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10 CIRURGIAS INTRACRANIANAS ASSIST. DE ENFERMAGEM

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Enfermagem Cirúrgica – 6º Semestre
Cuidados de Enfermagem ao paciente submetido à Cirurgia Intracraniana
Profa. Sandra Mara
Profª Flávia Carnauba
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Cresce o número de pacientes neurológicos operados com boa recuperação:
Tratamento das lesões com maior precisão (avanços tecnológicos e cirúrgicos)
Possibilidade de visão tridimensional nas cirurgias
Utilização de laser e bisturi gama (radiocirurgia)
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Três procedimentos possíveis:
A craniotomia
A craniectomia
A cranioplastia
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Craniotomia
Abertura do crânio cirurgicamente para acessar as estruturas intracranianas.
Finalidade:
Remoção de tumores
Aliviar a PIC
Remoção de um coágulo de sangue
Controlar Hemorragia
Reparação de tecido cerebral ou de vasos sanguíneos lesionados.
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 Craniectomia: remoção de uma parte de um osso do cranio. 
Cranioplastia: reparação do defeito de um osso do cranio (placa de plástico ou de metal)
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Três abordagens dão acesso às estruturas cranianas: supratentorial, infratentorial e transfenoidal.
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Comparação entre as abordagens cirúrgicas cranianas
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Anestesia: Geral Endovenosa.
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Posicionamento cirúrgico: Inúmeras possibilidades, de acordo com a abordagem que será realizada. 
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Posicionamento cirúrgico:
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Avaliação Diagnóstica
Tomografia computadorizada (TC de escaneamento) para demonstrar a lesão e mostrar o grau de edema cerebral circunjacente, o tamanho do ventrículo e o deslocamento;
Ressonância Magnética examina a lesão em outros planos;
Angiografia cerebral: avalia fluxo sanguíneo e lesões vasculares;
Doppler transcraniano: avalia fluxo sanguíneo dos vasos intracranianos.
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Cuidados no pré-operatório
SSVV e avaliação neurológica;
Medicações anticonvulsivantes para reduzir o risco de convulsões no pós operatório = fenitoína (hidantal)
Antes da cirurgia, dexametasona (esteróides) para reduzir o edema cerebral;
Restrição hídrica;
Administração de agente hiperosmótico (manitol) e diurético (furosemida) por via intravenosa, imediatamente antes do procedimento e no decorrer da cirurgia = reduzir edema.
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Cuidados no pré-operatório
O cateter vesical de demora é inserido, antes que o paciente vá para a sala de cirurgia, permitindo a monitorização do volume urinário = função renal
Administração de pré-anestésico (geralmente não indicada), ver prescrição e protocolos;
Antibioticoprofilaxia e preparo do couro cabeludo (tricotomia), devem estar de acordo com o protocolo institucional vigente.
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Cuidados no pós-operatório
Alguns pacientes se recuperarão da anestesia na UTI (geralmente seguem intubados) e ficarão por lá até estabilização do quadro geral, outros poderão voltar para clínica cirúrgica, geralmente com oxigenoterapia complementar.
A medicação terapêutica para reduzir o edema cerebral inclui a continuidade da administração de manitol – (que aumenta a osmolaridade sérica e retira água das áreas do cérebro);
O líquido é depois excretado pela diurese osmótica (furosemida);
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Cuidados no pós-operatório
A dexametasona (corticóide) pode ser administrada por via intravenosa a cada 6 hs, por 24 as 72 horas, com a 
 dosagem reduzida de modo gradual.
Para alteração de temperatura, o paracetamol é comumente dado para temperaturas acima de 37,5°C;
Em geral os pacientes apresentam cefaléia por causa do estiramento e irritação dos nervos no intra operatório, podendo ser tratados com codeína;
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 Cuidados no pós-operatório
Para a prevenção de convulsões, a medicação anticonvulsivante de escolha, geralmente é a fenitoína ou o diazepan (prescritos especificamente para pacientes em pós craniotomia supratentorial – alto risco de convulsão).
Monitorizar a PIC para identificar/mensurar a Hipertensão Intracraniana (principal complicação).
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Complicações
Infecção;
Vasoespasmo;
Hemorragia;
Hipertensão Intracraniana = Aumento da PIC;
Diabetes insípido (síndrome da secreção inadequada de hormônio antidiurético);
Convulsões;
Lesão de nervos cranianos.
