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Empreendedorismo Estratégico e Inovação

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ANÁLISE CRÍTICA SOBRE EMPREENDEDORISMO ESTRATÉGICO E INOVAÇÃO
Leandro Akira Oyadomari
Raiane Gomes Caldeira
INTRODUÇÃO
Devido às mudanças ocorridas no panorama econômico mundial desde a Revolução Industrial, foram sendo criados meios pelos quais as empresas podem alcançar uma posição de destaque em um ambiente de mercado cada vez mais competitivo, como exemplo podemos citar o empreendedorismo, a gestão estratégica e a inovação.
Segundo Pastro e Busanello (2014), a estratégia de qualquer empresa que tenha a inovação difundida em todo o processo pode ser reconhecida no empreendedorismo. Sendo assim, instaura-se uma atmosfera benéfica ao desenvolvimento de competências inovadoras e com isso, as organizações podem beneficiar-se dos frutos da junção desses três fundamentos.
Logo, este estudo tem como objetivo, analisar criticamente a relação que se foi criada entre a arte de empreender, as estratégias empresariais e a inovação.
DESENVOLVIMENTO
Segundo Stevenson e Jarillo (1990), empreendedorismo é um processo pelo qual o indivíduo, por ele mesmo ou dentro das organizações, busca oportunidades. Os empreendedores exploram as oportunidades de mercado através da inovação técnica e/ou organizacional (Schumpeter, 1965).
De acordo com Mintzberg (1994), a escola empreendedora tem referência nas estratégias, que se entendem como perspectivas na mente de um único líder, o empreendedor, mais especificamente. 
A gestão estratégica foi caracterizada como a área mais promissora para uma eventual integração com a pesquisa do empreendedorismo. Conforme Zahra e Dess (2001), os resultados positivos dessa integração podem ser observados na vida real dos negócios, onde empresas empreendedoras possuem uma maior tendência em seguir uma gestão estratégica do que as empresas já estabelecidas, que por sua vez costumam serem mais conservadoras.
O Empreendedorismo Estratégico surgiu dessa integração, Empreendedorismo e Gestão Estratégica. Esta nova vertente do empreendedorismo, para Klein et al (2012), possui duas ideias centrais: 1) A formulação e execução da estratégia envolvem atributos fundamentalmente empreendedores como: atenção, criatividade e ter capacidade crítica. Eles buscam criar e obter valor adquirindo recursos e posicionamento estratégico; 2) A busca por oportunidades e por vantagens, sendo esta a ideia central do empreendedorismo e a primeira da gestão estratégica, devem ser consideradas conjuntamente.
O Empreendedorismo Estratégico nos auxilia a entender como as empresas criam riquezas. Se a empresa cria uma oportunidade em potencial, mas não sabe usá-la adequadamente, ela não aferirá criar valor agregado para os clientes e as partes interessadas. Se elas constroem vantagens competitivas, mas não possuem a capacidade de identificar as oportunidades de mercado, não conseguirão manter tais vantagens a longo prazo e, consequentemente, deixarão de gerar patrimônio para os acionistas.
Nessa premissa do empreendedorismo estratégico, no qual há a busca por oportunidades e perspectiva de vantagens entra a inovação, que, segundo Schumpeter (1988) cria uma ruptura no sistema econômico, causando uma mudança no status quo das coisas, modificando assim, sistemas produtivos e padrões de produção, com isso cria valor para as organizações.
Schumpeter (1994), afirma que as empresas se dedicam a três tipos de atividades inovadoras, são elas: Invenção é o ato de criar ou desenvolver um produto ou processo; Inovação é o processo de criação de um produto a partir de uma invenção; e Imitação é a adoção de uma inovação por empresas do mesmo segmento ou similares.
Tendo em vista que uma empresa busca oportunidades empresariais e vantagens competitivas, ela deve fornecer um diferencial aos seus clientes, com base nisso, Hoskisson e Busenitz (2002) dirão que para uma empresa oferecer algo original, como novas invenções, deve-se investir em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), porém, segundo eles, nem todas as organizações possuem o porte necessário para isso. Segundo Ireland et al (2003), as instituições de pequeno porte têm mais efetividade em identificar novas oportunidades, no entanto, possuem maiores dificuldades em obter essa vantagem competitiva, ao contrário de grandes empresas, que são menos eficazes nesse quesito, mas possuem recursos financeiros suficientes para uma ação inovadora.
