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fonética e fonologia do inglês

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Prévia do material em texto

FONÉTICA E FONOLOGIA
DO INGLÊS
Luci Kikuchi Veloso
Luiz Alves de Souza 
Montes Claros - MG, 2010
2010
Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da lei.
EDITORA UNIMONTES
Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro
s/n - Vila Mauricéia - Montes Claros (MG)
Caixa Postal: 126 - CEP: 39041-089 
Correio eletrônico: editora@unimontes.br - Telefone: (38) 3229-8214
REITOR
Paulo César Gonçalves de Almeida
VICE-REITOR
João dos Reis Canela
DIRETOR DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÕES
Giulliano Vieira Mota
Andréia Santos Dias
Bárbara Cardoso Albuquerque
Clésio Robert Almeida Caldeira
Débora Tôrres Corrêa Lafetá de Almeida
Diego Wander Pereira Nobre
Gisele Lopes Soares
Jéssica Luiza de AlbuquerqueREVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Karina Carvalho de AlmeidaWanessa Pereira Fróes Quadros
Rogério Santos Brant
REVISÃO TÉCNICA
Kátia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira
IMPRESSÃO, MONTAGEM E ACABAMENTO
Gráfica Yago
PROJETO GRÁFICO E CAPA
Alcino Franco de Moura Júnior
Andréia Santos Dias
EDITORAÇÃO E PRODUÇÃO
Alcino Franco de Moura Júnior - Coordenação
CONSELHO EDITORIAL
Maria Cleonice Souto de Freitas
Rosivaldo Antônio Gonçalves
Sílvio Fernando Guimarães de Carvalho
Wanderlino Arruda
Copyright ©: Universidade Estadual de Montes Claros
 Catalogação: Biblioteca Central Professor Antônio Jorge - Unimontes
Ficha Catalográfica: 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Secretário de Educação a Distância
Carlos Eduardo Bielschowsky
Coordenador Geral da Universidade Aberta do Brasil
Celso José da Costa 
Governador do Estado de Minas Gerais
Antônio Augusto Junho Anastasia
Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Alberto Duque Portugal
Reitor da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
Paulo César Gonçalves de Almeida
Vice-Reitor da Unimontes
João dos Reis Canela
Pró-Reitora de Ensino
Maria Ivete Soares de Almeida
Coordenadora da UAB/Unimontes
Fábia Magali Santos Vieira
Coordenadora Adjunta da UAB/Unimontes
Betânia Maria Araújo Passos
Diretor do Centro de Ciências Humanas - CCH
Mércio Coelho Antunes
Chefe do Departamento de Comunicação e Letras
Ana Cristina Santos Peixoto
Coordenadora do Curso de Letras/Inglês a Distância
Hejaine de Oliveira Fonseca
Universidade Aberta 
do Brasil - UAB
AUTORES
Luci Kikuchi Veloso
Mestre em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 
possui especialização em tradução pela Universidade de São Paulo (USP). 
Possui graduação em Língua e Literatura Inglesas pela Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), graduação em Secretário 
Executivo Bilíngue Português-Inglês pela Pontifícia Universidade Católica de 
São Paulo (PUC-SP). Professora de Linguística e de Língua Inglesa do 
Departamento de Comunicação e Letras da Universidade Estadual de 
Montes Claros - UNIMONTES.
Luiz Alves de Souza 
Especialista em Linguística Aplicada pela UNIMONTES e mestrando em 
Linguística na Universidade de Franca/SP. Licenciado em Letras/Inglês pela 
UNIMONTES, é professor do Curso de Letras/Inglês e de Língua Italiana no 
Núcleo de Ensino e Estudos de Línguas do Departamento de Comunicação e 
Letras desta mesma universidade.
SUMÁRIO
DA DISCIPLINA
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
Unidade I: Fonética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
1.1 Sistema Sonoro do Português x Sistema Sonoro do Inglês . . . 09
1.2 Grafemas e Fonemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.3 As Consoantes do Inglês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.4 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Unidade II: As Vogais do Inglês. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.1 Os Fonemas Vocálicos do Inglês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.2 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
2.3 Vídeos Sugeridos para Debate. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Unidade III: Regras de Pronúncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.1 Algumas Regras de Pronúncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.2 A Importância da Transcrição Fonética no Inglês e as Regras de 
Pronúncia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.3 A Sílaba. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.4 As Regras de Pronúncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.5 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Unidade IV: Fonologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
4.1 Fala em Cadeia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
4.2 Entoação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
4.3 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Referências Básica, Complementar e Suplementar . . . . . . . . . . . . . . 69
Atividades de Aprendizagem - AA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
APRESENTAÇÃO
07
Caro aluno,
Olá! Este é o material que será utilizado na disciplina Fonética e 
Fonologia do Inglês, com carga horária de 75 (setenta e cinco horas/aula).
Essa disciplina lida com os sons da língua inglesa e, assim como a 
Fonética do Português, a fala é o foco. Em uma língua estrangeira, podemos 
afirmar que a dificuldade maior do aprendiz está na compreensão auditiva e 
na fala. Esta disciplina auxiliará muito nestas duas habilidades, sendo um 
elemento motivador no seu aprendizado aqui neste curso de Letras-Inglês. 
Como já mencionamos na Fonética e Fonologia do Português, o objeto de 
estudo tanto da fonética quanto da fonologia é a fala humana.
Nesse curso, discutiremos as características das consoantes e vogais 
do inglês, com mais detalhamento, sua distribuição para a formação da fala e 
também o porquê da dificuldade de aquisição de uma segunda língua pelo 
aprendiz brasileiro. Portanto, é muito importante rever os conceitos e teorias 
da Fonética e Fonologia do Português, pois a teoria linguística é a mesma, a 
diferença entre estas duas disciplinas está primeiramente no sistema sonoro 
e, neste curso, discutiremos o sistema sonoro do inglês. 
A disciplina tem como objetivos:
?Explicitar a produção articulatória das vogais e consoantes do 
inglês britânico padrão e americano padrão e contrastar com as do 
português brasileiro; 
?Resgatar conceitos como a sílaba, a tonicidade e conceitos da 
fonologia como fonemas, alofones, processos fonológicos e aplicá-los nesta 
disciplina;
?Praticar a transcrição fonética do inglês para que vocês consigam 
ler a pronúncia correta de qualquer palavra do inglês nos dicionários.
?Expor e praticar regras de leitura, ou a relação de grafema e 
fonema da língua inglesa.
É imprescindível que você, caro aluno, faça uma leitura atenta de 
todos os textos e desenvolva todas as atividades propostas, uma vez que a 
disciplina Fonética e Fonologia do Inglês traz especificidades próprias do 
funcionamento da língua inglesa. Assim, você perceberá que a disciplina é 
muito importante para o ensino da língua inglesa.
08
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
Optamos pela Escola de Fonética Britânica, pois além da Inglaterra 
ser o berço desta ciência, é a mais utilizada em livros de fonética e pronúncia 
publicados. No entanto, faremos um paralelo entrea pronúncia britânica e a 
americana, devido à predileção do brasileiro pela pronúncia americana.
Lembramos também que os símbolos fonéticos utilizados, assim 
como os símbolos do curso de Fonética e Fonologia do Português, são do IPA 
– International Phonetic Alphabet (Alfabeto Fonético Internacional), um 
alfabeto desenvolvido pela Associação Fonética Internacional para fornecer 
símbolos que representam quaisquer sons das línguas naturais existentes 
(McARTHUR, 1992). É considerado o alfabeto fonético oficial pelos 
principais linguistas. 
Você verá que o texto está estruturado em unidades e subunidades, 
sendo as Unidades I e II referentes à Fonética do Inglês, a unidade III 
referente às regras de pronúncia e a unidade IV referente à Fonologia do 
Inglês. Esta subdivisão tem a função de oferecer um ambiente propício para 
a discussão e reflexão, acompanhadas de sugestões que remetem a outros 
ambientes de aprendizagem, tais como: participação em fórum, acesso a 
bibliotecas virtuais na web, sites na internet, informações, atividades e dicas 
que aparecem com os seguintes ícones:
Esperamos que você possa usufruir dos novos conhecimentos 
oferecidos pela disciplina.
Boa sorte!
Os autores.
ATIVIDADES
C
F
E
A
B GGLOSSÁRIO
DICAS PARA REFLETIR
09
1UNIDADE 1FONÉTICA
As Consoantes
1 INTRODUÇÃO 
Quando pensamos em aprender uma língua estrangeira, no caso, o 
inglês, qual o primeiro pensamento?
Falar inglês. Concorda?
Porém, a compreensão auditiva precisa ser trabalhada 
anteriormente. Muitas pessoas tendem a considerar a fala como o maior 
objetivo no aprendizado de língua inglesa, pois, como afirma O’Connor 
(1996), Language starts with the ear. Portanto, a compreensão auditiva 
também é muito importante, precedendo a fala. Assim como quando 
adquirimos a língua materna, também captamos os sons primeiramente pelo 
ouvido. Através dele, internalizamos informações linguísticas para produzir 
elocuções. Na sala de aula, os alunos escutam mais do que falam. A 
competência da compreensão auditiva é universalmente maior que a 
competência na fala (BROWN, 1994).
Tradução dos autores: A língua inicia pelos ouvidos.
Então, se a fala depende da compreensão auditiva e os livros “não 
falam”, qual é o caminho para entender e falar inglês?
?Vamos escutar o máximo de inglês possível, mas, para isto, temos 
que conhecer os sons da língua inglesa para alcançar a intelecção, a 
compreensão auditiva.
?A compreensão auditiva está intimamente ligada a uma boa 
pronúncia. 
Figura 1: Primeiro escutamos e depois falamos.
Fonte: www.childrenmatternetwork.org
10
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
?Precisamos adotar um modelo de pronúncia inglesa padrão, o 
B.B.C English (Inglês da BBC): inglês utilizado nas transmissões da BBC de 
Londres ou o G.A General American - Inglês americano padrão e escutar. A 
partir desta escolha, tentar repetir e utilizar esta pronúncia. Ao adotar um 
modelo, temos a garantia de treinar nossos ouvidos com um inglês que 
qualquer falante, nativo ou não, poderá entender. 
E como podemos ajudar a atingir os objetivos acima? 
Podemos alcançar tal objetivo, contando com seu esforço pessoal 
no sentido de aplicar os conhecimentos obtidos por meio da Fonética e 
Fonologia do Inglês. Pois, quando começamos a aprender uma língua 
estrangeira, não conseguimos entender os sons que não são familiares ou 
mesmo a diferença entre estes (BAKER, 1996). E por desconhecermos as 
consoantes e as vogais desta língua, não captamos a mensagem. Parece 
óbvio, mas não escutamos o que não conhecemos. Por isso é recomendável 
aprender como estes sons são produzidos, além de escutá-los.
Então, nossa primeira proposta é, através da Fonética e Fonologia 
do Inglês, conhecer os sons da língua inglesa 
para que vocês consigam entender o falante 
de inglês. Expor também as regras fonéticas 
e fonológicas para que vocês captem os 
sons, as sílabas, as palavras e os enunciados 
com palavras encadeadas. Está aqui a 
principal vantagem desta disciplina: é o 
primeiro passo para que vocês entendam 
(Listening) e, consequentemente, falem 
(speaking). 
Portanto, iniciaremos nosso estudo com uma comparação do 
sistema sonoro do inglês e do português.
Figura 2: Americano padrão
Fonte: www.travelpod.com
Figura 3: Britânico Padrão
Fonte: http//tugas.co.uk
Figura 4: Speaking and Listening
Fonte: www.connectedonline.co.uk
11
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
1.1 O SISTEMA SONORO DO PORTUGUÊS X O SISTEMA SONORO DO 
INGLÊS
Como já mencionado no curso de Fonética e Fonologia do 
Português, cada língua possui um sistema sonoro próprio, que é composto 
pelas consoantes e as vogais faladas. Observe, a seguir, as duas tabelas: a 
TAB. 1 apresenta as consoantes do sistema sonoro do português, que vocês 
já conhecem, e a TAB. 2 apresenta as consoantes do inglês padrão. 
Os fonemas sublinhados fazem parte tanto do sistema consonantal 
do português quanto do inglês. Observe:
As Consoantes do Inglês – The English Consonants
Observe que colocamos os nomes técnicos da fonética na tabela 
abaixo em inglês. Percebem alguma semelhança? Nós, falantes de 
português, temos uma grande vantagem perante o inglês, devido a presença, 
na nossa língua, dos cognatos. São palavras de duas línguas, no nosso caso, 
português e inglês, com a mesma origem greco-romana. Elas têm a forma e o 
significado semelhantes como vocês podem verificar abaixo. Utilizem esta 
estratégia de inferir o significado por meio dos cognatos nesta disciplina e em 
qualquer outra da língua inglesa, pois a probabilidade de acerto é muito alta. 
Tabela 1 - As consoantes do Português
DICAS
O áudio destas consoantes da 
tabela 1 está disponível no site 
http://www.cefala.org/fonologia
/quadro_fonetico.php
PARA REFLETIR
As línguas
Há mais de 6.800 línguas no 
mundo.
O inglês é falado por 1,5 
bilhões de pessoas;
O chinês por 1,2 bilhão;
O hindu por um bilhão;
51 línguas são faladas por uma 
pessoa;
1.500 línguas são faladas por 
menos de mil pessoas;
240 línguas são faladas por 
96% dos seres humanos.
Acredita-se que daqui a l00 
anos restarão 100 línguas;
24 daqui a 300 anos.
O inglês, chinês e espanhol 
sobreviverão.
O português será incorporado 
pelo espanhol.
Fonte: 
http://www.cruiser.com.br/giria
12
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
Os fonemas que o português e o inglês 
possuem em comum devem ser utilizados na fala do 
inglês à vontade! Você sabia que utilizamos os sons do 
português em uma segunda língua que aprendemos 
automaticamente, mas não percebemos? Às vezes dá 
certo, às vezes não... 
Por isso sublinhamos as consoantes que estas 
duas línguas têm em comum nas tabelas 1 e 2 para 
serem usadas intercambiavelmente sem dor na consciência.
Observe e escreva:
Observe as tabelas 1 e 2. 
1. Quais sons consonantais o inglês e o português têm em comum?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2. Quais sons o inglês possui e o português não? 
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Fromkin (2003, p. 381) afirma que o aprendiz de segunda língua 
dispõe de uma gramática internalizada da sua língua materna. O mesmo não 
ocorre com a criança em situação de aquisição de sua língua materna. Ou 
seja, já temos um inventário de sons e regras fonéticas e fonológicas de nossa 
língua materna internalizados. Entendemos como regras fonéticas e 
fonológicas as regras utilizadas para combinação de sons formando 
enunciados para a comunicação. Partindo do princípio de que na aquisição 
de uma segunda língua, baseamo-nos na língua materna, transferindo as 
regras e os fonemas da língua maternapara a língua em aprendizagem, 
DICAS
O áudio destas consoantes do 
inglês está disponível no site
http://www.teachingenglish.org.
uk/try/activities/phonemic-chart
Nesta mesma página, se você 
clicar no quadro semelhante ao 
abaixo, 
conseguirá baixar este quadro 
fonético em seu computador! 
 
