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Algumas regras básicas do Direito das Sucessões • A sucessão se dá pela lei (sucessão legítima) ou por disposição de última vontade (sucessão testamentária); • A sucessão abre-se no momento da morte do indivíduo. A abertura da sucessão não se confunde com a abertura do processo de inventário;processo de inventário; • Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários (Princípio da saisine). Desse modo, a posse dos bens se transfere imediatamente; Algumas regras básicas do Direito das Sucessões • Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela; • Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão; • Somente a pessoa natural, e não a pessoa jurídica,• Somente a pessoa natural, e não a pessoa jurídica, herda pela sucessão legítima; • Na sucessão testamentária, pode-se testar em benefício de pessoas ainda não concebidas; • Na sucessão testamentária, a capacidade do testador é verificada no momento da elaboração do testamento; Algumas regras básicas do Direito das Sucessões • Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança (a outra metade, chamada de legítima, é intocável); • A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros;vários sejam os herdeiros; • O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública; • O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, conforme art. 80, inciso II, do Código Civil. Aceitação e Renúncia da Herança – Regras básicas • A aceitação da herança pode ser expressa ou tácita; • A renúncia da herança tem que ser expressa, por meio de instrumento público ou termo judicial; • Não se pode aceitar ou renunciar à herança em parte, sob condição ou a termo;condição ou a termo; • São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança. Implicações práticas acerca da renúncia da herança Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da subseqüente. B (filho) renunciante B (filho) renunciante C (filho) recebe C (filho) recebe A (falecido)A (falecido) C (filho) recebe metade da herança C (filho) recebe metade da herança D (filho) recebe metade da herança D (filho) recebe metade da herança Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça. A (falecido)A (falecido) B (filho) B (filho) C (filho) C (filho) B (filho) renunciante B (filho) renunciante D (neto) recebe 1/3 da herança D (neto) recebe 1/3 da herança C (filho) renunciante C (filho) renunciante E (neto) recebe 1/3 da herança E (neto) recebe 1/3 da herança F (neto) recebe 1/3 da herança F (neto) recebe 1/3 da herança Apenas um herdeiro da mesma classe renunciou. Nesse caso, a herança fica com o herdeiro da mesma classe que não renunciou. A (falecido)A (falecido) B (filho) B (filho) C (filho) não C (filho) não B (filho) renunciante B (filho) renunciante D (neto) não recebe nada D (neto) não recebe nada C (filho) não renunciante – recebe 100% C (filho) não renunciante – recebe 100% E (neto) não recebe nada E (neto) não recebe nada F (neto) não recebe nada F (neto) não recebe nada QUESTÃO POLÊMICA – A quota do renunciante deve ser devolvida a todos da mesma classe, ou aos da mesma classe, grau e linha? A (falecido)A (falecido) B (filho pré- morto) B (filho pré- morto) D (neto) renunciante D (neto) renunciante E (neto) recebe 50% da herança E (neto) recebe 50% da herança C (filho pré- morto) C (filho pré- morto) F (neto) recebe 25% da herança F (neto) recebe 25% da herança G (neto) recebe 25% da herança G (neto) recebe 25% da herança A doutrina majoritária adota o seguinte posicionamento A(falecido)A(falecido) B (filho pré- morto) B (filho pré- morto) D (neto) renunciante D (neto) renunciante E (neto) recebe 33,33% da herança E (neto) recebe 33,33% da herança C (filho pré- morto) C (filho pré- morto) F (neto) recebe 33,33% da herança F (neto) recebe 33,33% da herança G (neto) recebe 33,33% da herança G (neto) recebe 33,33% da herança Espécies de sucessão causa mortis. Diferenças entre elas • Sucessão legítima: 1) Vontade da lei; 2) Morrendo a pessoa sem deixar testamento, ou se este caducar ou for declarado nulo, transmite-se a herança • Sucessão testamentária: 1) Vontade do falecido; 2) Se houver herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança (legítima);nulo, transmite-se a herança a seus herdeiros legítimos indicados na lei (art. 1.829, CC); 3) A sucessão pode ser ao mesmo tempo legítima e testamentária, se o testamento não compreender todos os bens do falecido. herança (legítima); 3) Se não houver herdeiros necessários, poderá testar toda a herança, afastando, inclusive, seus parentes colaterais. Espécies de herdeiros • 1) Herdeiro legítimo: indicado pela lei, em ordem preferencial → descendentes, cônjuge, ascendentes e colaterais até o 4º grau; • 2) Herdeiro testamentário ou instituído: é o beneficiado pelo testador no ato de última vontade com uma parte do seu patrimônio, sem individuação de bens; a pessoa pelo testador no ato de última vontade com uma parte do seu patrimônio, sem individuação de bens; a pessoa contemplada com coisa certa não recebe o nome de herdeiro, mas legatário; • 3) Herdeiro necessário ou legitimário ou reservatário ou forçado: ascendentes, descendentes e cônjuge; • 4) Herdeiro universal: herdeiro único, que recebe a totalidade da herança. Herança jacente e Herança vacante • Herança jacente → quando a sucessão se abre e não há conhecimento da existência de herdeiros, não tendo o falecido deixado testamento. • Herança vacante → os bens da herança jacente são declarados vacantes se, praticadas todas as diligências, não aparecerem herdeiros. Decorridos cinco anos da abertura declarados vacantes se, praticadas todas as diligências, não aparecerem herdeiros. Decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta desde logo declarada vacante. Petição de Herança • É a ação que compete ao sucessor preterido, para o fim de ser reconhecido o seu direito sucessório e obter, em conseqüência, a restituição da herança, no todo ou em parte, de quem a possua, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título. O réu da referida demanda é a pessoamesmo sem título. O réu da referida demanda é a pessoa que está na posse de bens hereditários, como se fosse herdeiro. A procedência do pedido gera a ineficácia da partilha. • De acordo com a Súmula 49 do STF, “é imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança”.
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