Entretanto, de nada adianta a empresa identificar uma oportunidade e oferecer algo inovador sem proteger ou sustentar tal vantagem adquirida. Para se usufruir plenamente dessa superioridade, a empresa deve desenvolver certas capacidades que a manterão frente a seus concorrentes, são elas: valor, raridade, dificuldade na imitação e ser insubstituível. Quando a organização consegue atender a esses critérios, ela cria uma ou mais vantagens competitivas para explorar as oportunidades identificadas, pois sem essa vantagem a organização terá um sucesso temporário. Tomando como exemplo, temos que no lançamento de um novo produto ou processo no mercado, deve-se tomar atitudes para que haja a proteção da posição da empresa. A combinação dessas variáveis representa o empreendedorismo estratégico. 
CONCLUSÃO
	O empreendedorismo estratégico, que inclui a busca por oportunidade e diferencial, contribui para a nossa compreensão de como as instituições criam riqueza. Empresas que identificam oportunidades potencialmente valiosas, mas não sabem explorá-las para desenvolver uma vantagem competitiva, não estará criando valor para seus clientes nem se quer bens para seus proprietários.
Organizações que constroem diferenciais competitivos, mas perdem a capacidade de identificar oportunidades empresariais valiosas, será pouco provável que elas consigam sustentar sua posição adquirida a longo prazo e inevitavelmente deixarão de gerar riqueza. Portanto, todas as empresas, novas ou não, pequenas ou grandes, devem empenhar-se tanto na procura de oportunidades como na criação de um comportamento voltado para a busca de diferencias.
Na verdade, detalha-se a gestão estratégica através da qual a exploração é utilizada para identificar oportunidades empresariais, onde essas são reconhecidas na geração de riquezas para as empresas e seus acionistas. Tendo isso em vista, o empreendedorismo estratégico facilita os esforços das organizações em identificar as melhores oportunidades e, em seguida, explorá-las com a ajuda de um planejamento estratégico. Logo, o objetivo do empreendedorismo estratégico é gerar continuamente vantagens competitivas e este processo leva à criação máxima de riqueza. 
Enfim, com a utilização de inovação tanto em processos como em produtos, os melhorando ou criando novos padrões, e com isso, ocorrendo algumas vezes até quebra de paradigmas dominantes, nos remete ao conceito de destruição criativa, que nos ajuda a elucidar a lógica desse processo cíclico e constante na obtenção de diferenciais em um mercado saturado e concorrido, gerando oportunidades e vantagens para as empresas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOSKISSON, R. E. and BUSENITZ, L. W. (2002), “Market uncertainty and learning distance in corporate entrepreneurship entry mode choice”. In: M. A. Hitt, R. D. Ireland, S. M. Camp e D. L. Sexton (eds.), Strategic Entrepreneurship: Creating a New Mindset, Oxford, UK: Blackwell Publishers, p. 151-172.
KATILA, R.. and. SHANE, S. (2005), “When does lack of resources make new firms innovative?”, Academy of Management Journal, 48: p. 814-829.
KETCHEN, D. J., IRELAND, R. D. and SNOW, C. C. (2007), Strategic Entrepreneurship, Collaborative innovation, and Wealth Creation, Strategic Entrepreneurship Journal, Vol.1, No.3Ǧ4, p. 371-385.
KLEIN, P. G., BARNEY, J. B. and FOSS, N. J. (2012), Strategic Entrepreneurship, Available at SSRN 2137050
MINTZBERG, H. The Falland Rise Of Strategic Planning. Harvard Business Review, jan./fev. 1994
PASTRO, I; BUSANELLO, Glauco florindo. Empreendedorismo: Estratégia e Inovação. In: CONGRESSO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADA, 3., 2014, Francisco Beltrão/PR. p. 1 - 18. 
SCHUMPETER,J. A. (1934), The Theory of Economic Development, Harvard University Press, Cambridge, MA.
SCHUMPETER, J. A. (1965). Economic Theory and Entrepreneurial History. In: Aitken HG (ed) Explorations in enterprise. Harvard University Press, Cambridge, MA
STEVENSON, H.H. and JARILLO, J.C. (1990), A Paradigm Of Entrepreneurship Research: Entrepre-neurial Management. Strategic Management Journal, 11, p.17-27.
ZAHRA, S., and DESS, G. G. (2001), Entrepreneurship as a field of research: Encouraging dialogue and debate. Academy of Management Review, 26, (1), p. 8-10.

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