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1. Direito das Sucess es regras gerais

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Algumas regras básicas do Direito das Sucessões
• A sucessão se dá pela lei (sucessão legítima) ou por
disposição de última vontade (sucessão testamentária);
• A sucessão abre-se no momento da morte do indivíduo. A
abertura da sucessão não se confunde com a abertura do
processo de inventário;processo de inventário;
• Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários (Princípio da saisine).
Desse modo, a posse dos bens se transfere imediatamente;
Algumas regras básicas do Direito das Sucessões
• Regula a sucessão e a legitimação para suceder a
lei vigente ao tempo da abertura daquela;
• Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já
concebidas no momento da abertura da sucessão;
• Somente a pessoa natural, e não a pessoa jurídica,• Somente a pessoa natural, e não a pessoa jurídica,
herda pela sucessão legítima;
• Na sucessão testamentária, pode-se testar em
benefício de pessoas ainda não concebidas;
• Na sucessão testamentária, a capacidade do
testador é verificada no momento da elaboração
do testamento;
Algumas regras básicas do Direito das Sucessões
• Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá
dispor da metade da herança (a outra metade, chamada
de legítima, é intocável);
• A herança defere-se como um todo unitário, ainda que
vários sejam os herdeiros;vários sejam os herdeiros;
• O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que
disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de cessão por
escritura pública;
• O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel,
conforme art. 80, inciso II, do Código Civil.
Aceitação e Renúncia da Herança – Regras básicas
• A aceitação da herança pode ser expressa ou tácita;
• A renúncia da herança tem que ser expressa, por meio de
instrumento público ou termo judicial;
• Não se pode aceitar ou renunciar à herança em parte, sob
condição ou a termo;condição ou a termo;
• São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
Implicações práticas acerca da renúncia da herança
Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos 
outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos 
da subseqüente.
B (filho) 
renunciante
B (filho) 
renunciante
C (filho) recebe C (filho) recebe 
A (falecido)A (falecido)
C (filho) recebe 
metade da 
herança
C (filho) recebe 
metade da 
herança
D (filho) recebe 
metade da 
herança
D (filho) recebe 
metade da 
herança
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, 
porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da 
mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por 
direito próprio, e por cabeça.
A (falecido)A (falecido)
B (filho) B (filho) C (filho) C (filho) B (filho) 
renunciante
B (filho) 
renunciante
D (neto) 
recebe 1/3 da 
herança
D (neto) 
recebe 1/3 da 
herança
C (filho) 
renunciante
C (filho) 
renunciante
E (neto) 
recebe 1/3 da 
herança
E (neto) 
recebe 1/3 da 
herança
F (neto) 
recebe 1/3 da 
herança
F (neto) 
recebe 1/3 da 
herança
Apenas um herdeiro da mesma classe renunciou. 
Nesse caso, a herança fica com o herdeiro da mesma 
classe que não renunciou.
A (falecido)A (falecido)
B (filho) B (filho) C (filho) não C (filho) não B (filho) 
renunciante
B (filho) 
renunciante
D (neto) não 
recebe nada
D (neto) não 
recebe nada
C (filho) não 
renunciante –
recebe 100%
C (filho) não 
renunciante –
recebe 100%
E (neto) não 
recebe nada
E (neto) não 
recebe nada
F (neto) não 
recebe nada
F (neto) não 
recebe nada
QUESTÃO POLÊMICA – A quota do renunciante deve ser 
devolvida a todos da mesma classe, ou aos da mesma 
classe, grau e linha?
A (falecido)A (falecido)
B (filho pré-
morto)
B (filho pré-
morto)
D (neto) 
renunciante
D (neto) 
renunciante
E (neto) recebe 
50% da herança
E (neto) recebe 
50% da herança
C (filho pré-
morto)
C (filho pré-
morto)
F (neto) recebe 
25% da herança
F (neto) recebe 
25% da herança
G (neto) recebe 
25% da herança
G (neto) recebe 
25% da herança
A doutrina majoritária adota o seguinte 
posicionamento
A(falecido)A(falecido)
B (filho pré-
morto)
B (filho pré-
morto)
D (neto) 
renunciante
D (neto) 
renunciante
E (neto) recebe 
33,33% da 
herança
E (neto) recebe 
33,33% da 
herança
C (filho pré-
morto)
C (filho pré-
morto)
F (neto) recebe 
33,33% da 
herança
F (neto) recebe 
33,33% da 
herança
G (neto) recebe 
33,33% da 
herança
G (neto) recebe 
33,33% da 
herança
Espécies de sucessão causa mortis. 
Diferenças entre elas
• Sucessão legítima:
1) Vontade da lei;
2) Morrendo a pessoa sem
deixar testamento, ou se este
caducar ou for declarado
nulo, transmite-se a herança
• Sucessão testamentária:
1) Vontade do falecido;
2) Se houver herdeiros
necessários, o testador só
poderá dispor da metade da
herança (legítima);nulo, transmite-se a herança
a seus herdeiros legítimos
indicados na lei (art. 1.829,
CC);
3) A sucessão pode ser ao
mesmo tempo legítima e
testamentária, se o
testamento não compreender
todos os bens do falecido.
herança (legítima);
3) Se não houver herdeiros
necessários, poderá testar
toda a herança, afastando,
inclusive, seus parentes
colaterais.
Espécies de herdeiros
• 1) Herdeiro legítimo: indicado pela lei, em ordem
preferencial → descendentes, cônjuge, ascendentes e
colaterais até o 4º grau;
• 2) Herdeiro testamentário ou instituído: é o beneficiado
pelo testador no ato de última vontade com uma parte do
seu patrimônio, sem individuação de bens; a pessoa
pelo testador no ato de última vontade com uma parte do
seu patrimônio, sem individuação de bens; a pessoa
contemplada com coisa certa não recebe o nome de
herdeiro, mas legatário;
• 3) Herdeiro necessário ou legitimário ou reservatário ou
forçado: ascendentes, descendentes e cônjuge;
• 4) Herdeiro universal: herdeiro único, que recebe a
totalidade da herança.
Herança jacente e Herança vacante
• Herança jacente → quando a sucessão se abre e não há
conhecimento da existência de herdeiros, não tendo o
falecido deixado testamento.
• Herança vacante → os bens da herança jacente são
declarados vacantes se, praticadas todas as diligências, não
aparecerem herdeiros. Decorridos cinco anos da abertura
declarados vacantes se, praticadas todas as diligências, não
aparecerem herdeiros. Decorridos cinco anos da abertura
da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do
Município ou do Distrito Federal, se localizados nas
respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da
União quando situados em território federal. Quando todos
os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta
desde logo declarada vacante.
Petição de Herança
• É a ação que compete ao sucessor preterido, para o fim de
ser reconhecido o seu direito sucessório e obter, em
conseqüência, a restituição da herança, no todo ou em
parte, de quem a possua, na qualidade de herdeiro, ou
mesmo sem título. O réu da referida demanda é a pessoamesmo sem título. O réu da referida demanda é a pessoa
que está na posse de bens hereditários, como se fosse
herdeiro. A procedência do pedido gera a ineficácia da
partilha.
• De acordo com a Súmula 49 do STF, “é imprescritível a ação
de investigação de paternidade, mas não o é a de petição
de herança”.

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