 
 
 
Attachment Size
pron_chart_vector.hqx 3.12 MB
PC_pron_chart_vector.exe 1.64 MB
 
Tabela 2 - As consoantes do Inglês
Fonte: adaptado de ROACH, 2003.
 
13
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
podemos afirmar que os sons da questão 2 acima poderão apresentar 
problemas na hora de pronunciar. O’Connor (1996) afirma que nossa língua 
é feita de uma combinação de sons que fazem parte de nossa gramática 
internalizada. Os sons inexistentes em nossa língua materna são substituídos 
por outros existentes que são similares, por exemplo, o som do grafema ‘th’ 
desvozeado tende a ser substituído por /f/ ou /s/, sons existentes no 
português. 
Portanto, quais consoantes podem ser transferidas de uma língua 
para outra sem causar erro de pronúncia?
Resposta:
Quais sons do inglês podem causar sotaque ou até mesmo uma 
pronúncia incorreta quando um falante brasileiro os utiliza tendo em mente 
um som semelhante do português - por exemplo, com um ponto de 
articulação semelhante? Lembramos que uma pronúncia incorreta causa 
danos na comunicação.
Resposta:
Afinal, o que é uma boa pronúncia?
Hockett (1972) define que uma boa pronúncia é aquela que faz o 
nativo prestar atenção ao assunto que está em pauta e não ao MODO como 
você fala. Quando isso não acontece, certamente ocasiona “ruídos” na 
comunicação. Para evitarmos esta situação, nada melhor que o aprendizado 
da compreensão auditiva do inglês. 
Figura 5: Tentativa de produção do som do ‘th’ do inglês por um estrangeiro.
Fonte: http://en.wordpress.com/snap
14
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
Em outras palavras, precisamos melhorar nossa pronúncia, 
enquanto falantes de língua estrangeira, minimizando nosso sotaque e 
sendo, portanto, melhor compreendidos. A partir dessa reflexão, podemos 
conceituar:
Como afirmamos acima, possuímos a gramática da língua materna 
já internalizada por sermos adultos, portanto, nada mais natural que fazer 
um paralelo entre grafema (letra) e fonema (som) no inglês, assim como foi 
feito no curso de Fonética e Fonologia do Português. Digamos que é o modo 
mais fácil de associar o som e a letra e também de internalizar as regras de 
fonema e grafema do inglês.
1.2 GRAFEMAS E FONEMAS
Nunca devemos misturar grafemas (letras) com fonemas (sons). 
Grafemas são escritos e os fonemas são falados. É muito útil usar as letras para 
remeter aos seus sons correspondentes e, ao contrário do português, a 
relação letra e som do inglês é mais complexa. Observe as palavras abaixo: 
City busy women pretty village
As letras i, y, u, o, e, a, respectivamente, são pronunciadas com o 
mesmo som vocálico, o [I] (O’CONNOR, 1996), algo que não ocorre no 
português. Mas, por que o que se fala no inglês é tão diferente da escrita?
Porque ao longo dos séculos, a pronúncia de certas palavras mudou 
enquanto a escrita se manteve (BOWLER & CUNNINGHAM, 1996). Pode 
parecer difícil, mas em português temos algo semelhante com o som /s. Este 
pode ser escrito com as letras s, c, ss, sc, sç, ç, x, xc, não é mesmo? No inglês, 
a relação grafema e fonema é maior. No entanto, lembrem-se de que a 
diversidade é o elemento comum entre as línguas naturais. No inglês, 
existem muitas palavras homônimas, palavras com a mesma pronúncia, mas 
significado e escrita diferentes (CEGALLA, 2008), e os falantes de língua 
inglesa exploram muito este recurso nas piadas. Por isso, muitas vezes não 
achamos graça nas piadas americanas ou inglesas. Observe a oração abaixo:
Last weak, I cent my sun to the shops to bye a pair.
Considerando apenas a forma escrita, a oração acima não faz 
sentido algum, ao passo que, quando lida em voz alta, o seu sentido é 
completo (Hancock, 2003). As palavras incorretas na escrita estão em 
negrito. A correta seria:
Last week, I sent my son to the shops to buy a pear. 
E a transcrição fonética das duas orações é:
C
F
E
A
B GGLOSSÁRIO
Pronúncia: é o ato ou 
resultado da produção de sons 
da fala para comunicação. 
Ruido: o leitor pode entender 
como pertubação de ordem 
sonora, e não barreiras ou 
dificuldades na comunicação.
Sotaque: é um modo de 
pronunciar que reflete o lugar 
de origem e/ou classe social 
(MCARTHUR, 1992).
15
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
C
F
E
A
B GGLOSSÁRIO
Gramática: Conjunto de regras 
da língua dominado pelo 
indivíduo a partir de sua 
internalização, ou a gramática 
internalizada (visão científica, 
desenvolvida no século XX a 
partir do gerativismo, baseada 
na proposição de que a criança 
em fase de aquisição de uma 
língua, à medida que é a ela 
exposta, internaliza suas regras. 
Esta gramática não existe em 
forma de manual, está 
arquivada em nossa mente. 
(Esta definição foi retirada do 
seu curso do primeiro período, 
Introdução à Linguística.)
Letra = grafema
Som = segmento
Fonema: unidade da fonologia; 
tem um valor distintivo, porque 
a mudança de um fonema 
implica em mudança de 
significado ou outra palavra.
Exemplo no português: 
contraste entre ‘mato’ e ‘pato’.
O alofone é uma realização do 
fonema e, ao contrário do 
fonema, em duas palavras, a 
substituição de um alofone por 
outro não muda o significado. 
Este é outro ponto a favor para se familiarizar com a fonética do 
inglês. Você potencializa sua percepção auditiva ao adquirir conhecimento 
do sistema fonético do Inglês. 
Além disso, o inglês possui regras diferentes de leitura, algo que o 
nativo de língua inglesa habitua a fazer e treinar desde criança, assim como 
treinamos as nossas regras de leitura desde a infância. Para tal, exporemos a 
relação de grafema e fonema da língua inglesa.
Na seção seguinte, discutiremos cada um dos fonemas 
consonantais do BBC English ou britânico padrão. Apresentaremos os pares 
de consoantes – desvozeadas e vozeadas, sua classificação (ponto e modo de 
articulação, vozeamento), exemplos e relação fonema e grafema. 
Iniciaremos apenas com os fonemas e, quando pertinente, mencionaremos 
os alofones.
1.3 AS CONSOANTES DO INGLÊS
Observe o trato vocal abaixo:
Utilizando a estratégia dos cognatos, perceba a semelhança entre a 
nomenclatura em inglês e os seus termos correspondentes em português:
Figura 6: O trato vocal - Pontos de articulação dos sons consonantais. Conhecer os articula-
dores, os locais e modos de articulação bem como o posicionamento da língua na produção 
dos fonemas facilita a percepção e compreensão de diversos processos fonológicos.
Fonte: www.umanitoba.ca/faculties/arts/linguistics/russell/138/sec1/anatomy.htm
DICAS
Se você tiver curiosidade em 
rever as palavras com o som /s/, 
veja uma gramática do 
português.
16
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
DICAS
Você pode baixar gratuitamente o 
programa "silipa93.exe" que 
permite o uso dos símbolos 
fonéticos da IPA. Esse é instalado 
como um tipo de fonte a mais na 
janela do Windows um tipo de 
fonte a mais no seu computador. 
Você pode digitar diretamente 
alguns desses símbolos no seu 
teclado e inserir outros na opção 
INSERIR/SÍMBOLOS, optando pelo 
SILSophia IPA93. Acesse 
http://scripts.sil.org/cms/scripts/page
.php?site_id=nrsi&item_id=encore
-ipa-download e procure: 
Download "silipa93.exe", Windows 
application, 450KB [48840 
downloads]. Outra dica: Acesse a 
Internet e entre no site www. B.B.C 
Learning English. Na seção 
Pronunciation tips, você terá acesso 
a inúmeros exercícios para treinar 
o contraste entre pares de sons.
DICAS
Releia a Unidade2 (‘A produção 
dos sons da fala’ até o tópico 
‘Maneira Utilizada para obstruir a 
corrente de ar: a maneira de 
articulação) do seu material de 
Fonética e Fonologia do português 
para revisar alguns conceitos. Estes 
não serão repetidos neste caderno.
A produção dos sons e a produção 
de consoantes são iguais em todas 
as línguas naturais, assim como os 
conceitos de:
. Mecanismo e direção da corrente 
de ar,
. Vibração das cordas vocais,
. Consoantes nasais,
O lugar e modo de articulação 
entre o inglês e o português 
possuem poucas diferenças.
Para que você também escute os 
sons e os exemplos, 
vá ao site http://www.uiowa.edu/~
acadtech/phonetics/english/
frameset.html
 