 
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Hipertensão Intracraniana
A hipertensão intracraniana (HIC) é uma complicação frequente e grave que acompanha a maioria das patologias do sistema nervoso central.
Fisiologia
O crânio do adulto é rígido e inextensível, cuja cavidade é restrita e contém 3 elementos:	
 O encéfalo ( tecido cerebral) (87%)
 O líquor (9%)
 O sangue ( 4%)
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Hipertensão Intracraniana
Definição
Aumento prolongado e mantido da pressão intracraniana;
Situação resultante do aumento do volume no compartimento intracraniano, causador de uma desproporção volume-continente, com consequente aumento pressórico.
PRESSÃO NORMAL DE 10 a 15 mm Hg
De 20 a 40 mm Hg = HIC Moderada
Acima de 40 mm Hg = HIC grave 
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Hipertensão Intracraniana
Causas
Lesões expansivas localizadas, como hematomas, abscessos e tumores podem aumentar o volume de um hemisfério cerebral. Geralmente o efeito de massa da lesão é amplificado pelo edema cerebral em torno da mesma;
Inicialmente a expansão cerebral é compensada por maior absorção do LCR. Em cérebros atróficos, com ventrículos dilatados e sulcos alargados, esta margem é maior;
Esgotada a capacidade de compensação, a pressão intracraniana aumenta rapidamente.
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Hipertensão Intracraniana
Causas
Lesões tumorais em geral (neoplasias, hematomas, abcessos, etc);
Hidrocefalias (congênitas, adquiridas);
Outros distúrbios encefálicos (diferentes tipos de edema cerebral).
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Hipertensão Intracraniana
Sinais e Sintomas
Estado mental alterado, cefaléia, náusea, vômitos, diplopia, visão borrada (papiloedema) e cegueira. 
No edema cerebral, podem ser observados sintomas progressivos, incluindo perda de consciência, hipertensão, bradicardia, Irregularidade respiratória, convulsões e herniação cerebral em casos graves. 
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Tomografia sem Contraste
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Tomografia com Contraste
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Herniação sob a foice
Herniação uncal
Herniação transtentorial central
Herniação externa
Herniação tonsilar
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Hipertensão Intracraniana
Monitorização da PIC
Existem três formas de monitorizar a pressão intracraniana: 
com um cateter intraventricular (cateter dentro dos ventrículos do cérebro);
com um parafuso ou pino subaracnóideo (parafuso ou pino colocado através do cérebro no espaço entre a aracnóide e o córtex cerebral);
com um sensor epidural (sensor colocado no espaço epidural abaixo do crânio).
Os dois últimos não são muito usuais.
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Hipertensão Intracraniana
Monitorização da PIC
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Também conhecido como Derivação Ventriculoperitoneal
Alivia o aumento da PIC causado pela hidrocefalia;
Drena o excesso de líquido cefalorraquidiano dos ventrículos laterais do cérebro para a cavidade abdominal e, em casos raros, para o átrio direito.
Geralmente seu uso é definitivo;
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CATETER INTRAVENTRICULAR – DVP 
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Também chamado de catéter de Derivação Ventricular Externa.
Os cuidados Pré-Operatórios e o procedimento são idênticos ao da DVP, porém sua utilização não é 
definitiva, dependerá da regressão do problema/alteração apresentada pelo cliente, assim que sanadas as alterações, ele é retirado.
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Cuidados Pré-Operatórios
Confirmar toda a rotina pré-operatória:
Oriente o cliente e seus familiares quanto ao tratamento e aos cuidados de enfermagem;
Se for o caso, explique o motivo da ida do paciente para UTI e como a família o encontrará na UTI;
Realize uma avaliação física completa e
 registre.
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Cuidados Pós-Operatório
Manter decúbito de 30°;
Inspecionar a região de inserção do cateter na admissão e uma vez por plantão, anotando o aspecto da ferida operatória;
Anotar débito, aspecto e cor da drenagem de líquor, a cada duas horas ou a cada uma hora, quando instabilidade, notificando alterações no débito;
Orientar
cliente e familiares.
