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Fases Rorschach

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TESTE DE RORSCHACH
Profª Mara Sizino
1917 - Rorschach, elabora as primeiras lâminas aplicando em 288 doentes mentais e 117 indivíduos normais.
1920 - elabora as lâminas cromáticas.
1922 - apresenta à Sociedade de Psicanálise. 
A apresentação oficial foi feita em 1921, no livro «Psychodiagnostik». 
Nove meses depois desta publicação, Rorschach morre aos 37 anos.
Breve Histórico
Sistemas de Interpretação:
Sistema Compreensivo (Exner) – parecer favorável CFP
Sistema da escola francesa (Sonia Paisan) – parecer favorável CFP
Sistema Klopfer (Cícero Vaz) – parecer favorável CFP
Sociedade Rorschach de São Paulo (Aníbal Silveira) – não consta na lista
SALA E AMBIENTE FÍSICO 
Luminosidade solar 
Decoração discreta 
Sala pequena 
Ausência de barulho 
Ausência de quadros 
Mesa e poltrona adequadas 
Tranquilidade 
Condições e preparo técnico do psicólogo
Elevado poder de análise e síntese 
 Bom manejo de entrevista 
Domínio de Psicopatologia Geral 
Domínio de Psicologia da Personalidade 
Gosto pelo trabalho metódico 
Ética profissional 
Conjunto de 10 cartões, lâminas ou pranchas. 
Protocolo para localização das respostas, folha contendo as 10 pranchas em tamanho reduzido.
Folha de aplicação com colunas previstas 
Canetas de mais de uma cor.
Cronômetro para controle da latência inicial e latência total.
 
Material necessário para aplicação:
 
 As 4 primeiras fases são obrigatórias e as 2 últimas facultativas:
1) Fase do “rapport” – estabelece uma relação entre o psicólogo e o avaliando (conversa informal, descontraída, sem aparentar controle e coleta de informações, não mantendo a postura de observador ou de julgamento). É muito importante estabelecer uma relação de segurança, confiança e deixar o avaliando à vontade. Fornecer as informações esclarecedores e necessárias para não facilitar “fantasmas” ou “fantasias”.
Aplicação e sua condução – 6 fases
As instruções devem ser procedidas da seguinte maneira: “Nós vamos agora fazer um teste simples. Não se trata de um teste de certo ou errado. Eu vou lhe apresentar uma série de cartões, um de cada vez, você olha e, à medida em que vai olhando, você vai falando tudo aquilo que parece, tudo aquilo que lhe é sugerido ao olhar para o cartão. Procure não se preocupar nem com erros nem com acertos, nem com o que é bom ou não falar. Bom é que você fale à vontade, bem livremente, tudo aquilo que lhe parece, lhe sugere, que lhe vem à lembrança. Algumas pessoas vêem mais, outras vêem menos. Enquanto você vai falando, eu vou tomando nota; não se preocupe também com isso!. Fique bem à vontade. Não vendo mais nada, devolva-me o cartão. Esta bem? Compreendeu bem?. Vamos começar! 
2) Fase das Instruções
O psicólogo oferece o primeiro Cartão com uma pequena frase: “Por favor, pode dizer o que as manchas lhe lembram, lhe sugerem.”
Efetuar o registro da latência inicial e latência total de cada prancha e anotar entre parênteses expressões não verbais.
Nesta fase, o psicólogo não conversa com o avaliando, a não ser entre a devolução de um Cartão e a apresentação do seguinte, dizendo “obrigado”, “vejamos mais este aqui” ou “vamos ver neste, o que lhe sugere”.
3) Fase da aplicação propriamente dita
Intervenções do psicólogo na hora da aplicação: 
É conveniente estimular a produção do examinando, principalmente quando for muito pobre, mas também deve-se intervir quando o número de respostas for exagerado. Para isso, nada mais delicado do que apresentar a prancha seguinte, dizendo que ele já viu muita coisa na anterior. 
Em geral, indivíduos saudáveis dão 3 ou 4 respostas por prancha. Mais de 8 ou 10 respostas por prancha, além de cansativo, é desnecessário. Cerca de 30 a 40 respostas no teste todo constituem a média para sujeitos normais. Um número acima de 60 freqüentemente é encontrado em indivíduos com habilidades artísticas, esquizofrênicos e obsessivos.
 
