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IA Rogerio 07 06 SEI uni II

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Unidade II
INTRODUÇÃO AO AGRONEGÓCIO
Prof. Rogério Traballi
Contextualização
 Como avaliar o impacto econômico da escassez dos recursos 
naturais?
 A exploração dos recursos naturais é fonte de riqueza, sendo 
responsável por milhões de empregos, direta e indiretamente. 
 Porém, explorar mais do que o ambiente pode fornecer, 
gera um saldo negativo, ou seja, torna-se uma atividade 
insustentável.
Grandes máquinas X meio ambiente
Fonte: Autoria própria.
Escassez dos recursos 
 Exploração insustentável: o volume do que se retira é maior 
do que a capacidade do ambiente de se recuperar. Acaba com 
os recursos e, consequentemente, com o lucro.
 Recentemente, a ciência econômica voltou-se para problemas 
como a escassez dos recursos naturais. A incapacidade do 
mercado de resolver tal problema tornou necessária a 
intervenção governamental para minimizá-lo. 
Irrigação
Fonte: Autoria própria.
Economia florestal e economia sustentável
 O meio ambiente é um dos assuntos mais complexos e 
interdisciplinares debatidos na atualidade e requer uma visão 
unificadora das técnicas da ciência econômica, com aspectos 
do direito de propriedade. 
 Como exemplo, no Brasil, temos a expansão da fronteira 
agropecuária como principal causa do desmatamento florestal 
na Amazônia paraense, particularmente, determinada pela 
pecuária de corte em regime extensivo (CARVALHO, 2013).
Homem imitando a natureza
Fonte: Autoria própria.
Insustentabilidade dos sistemas de exploração
 Usamos de forma insustentável os recursos naturais, de 
modo lesivo ao meio ambiente. Temos uma forma de interferir, 
predominantemente, econômica e produtiva com relação aos 
recursos naturais. Atualmente, domina um padrão 
insustentável de exploração, que tem colocado em risco a 
manutenção física de tais recursos, além dos múltiplos bens e 
serviços que eles fornecem.
 A principal razão da escassez de recursos naturais resulta da 
busca alucinada pelo lucro privado. 
Construções modernas
Fonte: Autoria própria.
Diferença entre crescimento x desenvolvimento
 A principal diferença entre crescimento econômico 
sustentável e desenvolvimento econômico sustentável é que o 
crescimento não leva em conta as questões sociais, enquanto 
o desenvolvimento sim. 
Crescimento e desenvolvimento
Fonte: Autoria 
própria.
Atividade econômica x degradação ambiental
 Problemas ambientais, como os desmatamentos, a erosão, 
a poluição do ar e da água tornaram-se muito comuns, em 
particular, em virtude do aumento das atividades econômicas. 
 Hoje, a má definição dos direitos de propriedade se reflete na 
utilização sem controle dos recursos naturais, pois os 
responsáveis pela produção e pelo consumo dos recursos 
ambientais são mal definidos, a fiscalização é precária, em 
função da grande extensão dessas áreas e também das 
diferentes comunidades que habitam as florestas. 
Crescimento e degradação
Fonte: Autoria 
própria.
Interatividade 
Qual a diferença entre desenvolvimento econômico sustentável 
e crescimento econômico sustentável?
a) Ambos têm o mesmo significado. 
b) A diferença é que o crescimento não leva em conta as 
questões sociais, enquanto o desenvolvimento, sim.
c) Crescimento leva em conta as questões sociais, enquanto o 
desenvolvimento, apenas os aspectos econômicos.
d) A diferença baseia-se na sustentabilidade.
e) A diferença é relacionada com a geração de lucro que 
permite o crescimento sustentável.
Economia x ambiente
 Ignorou-se, durante muitos anos, a relação entre economia e 
meio ambiente. 
 Recentemente, tal visão foi alterada em função dos vários 
estudos publicados na área, que apontaram mudanças no 
meio ambiente, geradas pela exaustão de recursos naturais, 
queimadas, desmatamentos, poluição, entre outros. 
 Esses estudos focaram, também, na relação entre sociedade 
e meio ambiente e como tal relação afeta e é afetada pelas 
políticas institucionais e pela economia. 