Alveolar ridge = Alvéolos
Tongue tip = Ponta da língua
Tongue blade = Lâmina da língua
Tongue body
 
=
 
Corpo da língua
Tongue root
 
=
 
Raiz da língua
Lanrynx
 
=
 
Laringe
Epiglottis
 
=
 
Epiglote
Pharynx
 
=
 
Faringe
Uvula
 
=
 
Uvula
Soft palate
 
=
 
Palato mole
Hard palate
 
=
 
Palato duro
 
1.3.1 Classificação e Transcrição das Consoantes do Inglês
As consoantes são uniformes em todos os dialetos do inglês, 
portanto, não colocamos esta observação nas consoantes descritas abaixo. 
Iniciaremos com as consoantes oclusivas ou stop or plosives em inglês. 
Estamos usando uma tabela semelhante à utilizada no curso de Fonética e 
Fonologia do português. 
Na tabela consonantal você encontrará:
a) O símbolo fonêmico;
b) A classificação da consoante com a figura com a articulação para 
visualizar a produção de cada som;
c) Cada palavra dada como exemplo contém:
. A tradução no português;
. Sua transcrição fonética de acordo com o IPA;
. Pode ter a figura correspondente para ilustrar;
.A relação grafema e fonema, ou seja, a letra ou as letras grifadas 
correspondem ao som. Não colocamos todas as combinações de grafemas 
existentes para cada som, apenas as mais frequentes.
d) Observações pertinentes também foram inseridas. 
1.3.1.1 The Stop Consonants – As Consoantes Oclusivas
Oclusivas (ou stop consonants ou plosives) são consoantes formadas 
por meio da obstrução total do fluxo de ar. Vindo dos pulmões, este ar é 
bloqueado porque os lábios ou a língua podem tocar alguma região na parte 
superior da boca. No caso de /p/ e /b/, o ar é bloqueado porque os lábios se 
juntam; em /t/ e /d, o ar é bloqueado porque a ponta da língua toca o 
alvéolo; no caso de /k/ e /g/, o ar é bloqueado porque a parte posterior da 
17
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
C
F
E
A
B GGLOSSÁRIO
Voiceless: desvozeado, ou 
seja, as cordas vocais estão 
abertas para a passagem do ar.
Voiced: vozeado, as cordas 
vocais estão vibrando.
Aspiração: Quando uma 
consoante deve ser aspirada, 
significa que você tem que 
segurar um pouco mais o ar 
antes de soltá-lo. Em inglês, as 
oclusivas desvozeadas no início 
da palavra sempre têm que ser 
aspiradas. Um bom método é, 
segure uma folha de papel ao 
pronunciar /p t k/. Ao 
pronunciar estes sons, o papel 
tem que mover, como na figura 
abaixo:
Figura 7: Aspiração
Fonte: www.coolscienceexperiment
sforkids.com
língua toca o véu palatino. O inglês possui 6 consoantes oclusivas ( stop 
consonants). Os pontos ou lugares de articulação ( place of articulation) são 
iguais aos do português.
Tabela 3: The Stop Consonants of English
18
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
1.3.1.2 The Fricative Consonants – As Consoantes Fricativas
Consoantes fricativas (ou fricatives) são consoantes formadas com 
impedimento parcial do fluxo de ar no trato vocal. O ar força a passagem 
entre dois articuladores que se aproximam, causando fricção. O inglês 
possui oito fricativas, sendo que duas não existem no português brasileiro. 
Os pontos ou lugares de articulação (place of articulation) são iguais aos do 
português, com exceção do som interdental: Inter = entre e dental = 
dental.
Tabela 4: The Fricative Consonants of English
19
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
1.3.1.3 The Affricate Consonants – As Consoantes Africadas
The affricates ou consoantes africadas são formadas bloqueando o 
fluxo de ar em algum lugar do trato vocal e, então, liberando o ar com dois 
articuladores que estão próximos, produzindo uma fricção. Ou seja, uma 
africada é:
Uma oclusiva + uma fricativa
Assim como o português, o inglês possui duas africadas, uma 
vozeada e outra desvozeada. Observe a FIGURA abaixo, lembrando que os 
pontos ou lugares de articulação (place of articulation) são iguais aos do 
português: 
Tabela 5: The Affricate Consonants of English
20
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
Vocês repararam que as africadas podem ser escritas com várias 
combinações de letras? É a relação fonema x grafema.
1.3.1.4 The Nasal Consonants – As Consoantes Nasais
Para as consoantes nasais (ou nasals) os articuladores produzem 
uma obstrução completa da passagem de ar através da boca; o véu palatino 
encontra-se abaixado (observe a FIG. 5), o que permite a passagem de ar 
para a cavidade nasal. Observe as três FIGURAS correspondentes às três 
consoantes nasais do inglês. Os pontos ou lugares de articulação (place of 
articulation) são iguais aos do português.
Figura 8: O palato mole, as amí-
dalas, a língua e a úvula
Fonte: www.goldbamboo.com
Tabela 6: The Nasal Consonants of English
21
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
1.3.1.5 The Lateral Consonants – As Consoantes Laterais
Consoantes laterais (ou lateral consonants) são aquelas que, ao 
serem produzidas, permitem que o ar escape pelas laterais da língua. Roach 
(2005) classifica apenas o /l/ como lateral. No inglês, temos dois tipos de ‘l’: o 
claro e o escuro. O l claro não apresenta problemas para nós brasileiros, 
porém o l escuro, que ocorre no final de palavra ou no meio, como em 
“cold”, tende a ser pronunciado como‘u’. No nosso curso de Fonética e 
Fonologia do Português, abordamos este processo denominado vocalização 
do l. Relembremos:
‘O L ortográfico em final de sílaba, em certos dialetos brasileiros, é 
pronunciado como uma vogal u. Este processo é denominado vocalização 
do l, como em sal .Em português, este processo é articulado sem 
danos na comunicação, porém, no inglês, este não é permitido. Em palavras 
como cold e will . 
Os pontos ou lugares de articulação (place of articulation) são iguais 
aos do português.
Tabela 7: The Lateral Consonants of English
1.3.1.6 The Approximant Consonants – As Consoantes Aproximantes 
As consoantes aproximantes (ou approximant consonants) são 
produzidas com a aproximação de dois articuladores, mas não chegam a 
produzir uma plosiva, nasal ou uma fricativa. Este termo é apenas usado para 
consoantes (ROACH, 2005). Explicaremos estas consoantes 
separadamente:
/r/ - A ponta da língua aproxima-se da área alveolar, mas não toca 
nenhuma parte do céu da boca. Apresenta a mesma pronúncia do ‘r’ 
“caipira” do português. 
22
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
/j/ e /w/ - São consoantes que são foneticamente vogais, mas 
fonologicamente são consideradas consoantes no inglês. Sob o ponto de 
vista fonético, têm o som de i e u respectivamente, porém, no inglês, são 
usados como consoantes (ROACH, 2005). Estes sons são também 
conhecidos como semivogais e semiconsoantes. 
Os pontos ou lugares de articulação (place of articulation) são iguais 
aos do português.
Tabela 8: The Approximant Consonants of English
Apresentamos o inventário de segmentos consonantais do inglês. A 
vantagem das consoantes inglesas é que várias são semelhantes ou iguais às 
do português. Podemos fazer uma transferência positiva utilizando as 
mesmas consoantes. Na próxima unidade, estudaremosas vogais inglesas. 
DICAS
Para praticar a pronúncia do 
inglês, além dos sites 
mencionados nas 
REFERÊNCIAS, vá também ao 
sitehttp://cambridgeenglishonli
ne.com
/Phonetics_Focus e divirta-se!
23
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
BAKER, Ann. Introducing English Pronunciation: A Teacher’s Guide to Tree 
or three and Ship or Sheep? An Intermediate pronunciation course. Great 
Britain: Cambridge University Press, 1996.
BOWLER, B. & CUNNINGHAM, S. Headway Pronunciation Upper-
intermediate. Oxford University Press. Oxford, 1996.
BROWN, H. Douglas. Teaching by Principles: an interactive approach to 
language pedagogy.Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall Regents, 1994.
CEGALLA, D.P. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: 
Companhia Editora Nacional, 2008.
CRISTÓFARO SILVA, Thaïs. Pronúncia do inglês: para falantes do português 
brasileiro: os sons. Belo Horizonte: FALE UFMG, 2005. 
FROMKIN, V. & RODMAN, R. & HYAMS, N. An Introduction to language. 
7th Ed. Boston: Thomson Wadsworth, 2003. 
HANCOCK, M. English Pronunciation in Use. Cambridge: Cambridge 
University Press, 2004.
HOCKETT, C.F. Learning Pronunciation. CROFT, Kenneth. (Ed.) Readings on 
English as a Second Language. Massachusetts: Cambridge, 1972.
JONES, Daniel. English Pronouncing Dictionary. 15th ed. Cambridge: 
Cambridge University Press, 1997.
MCARTHUR, Tom. (Ed.). The Oxford Companion to the English Language. 
Oxford: Oxford University Press, 1992.
O’CONNOR, J.D. Better English Pronunciation. Cambridge: Cambridge 
University Press, 1996.
ROACH, Peter. English Phonetics and Phonology: A Practical 
Course.Cambridge: Cambridge University Press, 2005.
____________.A Little Encyclopaedia of Phonetics. 2002. Disponível em 
www.cambridge.org/elt/peterroach/resources/Glossary.pdf.
SMALL, Larry. Fundamentals of phonetics: a practical guide for students. 
Boston: Allyn & Bacon, 1999. 
NOBRE OLIVEIRA, D. Sheep ou Ship? Men ou man? O Papel da Hierarquia 
de restrições na aquisição das vogais coronais do inglês como língua estran-
geira. 2003. 90f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) - Faculdade 
de Letras, Universidade Católica de Pelotas, Rio Grande do Sul, 2003.
24
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
http://www.uiowa.edu/~acadtech/phonetics/english/frameset.html
http://facweb.furman.edu/~wrogers/phonemes/phono/phcons.htm
http://www.cambridge.org/elt/resources/skills/interactive/pron_animations/
index.htm
25
2UNIDADE 2AS VOGAIS DO INGLÊS
2 AS VOGAIS DO INGLÊS
Após termos estudado os fonemas 
consonantais da língua inglesa, estudare-
mos as suas vogais e classificação para 
auxiliar na leitura e produção de transcri-
ções fonêmicas e fonéticas. O objetivo é 
explicitar a produção articulatória das 
