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SAÚDE MENTAL

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saúde mental 
 
∗ Critérios de inclusão (expressões de que algo não vai bem com o indivíduo: alvoroço, confusão, 
medo, agitação, choro, tristeza, apatia, insegurança, alterações da percepção da realidade. 
→ Aspectos biológicos e relacionais estão envolvidos nesses desequilíbrios; 
→ Tomar cuidado com os extremos; 
→ Nem sempre o mais agitado será o mais agressivo. 
 
∗ Conduta: 
1. Avaliar ambiente, sujeitos e segurança (método ACENA); 
2. Definir mediador → receptividade do paciente → facilitar a comunicação com o paciente; 
3. Aproximar-se, identificar-se e oferecer ajuda → aceitar o cenário do paciente inicialmente 
para se aproximar; 
4. Fazer contato e trocas de forma respeitosa e acolhedora → olhar nos olhos; 
5. Identificar a emoção presente na cena (raiva, medo, ansiedade, angústia, tristeza, irritação, 
indiferença); 
6. Acolher e estabelecer uma relação de confiança; 
7. Atenção à linguagem verbal e não verbal (gestões, expressões, atitude corporal); 
8. Identificar situações relacionadas ao contexto da crise/urgência e fatores desencadeantes + 
dialogar (tom de voz normal); 
9. Realizar avaliação primária e secundária: estado mental (lucidez, orientação e noção de 
realidade) + condições clínicas específicas (diabetes, hipertensão); 
10. Dialogar com familiares e pessoas próximas → identificar quem pode facilitar o 
entendimento e manejo da situação; 
11. Vínculo com CAPS/UBS, fazer contato → histórico de drogas, agressividade; 
12. Coletar dados relacionados às condições de saúde do indivíduo (transtorno mental 
diagnosticado, uso de substâncias psicoativas, crises anteriores, doenças clínicas e 
tratamentos prévios); 
13. Solicitar à Central de Regulação + policiais e bombeiros em caso de risco a segurança da cena; 
14. Estimular a tranquilização; 
15. Acolher familiares e pessoas envolvidas na cena; 
16. Considerar o limite da mediação → presença de agravos (estresse da equipe e no ambiente, 
piora clínica do paciente e tempo excessivo); 
17. Considerar a possibilidade de substituir o moderador → atenção para o sexismo e outros 
preconceitos; 
18. Comunicar a situação clínica à Regulação Médica e proceder conforme as orientações; 
→ Manter o menor numero de pessoas possível na cena. 
 
∗ Agitação e situação de violência: 
→ Critérios de inclusão: paciente com hiperatividade, inquietude, angústia, irritabilidade e 
verborreia ou em atitude hostil (física ou/e verbal), ameaçadora ou em franca agressão; 
→ Base da situação pode ser: irritabilidade exacerbada, medo e estresse; 
→ Alteração metabólica, intoxicação por álcool ou outras drogas, sintomas psicóticos, conflitos 
e rupturas de vínculos familiares e socais → ansiedade e sofrimento psíquico; 
→ Mediação é a melhor ferramenta; 
→ Agressividade do paciente pode não permitir a avaliação e conclusão do diagnóstico 
(principalmente quando há associação a uso de drogas e álcool); 
→ Suicídio: agressão por parte dos profissionais da saúde (por julgamento) = erro gravíssimo. 
 
 
 
Bárbara Oenning da Gama 
∗ Conduta em paciente armado: 
1. Avaliar ambiente, sujeitos e segurança (método ACENA); 
2. Abordar a cena conforme protocolo de manejo de crise; 
3. Estabelecer a relação de confiança deixando claro que você está ali para ajudar, na tentativa 
de tranquilizá-lo; 
4. Ouvir o paciente, incluindo sua linguagem corporal; 
5. Utilizar frases curtas e simples + repetir propostas. 
 