Cidades modernas x vegetação
Fonte: Autoria 
própria.
Recursos naturais e qualidade de vida
 De forma geral, os recursos naturais e do meio ambiente são 
diferentes de muitos outros bens e serviços econômicos.
 Ambos são considerados, ao mesmo tempo, fonte de 
recreação para as famílias e indivíduos e parte integrante de 
ciclos ecológicos e de insumos para os processos produtivos. 
É, portanto, de fundamental importância entender as relações 
entre o meio ambiente e o sistema econômico, e como 
interferem na qualidade de vida das atuais e futuras gerações.
Escadas rolantes, vegetação
Fonte: Autoria própria.
Exemplo prático
 No território nacional, um exemplo clássico da visão 
monetária de desenvolvimento é a região amazônica, pelo 
menos duas vezes mais rica do que há trinta anos, conforme 
indica seu Produto Interno Bruto (PIB). 
 Esse crescimento econômico, no entanto, ocorreu, 
principalmente, graças a atividades baseadas na destruição 
da floresta, ou seja, da exploração madeireira e da pecuária 
extensiva.
Casa de madeira
Fonte: Autoria própria.
Prédios de madeira
Fonte: Autoria própria.
Exemplo da exploração amazônica
 Para limitar essa forma predatória de desenvolvimento, é 
preciso desenvolver atividades econômicas que não exerçam 
pressão sobre a floresta, que promovam riquezas e 
assegurem emprego e renda à população. 
 Na prática, promover o desenvolvimento da Amazônia e o 
bem-estar de seus habitantes, por meio do extrativismo 
artesanal, tem se revelado uma ilusão, visto que a 
industrialização de uma matéria-prima da floresta é feita de 
forma extensiva, porém, os resultados podem gerar lucros 
incalculáveis.
Madeira
Fonte: Autoria própria.
Paradoxo nacional
 Somos o país com a maior floresta tropical do mundo, 
contudo, nossa economia florestal é muito limitada, pois não 
temos uma política nacional para uso e gestão de florestas.
Falta a ponte entre gestão florestal e política nacional
Fonte: Autoria própria.
Importância política nacional
 Sem uma política nacional que seja cumprida à risca, o 
sistema florestal brasileiro se autodestruirá. 
 Temos de compensar o vazio legal por meio do fortalecimento 
do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), criado em 2006, mas que 
ainda não atende às expectativas depositadas pela sociedade 
brasileira em seu funcionamento.
Floresta
Fonte: Autoria própria.
Interatividade 
Como limitar a forma predatória de desenvolvimento às custas 
da exploração irracional da floresta amazônica?
a) Aumentando a fiscalização e multas.
b) Reduzindo os lucros da venda de madeira ilegal.
c) Criando empregos nos grandes centros urbanos.
d) Usando a detenção de quem se beneficia com isso.
e) Desenvolvendo atividades econômicas que não exerçam 
pressão sobre a floresta, que promovam riquezas e 
assegurem emprego e renda à população.
Administração do Agronegócio
 A administração do Agronegócio refere-se ao conjunto de 
conhecimentos usados para planejar e gerenciar as atividades 
de uma propriedade rural, desde o cultivo até a administração. 
Trabalho no campo
Fonte: Autoria própria.
Importância do profissional no Agronegócio
 Cabe, ao profissional do Agronegócio e da Agropecuária, 
definir as estratégias que serão usadas durante toda a safra, 
planejar a produção, determinar os serviços necessários para a 
criação dos rebanhos ou para a produção agrícola, estabelecer 
quantos funcionários deverão ser contratados a cada safra, 
verificar os custos da produção e definir o valor final do 
produto, de modo a obter a melhor rentabilidade para o 
negócio.
Profissionaldo Agronegócio
Fonte: Autoria própria.
Importância do profissional no Agronegócio
 Também deverá, além de negociar com o mercado 
internacional, organizar a distribuição e a logística.
 Imagine perder 1/3 da produção por problemas de logística.
 Quais seriam os prejuízos gerados pela falta de 
planejamento?
Logística
Fonte: Autoria própria.