vogais do inglês britânico padrão e contras-
tar com as do português brasileiro.
A ordem escolhida – primeiro as 
consoantes e depois as vogais – não é aleatória, mas intencional, tendo em 
vista que, em relação às consoantes, o estudo das vogais apresenta uma 
maior complexidade (OLIVEIRA, 2003, p. 10). Esta complexidade ocorre 
devido ao fato de a cavidade oral ser um espaço bastante amplo – desde a 
glote até os lábios (veja a FIG. 9 a seguir) – e por não haver locais e modos de 
articulação bastante exatos para a produção das vogais, ao contrário das 
consoantes, como você já viu no capítulo anterior.
Assim, pequenas diferenças na posição da língua e no grau de 
arredondamento dos lábios produzem diferentes vogais com consequentes 
implicações fonológicas, ou seja, podemos formar palavras diferentes e, 
assim, gerarmos sentidos diferentes em enunciados apenas com a alternân-
cia de uma vogal; veja exemplo em bat, bet, bit e but.
Fonte: education.smarttech.com/ste/e
n-US/Ed+Resource/Lesson+activities/
Notebook+activities/Browse+Notebo
ok/United+States 
Figura 9: Trato onde ocorre a produção das vogais orais. A produ-
ção do som se inicia na glote e sofre alterações acústicas segundo 
o posicionamento da língua e formato dos lábios. Note que, neste 
caso, o véu palatino encontra-se levantado, o que impede a nasali-
zação do som. Essa é a posição do véu para a produção isolada de 
todas as vogais da língua inglesa.
Fonte: GODOY, 2006.
26
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
Observe a Figura 9. Essa mostra o trato oral onde são produzidas as 
vogais sem qualquer constrição ou bloqueio apreciável do fluxo egressivo da 
corrente de ar proveniente dos pulmões, sendo esta a principal diferença 
entre vogais e consoantes (SMALL, 1999). 
A produção dos sons se dá pela passagem do fluxo de ar 
proveniente dos pulmões e, no caso das vogais, pela simultânea vibração das 
pregas vocais (localizadas no interior da laringe). As diferentes alturas do 
corpo da língua e do seu grau de anterioridade/posterioridade, juntamente 
com a posição assumida pelos lábios – arredondados ou estendidos – 
produzem diferentes modulações correspondentes às vogais orais. Por 
exemplo, produza o ‘i’ do português da palavra ‘tiro’. Você produz esta vogal 
posicionando a língua na parte anterior 
(frente) da cavidade oral, e próxima aos 
alvéolos, pois esta é uma vogal alta anterior. 
Sentiu? E ainda por cima, seus lábios ficam 
estendidos, observe seus lábios no espelho. 
Se você arredondar seus lábios, deixando a 
língua exatamente onde está, você produzirá 
o “famoso” ‘i’ do francês, da palavra ‘Tu’ (tu), 
como na FIG. 10. Aí está a única diferença 
entre o nosso ‘i’ e o do francês, apenas no 
arredondamento dos lábios (lip rounding). 
O Termo Vogal
Nos estudos da fonética e da fonologia, o termo vogal refere-se 
unicamente aos sons vocálicos, ou seja, aos fonemas, e não aos 5 grafemas 
vocálicos (a, e, i, o, u) do alfabeto latino como é normalmente utilizado na 
educação infantil. Os grafemas vocálicos do inglês são os mesmos do 
português, mas esses 5 grafemas, sozinhos ou em combinação, podem 
representar as 12 vogais do inglês britânico padrão. Assim, no estudo desta 
disciplina, fique alerta para não confundir ‘vogal’ (fonema) com ‘grafema 
vocálico’, que corresponde à letra.
DICAS
Qualidade Vocálica
Sugerimos que você reveja o 
item 2.3.2.2 (Qualidade 
Vocálica) do Caderno Didático 
da Disciplina ‘Fonética e 
Fonologia do Português’. Esse 
item faz a apresentação de 
aspectos que são aprofundados 
nesta seção sobre os sons 
vocálicos e suas propriedades.
Figura 10: O “biquinho” do francês
Fonte: finissimo.com.br/spfw/verao
2010/2009/06/18/faz-biquinho-para
-o-finissimo-mon-amour/ 
27
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
2.1 OS FONEMAS VOCÁLICOS DO INGLÊS
Na introdução desta disciplina, na Unidade 1, você pôde observar a 
existência de duas variedades referenciais no ensino e aprendizagem da 
língua inglesa: Inglês Britânico Padrão e Inglês Americano Padrão. Cada uma 
dessas variedades tem o seu conjunto de fonemas e uma rede de contrastes 
foneticamente realizados a que chamamos sistema (CRYSTAL, 2000).
Essa divisão tem implicações amplas para o estudo da fonética e 
fonologia deste idioma, sobretudo no caso da pronúncia ou realização das 
vogais. A proposta desta seção do nosso caderno didático é conhecer o 
sistema vocálico da língua inglesa e isso se dá inicialmente com o inventário 
dos fonemas vocálicos dessa língua.
Conforme o exposto – por questões didáticas – optamos por 
descrever as vogais dentro do sistema britânico, levando em conta o seu 
número e as convenções na realização das transcrições fonêmicas, como 
geralmente empregadas em materiais didáticos e pela maioria dos 
dicionários recomendados no ensino do inglês no Brasil e no exterior. 
O inventário das vogais usado aqui é proposto por Daniel Jones e 
Peter Roach, autores britânicos de referência nos estudos da fonética e 
fonologia do inglês. Quando houver relevância práticaem algum ponto, 
serão feitos esclarecimentos quanto à diferença entre os dois sistemas 
mencionados. Para visualizar as vogais do inglês, utilizaremos o método das 
Vogais Cardeais.
DICAS
Se necessário, reveja a 
Unidade 2 do Caderno 
Didático da disciplina Fonética 
do Português. Essa contém 
mais detalhes sobre o 
mecanismo de produção dos 
sons da linguagem humana, 
válidos para todas as línguas 
naturais. 
Figura 11: Peter Roach – Professor de fonética na Uni-
versidade de Reading – Inglaterra. As vogais classificadas 
neste caderno didático são aquelas descritas por ele. Essa 
definição é necessária por haver variação no número e na 
qualidade dos sons vocálicos do inglês, mesmo no âmbito 
da Grã-Bretanha.
Fonte: http://www.pgchile.cl/f05.jpg
28
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
2.1.1 O Método das Vogais Cardeais
Este método será utilizado para demonstrar a posição das vogais do 
inglês dentro da cavidade oral, ou seja, dentro da sua boca. Como várias 
vogais do inglês não existem no português, este método pode auxiliá-lo 
muito! As vogais cardeais são um conjunto de pontos de referência utilizados 
para a identificação e classificação de vogais de qualquer língua (CRYSTAL, 
2000). Elas são apenas parâmetros, não existindo em sua totalidade em 
nenhuma língua natural.
O método das vogais cardeais foi proposto por Daniel Jones no 
início do século passado. Em 1917, ele classificou as vogais do inglês 
utilizando-se desse método, mas, na verdade, este torna possível a 
caracterização de qualquer segmento vocálico de qualquer língua natural 
através da fixação de um ponto padrão de referência – o chamado ponto 
cardeal – estabelecido dentro do limite da área vocálica, ao qual qualquer 
outro ponto vocálico pode ser relacionado diretamente (ABERCROMBIE, 
1967:151). 
O Limite Vocálico
Daniel Jones (1969) estabeleceu uma linha vocálica na altura do 
palato na boca, simbolizada pela linha pontilhada que aparece na FIG. 12 a 
seguir: 
Figura 12: O limite vocálico Durante a articulação de um som, se a lín-
gua ultrapassar a linha vocálica, ocorre um som friccional que caracteriza 
um segmento consonantal. Por outro lado, se a língua não ultrapassar a 
linha vocálica (e, portanto, se não ocorrer fricção audível), teremos a 
produção de um segmento vocálico.
Fonte: JONES, 1969.
29
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
Portanto, o conceito de vogais cardeais está associado a um método 
de identificação e classificação de vogais de uma língua e são as vogais 
produzidas nas extremidades máximas possíveis de articulação de vogais na 
boca. Pois, se na produção das vogais altas, a língua ultrapassar um limite no 
palato duro ou mole, conforme proposta do Limite vocálico de Jones (1969), 
já discutido anteriormente no curso de Fonética e Fonologia do Português, 
serão produzidas consoantes. Elas são pontos fixos ideais que formam um 
sistema representado pelo quadrilátero das 8 vogais cardeais primárias 
ilustradas na Figura 13. 
2.1.2 O Inventário dos Fonemas 
Vocálicos do Inglês
O sistema vocálico britânico é 
composto por 20 fonemas vocálicos 
distribuídos como mostra a Tabela 9. Os 
fonemas vocálicos de uma língua 
eng lobam as voga i s s imples ou 
monotongos (por exemplo, e e os 
ditongos (por exemplo, e ) que, 
embora sejam compostos por duas vogais 
simples, formam um único fonema.
Figura 13: Quadrilátero ilustrativo dos posicionamentos da língua para as 8 vogais cardeais 
primárias. Todas as vogais de qualquer língua podem ser posicionadas nessa figura e, portanto, 
classificadas a partir dos 8 pontos referenciais. Veja o quadrilátero com as 12 vogais britânicas 
na FIG.16.
Fonte: Jones, 1969.
Figura 14: Daniel Jones (1881–1967) 
propôs o método das vogais cardeais 
que continua sendo utilizado na des-
crição de línguas que ainda não pos-
suem a escrita, como as línguas indí-
genas do Brasil, ou para comparação 
de vogais de línguas ou dialetos dife-
rentes.
Fonte: ucl.ac.uk/news/news-articles/06
09/06090601
30
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
Tabela 9: The British Vowels
Fonte: ROACH, 2000.
DICAS
Se você quiser escutar as vogais 
cardeais na voz do próprio 
Daniel Jones, vá ao Youtube no 
link 
http://www.youtube.com/
watch?gl=BR&v=6UIAe4p2I7
4.
Das vogais listadas na Tabela 9, apenas a vogal simples é 
tipicamente britânica. Quanto às demais vogais simples, pode-se dizer que 
são muito semelhantes àquelas do inglês americano padrão. O ditongo 
é pronunciado neste outro dialeto e nos ditongos 
o fonema é substituído por /r/. Abaixo, na Tabela 10, temos as 12 vogais 
britânicas seguidas de um exemplo e a respectiva transcrição fonêmica da 
palavra.
 
