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14/08/2017 1 Ectoparasitas de cães e gatos Etiologia, Controle e Potencial Vetorial Prof. Ivan Moura Lapera, M.Sc. Medicina Veterinária UNIRP – São José do Rio Preto/SP Abinpet, 2013 Introdução Importância dos ectoparasitas Sensibilização dos proprietários Aspectos econômicos Ração, antiparasitários e shampoos Potencial vetorial e zoonótico Delineamento Pulgas, sarnas, carrapatos e doenças 14/08/2017 2 Domingues et al., 2015 Controle inadequado Ausência de controle Etiologia e aspectos epidemiológicos Ctenocephalides felis felis Ctenocephalides canis Ampla distribuição Tunga penetrans “bicho-de-pé” ou tungíase Solo arenoso Puliciose 14/08/2017 3 Biologia - Ctenocephalides Duração do ciclo 14 dias a 7 meses Estratégias de sobrevivência Tigmotropismo e fototropismo negativo Exigências nutricionais das larvas Fonte de proteínas Canibalismo “Cuidados parentais” Puliciose Ctenocephalides 14/08/2017 4 Eclosão: 2 dias a 2 semanas 14/08/2017 5 Pouca movimentação Sensíveis a ressecamento 1 semana a 200 dias 8 a 9 dias Adulto formado – 140 dias ou mais Estímulo – presença do hospedeiro 14/08/2017 6 Cópula com vários machos Primeira oviposição – 24 a 48h após alimentação Ctenocephalides - Patogenia Picada – pápulas eritematosas, prurido intermitente Inquietação, estresse, anorexia Infestações altas – anemia ferropriva (animais jovens) Saliva – alergia, reação de hipersensibilidade 14/08/2017 7 Ctenocephalides - Patogenia Dermatite alérgica Lesões agudas: alopecia, pápulas crostosas, dermatite úmida, dermatite alérgica, auto-traumatismo, infecções secundárias Lesões crônicas: alopecia, hiperqueratose e hiperpigmentação *Gatos: dermatite miliar ou alopecia simétrica Localização das lesões Cães: preferencialmente em região lombar, base da cauda, porção ventral do abdome, parte interna das coxas Gatos: dorso, pescoço e rosto 14/08/2017 8 Ctenocephalides – ação vetorial Transmissão de patógenos Dipylidium caninum (cestódeo – cães e gatos) Dipetalonema reconditum (filarióide – cães) Outros patógenos ?? Ricketsias, bactérias e vírus Ctenocephalides – diagnóstico Gatos – toalete remove até 50% das pulgas visual 14/08/2017 9 Tunga penetrans Biologia Comum em solo seco e arenoso Fêmeas fecundadas penetram a pele Machos e fêmeas não fecundadas na superfície da pele Mais comum em cães Tunga penetrans Ciclo completo em 30 dias 8 a 10 dias 3 a 4 dias Larvas -> adultos 2 a 3 semanas 14/08/2017 10 Tunga - Patogenia Lesões frequentes em coxins plantares e escroto Prurido intenso, dor e inflamação Automutilações Infecções secundárias Risco de tétano – Clostridium tetani Dificuldades de locomoção 14/08/2017 11 Potencial zoonótico 14/08/2017 12 14/08/2017 13 ControleTratamento dos animais Adulticidas estritos Fipronil, Metaflumizona, Nitempiran e Dinotefuran Adulticidas e larvicidas Imidacloprid Fluralaner Endectocidas Selamectina Compostos Fipronil e methopreno Imidacloprid e moxidectina Imidacloprid e permetrina Ação ambiental Piriproxifeno (D-Fenotrina) Controle Ambiental Detetização – piretróides Local que o animal dorme a noite Outros locais Aspirador de pó e sol Lavagem da cama, panos, roupas, cobertores (água quente) Bicho-de-pé! Controle 14/08/2017 14 Ixodidiose Etiologia e aspectos epidemiológicos Rhipicephalus (Rhipicephalus) sanguineus R. (Boophilus) microplus Amblyomma ovale, A. aureolatum Ação Vetorial Ehrlichia canis Babesia canis Hepatozoon canis Biologia Postura: 21 a 29 d Incubação: 17 a 30 d Larva: 2 a 7 d1ª muda: 5 a 23 d 2ª muda: 11 a 73 d Ninfa: 4 a 9 d Fêmea: 6 a 30 d Sobrevivência: larvas (9 meses), ninfas (6 meses), adultos (19 meses) Trioxenos, oviposição em lugares altos Ciclo completo: 63 dias 14/08/2017 15 Patogenia - carrapato Lesões na pele – irritação, alergia, infecções bacterianas secundárias, miíases Alta intensidade - anemia Ação vetorial - Erlichia canis, Babesia canis, Rickettsia canis, B. caballi, B. equi, Anaplasma marginale e R. rickettsi (febre maculosa - zoonose) Hospedeiro definitivo - Hepatozoon canis Doenças associadas Erliquiose Ehrlichia canis Babesiose Babesia canis Hepatozoonose Hepatozoon canis H. americanum* 14/08/2017 16 Erliquiose Vetor biológico Transmissão transestadial Forma de infecção Até 155 dias após adquirir Ehrlichia