Desafios do produtor
 Na nova realidade que se apresenta ao setor agropecuário 
brasileiro, no presente e no futuro, o produtor terá de buscar, 
obrigatoriamente, uma eficiência econômica cada vez maior. 
 No passado, o grande desafio era o ganho de produtividade 
por meio de melhores manejos técnicos, sendo que, na 
atualidade, esta deve ser acrescida à necessidade de 
uma administração profissional da propriedade rural.
Produção de cenoura
Fonte: Autoria própria.
Eficiência e economia
 Isso representa, na verdade, a necessidade de ser cada vez 
mais eficiente e econômico, recebendo, ao mesmo tempo e 
cada vez menos, amparo do governo. Tal meta impõe aos 
produtores a necessidade de evoluir em seus métodos de 
gestão, de modo a tratar a propriedade como uma empresa.
Lixo
Fonte: Autoria própria.
Gestão do Agronegócio
 O produtor rural moderno tem de gerir seu negócio como uma 
empresa, para tanto, deve encontrar uma forma de avaliar 
detalhadamente os dados de suas atividades, entre as quais, 
os potenciais de produção, os custos dos processos, 
as tendências dos mercados e seus riscos. 
 Deve, portanto, empenhar-se em coletar dados e mensurar ou 
medir as variáveis que possam interferir em suas atividades, 
de modo a permitir que decisões sejam tomadas 
racionalmente e não emocionalmente, ou seja, sem a 
avaliação dos dados relativos ao seu negócio.
Tecnologia: agricultura de precisão
Fonte: Autoria própria.
Gestão do Agronegócio
 A administração rural significa, além de cortar custos, investir 
em tecnologia, de forma racional. Na prática, deverá avaliar a 
correlação entre forças representadas, de um lado, pelos 
custos e investimentos, do outro, pelo produto colhido, 
faturamento e retorno do negócio.
 Algumas das questões-chave que um administrador rural 
moderno deveria estar apto a responder seriam: até quando 
um certo investimento seria um “bom negócio”? Quando se 
tornaria “um negócio caro”? A partir de quanto se tornaria 
impossível quitá-lo? Até quando cortar despesas seria 
correto? Quando tal economia acarretaria um volume de 
perdas ou de prejuízos superiores ao valor economizado?
Gestão Agronegócio
Fonte: Autoria própria.
Interatividade 
Como deve ser feita a gestão do agronegócio?
a) Baseada nos conhecimentos adquiridos e praticados pelas 
gerações anteriores.
b) Mantendo a forma de trabalho da maneira como sempre 
foi realizada.
c) Com eficiência e economia, de modo a tratar a propriedade 
como uma empresa.
d) Baseada em aspectos emocionais e na percepção do 
agricultor.
e) Aumentando a produção sempre.
Gestão dos recursos
 A meta principal de uma gestão empresarial é o lucro. 
 Lucro = receita - despesas, ou seja, a base do sistema 
capitalista, a partir do que, podemos concluir que o primeiro 
passo para a lucratividade diz respeito à gestão precisa 
dos custos de produção. Estes se referem à somatória dos 
dispêndios, pagos ou não, que resultam da execução de uma 
atividade produtiva. 
Pirâmide alimentar: objetivo – base sólida
Fonte: Autoria própria.
Custos de produção
Didaticamente, agruparemos nosso estudo dos componentes 
dos custos de produção de uma atividade agrícola de quatro 
formas principais. Deveremos obter resultados finais sempre 
muito semelhantes: 
 custos diretos e indiretos; 
 custos fixos e variáveis; 
 custos por tipo ou natureza e; 
 custos desembolsados e não desembolsados.
Produção de biscoito
Fonte: Autoria própria.
Custos diretos e indiretos
Quanto aos custos diretos e indiretos, a linha divisória é definida 
por uma pergunta: 
“Seria possível medir o custo com exatidão e atribuí-lo a uma 
determinada atividade ou hectare?”