Dos fonemas da Tabela 9, vamos focalizar, em um primeiro 
momento, para efeito de classificação, as doze vogais simples ou 
monotongos. Os ditongos serão vistos em outra seção do nosso caderno 
didático.
Tabela 10: As 12 vogais britânicas
Fonte: Roach, 2000.
31
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
Tabela 11
ATIVIDADES
Conhecendo as vogais da 
Língua Inglesa
Entre em um dos sites 
indicados abaixo e,
com o recurso de áudio do seu 
computador, confira o som de 
cada vogal do quadro dado.
É essencial que você 
reconheça, distinga e saiba 
produzir adequadamente cada 
um dos fonemas apresentados. 
Ao ouvir cada fonema, repita-
o; depois de ter praticado a 
audição, faça o oposto, 
pronunciando o fonema e, logo 
em seguida, conferindo com a 
pronúncia dada pelos sites:
http://www.oup.com/elt/global/
products
/englishfile/elementary/c_pronu
nciation
/pronunciation01
http://www.teachingenglish.org.
uk/try/
activities/phonemic-chart
ATIVIDADES
Tendo realizado a Atividade 1 
“Conhecendo as vogais da 
língua inglesa”, complete a 
Tabela 11 com outra palavra 
que tenha o mesmo fonema 
(Exemplo 2), que está 
numerado, dando a respectiva 
transcrição retirada de um 
dicionário que contenha os 
símbolos fonéticos da IPA – 
International Phonetic 
Association. O primeiro site da 
Atividade 1 traz esses 
exemplos.
Nasalização na Língua Inglesa
Como você pôde observar no quadro das vogais da língua inglesa e 
na realização da Atividade 1 (Conhecendo as vogais da Língua Inglesa), o 
inglês, ao contrário do português, não possui vogais nasais distintas 
(CRYSTAL, 2000 p.180). Em inglês não há vogais nasais como fonemas, ou 
seja, sua substituição por uma oral não muda o significado. Contudo, pode-
se ouvir uma nasalização em vogais quando influenciadas por consoantes 
nasais adjacentes, como em hand ou 
Note que, nos exemplos dados, a consoante nasal continua sendo 
pronunciada: 
Nesses casos, quando a nasalidade decorre de outros fonemas – 
desencadeada por um processo chamado assimilação – temos uma vogal 
nasalizada. Essas não têm traço distintivo como ocorre com as palavras mato 
manto , do português.
2.1.3 Comparação das vogais da Língua Portuguesa e da Língua Inglesa
Como mencionado anteriormente, no processo de aprendizagem 
de uma segunda língua geralmente ocorre a transferência de diversos 
aspectos gramaticais e fonéticos, por exemplo, da língua materna para a 
língua que está sendo aprendida.
Em relação ao inglês, é fundamental que os estudantes brasileiros 
conheçam, reconheçam e reproduzam adequadamente todos os fonemas 
que ela contém para terem um bom desempenho e, consequentemente, 
serem bem compreendidos.
32
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
Na unidade anterior, você observou as diferenças e semelhanças do 
sistema consonantal entre essas duas línguas. Nesta seção, também vamos 
fazer o mesmo com o sistema vocálico das duas línguas. Observe a TAB. 12 
(Tabela Comparativa simples das vogais do português e do inglês). Essa tabela 
apresenta as vogais comunsentre as duas línguas (de 1 a 10) que, como você 
pode observar, constituem a maioria. Isso facilita bastante o processo de 
aprendizagem.
Do item 11 ao 15, temos os fonemas do português que não ocorrem 
sistematicamente na língua inglesa. São os fonemas nasais (Veja o quadro 
PARA REFLETIR - Nasalização na Língua Inglesa, do item 2.1.2) que não 
devemos transpor para a nossa fala em inglês, pois podem interferir 
negativamente na comunicação. 
Do item 16 ao 19, temos aqueles fonemas do inglês que não 
ocorrem no português e, por isso, os aprendizes devem aprender tais 
fonemas. Há uma tendência do estudante do inglês em transformar tais sons 
em sons semelhantes existentes no português, causando, como no caso 
anterior, problemas na comunicação. 
É importante salientar que o português possui vogais abertas e 
fechadas em posição tônica como em avô e avó . A letra ‘o’ 
nas duas palavras são fonemas, pois a troca de uma vogal aberta por uma 
fechada muda o significado. No entanto, isso não ocorre no inglês. Se você 
pronunciar ‘egg’ com o ‘e’ aberto ou fechado, não muda o significado. O 
mesmo ocorre com os ditongos, se você pronunciar boi no português, 
você entende que estamos referindo-nos ao macho da vaca. Se 
pronunciarmos , você entende boy de ‘office boy’. No inglês, tanto as 
sequencias ou se referem à mesma ideia, ‘boy’ (menino).
Figura 15: Égg ou êgg é a mesma coisa no inglês!
Fonte: http://www.foodsubs.com/Eggs.html
A Tabela 12 mostra as semelhanças e diferenças entre as duas 
línguas estudadas:
33
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
Tabela 12: Tabela comparativa simples das vogais do português e do inglês 
2.1.4 Classificação das vogais da Língua Inglesa - Vowel Classification 
Assim como no português, as vogais do inglês também são 
classificadas de acordo com determinados traços articulatórios que essas 
apresentam. Esses traços serão explicados nesta seção seguindo as 
classificações didáticas de Larry Small (1999), pois as categorizações 
vocálicas podem apresentar alguma diferença de um teórico para outro. 
Small (1999) apresenta uma classificação primária – que é aquela 
relacionada à altura e ao grau de anterioridade/posterioridade do corpo da 
língua – e outra, a classificação secundária, que é aquela referente ao grau de 
arredondamento dos lados e ao comprimento ou tensão da vogal. 
De certa forma, essas classificações podem tornar-se bem visíveis e 
concretas se observarmos o quadrilátero das vogais, baseado no método das 
vogais cardeais, associando-o com a posição da língua, formato dos lábios e 
duração do som. Veja, por exemplo, a FIG. 16 e observe as diferentes alturas 
do corpo da língua (low/baixo – mid/médio – high/alto) e do seu grau de 
anterioridade e posterioridade (front/anterior – central/central – 
back/posterior).
PARA REFLETIR
Qual dicionário usar ou 
recomendar?
Os dicionários de inglês mais 
recomendados são aqueles que 
contêm as transcrições 
fonêmicas com os símbolos 
atualizados da IPA – 
International Phonetic 
Association. O Alfabeto 
Fonético Internacional foi 
revisado em 1993 e corrigido 
em 1996. Dicionários de 
editoras vinculadas às 
universidades são boas 
referências.
Os símbolos contidos no 
Alfabeto Fonético Internacional 
são úteis na aprendizagem da 
pronúncia das palavras e são 
comumente empregados em 
materiais didáticos de idiomas, 
como é o caso deste caderno 
didático. Veja se o dicionário 
contém esses símbolos 
fonéticos. Outro critério de 
escolha de um dicionário de 
inglês é a disponibilidade de 
CDs com recursos de áudio 
para verificação de pronúncia 
das palavras nele contidas.
34
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
PARA REFLETIR
Qual transcrição fonêmica 
aprender e usar?
Essa opção depende de alguns 
fatores, inclusive da pronúncia 
que se quer representar. 
Didaticamente, sugere-se que 
você comece a lidar e a 
praticar as transcrições 
fonêmicas de apenas uma 
modalidade: a britânica ou 
aquela da Escola Americana, 
pois cada uma reflete a 
pronúncia dos seus falantes. 
Normalmente essa 
aprendizagem é fixada através 
de dicionários que usam os 
símbolos da IPA em suas 
transcrições. Os mais 
comercializados no Brasil 
contêm os símbolos britânicos 
e – mesmo com esses símbolos 
– também trazem, em geral, a 
pronúncia americana quando a 
diferença é significativa. Tais 
diferenças geralmente 
envolvem as vogais. 
Não é didaticamente 
recomendável o uso mesclado 
de símbolos, pois esses 
refletem a fala e essa 
normalmente tende para uma 
variedade ou outra. Você já 
percebeu a diferença entre o 
inglês britânico e o americano? 
Qual desses modelos você 
tende a usar na pronúncia do 
inglês? Essa é uma escolha 
pessoal!
Figura 16: A posição da língua na produção das vogais. Mostra as diferentes alturas do corpo 
da língua (low – mid – high) e do seu grau de anterioridade e posterioridade (front – central – 
back) para a produção das vogais do inglês.
Fonte: Adaptado de GODOY, 2006.
Sabemos que cada uma das vogais de uma determinada língua se 
diferencia acusticamente das demais. O que causa essa diferença? A 
resposta a esta questão está diretamente relacionada à classificação 
detalhada na sequência. 
2.1.4.1 Classificação Primária
A – Tongue height: low, mid, high (Altura da língua: baixa, média, alta).
