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Artigo Santo Agostinho

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Anais da Jornada de Estudos Antigos e Medievais 
ISSN 2177-6687 
 
 
 1 
A GUERRA NA VISÃO DE SANTO AGOSTINHO 
 
RIBEIRO, Jeferson Silva (PIBIC/UEM) 
REIS, Jaime Estevão dos (DHI/PPH/UEM) 
 
 
Este texto tem como objetivo discutir a guerra na Idade Média tomando como 
fonte de análise as obras de Santo Agostinho. Este pensador cristão medieval foi um 
dos primeiros a refletir sobre o tema da guerra e contribui de forma expressiva para a 
definição do seu conceito no âmbito medieval. 
A especificidade de tal tema na Idade Média está na problemática conciliação 
entre o cristianismo pacifista dos três primeiros séculos da Era Cristã e o belicismo, 
que foi uma característica marcante do mundo medieval. Em entrevista da Revista 
L’Histoire publicada em 1995, foi elaborada a seguinte pergunta a Jacques Le Goff: 
“Cristo deixou uma mensagem de paz. Os cristãos entretanto pegaram em armas. 
Como conciliar as duas exigências?” (apud LE GOFF, 2008, p. 105). Em resposta, Le 
Goff, após refletir sobre a concepção pacifista dos primeiros cristãos citando teóricos 
como Tertuliano e Orígenes, explica como ocorreu a mudança de uma concepção cristã 
pacifista para um cristianismo guerreiro. 
Utilizemos às suas próprias palavras para esclarecer esse ponto: 
 
A situação irá mudar a partir do século IV. A razão essencial é que o 
cristianismo se tornou religião do Estado, os cristãos foram 
integrados à sociedade pública e não mais puderam opor uma recusa 
a uma guerra que se impunha ao agora Império Cristão: a sociedade 
romana estava exposta a múltiplos ataques, em particular por parte 
daqueles a que chamamos os “bárbaros”. A partir desse momento, foi 
necessário que os cristãos cristianizassem a guerra (LE GOFF, 2008, 
p. 106). 
 
Temos, portanto, um fator de extrema importância para o desenvolvimento da 
temática da guerra no seio da igreja: a nova situação encarada pelo cristianismo. De 
acordo com García Fitz, a Igreja “preconstantina” não tinha porque defender o uso das 
armas, contrário a uma primeira interpretação do Novo Testamento. Apenas quando a 
Igreja se constitui em Império Cristão é que surge a necessidade de se pegar em armas 
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para defender esse Império que já era encarado por muitos cristãos como o Reino de 
Deus na Terra (GARCÍA FITZ, 99-103; 119-125). 
Tendo essas questões como premissa, podemos a partir daqui analisar as obras 
do pensador que mais influenciou a teologia e o pensamento medieval, e, 
consequentemente, refletiu sobre a utilização da guerra: Santo Agostinho. 
Santo Agostinho, o doutor de Hipona, vive no momento crítico da crise e queda 
do Império Romano – as invasões bárbaras. Porém, quando nasce, o Edito de Milão já 
havia sido proclamado e a igreja já gozava de liberdade de culto e de alguns favores do 
Império. Por isso os cristãos já tinham também as suas responsabilidades para com o 
império, como no caso em questão, defender Roma. 
Portanto, podemos observar que no século IV, o uso de armas e a guerra, já eram 
considerados como atitudes comuns no Império cristianizado, tanto que, em seus 
escritos, Agostinho não precisou argumentar longamente sobre o problema de se fazer 
ou não fazer guerra, a não ser com grupos ou seitas mais radicais que lutavam pelo 
pacifismo a todo custo – como o caso dos maniqueus. No geral o que podemos notar é a 
argumentação de Santo Agostinho sobre como uma guerra deve ser feita por cristãos, ou 
seja, como uma guerra pode ser considerada justa. 
Essa concepção de Santo Agostinho está diretamente relacionada à sua 
interpretação da História, que difere da interpretação clássica de um dualismo 
metafísico. Fazendo emergir o conceito de Providência, em que Deus tem total controle 
da história e dos fatos, fazendo com que todos os fatos, sejam eles bons ou maus – 
embora a interpretação desse mal para Agostinho também representará um mal 
totalmente diferente do mal dualista –, levem ao final determinado por Deus onipotente 
(LEÃO, 2002, p. 17 – 21). Tal ideia sobre a história não poderia deixar de inferir sobre 
o conceito de guerra, em que podemos observar a ideia de Providência nas próprias 
palavras de Agostinho: 
 
Assim escapou à morte a maioria desses caluniadores de nossa era 
cristã, que atribuem ao Cristo os males que Roma sofreu; o beneficio 
da vida, por eles devido ao nome do Cristo, não é a nosso Cristo, 
porém, que atribuem, e sim ao destino, quando, se maduramente 
refletissem, no que suportaram de infortúnios poderiam reconhecer a 
providência, que se vale do flagelo da guerra para corrigir e 
pulverizar a corrupção humana e, atormentando com semelhantes 
aflições almas justas e meritórias, faz que, depois da prova , passem a 
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melhor destino ou as retém na Terra para outros desígnios. (SANTO 
AGOSTINHO, 2002, p. 28 – 29). 
 
