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Aula 04 09082017 Artigos 3 a 5 do Cód. Penal

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ARTIGOS 3º, 4º e 5º - LEI 2.848/40 | Aula 4
Paulo Donadelli - 09/08/2017
Resumo da aula anterior:
Na aula anterior aprendemos sobre a Anterioridade da Lei, (Art. 1º) o que em suma aponta para o princípio da legalidade penal, podendo apenas ser aplicado mediante previsão legal; suas subdivisões do princípio i) Reserva legal: Aplicado apena se a lei penal estiver devidamente aprovada pelo congresso nacional e sancionada pela presidência; ii) Anterioridade Penal: A condenação só será imposta desde que atenda aos requisitos da reserva legal e conjuntamente sua promulgação seja anterior a conduta criminosa e não retroagirá em detrimento ao réu. Lei Penal no Tempo, (Art. 2º) a lei para fins de minoração ou abolição (Abolitio Criminis) de pena poderá retroagir em favor ao réu e até mesmo poderá haver a ultratividade da norma o que consiste em dizer que: Ainda que a norma penal tenha sido revogada por lei tácita ou expressa, esta poderá ser suscitada a favor do réu. 
LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência
Uma lei após ser criada quando entra em vigor vai ter validade para o futuro, até que uma nova lei a revogue (tácita ou expressa). A Lei Penal em regra tem prazo indeterminado havendo dois tipos de leis penais com prazo determinado de vigência, sendo: Lei penal excepcional1 e a Lei penal temporária2, vejamos a diferença entre elas:
1	Lei penal excepcional: Está vinculada a uma circunstância especial que acontece na sociedade: exemplos de lei penal excepcional (estado de calamidade pública, estado de sítio, guerra, período eleitoral e etc.) e;
2	Lei penal temporária: A vigência é datada (início e fim).
Nota: A lei penal temporária e Excepcional não se aplica ao artigo 2º da lei nº 2.848 de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal Brasileiro.
TEMPO DO CRIME
Art. 4 – Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
O fato do crime é delimitado no tempo, há três teorias que mostram os critérios que delimitam o crime no tempo: o termo grafado “bem como” no texto, aponta para a conduta humana e seu resultado.
1	Teoria da atividade: Considera-se praticado o crime no lugar onde se deu a ação ou omissão. (Conduta humana).
2	Teoria do resultado: Considera-se praticado o crime no local onde se deu a produção do resultado. (Resultado da conduta).
3 	Teoria mista também conhecida como Teoria da ubiquidade: Considera-se o lugar do crime onde se deu a prática da ação ou omissão como também o local onde se produziu o resultado (adoção dos termos no artigo 6º do Cód. Penal. 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado
Nota 1: O artigo 4º do Cód. Penal, deixa claro que o Brasil adota a teoria da atividade.
Nota 2: Há crimes que são chamados de “permanente”, ou seja, esticado no tempo (a conduta se prolonga no tempo). Exemplo: crime de sequestro.
TERRITORIALIDADE
Art. 5 – Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
O conceito território entra a superfície (terra ou água), subsolo (abaixo da superfície), espaço aéreo de um determinado país. As exceções a este artigo também chamadas de Princípio da Territorialidade Temperada, possui características de que o país precisará ser designatário do tratado. O Brasil possui este tratado. Por exemplo os diplomatas, mesmo fora do país, são responsabilizados pela lei do país de origem, ou seja, o Brasil.
Nota: Embaixadas fora do país são considerados territórios brasileiros. Porém, os diplomatas fora do país são responsabilizados pelas leis do país de origem, desde que haja o acordo internacional. Portanto a imunidade diplomática é a exceção à regra.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil
Os §§ 1º e 2º do art. 5 do C.P, aponta para os casos ocorridos no território Brasileiro e nas áreas internacionais (terra nullius – isenta de bens). As áreas internacionais não estão sob a jurisdição de nenhum país, portanto quaisquer condutas humanas que culminar em crime, aplica-se o princípio da bandeira ou pavilhão, que nada mais é do que a lei penal do país a qual pertence a embarcação e/ou aeronave, independentemente se privada ou pública. 
Nota 1 (exemplificadora): Embarcação ou Aeronave de propriedade privada, de origem Brasileira, estando aportado em país diferente, na hipótese deste ser local de crime contra o bem jurídico da vida, aplica-se a lei penal do país onde ocorreu o crime.
Nota 2 (exemplificadora): Embarcação ou Aeronave de propriedade privada, de origem internacional, estando aportado em território Brasileiro, na hipótese deste ser local de crime contra o bem jurídico da vida, aplica-se a lei penal Brasileira.
Nota 3 (exceção à regra): Se a embarcação ou aeronave for de propriedade pública, é independente a localização, de qualquer forma será aplicada a lei penal do país a qual pertencer a embarcação e/ou aeronave.

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