Hipoprodutividade
É comum o indivíduo devolver a prancha dizendo que não sabe o que significa. Neste caso, o psicólogo deve incentivar dizendo que qualquer resposta serve. Não deve aceitar a rejeição da prancha antes que ela tenha sido examinada por dois minutos.
Posição do teste
A posição do psicólogo deve ser de 90º ao avaliando e nunca na posição frente a frente.
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4) Fase do inquérito
É uma averiguação – entender de forma bem esclarecida tudo que a pessoa falou na fase de aplicação.
Procura saber o conteúdo das respostas. Respostas claras e classificáveis não requerem inquérito de conteúdo.
Procura saber onde o examinando situou as respostas nas manchas do cartão. 
Procura saber como ou porquê deu aquela resposta.
Nesta fase, o psicólogo passa a “conversar” com o examinando. 
É um momento de extrema importância, pois tem a finalidade de identificar se os dados levantados, posteriormente tabulados e classificados, refletem o que o examinando quis dizer e não o que o psicólogo imaginou ou deduziu.
Outra função do inquérito é proporcionar ao sujeito nova oportunidade para ampliar e completar as respostas dadas na aplicação propriamente dita, como pode acontecer com sujeitos cautelosos, que demoram até que se sintam familiarizados com o teste. Pode ocorrer do sujeito, durante o inquérito, apresentar algumas respostas, que devem ser somadas à parte, como pontos adicionais. 
Em resumo, o inquérito deve esclarecer os vários aspectos de cada resposta para a classificação: conteúdo, localização e determinante empregados. Deve também oferecer ao sujeito uma oportunidade de juntar elaborações espontâneas às suas respostas ou qualquer ideia nova que possa expressar. 
O psicólogo deve ter bom conhecimento teórico sobre as classificações de Conteúdo, Localização e Determinantes.
O psicólogo deve ter capacidade de compreensão das palavras e conceitos usados pelo avaliando (considerar aspectos culturais, nível de instrução e ambiente social). 
É de fundamental importância compreender o que, de fato, o avaliando está percebendo e verbalizando para uma classificação objetiva quanto às categorias de Conteúdo, Localização e Determinantes.
 Perguntas sugeridas para o inquérito de CONTEÚDO:
O inquérito de conteúdo nem sempre é necessário; deve ser realizado apenas quando a resposta não for definida.
Exemplo: 
Avaliando: “Isso é uma coisa”
Psicólogo: Você disse neste cartão que viu uma coisa; que “coisa” é essa?
Avaliando: “Não sei... Parece um elemento diferente”
Psicólogo: Você me falou que neste cartão viu um “elemento diferente”; que elemento é seria esse?
Perguntas sugeridas para o inquérito de LOCALIZAÇÃO:
“Onde você viu ...?”
“Você disse que viu aqui um... Você pode mostrar para mim onde ele está?”
O psicólogo pede para o avaliando mostrar apontando e/ou circulando, na prancha original, onde viu. O psicólogo, então, marca na folha de localização. Outra possibilidade é pedir para o próprio avaliando marcar na folha de localização.
Folha de Localização
Rorschach
Perguntas sugeridas para o inquérito dos determinantes: 
	Por que lhe parece...?, 
Por que lhe fez lembrar um(a). . .? 
Explique melhor. . . 
O que levou você a ver. . . 
O que lhe deu esta impressão? 
Adjetivos utilizados pelo sujeito devem sempre ser pesquisados. 
Exemplos: 
	Um peixe gostoso - Gostoso porquê?
Uma máscara horrorosa – O que lhe deu essa impressão?
Além das respostas do sujeito, o psicólogo anota as latências iniciais e totais (LI e LT) cartão após cartão. A posição da figura em que as respostas são dadas é indicada do seguinte modo: 
 ∧ posição de entrega da lâmina; 
 > virada para a direita do examinando; 
 < virada para a esquerda do examinando; 
 ∨ de cabeça para baixo; 
 girar para a direita; 
 girar para a esquerda. 
Comentários do sujeito, bem como reações e expressões significativas devem ser indicadas entre parênteses para que sejam diferenciadas das respostas. Deve-se anotar exatamente como o sujeito fala, incluindo-se erros gramaticais,
expressões próprias, etc. 
5) Seleção dos Cartões (facultativo) – há dois métodos:
1- A escolha dos cartões. O psicólogo coloca 10 cartões sobre a mesa e pede que o examinando escolha dois que mais lhe agradou e dois que menos lhe agradou. 
2- Agrupar os cartões acromáticos de um lado e cartões cromáticos de outro lado pedindo que o avaliando escolha os que lhe agrada mais e menos. 
O Teste de Limites é uma técnica aplicada nos casos em que ocorrem bloqueios e reticências de um avaliando, tanto na fase da aplicação propriamente dita, como no inquérito, exigindo um meio adicional de esclarecer o padrão de reação do sujeito. O exame de limites não é uma técnica simples. Quanto maior a experiência do psicólogo no Rorschach, maior quantidade de informações obterá no exame de limites.
6) Exames de limites (facultativo)
Como fazer o Exame de Limites?
Esta investigação toma características de perguntas mais diretas, além dos cuidados na fase do inquérito para não induzir o avaliando. Tem como objetivo verificar as limitações de seu poder perceptivo e associativo.
Exemplo: você consegue perceber aqui uma borboleta?
É uma fase que pode ajudar no diagnóstico diferencial.
Cinco circunstâncias apontadas por Klopfer para que se possa fazer o exame de limites:
1- Quando o avaliando verbaliza apenas respostas globais ou apenas respostas em detalhes.
2- Quando o avaliando não verbaliza conteúdo humano, nem movimento humano.
3- Quando o avaliando verbaliza conteúdos que comumente são vistos como coloridos e ele percebe sem cor.
4- Quando o avaliando não verbaliza pelo menos cinco respostas comuns (populares) no total do teste.
5- Quando o sujeito não verbaliza respostas de sombreado, especialmente nos Cartões IV e VI.

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