 O custo direto é aquele que podemos mensurar ou medir e 
calcular precisamente. Ele incide única e diretamente sobre 
certa atividade, como no caso dos insumos, da mão de obra 
temporária, do combustível, dos lubrificantes, etc. Os custos 
indiretos precisam ser estimados, tal como no caso dos custos 
de oportunidade da terra e do capital, do giro, do custo de um 
administrador que divide seu tempo entre várias atividades ou 
da depreciação de máquinas e benfeitorias, etc. Os custos 
indiretos são representados basicamente pelos custos fixos.
Energia eólica
Fonte: Autoria própria.
Custos fixos e variáveis
Quanto aos custos fixos e variáveis, a linha divisória é definida 
por uma pergunta: 
“Os custos variam ou não de acordo com a área plantada?”
 Os custos fixos ocorrem sempre, de forma que não dependem 
da área plantada ou da tecnologia usada, até mesmo se não 
houver produção. Tais custos fixos incluem impostos, taxas e 
juros sobre capital fixo, salários e encargos da mão de obra 
permanente, depreciação de máquinas e implementos e 
benfeitorias. Os custos variáveis, como o próprio nome diz, 
variam numa relação direta com a área plantada, combustível, 
fretes, tecnologia usada e volume produzido, e incluem juros 
sobre capital de custeio, insumos, mão de obra temporária, 
secagem, armazenagem, etc.
Propaganda
Fonte: Autoria própria.
Custos desembolsados e não desembolsados
 De forma prática, simplesmente dividem os custos de acordo 
com a necessidade de desembolso físico no ano. 
 O custo desembolsado refere-se a tudo que tem de ser 
efetivamente pago no ano agrícola, independentemente de ser 
rateado entre várias atividades ou não, como ocorre no caso 
das taxas e dos impostos, dos fretes, do óleo e dos 
lubrificantes, dos insumos, de todos os salários e encargos, 
dos juros sobre custeio, das prestações a serem pagas 
no ano, etc. 
 O custo não desembolsado é tido como aquele que, mesmo 
não exigindo desembolso ou pagamento no ano, deve ser 
estimado ou provisionado, incluindo: obrigações de longo 
prazo, custo de oportunidade da terra e do capital próprio, 
depreciação de máquinas, implementos, benfeitorias, etc.
Energia
Fonte: Autoria própria.
Custos por tipo ou natureza
 São divididos de acordo com sua natureza: insumos, 
operações, etc. Os insumos incluem sementes, fertilizantes, 
defensivos e outros. 
 No caso das operações, calcula-se o custo da hora-
máquina, em que deve ser considerado o custo da 
depreciação, do combustível, do lubrificante, da manutenção, 
dos juros, do seguro e do tratorista. Tal custo é multiplicado 
pelo tempo de cada operação, a fim de gerar o valor 
do custo/hectare de cada operação. 
 Quanto aos outros custos, deve-se incluir: frete, secagem e 
armazenagem, gastos administrativos, mão de obra 
permanente (menos tratoristas), depreciação de infraestrutura, 
impostos e taxas, assistência técnica, etc.
Armazém – Ceasa/SP
Fonte: Autoria própria.
Mensurar todos os custos e identificá-los
 Há várias formas, portanto, de calcular os custos de produção 
e todas elas tendem a dar resultados muito semelhantes, 
senão idênticos. Deve-se salientar que nenhum custo deve ser 
esquecido e que, independentemente do método empregado, 
os critérios usados devem ser claros para o produtor. 
 O mercado de trabalho continua em alta, tanto para o bacharel 
quanto para o tecnólogo, visto que o agronegócio hoje é 
responsável por grande parte das exportações brasileiras, 
sua perspectiva é de crescimento para os próximos anos.Gráficos e tabelas
Fonte: Autoria própria.
Interatividade 
Quais são as diversas formas de mensurar os custos de 
produção?
a) Avaliando todos os custos diretos e indiretos.
b) Avaliando todos os custos fixos e variáveis.
c) Avaliando todos os tipos de gasto por natureza.
d) Avaliando todos os custos desembolsados e não 
desembolsados.
e) Avaliando os custos diretos e indiretos, custos fixos e 
variáveis, custos por tipo ou natureza e custos 
desembolsados e não desembolsados.
ATÉ A PRÓXIMA!

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