A classificação primária agrupa as vogais em baixas, médias e altas, 
segundo a altura da língua na cavidade oral no momento da produção de um 
fonema vocálico. 
A Figura17 mostra duas vogais anteriores (front) em posições 
extremas e opostas quanto à altura do corpo da língua no trato oral. A linha 
pontilhada indica a posição mais inferior da língua proporcionada pela 
mandíbula; nessa posição, tem-se a produção da vogal (como em 
cat), anterior baixa (low front). O oposto se verifica para a vogal 
(como em see), classificada como anterior alta (high front).
35
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
Figura 17: Posições do corpo da língua na produção dos fonemas e .
Fonte: ROACH, 2000.
A classificação primária (altura) das vogais em posições extremas no 
quadrilátero pode ser visualizada na Figura. 18.
DICAS
Sugerimos que você reveja a 
classificação das vogais orais do 
português e, então, prossiga 
com o estudo das vogais do 
inglês. Isso possibilita a 
comparação dos dois sistemas 
vocálicos e permite uma fácil 
compreensão da classificação 
das vogais do inglês que são 
em menor número quando 
comparado ao português 
brasileiro. 
Figura 18: Posições extremas das vogais do inglês no quadrilátero e suas classificações primá-
rias.
Fonte: LADEGOGED, 1982. 
PARA REFLETIR
Diante de um espelho, observe 
o que acontece com a posição 
da lâmina da língua e com o 
formato dos lábios ao se 
pronunciar cada uma das 
vogais 
Lembre-se:
36
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
B – Tongue advancement: front, central, back – (Grau de anterioridade 
ou posterioridade da língua: anterior, central, posterior)
Simultaneamente ao movimento vertical do corpo da língua, há 
também uma categorização primária relacionada ao grau de anterioridade 
ou posterioridade do corpo da língua.
Observando os quadros da Figura 19, contraste o posicionamento 
do corpo da língua quanto ao seu grau de anterioridade ou posterioridade. 
Note que a altura do corpo da língua é a mesma na produção de ambas as 
vogais, pois são ambas vogais altas.
Figura 19: Ilustração esquemática contrastiva do grau de anterioridade e posterioridade do 
corpo da língua para produção das vogais altas e .
Fonte: SMALL, 1999.
C – Comparação da altura do corpo da língua na produção de vogais com 
a posição dos símbolos dos fonemas vocálicos no Quadrilátero das 
Vogais
A Figura 20 é um desenho esquemáticoque mostra a altura do 
corpo da língua na produção de algumas vogais do inglês. Essa altura está 
representada pelas linhas com as respectivas indicações das vogais. A altura 
máxima é para (vogal alta); essa diminui para (vogal média) até 
atingir a posição mínima em (vogal baixa). Fixe a sua mão sob o queixo 
ao pronunciar sequencialmente essas vogais; você perceberá que, na 
verdade, é a mandíbula que proporciona as diferentes alturas do corpo da 
língua.
37
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
Figura 20: Altura do corpo da língua 
na produção de vogais.
Fonte: www.translationdirectory.com
Na sequência, observe a Figura 21 e localize as vogais 
no quadrilátero Note que para a altura média (mid), temos vogais 
que tendem para cima (high), como , ou para baixo, como . 
A classificação de uma vogal como média-alta ou média-baixa advém 
dessas aproximações.
Figura 21: O quadrilátero das vogais
Fonte: Adaptado de Small, 1999. 
2.1.4.2 Classificação Secundária
A classificação secundária envolve a categorização das vogais 
quanto ao grau de arredondamento dos lábios, duração e tensão.
A – Lip rounding: rounded, unrounded (retracted) - Arredondamento dos 
lábios: arredondados X estendidos.
DICAS
Observe que, na Figura 21:
A simbologia é diferente, mas o 
som é o mesmo. O 
quadrilátero não traz o 
diacrítico de duração da vogal.
38
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
Na língua inglesa, como no português, há uma relação previsível 
entre o grau de posterioridade da língua e o arredondamento dos lábios. 
Assim, as vogais anteriores (front) – – são, em geral, 
produzidas com os lábios estendidos e as vogais posteriores (back) 
– – são produzidas com os lábios arredondados. As 
vogais centrais (central) – –, em geral, são neutras (neutral) 
quanto ao grau de arredondamento, ou seja, os lábios não estão 
arredondados nem estendidos.
Esse arredondamento das vogais posteriores 
pode ser relacionado à altura delas. Observe a Figura 22, que mostra 
diferentes exemplos de formatos dos lábios na produção de vogais anteriores 
(front) e posteriores (back). Note que as vogais anteriores são todas 
estendidas. Roach (2000, p. 17) descreve ( v o g a l b a i x a ) c o m o 
ligeiramente arredondada; as demais vogais, , ele descreve 
como arredondadas.
Figura 22: Exemplos de formatos dos lábios na produção de 
vogais anteriores (front sounds) e posteriores (back sounds). 
Sequencialmente, de baixo para cima, essas vogais são classi-
ficadas como baixas , médias e 
altas .
Fonte: UNDERHILL,1998. 
39
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
Para se ter uma visão geral do grau de arredondamento das vogais 
britânicas, observe a Figura 23. Veja que apenas as posteriores (back) são 
arredondadas; todas as centrais (central) e anteriores (front) são estendidas 
ou não arredondadas.
Essa classificação quanto ao arredondamento ou não 
arredondamento das vogais não é tanto do domínio da teoria, mas da prática 
da interatividade comunicativa. Saber distinguir um fonema de outro 
implica em reconhecer as qualidades de um determinado som que se liga a 
outro, formando palavras e enunciados.
Comparando o Quadrilátero da Vogais com a Tabela
Figura 23: Quadrilátero das Vogais Inglesas
Fonte: Adaptado de SMALL, 1999.
DICAS
Observe o quadrilátero 
vocálico (Figura 23). Nesse,
E lembre-se de que no inglês 
todas as front são unrounded, 
todas as back são rounded e as 
central são neutral ou 
unrounded. 
C
F
E
A
B GGLOSSÁRIO
Duração: termo usado na 
fonética para indicar a 
extensão de tempo envolvida 
na articulação de um som ou 
sílaba; faz referência à 
quantidade. 
Tensão: na classificação 
fonética dos sons da fala, o 
termo se refere à tensão 
muscular produzida por um 
som.
(Definições de Crystal, 2000) 
Tabela 13: As vogais do inglês 
B – Length: short x long (Duração: curta x longa)
Tenseness: tense x lax (Tensão: tensa x frouxa)
As vogais do inglês também podem ser classificadas em termos de 
duração ou em termos de tensão. Roach (2000) descreve as vogais em 
termos de duração, classificando-as em curtas ou longas.
Quanto a esse mesmo aspecto de quantidade vocálica, Small 
(1999) descreve as vogais do inglês como frouxas (lax) ou tensas (tense) e 
explicita que as vogais tensas são geralmente mais longas em duração e 
exigem um esforço muscular maior que as vogais frouxas.
40
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
DICAS
Duração e Tensão
Sugerimos que você reveja os 
itens 2.3.2.4 (Duração) e 
2.3.2.5 (Tensão) do Caderno 
Didático da Disciplina 
‘Fonética e Fonologia do 
Português’. Esses itens fazem 
uma apresentação geral desses 
conceitos com uma abordagem 
comparativa entre a língua 
portuguesa e a língua inglesa. 
Assim, na descrição das vogais do inglês, aquelas curtas são também 
frouxas, e as longas são também tensas. Observe a Tabela 14 com a 
classificação das 12 vogais britânicas quanto à duração e tensão.
Observe a Tabela 14 e note o uso do diacrítico para indicar a 
maior duração de um fonema. Indiretamente, esse símbolo gráfico pode 
também indicar um maior grau de tensão de uma vogal. Na língua inglesa, 
esse traço acústico afeta diretamente a qualidade vocálica, com 
consequente alternância de significado, como em bit/ beat, fit/feet, 
sun/soon. Esses pares de palavras são considerados pares mínimos (minimal 
pairs).
Tabela 14: Classificação das 12 vogais quanto à duração 
A troca de um fonema vocálico por outro pode mudar o significado, 
observe a charge abaixo:C
F
E
A
B GGLOSSÁRIO
Par mínimo (minimal pair) – 
termo usado na fonologia para 
indicar que duas palavras se 
distinguem em significado pela 
alternância de apenas um som. 
As palavras feel (sentir) 
e fill (encher) são pares 
mínimos, pois se distinguem 
acusticamente apenas pela 
alternância de um fonema. 
Assim como pêra e 
para no português. Figura 24: Exemplo de ‘ruído’ de comunicação envolvendo pares mínimos hit/heat. 
 