Forma Aguda Apatia, anorexia, febre baixa Hemorragias e infecções oportunistas Espleno e linfadenomegalia Anemia leve, leucocitose, trombocitopenia Hiperglobulinemia e mórulas em monócitos Forma Sub-clínica Forma Crônica Pancitopenia Aplasia medular Tratamento Doxiciclina 10mg/Kg SID via oral 21 a 28 dias Tratamento de Suporte 14/08/2017 17 Babesiose Vetor biológico Transmissão transestadial e transovariana Forma de infecção Formas Clínicas (*subespécies) Geralmente assintomática Febre, apatia, anorexia, perda de peso Anemia hemolítica e icterícia (?) Espleno e linfadenomegalia Manifestações neurológicas Tratamento Imidocarb (5 – 6 mg/Kg IM) Repetir após 2 semanas Tratamento de suporte Hepatozoonose Vetor biológico (HD) Transestadial e transovariana Forma de infecção Ingestão do carrapato Formas Clínicas Baixa parasitemia (<5%) Infecção inaparente Alta parasitemia (~100%) Febre, apatia, anorexia, perda de peso Leucocitose elevada e hiperglobulinemia Morte Tratamento Imidocarb (5 – 6 mg/Kg PO/IM q14d) Repetir até negativação do esfregaço 14/08/2017 18 Hepatozoon canis Esquizonte no parênquima hepático Hepatozoon canis Gamontes em neutrófilos Baneth et al., 2003 Baneth et al. Baneth et al. Controle - carrapatos Tratamento dos animais Lactonas macrocíclicas injetáveis Ivermectina 1% (0,04 mL/Kg SC) Moxidectina (0,2mg/Kg SC) Produtos spot-on Fipronil Banhos acaricidas Permetrina Amitraz Comprimidos palatáveis Fluralaner Afoxolaner Controle Ambiental Lavagem e pulverização do ambiente Piretróides Fipronil 14/08/2017 19 Sarna sarcóptica Sarcoptes scabiei Sarna notoédrica Notoedres cati Sarna otodécica Otodectes cynotis Sarna demodécica Demodex canis, D. cati Sarnas - etiologia Sarna sarcóptica Sarcoptes scabiei var. canis Sarcoptes scabiei var. hominis Hospedeiros afetados Cães e humanos Transmissão contato direto ou indireto* 14/08/2017 20 Prurido intenso Eritema, papulas, descamação, formação de crostas e alopecia Lesões iniciais – orelhas, focinho, face e cotovelos Disseminação rápida Auto-traumatismo, infecções bacterianas secundárias Infecção crônica – seborréia, hiperqueratose e emaciação Patogenia Potencial zoonótico 14/08/2017 21 Tratamento Tópico Banhos com Amitraz Spot-on Selamectina Sistêmico Ivermectina 0,04 mL/Kg SC Notoedres cati Hospedeiros afetados Gatos Ocasionalmente cães e coelhos Também escava galerias Sarna notoédrica 14/08/2017 22 Alopecia, hiperqueratose, espessamento da epiderme Lesões secas, crostosas e descamativas Localização: ponta das orelhas e face Prurido intenso – escoriações, infecções secundárias Disseminação lenta (lesões) Altamente contagiosa Tratamento Ivermectina 0,04 mL/Kg SC Selamectina Sarna notoédrica - patogenia Sarna otodécica Otodectes cynotis Hospedeiros afetados Cães e gatos Localização Canal auditivo externo (próximo ao tímpano) Não escava galerias 14/08/2017 23 Prurido intenso (cães), acúmulo de exsudatos Otohematoma Tímpano hemorrágico Infecçõesbacterianas secundárias Sinais neurológicos Tratamento Ivermectina 0,04 mL/Kg SC Selamectina Imidacloprid Sarna otodécica - patogenia Sarna demodécica Demodex canis, Demodex cati (!!) Hospedeiros afetados Cães, gatos (…) Invadem folículo piloso, glândulas sebáceas e sudoríparas Comensais da pele 14/08/2017 24 Manifestação clínica Alopecia focal ou generalizada Seborreia e descamação Sem prurido Infecções bacterianas oportunistas (prurido, pústulas e comedões) Sarna demodécica - patogenia Curso benigno – autolimitante Associada a imunossupressão Não deve-se tratar Localização das lesões Demodicose localizada 14/08/2017 25 Alopecia, proliferação bacteriana, exsudação de odor desagradável Associada a fatores hereditários Tratamento Localização das lesões Demodicose generalizada Diagnóstico parasitológico Lesões características (alopecia) – suspeita Observação do parasita em raspado de pele - confirmação 14/08/2017 26 Forma focal Não tratar Forma sistêmica Banho com shampoo anti seborréico Banhos semanais com amitraz Moxidectina 0,5 mg/Kg ORAL q72h Ivermectina 0,6 mg/Kg ORAL q24h Pode ser necessária antibioticoterapia (piodermite) Tratamento longo e pode haver recidivas CASTRAÇÃO! Tratamento Tratamento 14/08/2017 27 Tratamento ivanlapera@yahoo.com.br Obrigado pela atenção
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