A interpretação agostiniana da guerra é fundamental para que possamos entender 
a construção do conceito de guerra justa na Idade Média. Tal explicação, ou 
interpretação, nasce da experiência pessoal do Doutor de Hipona e de sua opinião sobre 
a natureza humana, como afirma García Fitz: 
 
Su experiência personal y su sombria opinión sobre la natureza 
humana le llevaron a aceptar que el pecado era consustancial al 
hombre y que la guerra, que no era sino su consecuencia, debía 
considerarse como um mal menor, inevitable y necesario, em um 
mundo en el que la paz completa no podría alcanzarse nunca. Esta 
última convicção le obligó a reiterpretar la ética cristiana de la no 
violencia a la luz de aquella realidad insoslayable. Los cristianos no 
podían obviar que la paz era imposible en la tierra y, por tanto, no 
tenían otra opcíon que aceptar la existencia de la guerra y tomar parte 
en Ella para combatir el pecado, la maldade y la injusticia, al menos 
bajo ciertas condiciones. De esta forma, la guerra, que originalmente 
es fruto Del pecado, se convierte también en herramienta de Dios 
para luchar contra El. (GARCÍA FITZ, 2003, p. 123 – 124). 
 
Em suas obras, Santo Agostinho, transmite sua visão sobre a guerra, às vezes 
direta, às vezes indiretamente, mas pensando em como tais escritos puderam influenciar 
o mundo medieval, vamos tentar observar esses dois modos que podem ter influenciado 
grandemente na elaboração do conceito medieval de guerra justa. Por exemplo, em uma 
passagem das suas Confissões ele diz: 
 
Há certos atos que se assemelham a delitos ou a maldades, e contudo 
não são pecados porque nem Vos ofende a Vós, Senhor nosso, nem 
ao convívio social. Por exemplo, quando se procura alcançar alguma 
coisa útil à vida e aos tempos, não se sabendo se é por desejo 
desregrado de possuir, ou quando uma autoridade, legalmente 
estabelecida, castiga pelo desejo de corrigir, duvidando-se se o 
pratica pelo prazer de fazer o mal. 
Desta forma muitas ações que aos homens parecem reprováveis são, 
pelo Vosso testemunho, aprovadas (SANTO AGOSTINHO, 1992, p. 
71). 
 
Neste momento Santo Agostinho esta falando sobre a moral, e se inserirmos 
nesse texto o ideal de guerra justa, fica claro como acontece essa adaptação, 
principalmente se relacionarmos as atitudes do príncipe, citadas pelo nosso autor, à 
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declaração de uma guerra que, seguindo alguns preceitos, só deve ser feita por uma 
autoridade estabelecida. 
Podemos ver também um posicionamento mais direto de Agostinho no terceiro 
volume de uma de suas obras de maior prestigio, A cidade de Deus, escrita durante as 
invasões bárbaras dos séculos IV e V, o que dá certo peso à sua argumentação sobre a 
guerra quevemos abaixo: 
 
Quem quer observe um pouco as questões humanas e a nossa comum 
natureza reconhecerá comigo que, assim como não há quem não 
procure a alegria, também não há quem não queira possuir a paz. 
Realmente, mesmo quando alguém faz a guerra, mais não quer que 
vencer; portanto, é a uma paz gloriosa que pretende chegar, lutando. 
Na verdade, que mais é a vitória senão a sujeição dos que resistem? 
Logo que isto se tenha conseguido, será a paz. As próprias guerras, 
portanto, são conduzidas tendo em vista a paz, mesmo por aqueles 
que se dedicam ao exercício da guerra, quer comandando quer 
combatendo. Donde se evidencia que a paz é o fim desejado da 
guerra. Efetivamente, todo homem procura a paz, mesmo fazendo a 
guerra; mas ninguém procura a guerra ao fazer a paz. (SANTO 
AGOSTINHO, 2000, p. 1909). 
 