Fonte: GODOY, 2006. 
Portanto, cuidado na hora de falar!
Observe a Figura 25. As ilustrações referentes aos pares 1 e 2, 3/4, 
5/6, 7/8 e 9/10, ilustrados no quadro, mostram a oposição entre sons curtos e 
longos em palavras do inglês. Os ímpares são todos curtos 
e os pares, longos . Na ordem numérica dada, os 
desenhos representam as seguintes palavras:
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
Figura 25: Vogais longas e curtas.
Fonte: OXENDEN, 2004.
2.1.5 Classificação geral das vogais do inglês
A Tabela 15 traz a classificação geral das vogais britânicas conforme 
visto neste caderno didático. Na segunda coluna temos a classificação das 
vogais na seguinte ordem: height (altura), tongue advancement (grau de 
anterioridade ou posterioridade da língua), length (duração) e lip rounding 
(arredondamento dos lábios). 
A terceira coluna traz alguns exemplos representativos de padrões 
da escrita, ou seja, como estes sons são representados na escrita; salientamos 
que a relação grafema/fonema do inglês requer estudo específico que está 
além do propósito desta disciplina.
 
 
Símbolo
 
Classificação 
- height (altura) 
-
 
Tongue 
advancement
 -
 
Length
 -
 
Lip rounding
 
 
Examples of Usual 
Spelling (Em geral, 
escrito com as letras 
abaixo)
 
 
 Observação
 
1-
 
????
?
High
 
front
 
short
 
unrounded
 
i –
 
his, six 
 
Este som equivale ao ‘e’ 
átono final português, 
como em ‘mole’ ?????????
Este som é escrito com a 
letra ‘i’ entre consoantes no 
inglês.?
2-
 
?????High
 
front
 
long
 
unrounded
 
e –
 
me, heee –
 
meet, see
 
ea –
 
eat
 
Este som equivale ao ‘i’ 
tônico do português, como 
em:
 
‘livro’ ????????. 
 
‘leave’ ????????
3-
 
???*
 
 
 
*US: 
???
?
Mid
 
front
 
short
 
unrounded
 
 
 
 
e –
 
egg, pet, red
 
 
No sistema brit ânico, e ste 
som quase equivale ao 
???do português, mas 
pode ser aberto ,
 
como em
fé, ou fechado, como em 
crê. O sistema americano 
usa o símbolo ???para 
indicar o som aberto, 
deixando ????apenas para 
o caso do ditongo ????.
 
4
 
-
 
????Low
 
front
 
short
 
unrounded
 
 
 
 
a –
 
at, cat, Black?
Este som só é escrito com 
o grafema ‘a’ e não ocorre
em final de palavras . Não 
há correspondente em 
português.
 
5-
 
?????Low
 
central
 
long
 
unrounded
 
 
a* –
 
father 
 
ar** –
 
far, car, start
 
 
(**neste caso, não 
pode ocorrer um ‘e’ na 
sequência, como em 
fare
 
e care)
 
*No inglês britânico, esta 
vogal ocorre 
frequentemente
precedendo sons fricativos, 
como em dance [???????e 
glasses ?????????, em 
oposição ao americano 
que usa ???
 
