta e demanda. Baseado em várias 
suposições simplificadoras, este modelo nos provém com “insights” sobre as 
mudanças que esperamos quando certas coisas acontecem bem como que tipos 
de políticas econômicas são as mais apropriadas em circunstâncias diferentes. 
 
 
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 Costuma-se dizer que, em uma economia capitalista, os problemas 
econômicos relativos à decisão sobre que tipos de produtos devem ser 
produzidos e a que preços serão vendidos esses produtos são resolvidos 
normalmente pelo livre jogo das forças de mercado – isto é, pelo livre 
funcionamento da oferta e da demanda. 
Nesta hipótese, as decisões e escolhas econômicas são individualizadas e feitas 
pelos consumidores – que são os demandantes dos bens e serviços – e pelos 
produtores – que são os ofertantes. 
Agindo de acordo com seus próprios interesses, os indivíduos, afetando e sendo 
afetados pelo sistema de preços, tomam as decisões que maximizarão a 
satisfação coletiva. 
 
A TEORIA DA OFERTA 
 
 O próximo passo em nossa análise é considerar o outro lado do mercado. 
A teoria da oferta considera como os produtores respondem ás mudanças no 
preço de um bem ou serviço que ofertam, ou outros fatores relevantes. Enquanto 
baixos preços apelam para os consumidores olharem por uma barganha, 
elevados preços apelam para os produtores olharem pela obtenção de lucro. 
Como se pode esperar para uma barganha, a lei da oferta é o oposto da lei da 
demanda. A lei da oferta estabelece que à medida que o preço de um bem ou 
serviço aumenta, os produtores decidirão ofertar mais dele, “ceteris paribus”.De acordo com a lei da oferta, o preço e a quantidade ofertada muda na 
mesma direção. 
Uma vez mais, podemos expressar a relação entre o preço e a quantidade 
ofertada usando ambos as tabelas e os gráficos. A Tabela 2 ilustra uma oferta por 
gasolina, com a quantidade ofertada aumentando à medida que o preço da 
gasolina aumenta. A Figura 3 simplesmente converte os dados na Tabela 2 em 
um gráfico. Note que a curva de oferta tem declividade positiva á medida que nos 
movemos para a direita. 
 
 
 
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 Existe também uma distinção entre uma mudança na quantidade ofertada e 
uma mudança na oferta. Uma mudança quantidade ofertada ocorre quando nos 
movemos ao longo da curva de oferta à medida que o preço do bem ou serviço 
muda. Isto é mostrado na Figura 3. Vemos que ao preço de $1,70, os produtores 
estão dispostos a ofertar 69.000 litros de gasolina. Mas se o preço fosse 
aumentado para $1,90, a quantidade ofertada aumentaria para 75.000 litros por 
semana. 
 
 
 
 Uma mudança na oferta ocorre quando a curva de oferta inteira se desloca. 
Novamente, vários fatores causariam o deslocamento da curva de oferta. Uma 
delas é uma mudança no preço dos insumos dos bens e serviços. Por exemplo, 
um aumento no salário pago aos empregados da companhia de gasolina faria os 
produtores aumentarem o preço que cobram pela gasolina, significando uma 
mudança na curva de oferta para a esquerda como ilustrada na Figura 4. Outro 
fator que causaria uma mudança na oferta é uma mudança na tecnologia de 
produção. 
 
 
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 Suponha que uma nova inovação reduz os custos da refinação da gasolina. 
Em que direção a curva de oferta se deslocaria neste caso? Quais outros fatores 
causariam uma mudança na oferta? 
 
 Podemos agora juntar ambos os lados do mercado da gasolina. O preço da 
gasolina é determinado pela interação entre os consumidores e produtores. 
Podemos ilustrar esta interação ao colocar nossas curvas de demanda e oferta 
em um mesmo gráfico, como mostrado na Figura 5. Podemos usar esta figura 
para determinar qual seria o preço da gasolina e quanto seria vendido. Primeiro, 
suponha que o preço da gasolina foi inicialmente $2,00 por litro. Vemos na Figura 
5 que a este preço a quantidade ofertada excede a quantidade demandada. 
Chamamos esta situação de excesso de oferta porque os produtores têm mais 
gasolina do que os consumidores estão dispostos a comprar. Ao invés de 
descartar o excesso de gasolina, os produtores irão baixar os seus preços 
visando atraírem mais consumidores. Então, no caso de uma oferta esperamos 
uma pressão para baixar os preços. 
 O que aconteceria se o preço fosse $1,50 por litro? Vemos na Figura 5 que 
a este preço a quantidade demandada excede que os produtores estão desejosos 
de ofertar. Os produtores irão notar este excesso de demanda e perceberão que 
eles podem aumentar seus preços, de forma que a escassez de oferta irá criar 
uma pressão para aumentar os preços. 
 