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Cuidados Pós-Operatório
Observar sinais e sintomas de infecção: mudança na coloração normal (incolor, límpido), calafrios, febre, confusão mental, rebaixamento do nível de consciência, alteração pupilar ou leucocitose, déficits motores, cefáleia, rigidez de nuca, vômitos;
Manipular com cuidado o paciente para evitar o tracionamento do cateter. Se houver tração, nunca reposicionar e comunicar imediatamente a equipe de neurocirurgia;
Nunca aspirar ou injetar solução no cateter. Em caso de obstrução, notificar a equipe de neurocirurgia;
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Cuidados Pós-Operatório
Em casos de coleta de líquor, certificar-se do local da coleta (punção lombar ou do cateter);
Realizar curativo na região peri-cateter uma vez por dia e, se necessário;
Observar se há extravazamento 
 de líquor ou sinais flogísticos;
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Cuidados Pós-Operatório
Desprezar a bolsa coletora quando atingir 2/3 de sua capacidade. Ao manipular a via de saída da bolsa, manter técnica asséptica;
Registrar o tempo de permanência do cateter;
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Diagnósticos de Enfermagem para serem completados .....
Senso percepção alterada;
Dor aguda;
Comunicação prejudicada;
Risco para aspiração;
Mobilidade física prejudicada;
Risco para temperatura corporal 
 desequilibrada;
Proteção ineficaz;
Risco para constipação;
Risco para volume de líquido deficiente;
Risco para troca de gazes prejudicada.
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Cuidados de Enfermagem Gerais
Manter o ambiente calmo e quieto, com iluminação suave;
Avaliação periódica do nível de consciência, através da escala de coma de Glasgow;
Realizar exame físico neurológico;
Investigar alterações dos sinais vitais (PA, P, T, R, Dor);
Avaliar periodicamente o tamanho e reatividade pupilar;
Anotar outros sinais como: vômitos, cefaléia ou mudanças sutís da atividade;
Evitar constipação intestinal – alteração circulatória;
Manter alinhamento do pescoço e cabeceira elevada 30°;
Proteção contra quedas;
Identificação da dor e manejo adequado da analgesia;
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Cuidados de Enfermagem Gerais
Cuidado com curativos;
Auxílio nas alimentações;
Controle de débito urinário e administração de volume;
Avaliação da perfusão periférica (restrição mecânica??);
Avaliar o grau de dependência do paciente;
Em cirurgia infratentorial, manter o paciente em decúbitos laterais, com o pescoço em posição neutra, para evitar pressão na incisão cirúrgica;
Em cirurgia transfenoidal: higiene oral com antisséptico bucal e manutenção do tampão nasal por 24-48hs;
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24 – Quais são os tipos de cirurgia intracraniana?? Explique resumidamente cada uma delas.
25 – Quais são as abordagens cirúrgicas possíveis nas cirurgias intracranianas?? Indique dois cuidados de enfermagem específicos para cada abordagem.
26 – Cite os cuidados de enfermagem ESPECÍFICOS para o pré operatório da cirurgia intracraniana.
27 – Quais os cuidados de enfermagem ESPECÍFICOS para o pós operatório das cirurgias intracranianas, em relação ao edema cerebral, febre e dor??
28 – Cite 05 complicações específicas das cirurgias intracranianas. Expliqeu a diabetes insipidus.
29 – Defina hipertensão intracraniana. Quais são as causas do seu surgimento? Dê os sinais e sintomas.
30 – Qual é o tratamento da hipertensão intracraniana?
31 – Explique a diferen;ca entre DVP e DVE.Dê sua indicação.
32 – Indique 06 cuidados de enfermagem gerais fornecidos ao paciente submetido a uma cirurgia intracraniana.
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Referências
1- CALIL, AM, PARANHOS, WY. O enfermeiro e as situações de emergência. São Paulo Atheneu, 2007;
2- MARTINS, H. S., DAMASCENO, M.C.T., AWADA, S. B. Pronto Socorro: Condutas do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP, Barueri. Editora Manole, 2007;
3- PETROIANU, A. Urgências Clínicas e Cirúrgicas Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2002;
4- ANDREOLI, T. E. Cecil de Medicina Interna Básica 5 ed. Rio de Janeiro Gaunabara-Koogan, 2002;
5- CARLOTTI JR C.G. ; COLLI, B.O.; DIAS L. A. A. Hipertensão intracraniana intracranial hypertension. Medicina, Ribeirão Preto 31: 552-562, out./dez. 1998;
6- LIPPINCOTT, W; WILKINS: tradução Ivan Lourenço Gomes; revisão técnica Ana Cristina Silva de Carvalho: Assistência de Enfermagem nas intervenções clíncias e cirúrgicas; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, pág. 79-80.

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