6-
 
????Low
 
back
 
short
 
rounded
o –
 
hot, pot, box
 
 
often, office
 
Este som
 
é escrito com a 
letra ‘o’ entre consoantes 
ou no início de palav ras 
precedendo uma 
consoante. Só ocorre no 
inglês britânico.
7-?????Mid
back
long
rounded
or – door, for
al – all, fall, wall
aw – draw, saw
Este s om é também muito 
comum na combinação 
‘ought’, como em thought, 
bought, brought, etc.
8-???High
back
short
u – bull, put, full
oo – good, book, look
Este som equivale ao ‘o’ 
átono final português, 
42
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
Tabela 15: As Vogais do Inglês
2.1.6 Os ditongos do Inglês (English Diphthongs)
Os ditongos são fonemas compostos por uma sequencia de dois 
elementos vocálicos: vogal + semivogal (ou semiconsoante ou glide 
). Esse movimento de um som para outro ocorre dentro de uma única sílaba. 
O segundo elemento é sempre uma semivogal.
Na prática da comunicação da leitura oral, por exemplo, a troca de 
uma vogal simples por um ditongo, ou vice-versa, traz implicações para a 
compreensão do enunciado. Roach (2003) afirma que esse é um dos erros 
de pronúncia mais comuns entre os aprendizes de inglês. Os pares mínimos 
seguintes exemplificam essa oposição de significado:
43
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
A - Transcrevendo os ditongos
Você já conhece as 12 vogais britânicas simples. Em combinação, 
elas formam 8 ditongos do sistema britânico e 5 no sistema americano. Há 
dois fonemas que só ocorrem em ditongos: /a/ e /o/; são os mesmos da língua 
portuguesa constantes na tabela 12.
Veja a Tabela 16, na sequência. As 5 vogais simples que formam 
ditongos estão sublinhadas na linha dos 12 monotongos; na linha dos 
ditongos, há o fonema /a/ compondo os ditongos e . Ao contrário 
do sistema do português, a vogal /a/ ocorre apenas nos ditongos na língua 
inglesa.
Tabela 16: As vogais simples e ditongos formados por elas
Dicionários e materiais didáticos podem trazer transcrições 
fonéticas diferentes para os ditongos, como ocorre também para a 
transcrição das vogais. A Tabela 17 traz, na área sombreada, as principais 
diferenças entre o sistema britânico (UK) e o americano (US) envolvendo 
essas transcrições.
Tabela 17: As principais diferenças entre o sistema britânico (UK) e o americano (US) 
envolvendo as transcrições dos ditongos
B - Classificação dos ditongos
Há diversas possibilidades de classificação dos ditongos em inglês. 
Essa classificação não é uniforme entre o sistema britânico e o americano, 
pois, como você percebeu, o número de ditongos é diferente, e há também 
abordagens diferentes entre autores. Consideraremos apenas a classificação 
dos ditongos britânicos. 
A classificação britânica divide os 8 ditongos em dois grupos: 
fechados e centralizados. Os ditongos fechados são aqueles finalizados em 
e são cinco: 
44
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
Os outros três ditongos tipicamente britânicos são classificados 
como ditongos centralizados pois o segundo elemento 
do ditongo é o schwa, uma vogal central. Esses ditongos centralizados 
marcam a variação dialetal entre o inglês britânico e o americano. 
(CRISTÓFARO-SILVA, 2005).
Você pode visualizar os 8 ditongos britânicos na Figura 26, na 
sequência.
Na ordem numérica dada na Figura 26, os desenhos representam as 
seguintes palavras:
Figura 26: Os oito ditongos britânicos
Fonte: OXENDEN, 2006, p. 158. 
Esta unidade discutiu os fonemas vocálicos da língua inglesa. 
Esperamos que a exposição tenha ampliado a sua compreensão do sistema 
fonológico da língua inglesa. A próxima unidade apresenta algumas regras de 
pronúncia que irão ajudar você a melhorar a habilidade de ler em inglês.
Figura 27 
Fonte: Godoy, 2006. 
45
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
ABERCROMBIE, David. Elements of General Phonetics. Edinburgh: 
Edinburgh University Press, 1967.
JONES, Daniel. The pronunciation of English. 4th ed. Cambridge: 
Cambridge University Press, 1969. 
LADEFOGED, Peter. A Course in Phonetics. London: Hartcourt Brace & 
Jovanovich,1982.
CRISTÓFARO SILVA, Thaïs. Pronúncia do inglês: para falantes do português 
brasileiro: os sons. Belo Horizonte: FALE UFMG, 2005. 
CRYSTAL, David. Dicionário de Linguística e Fonética. Rio de Janeiro: 
Jorge Zahar Editor, 2000.
NOBRE OLIVEIRA, D. Sheep ou Ship? Men ou man? O Papel da Hierarquia 
de restrições na aquisição das vogais coronais do inglês como língua estran-
geira. 2003. 90 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) - 
Faculdade de Letras, Universidade Católica de Pelotas, Rio Grande do Sul, 
2003.
OXENDEN, Clive & LATHAM-KOENIG, Christina. New English File 
Elementary: student´s book. Oxford: Oxford University Press, 2006. 
ROACH, Peter. English Phonetics and Phonology: A Practical Course. 
Cambridge: Cambridge University Press, 2005.
SMALL, Larry. Fundamentals of phonetics: a practical guide for students. 
Boston: Allyn & Bacon, 1999. 
UNDERHILL, Adrian. Sound Foundations: Learning and Teaching 
Pronunciation. Oxford: McMillan Publishers Ltda, 1994.
http://www.fonetiks.org/
46
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
VÍDEOS SUGERIDOS PARA DEBATE
Minha Bela Dama
Título Original: My Fair Lady (Estados Unidos, 
1964).
Direção: George Cukor 
Elenco: Audrey Hepburn, Rex Harrison,Stanley 
Holloway, Wilfrid Hyde-White e Gladys Cooper 
Gênero: musical / comédia
Sinopse: Um culto professor de fonética, Henry 
Higgins, aposta com um amigo que é capaz de 
transformar uma simples vendedora de flores numa 
dama da alta sociedade, num espaço de seis meses.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/My_Fair_Lady).
Observe a bibliografia desta unidade e você verá o 
autor Peter Ladefoged. Esse autor, um dos maiores 
linguistas, falecido em 2006, ficou famoso como 
consultor deste filme, My Fair Lady. Ele ensinou o 
professor Henry Higgins (Rex Harrison) a falar como 
um linguista da era Eduardiana. Dentre seus trabalhos, 
seu livro didático, A Course in Phonetics, é o mais 
usado nas universidades para ensinar fonética.
Peter Ladefoged ainda tem um site disponível em
 http://www.linguistics.ucla.edu/people/ladefoge/
Figura 28: Capa do filme 
Fonte: http://www.teachwi
thmovies.org/guides/my-fai
r-lady.html 
Figura 29: Peter Lade-
foged (1925-2006) 
Fonte: linguistics.ucla.
edu/people/ladefoge/r
emember/ 
47
3UNIDADE 3REGRAS DE PRONÚNCIA
3.1 ALGUMASREGRAS DE PRONÚNCIA
Neste capítulo faremos uma analogia 
entre a linguagem escrita e falada e 
exporemos algumas regras de leitura. Vocês 
não encontrarão as regras expostas neste 
capítulo em livros de fonética e fonologia do 
inglês, mas em livros de pronúncia do inglês.
3.2 A IMPORTÂNCIA DA TRANSCRIÇÃO 
FONÉTICA NO INGLÊS E AS REGRAS DE 
PRONÚNCIA
Nós, brasileiros, não temos muitos problemas com a leitura de 
palavras desconhecidas, ou seja, mesmo quando não sabemos o significado 
de uma palavra, conseguimos ler sem dificuldade. Não ocorre o mesmo com 
os nativos da língua inglesa, que às vezes têm que usar o dicionário para 
checar a pronúncia de palavras de sua própria língua (GODOY et al., 2006). 
Por isso, os dicionários de língua inglesa mostram a transcrição fonética e os 
de português não. O português é considerado uma língua com uma 
correspondência próxima entre som e escrita, o inglês não. Por causa dessa 
característica da língua inglesa, é importante, que nós, aprendizes de inglês 
como língua estrangeira também saibamos ler transcrição fonética para 
checar a pronúncia correta no dicionário de inglês, sem precisar perguntar a 
ninguém. Esta capacidade lhe dará autonomia e independência. Por isso 
nosso curso utiliza a transcrição fonética e está aí a importância do curso de 
Fonética e Fonologia do português, que fornece um conhecimento prévio 
para o de Fonética e Fonologia do Inglês. Este curso vai dar-lhe ferramentas 
para escutar, ler e falar inglês! 
Fonte: http://ccm.um.edu.my/ccm
/navigation/staff-activities/staff-acti
vities/um-survey-camp/rules-and-r
egulations/ 
Fonte: http://languagelog.ldc.
upenn.edu/nll/?p=282 
48
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
Para auxiliá-los nesta tarefa, além da leitura de transcrição, 
mostraremos algumas regras de pronúncia, a relação da pronúncia e a 
linguagem escrita, pois elas também existem no inglês. Muitas pessoas 
afirmam que não há regras de pronúncia no inglês e que a pronúncia das 
palavras deve ser assimilada uma a uma. Isso é considerado um mito no 
ensino de língua inglesa, pois existem regras de pronúncia no inglês. Não são 
iguais às do português, mas auxiliam e são essas que são utilizadas pelos 
faltantes nativos do inglês.
Primeiramente, vamos revisar o conceito de sílaba do curso de 
Fonética e Fonologia do Português, pois esse é essencial para entender as 
regras de pronúncia do inglês.
3.3 A SÍLABA
A sílaba pode ser considerada uma unidade reconhecida por todo e 
qualquer falante (ABERCROMBIE, 1967). É composta de três partes: um 
pico ou núcleo que é obrigatório, geralmente preenchido por um segmento 
vocálico. As outras duas partes são periféricas e opcionais e são preenchidas 
por segmentos consonantais. No português, o núcleo da sílaba é sempre um 
segmento vocálico. No inglês, o núcleo da sílaba pode ser preenchido por 
um som vocálico ou um por um som consonantal! Um exemplo de sílaba 
cujo núcleo é preenchido por uma consoante em inglês é a palavra “little” 
que possui duas sílabas e a segunda é a consoante que ocupa o 
núcleo ou pico da sílaba. Utilizamos um ponto final [.] para indicar o limite 
silábico. 
ATENÇÃO
O núcleo da sílaba é tipicamente preenchido por uma vogal e 
lembre-se: o ditongo é um som vocálico. Observe os exemplos:
Em português – pai - uma sílaba
Em inglês – nice (agradável) - uma sílaba
Acima, temos duas palavras nas duas línguas em estudo que 
são monossilábicas, pois as duas possuem um ditongo e este é considerado 
um som vocálico. 
49
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
Estes conceitos ajudarão você a entender as regras de pronúncia 
envolvendo vogais, consoantes e também aqueles aspectos relacionados à 
tonicidade.
Este site http://www.starfall.com/n/level-k/index/load.htm?f ensina 
crianças nativas da língua inglesa a ler. Se você quer relembrar os sons das 
vogais e consoantes no abecedário e/ou saber os sons relacionados a eles, 
divirta-se neste site.
As regras de uma língua não são absolutas, lembre-se que sempre 
há exceções.
3.4 AS REGRAS DE PRONÚNCIA
Iniciaremos com algumas regras de pronúncia de vogais, que 
funcionam com muitas palavras (GILBERT, 2001):
3.4.1 Regras com Vogais Escritas 
A - Esta primeira regra é denominada “A 
Regra das duas vogais” – “The Two-vowel Rule”.
Quando há duas vogais escritas em uma 
sílaba:
?a primeira vogal tem a pronúncia dela 
mesma no alfabeto,
?a segunda vogal não é pronunciada.
Observe os exemplos:
PARA REFLETIR
No inglês, a separação de 
sílabas na escrita não é 
comum, pois se a fizermos, 
teremos que olhar no 
dicionário, palavra por palavra. 
Isso não ocorre no português, 
pois esse possui regras claras 
que aprendemos desde a 
alfabetização. Portanto, no 
inglês você tem duas opções na 
escrita:
Quando quiser separar a sílaba, 
olhe um bom dicionário de 
inglês, ou
Não separe a sílaba, pule a 
linha e escreva a palavra 
inteira.
DICAS
Este site 
http://www.starfall.com/n/level-
k/index/load.htm?f ensina 
crianças nativas da língua 
inglesa a ler. Se você quer 
relembrar os sons das vogais e 
consoantes no abecedário e/ou 
saber os sons relacionados a 
eles, divirta-se neste site.
Fonte: instantdisplay.co.
uk/free.htm 
A ?????e [i?] i ?????o ?????u???????
cake (bolo) 
??????? 
tea (chá) 
???????
Ice (gelo) 
[??????
Cone 
(cone) 
????????
cube (cubo) 
?????????
 Tabela 18 
B - A regra da vogal única
Quando há apenas uma letra vocálica em uma sílaba:
A letra vocálica não é pronunciada como é no alfabeto, mas com 
seu som relativo. (Ver Tabela 19)
A segunda linha dos exemplos abaixo é composta apenas por 
nomes próprios. (observe que o ponto marca o final da sílaba).
PARA REFLETIR
As regras de uma língua não 
são absolutas, lembre-se que 
sempre há exceções.
DICAS
No Youtube, você vai encontrar 
a música “Vowel Song”, na 
qual estas regras estão inseridas 
na letra. O link é 
www.youtube.com/watch?
v=bMvwhfQRIAc&feature=rel
ated
50
Letras/Inglês Caderno Didático - 3º Período
DICAS
No Youtube, você vai encontrar 
a música “Vowel Song”, na 
qual estas regras estão inseridas 
na letra. O link é
http://www.youtube.com/watch
?
v=bMvwhfQRIAc&feature=rel
ated
DICAS
Muitas vezes você (vê) lê 
palavras em inglês e não sabe a 
pronúncia correta. Vá ao site 
www.dictionary.com onde você 
terá a palavra com a tradução, 
transcrição fonética e o áudio 
de várias outras.
a ???? e [?] i ???? o ????u?????
Can ??????
Mack 
pencil 
??????????
Jenny 
?????????
Finger 
???????? 
Kitty 
Hot 
John 
summer 
Russ 
 Tabela 19 
C - A letra ‘e’ no final de palavras
A letra ‘e’ no final de palavras não é 
pronunciada, exceto em monossílabos com uma 
única vogal. Por exemplo:
Godoy, Gontow & Marcelino (2006) propõem uma variação para 
estas 3 regras anteriores:
a) Na coluna um, as letras ‘a’, ‘o’ e ‘i’ entre consoantes têm som de 
respectivamente.
b) Regra da letra ‘e’ que não é pronunciada - Na coluna 2, quando 
uma vogal está em uma palavra entre consoantes seguidas pela letra ‘e’, esta 
vogal é pronunciada como uma vogal longa ou ditongo. Compare:
Fonte: ajaneladajoana.blogspot.
com/2009/02/letra-e.html 
Tabela 20 
Tabela 21 
Tabela 22
A regra da letra ‘e’ que não é pronunciada é muito útil para prever a 
pronúncia de muitas palavras. De acordo com esta regra, a letra ‘e’ muda 
indica que a vogal anterior é pronunciada como o som da letra.
Por exemplo: em lake o ‘e’ final não é pronunciado.
Esta letra ‘a’ é pronunciada , portanto a pronúncia é .
 
51
Fonética e Fonologia do Inglês UAB/Unimontes
Figura 30: A lake 
Fonte: deskmodshow.blogspot.com/2008/02/wallpa
per-frozen-lake.html

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