 
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Quando um excesso ou escassez de oferta existe, o mercado irá ajustar tentando 
eliminar o excesso de oferta ou demanda. Este ajustamento continuará até 
alcançar um preço onde a quantidade demandada iguala á quantidade ofertada. 
Apenas a este preço não existe pressão para ajustamentos adicionais de 
mercado, ”ceteris paribus”. Na Figura 5, isto ocorre ao preço de $1,80 por litro. Á 
este preço, ambos a quantidade demandada e a quantidade ofertada são 72.000 
litros por semana. Os economistas usam o termo equilíbrio de mercado para 
descrever um mercado que alcança esta situação estável. 
 
Um mercado em equilíbrio é estável tão logo todos os outros fatores relevantes 
permaneçam o mesmo, incluindo a renda do consumidor, os preços dos bens 
relacionados, a tecnologia de produção, etc. Mudanças nessas variáveis causarão 
uma (ou ambas) as curvas se deslocarem e resultarem num novo equilíbrio. 
 
 
 
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ELASTICIDADE DA DEMANDA E OFERTA 
 
 
As curvas de demanda e oferta indicam a resposta dos consumidores e 
produtores à mudanças no preço. Enquanto esperamos que todas as curvas de 
demanda sejam negativamente inclinadas sejam positivamente inclinadas (com 
raras exceções), suas formas irão variar, e as respostas às mudanças no preço 
podem ser menor ou maior. Considere novamente como os consumidores 
responderiam a um aumento no preço da gasolina. Os consumidores comprariam 
menos gasolina, mas, pelo menos no curto prazo, provavelmente não muito 
menos porque geralmente eles têm deslocamentos fixos para o trabalho, não 
podem comprar um novo veículo, e assim por diante. O grau de resposta do 
consumidor á mudança no preço de um bem ou serviço é determinado pela 
elasticidade-preço da demanda. 
 
 
 
 A demanda para um bem é relativamente preço inelástico se a quantidade 
demandada muda pouco à medida que o preço muda. Isto seria ilustrado 
graficamente por uma curva de demanda relativamente mais inclinada. A gasolina 
é um exemplo de um bem com uma demanda que é preço inelástico. Por outro 
 
 
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lado, a demanda para um bem é relativamente preço elástico se a quantidade 
demandada muda muito à medida que o preço varia (a curva de demanda seria 
relativamente mais deitada). 
 
 Há como também falar sobre a elasticidade-preço de oferta. A oferta de um 
bem é considerada preço inelástica se a quantidade ofertada muda pouco com a 
variação do preço. Uma curva de oferta preço elástica indicaria uma mudança 
relativamente grande na quantidade ofertada com uma mudança no preço. 
Note que a elasticidade preço da demanda e oferta pode mudar quando 
consideramos um período de tempo mais longo. No curto prazo, as curvas de 
demanda e oferta para gasolina são relativamente inelásticas. Mas quando 
consideramos um período de tempo mais longo, os consumidores podem 
responder a um aumento nos preços da gasolina por mover para um trabalho 
mais próximo da residência ou comprar um veículo mais eficiente em combustível, 
e os produtores podem construir novas refinarias ou perfurar mais poços de 
petróleo. Então a elasticidade preço da demanda e oferta para gasolina serão 
maiores num período de tempo mais longo. 
 
 
Referência (s) Bibliográfica(s): 
 
ROSSETI, José Paschoal. Introdução a Economia ( Atlas). 20º Edição – 2003. 
REGO, José Marcio. Economia Brasileira ( Saraiva) – 3ª Edição – 2009. 
LANZANA, Antonio Evaristo Teixeira. Economia Brasileira ( Atlas) – 3ª Edição – 
2009.

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