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A diferença entre shunt anatômico e shunt fisiológico
Do volume de ar que é inspirado a cada ciclo respiratório, ou seja, o volume corrente, apenas uma parte chega aos alvéolos. A porção final deste volume inspirado vai preencher as vias aéreas. Nas vias aéreas não vai ocorrer hematose , logo o ar que preenche estes espaços onde não há hematose, é dito pertencer a um espaço morto anatômico. Porém, existe um espaço morto associado aos alvéolos, que compreende o ar que chega até aos alvéolos, mas que não sofre hematose. Este processo pode ocorrer em decorrência de um fenômeno patológico ou a partir de um fenômeno fisiológico.
Como um fenômeno fisiológico, pode ser destacado a relação ventilação/perfusão no ápice pulmonar, onde ocorre uma ventilação maior do que a capacidade de perfusão daquela região. Sendo assim, parte do ar que chega aos alvéolos apicais excede a capacidade de hematose, pois não há uma perfusão correspondente. Desta forma, parte do ar desta região pode ser considerada um ar de espaço morto, sendo esta uma condição fisiológica, e não patológica.
Uma situação patológica pode ser observada na embolia, onde um trombo impede a perfusão sanguínea de uma determinada região do pulmão, impedindo a hematose nos alvéolos afetados. Neste exemplo há um espaço morto alveolar patológico .
De maneira oposta ao ápice, a base do pulmão que é mais perfundida que ventilada em termos relativos. Sendo assim, parte do sangue que passa pelos alvéolos que compõem a base do pulmão não sofre hematose, proporcionando uma região de shunt, que, neste caso, é considerado um shunt fisiológico .
Na interrupção da ventilação de uma determinada região, tem-se uma situação patológica, proporcionada por um tampão mucoso , um tumor ou uma constrição brônquica . O sangue que passar por esta região não sofrerá, portanto, a troca gasosa, num típico shunt, porém, neste caso, um shunt anatômico.
É importante salientar que uma embolia pulmonar nunca vai gerar um shunt, mas sim um espaço morto, pois a região afetada pelo êmbolo, será ventilada, porém não perfundida.
Um indivíduo com uma obstrução das vias aéreas por um tumor não terá a região distal a este tumor como um espaço morto, pois o conceito de espaço morto está relacionado à ventilação sem troca gasosa. Esta região formará um shunt , pois o sangue que perfundir a região afetada pelo tumor não sofrerá hematose.

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