Em outra passagem da obra deste pensador, a menção a uma guerra justa é 
bastante evidente. Quando se refere às guerras que visam à expansão do Império 
Romano, Santo Agostinho diz: 
 
Considerem se é próprio de gente de bem regozijar-se com a 
grandeza do reino. A iniqüidade daqueles contra quem se travaram 
guerras justas auxiliou o crescimento do reino. Esse, na realidade, 
seria pequeno, se a justiça e a paz dos povos vizinhos não o levassem, 
por causa de alguma ofensa, a declarar-lhes guerra. Desse modo, 
gozando todos os reinos, em boa vizinhança, da maior felicidade nas 
coisas humanas, seriam pequenos e, assim, haveria no mundo 
muitíssimos reinos de nações, como há na cidade muitíssimas casas 
de cidadãos. Por isso, guerrear e dilatar o reino, senhoreando povos, 
aos maus parece ventura, e aos bons, necessidade. Mas, por que seria 
pior que os mais justos se vissem dominados pelos injustos, não sem 
motivo se chama também a isso felicidade. 
Sem dúvida alguma, porém, é maior felicidade viver em paz como 
bom vizinho que subjugar pelas armas o mau. Maus desejos são 
desejar ter a quem odiar ou a quem temer, para poder ter a quem 
vencer... (SANTO AGOSTINHO, 2002, p. 164 – 165). 
 
Nesse ponto a critica de Agostinho se centraliza, não no “fazer a guerra”, mas na 
motivação que está por trás dessa guerra: “desejar ter quem odiar ou quem temer, para 
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poder ter quem vencer” (SANTO AGOSTINHO, 2002, p.165). Vemos, então, que a 
motivação ou a causa de uma guerra podem defini-la muitas vezes como injusta. A 
guerra para ser justa deve ser feita contra a iniquidade, ou seja, sempre deve ser tomada 
com uma reação, ou defesa às afrontas inimigas. “É, na verdade, a iniqüidade da parte 
adversa que impõe ao sábio que empreenda a guerra justa” (SANTO AGOSTINHO, 
2002, p. 1899). Além desse ponto há ainda outro fator que deve ser observado para que 
uma guerra seja considerada justa, e segundo Santo Agostinho, será essencial que a 
guerra seja declarada por uma autoridade legitima, seja essa autoridade o próprio Deus 
ou o príncipe. 
Nas palavras do próprio Bispo de Hipona, “[...] o soldado que mata por 
obediência à autoridade legítima não é considerado homicida por nenhuma lei civil” 
(SANTO AGOSTINHO, 2002, p. 56). Assim, de acordo com Santo Agostinho, o 
soldado será apenas uma ferramenta e não poderá ser condenado por homicídio, ainda 
mais por fazer o bem, ao ser usado por Deus ou pelo príncipe, para levar a justiça, a paz 
e punir criminosos: 
 
A mesma autoridade divina estabeleceu, porém, certas exceções à 
proibição de matar alguém. Algumas vezes, seja como lei geral, seja 
por ordem temporária e particular, Deus ordena o homicídio. Ora, não 
é moralmente homicida quem deve à autoridade o encargo de matar, 
pois não passa de instrumento, como a espada que fere. Desse modo, 
não infringiu o preceito quem, por ordem de Deus, fez guerra ou, no 
exercício do poder público e segundo as leis, quer dizer, segundo a 
vontade da razão mais justa, puniu de morte criminosos; assim 
também não acusam Abraão de crueldade, mas gabam-lhe a piedade, 
quando, assassino por obediência, quer matar o filho...(SANTO 
AGOSTINHO, 2002, p. 51 – 52). 
 
Como temos observado até aqui, a formação do conceito de guerra justa passa 
por vários estágios, mas encontra em Santo Agostinho, reconhecidamente um dos 
pilares da Igreja cristã, seu ponto chave, a base que influenciará por toda a Idade Média, 
o pensamento militar diretamente relacionado ao cristianismo, e que, posteriormente, 
alcançara o seu clímax com a ideia de guerra santa. 
A guerra justa não se relacionará, pelo menos entre os defensores dessa ideia na 
Idade Média, com destruição e morte, pelo contrário. Graças a tais contribuições 
agostinianas, ela será entendida como a busca do pacifismo e da ordem no contexto de 
uma sociedade que vive o caos. Uma guerra conduzida diretamente por Deus 
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encontraria facilmente sua legitimidade em uma sociedade com a mentalidade 
totalmente voltada para a religião. Sendo assim da mesma forma que Agostinho se 
refere a Abraão – “Si Abrahán hubiese sacrificado por própria iniciativa a su hilo, no 
havia sido una pessoa horripilante y loca? En cambio, al hecerlo por mandato de Dios, 
no aparece como un hombre fiel y devoto?” (SANTO AGOSTINHO, 1993, p. 602) - os 
cavaleiros passaram, embora também após um longo processo, a encontrar a sua maior 
honra em lutar e derramar sangue inimigo, mas sempre em nome da fé; e assim puderam 
ser vistos como fiéis e devotos Cavaleiros de Cristo. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Fontes impressas: 
 
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Bibliografia: 
 
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Anais da Jornada de Estudos Antigos e Medievais 
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