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PENSAMENTO E SUAS ALTERAÇÕES

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO AVANÇADA DE VITÓRIA
CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA INTERDISCIPLINAR
JÉSSICA BRAVIM SOARES
O PENSAMENTO E SUAS ALTERAÇÕES
VITÓRIA
2017
JÉSSICA BRAVIM SOARES
O PENSAMENTO E SUAS ALTERAÇÕES
Trabalho apresentado à disciplina Psicologia Interdisciplinar do 8º período do Curso de Psicologia – do Instituto de Ensino Superior e Formação Avançada de Vitória, como requisito para avaliação.
Orientador: Prof. Dr. Alexandre S. de Brito.
VITÓRIA
2017
O pensamento e suas alterações
O pensamento é constituído a partir dos elementos sensoriais, que fornecem substrato para o processo de pensar, sendo eles as imagens perceptivas e as representações. Segundo a visão aristotélica, o pensamento é constituído por três elementos, sendo eles o conceito, o juízo e o raciocínio. O conceito não apresenta elementos de sensorialidade, não sendo possível contemplá-lo, nem imaginá-lo. Trata-se de um elemento puramente cognitivo, intelectivo. Enquanto o juízo consiste na relação entre dois conceitos básicos, assim tendo a função básica formular uma relação semelhante entre um sujeito e um predicado. Já o raciocínio representa um modo especial de ligação entre conceitos, de sequência de juízos, de encadeamento de conhecimentos, derivando sempre uns dos outros. 
O processo de pensar seria outra forma de analisar o pensamento, distinguindo-se em curso, forma e conteúdo. O curso do pensamento é o modo como ele flui, a sua velocidade e seu ritmo ao longo do tempo. Já a forma do pensamento é a sua estrutura básica, preenchida pelos mais diversos conteúdos e interesses do sujeito. 
Contudo os elementos constitutivos do pensamento sofrem possíveis alterações, sendo que as alterações dos conceitos estão relacionadas a desintegração e condensação. Na desintegração, os conceitos sofrem um processo de perda de seu significado original, a ideia de determinado objeto e a palavra que o normalmente o nomeia passam a não mais coincidir, bastante comum na esquizofrenia e pode ocorrer nas síndromes demenciais. Na condensação, dois ou mais conceitos são fundidos, o paciente involuntariamente condensa duas ou mais ideias em um único conceito, que se expressa por uma nova palavra. Enquanto o juízo deficiente e o juízo de realidade interferem diretamente na alteração dos juízos. Sendo que, o deficiente é um tipo de juízo falso que se estabelece porque a elaboração dos juízos é prejudicada por deficiência intelectual e pobreza cognitiva do indivíduo. Já o de realidade está vinculado à experiência, surge da elaboração ideal das experiências diretas. 
Todavia alteração de raciocínio é caracterizada pelas formas de pensar, e o pensamento normal é ser regido pela lógica-formal e orientar-se segundo a realidade e os princípios de racionalidade da cultura na qual o indivíduo se insere. Os princípios básicos do pensamento logico-formal que orientam o pensamento tido como normal são: princípio de realidade, causalidade e lei da parte do todo. Além disso, a história da ciência e do conhecimento manifesta dois outros tipos de pensamento, o indutivo que parte da experimentação e da comparação, e o dedutivo que está relacionado a esquemas e demonstrações logicas.
Uma serie de crenças preconceituosas, sociais, ou pessoais, é mantida de forma insistente por um número considerável de pessoas. Se tornando mais difícil a descriminação entre pensamento normal e patológico. A psicopatologia registra uma série de tipos de pensamento comumente associados a estados mentais alterados e transtornos psiquiátricos. Os principais tipos de alterações de pensamento são: o pensamento magico, dereístico, concreto, inibido, prolixo, deficitário, demencial, confusional, desagregado e obsessivo.
Existe também as alterações do processo de pensar, as principais são: a aceleração, a lentificação, o bloqueio e o roubo do pensamento. Na aceleração o pensamento flui de forma muito acelerada, uma ideia se sucede a outra rapidamente. Enquanto na lentificação é diferente, o pensamento progride lentamente, de forma dificultosa. Verifica-se o bloqueio do pensamento quando o paciente, ao relatar algo, no meio de uma conversa, brusca e repentinamente interrompe seu pensamento, sem qualquer motivo aparente. Já o roubo do pensamento está associado ao bloqueio, pois é uma vivencia na qual o indivíduo tem a nítida sensação de que seu pensamento foi roubado de sua mente, por uma força ou um ente estranho, etc. 
Além disso existe outras alterações, que está relacionada a estrutura do pensamento, que são: fuga de ideias, dissociação e incoerência do pensamento, afrouxamento das associações, descarrilamento e desagregação do pensamento. Algumas dessas formas de alteração podem ser encontradas em pacientes com esquizofrenia. De acordo o DSM-5, alguns dos critérios diagnósticos da esquizofrenia são os delírios, alucinações ou discurso desorganizado, que envolve prejuízo em uma ou mais áreas do funcionamento. Os indivíduos podem apresentar uma variedade de crenças incomuns ou estranhas, como o pensamento magico, podendo ter experiências perceptivas raras.
Na observação clinica os principais conteúdos que preenchem os sintomas psicopatológicos são: persecutórios, depreciativos, religiosos, sexuais, de poder, ruína ou culpa e conteúdos hipocondríacos. O persecutório é um dos mais importantes pelo fato de a sobrevivência em um mundo potencialmente ameaçador ser tema onipresente em quase todos os grupos sociais. A sobrevivência e a possibilidade de ser atacado é algo elementar tanto biologicamente como psicologicamente. Por sua vez, a sexualidade apesar de reprimida na maioria das sociedades, nunca deixou de ser tema. Freud no desenvolvimento de sua psicanalise mostrou a importância para vida mental e social do ser humano. Também são comuns na psicopatologia os temas religiosos, o que justifica o fato de que não há cultura ou grupo social humano em que a religião não desempenhe papel central. Por fim os temas hipocondríacos que revelam a importância que o corpo tem na experiência humana, como o narcisismo, que está relacionado as vivencias corporais, o desejo do bem-estar físico.
REFERÊNCIA
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

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