∗ Conduta em paciente desarmado: 
1. Avaliar ambiente, sujeitos e segurança (método ACENA); 
2. Abordar a cena conforme protocolo de manejo de crise; 
3. Estabelecer a relação de confiança deixando claro que você está ali para ajudar, na tentativa de 
tranquilizá-lo; 
4. Ouvir o paciente, incluindo sua linguagem corporal; 
5. Utilizar frases curtas e simples + repetir propostas; 
6. Identificar alguém indicado pelo paciente, que possa fornecer suporte e negociar as 
necessidades de apoio e formas de ligar com a situação; 
7. Tentar associar o estado de agitação a 4 situações: raiva (hostilidade, fala exaltada e tensão 
muscular), euforia (hiperatividade, verborreia, ideia de grandeza e insônia), medo (atitude 
de desconfiança e sensação de ameaça) e confusão mental (desorientação e discurso 
incoerente); 
8. Conversar com alguém agitado é estratégia para a redução da agitação, mesmo sem resposta 
verbal do paciente; 
9. Ofertar opções de escolha, mantendo postura firme e segura para negociar, sem desafiá-lo 
ou confrontá-lo; 
10. Amenizar as situações de raiva, euforia e medo com diálogo (escuta e falha acolhedora), 
atitudes claras, limites e possibilidades + proporcionar um ambiente com poucos estímulos 
(sem plateia); 
11. Não fazer julgamentos ou prometer algo que não será realizado; 
12. Realizar avaliação primária e secundária para mudar o foco e tranquilizá-lo; 
13. Na agressão iminente: buscar apoio → mensagem de superioridade de força; 
14. Persistindo ou superado o estado de agitação, deve-se entrar em contato com a Central de 
Regulação para orientações e encaminhamento. 
 
∗ Método ACENA: 
→ A: avaliar arredores, a casa, a presença de armas ou de artefatos que indiquem o uso de álcool 
e drogas + altura e aparência do paciente; 
→ C: observar presença de sinais de conflito e crise na rede social do paciente; 
→ E: avaliar as expectativas e a receptividade da rede social do próprio paciente e da equipe de 
atendimento; 
→ N: avaliar o nível de consciência, a adequação à realidade, a capacidade de escolha e o nível de 
sofrimento; 
→ A: avaliar a presença de sinais de uso de álcool e drogas, a presença de agressividade (atual ou 
anterior) e a presença de sinais de autoagressão. 
 
∗ Intoxicação e abstinência alcoólica: 
→ Critérios de inclusão comuns: fala pastosa, alterações de humor, alterações do nível de 
consciência, alterações do comportamento, não coordenação motora, prejuízo da atenção e 
do julgamento, náuseas e vômitos, ansiedade, irritabilidade, taquicardia, hipertensão ou 
hipotensão arterial, alucinações, agitação psicomotora, fraqueza; 
→ Critérios de inclusão por intoxicação: hálito alcoólico; 
→ Critérios de inclusão por abstinência: tremores, febre, sudorese profusa, convulsão e delírio; 
→ Trombo embolia pulmonar (fratura de grandes ossos) X abstinência; 
1. Avaliar ambiente, sujeitos e segurança (método ACENA); 
2. Aproximar-se de forma tranquila, identificar-se e fornecer ajuda; 
3. Realizar avaliação primária e tratar; 
4. Realizar avaliação secundária (SAMPLA, sinais vitais e exame físico); 
5. Identificar situações relacionadas ao contexto da crise/urgência com familiares e pessoas 
próximas que possam facilitar o entendimento e manejo da situação; 
6. Valorizar o tipo de substância, a via de absorção e o histórico psiquiátrico; 
7. Não havendo trauma: manter paciente em posição se recuperação ou em PLS (risco de 
aspiração de secreções); 
8. Administrar O2 por máscara não reinalante (10/15 l/min), se saturação < 94%; 
9. Manter o paciente aquecido; 
10. Realizar contato com a Regulação e aguardar orientação para procedimentos e transporte; 
→ Comunicar Regulação agravos com risco de morte: agitação, agressividade, rebaixamento 
do NC, hipotensão moderada a severa, hipotermia ou hipertermia e convulsões; 
→ Complicações e agravos clínicos associados podem implicar no risco de morte; 
→ Considerar informações que elevem a suspeição para intoxicação por outras drogas; 
→ Orientar para a procura de rede de atenção básica, psicossocial e assistência social. 
 
∗ Intoxicação por drogas estimulantes: 
→ Consumo de cocaína, crack, anfetaminas, ecstasy, metanfetamina (cristal) e outras drogas; 
→ Critérios de inclusão: ansiedade, instabilidade, irritabilidade, agitação psicomotora, delírios, 
rigidez muscular, trismo mandibular, tremores, movimentos repetitivos, taquicardia, pupilas 
midriáticas, hipertermia,aumento da PA, espasmos musculares e dedos queimados (crack); 
1. Avaliar ambiente, sujeitos e segurança (método ACENA); 
2. Aproximar-se de forma tranquila, identificar-se e oferecer ajuda; 
3. Fazer avaliação primária e tratar; 
4. Realizar avaliação secundária (SAMPLA, sinais vitais e exame físico); 
5. Identificar situações relacionadas ao contexto da crise/urgência com familiares e pessoas 
próximas que possa facilitar o entendimento e o manejo da situação; 
6. Valorizar o tipo de substância, a via de absorção e o histórico psiquiátrico; 
7. Administrar O2 por máscara não reinalante (10/15 l/min), se saturação < 94%; 
8. Realizar contato com a Regulação e aguardar orientação para procedimentos e transporte; 
→ Solicitar SAV em casos de agravamento (agitação, agressividade, rebaixamento do NC, 
hipotensão, hipotermia ou hipertermia, dor torácica, convulsões e sinais de AVE); 
→ Complicações e agravos clínicos associados podem implicar no risco de morte → não devem 
ser negligenciados; 
→ Orientar para a procura de rede de atenção básica, psicossocial e assistência social. 
 
∗ Contenção física: 
→ Indicação: situações em que for o único meio disponível para prevenir dano imediato ou 
iminente ao paciente e aos demais → situações de violência (autoagressão ou 
heteroagressão), intenção de evasão associada ao risco iminente de dano a si ou aos demais, 
risco de queda ou ferimentos em pacientes com rebaixamento do NC; 
1. Comunicar familiares e responsáveis + registro do consentimento por escrito → restrição 
mecânica também + deixar claro que é para a segurança do paciente; 
2. Iniciar procedimento após chegada do SAV, do Corpo de Bombeiros ou de alguma instituição 
policial; 
3. Iniciar a técnica somente quando houver o número mínimo de profissionais necessários 
(cinco); 
4. Planejar o procedimento + definir o coordenador da ação (mediador de preferência) + definir 
a ação de cada pessoa + planejar a frase-chave para o comando de imobilização; 
5. Orientar continuamente o paciente sobre o procedimento e esclarecer que tal medida tem 
como objetivo garantir a sua segurança; 
6. Procedimento está dividido em 2 fases: (1) imobilização = restrição dos movimentos e da 
locomoção e (2) contenção mecânica = uso de faixas; 
7. Imobilização: realizar manejo do espaço (equipe em semicírculo ao redor do paciente, 
coordenador ao centro, evitar ficar atrás do paciente) + manter o olhar no paciente + 
posicionamento (pés afastados, braços ao longo do corpo, distancia de um braço e meio do 
paciente); 
8. Contenção mecânica: coordenador apoia cabeça e tórax e é o responsável por passar as 
faixas + iniciar a passagem das faixas pelo membro com mais risco do paciente se soltar + 
membros (faixa por baixo da articulação, amarrar na lateral da maca/prancha e manter a 
imobilização manual) + imobilização deve envolver punhos e tornozelos + evitar 
hiperextensão dos membros e compressão do plexo braquial; 
9. Realizar avaliação primária e avaliação secundária; 
10. Paciente deve ser mantido sob observação contínua com registro a cada 15 minutos 
durante o período de contenção (NC e SV, perfusão – identificação de eventual ocorrência de 
garroteamentos e lesões); 
11. Comunicar a situação clínica atualizada e proceder com as orientações do médico regulador; 
→ Pacientes com problemas cardíacos podem enfartar; 
→ Último recurso: apenas utilizado após todas as tentativas de manejo e tranquilização serem 
insuficientes para o controle da situação e sob orientação do médico regulador; 
→ Método Tereza: no tórax → apenas em último caso → perigosa, pois faz contensão do tórax; 
→ A faixa deve ser de material resistente, de fácil manuseio, com costura reforçada e largura 
adequada (membros = 10cm, tórax = 20cm); 
→ Não usar lençóis ou ataduras associadas a malha tubular como faixa (apenas em último caso); 
→ O profissional deve estar consciente se seus próprios sentimentos (medo, ansiedade, raiva e 
limites) → solicitar substituição no atendimento caso não se sentir confortável ou preparado; 
→ Não fazer uso de contensão com o propósito de disciplina, punição, coerção ou conveniência 
da equipe de saúde; 
→ Jamais aplicar chave de braço, torção de punho, gravata e outras técnicas marciais; 
→ Não sentar-se sobre o paciente ou colocar seus joelhos sobre ele; 
→ A contensão mecânica pode desencadear complicações clínicas graves: desidratação, redução 
da perfusão em extremidades, fraturas, depressão respiratória e morte súbita → necessidade 
de critérios e cuidados; 
→ Deve ser mantida pelo menor tempo possível → jamais deve ter seu tempo prolongado; 
→ Priorizar que o procedimento seja realizado com o auxílio do SAV; 
→ O transporte do paciente deve ser na ambulância do SAMU.

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