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1 Farmacologia I

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FACVEST 1 
FARMACOLOGIA I 
FARMACOLOGIA I 
Farmacologia 
Farmaco do grego fármacon = droga 
 
Logia do grego logos = ciência, estudo 
 
Sendo assim: 
 
FARMACOLOGIA é a ciência que estuda como as 
substâncias químicas interagem com os sistemas 
biológicos. 
Livros: Rang ou Katzung 
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FARMACOLOGIA I 
CONCEITOS BÁSICOS 
DROGA  Qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando 
em mudanças fisiológicas ou de comportamento. 
 
FARMÁCO/MEDICAMENTO Substância que possui uma estrutura química bem definida, 
capaz de alterar funções já existentes do organismo. Tecnicamente obtido ou elaborado com 
finalidades que podem ser profiláticas, curativas, paliativas, para evitar a gravidez ou para fins 
de diagnóstico. 
 
REMÉDIO  É qualquer dispositivo que sirva para o tratamento do paciente, incluindo a 
sugestão, a massagem, o fármaco ou qualquer outro procedimento terapêutico. 
 
PLACEBO  Substância ou preparação inativa. Comumente utilizada em estudos controlados 
para determinar a eficácia de fármacos. 
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FARMACOLOGIA I 
CONCENTRAÇÃO  Quantidade de substância(s) ativa(s) ou inativa(s) em determinada 
unidade de massa ou volume do produto. 
 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA  Corresponde à interferência de um fármaco na ação de 
outro, ou de um alimento/nutriente na ação de medicamentos. Existem interações 
medicamentosas benéficas ou desejáveis (como a interação aditiva), e, interações 
medicamentosas indesejáveis que determinam a redução do efeito terapêutico ou resultado 
contrário ao esperado. 
 
JANELA TERAPÊUTICA  Significa a área (ou faixa) entre a dose eficaz mínima, e, a dose 
máxima permitida. Portanto, corresponde a uma faixa plasmática aceitável na qual os 
resultados terapêuticos são positivos. 
CONCEITOS BÁSICOS 
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FARMACOLOGIA I 
POSOLOGIA  Significa o estudo da dosagem ou um sistema de dosagem. 
 
 
VEÍCULO OU EXCIPIENTE  corresponde a substancia mais ou menos inerte de uma 
formula medicamentosa, que tem o objetivo de conferir consistência ou forma farmacêutica 
adequada. 
Veículo como a parte líquida da fórmula onde estão dissolvidos ou emulsionados os princípios 
ativos, tendo a utilidade de facilitar a ingestão ou a aplicação direta no paciente; 
Excipiente como o ingrediente inerte que facilita o trabalho na dosagem ou na confecção do 
fármaco, quando misturado aos princípios ativos servindo também para dar volume e peso à 
fórmula. 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
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FARMACOLOGIA I 
BIODISPONIBILIDADE  É o termo utilizado para indicar a proporção da substância que 
passa para a circulação sistêmica após a administração oral, levando em consideração tanto a 
absorção quanto a degradação metabólica local. 
 
 
 
BIOEQUIVALÊNCIA  É o estudo comparativo entre a biodisponibilidade de um 
medicamento e outro. Ex.: serve para comparar as biodisponibilidades de um medicamento de 
referência com o seu genérico. Dois fármacos são bioequivalentes quando apresentam 
biodisponibilidades comparáveis e tempos para alcançar picos de concentração sanguínea 
semelhantes. 
CONCEITOS BÁSICOS 
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FARMACOLOGIA I 
CONCEITOS BÁSICOS 
AGONISTA  É uma molécula (endógena ou exógena) que interage com um receptor, 
ativando-o e desencadeando uma resposta tecidual. Esta resposta pode ser o aumento ou uma 
diminuição de uma manifestação particular das atividades das células às quais os receptores estão 
associados. A ligação e a ativação constituem duas etapas distintas na geração da resposta 
desencadeada por um agonista e mediada pelo receptor. A tendência de uma fármaco se ligar ao 
receptor é determinada pela sua afinidade, enquanto a tendência, uma vez ligada, de ativar o 
receptor é indicada pela sua eficácia. 
 
 
 
ANTAGONISTA  É uma substância que se liga ao receptor sem causar ativação, impedindo, 
consequentemente, a ligação do agonista. 
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FARMACOLOGIA I 
CONCEITOS BÁSICOS 
FARMACODINÂMICA 
 Mecanismo de ação e efeitos das drogas – efeitos terapêuticos, colaterais e tóxicos. 
 
 
 
 
 
FARMACOCINÉTICA 
Estuda os processos que a droga sofre no organismo 
(absorção, distribuição, metabolismo e eliminação da droga). 
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ORIGENS E 
ANTECEDENTES 
 Como ciência, nasceu em meados do século 
XIX, constituindo uma das numerosas e novas 
ciências biomédicas baseadas mais em 
princípios de experimentação do que em 
dogma, que surgiram neste notável período. 
 Surgiu da necessidade de melhorar a qualidade da intervenção terapêutica dos médicos 
que, naquela época, eram proficientes na observação química e diagnóstico, porém 
amplamente incompetentes quando se tratava de terapia. 
 
 A motivação da farmacologia surgiu da prática clínica, porém o seu estabelecimento 
como ciência só pode ser construído com base em fundamentos seguros de fisiologia, 
patologia e química. 
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FARMACOLOGIA I 
ORIGENS E 
ANTECEDENTES 
 Em seus primórdios, antes do advento da 
química orgânica sintética, a farmacologia 
ocupava-se exclusivamente com a compreensão 
dos efeitos das substâncias naturais, 
principalmente extratos vegetais. 
 
 Com os avanços da química foi possível 
purificar compostos ativos a partir de plantas e 
foram estes compostos os responsáveis por 
mostrar que as substâncias químicas, e não 
forças mágicas ou vitais, eram responsáveis 
pelos efeitos produzidos por extratos vegetais 
sobre organismos vivos. 
Papaver somniferum (papoula) 
 
Purificação da morfina, a partir 
do ópio (suco) se deu em 1805 
por um jovem boticário alemão 
chamado Friedrich Sertürner. 
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A FARMACOLOGIA 
NO SÉCULO XX 
 No início do século XX, o frescor da 
química sintética começou a revolucionar a 
indústria farmacêutica e, com ela, a ciência da 
farmacologia. 
 Paul Ehrlich: Quimioterapia antimicrobiana 
Gerhard Domagk: Sulfonamidas 
Chain & Florey: Penicilina 
 Cada nova classe de fármacos que foi 
surgindo representou um novo desafio para os 
farmacologistas, e foi assim que a 
farmacologia realmente estabeleceu sua 
identidade e status entre as ciências 
biomédicas. 
Paul Ehrlich 
 Descobriu os compostos arsenicais utilizados no 
tratamento contra a sífilis (1909). 
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FARMACOLOGIA I 
A exemplo de outras disciplinas biomédicas, as fronteiras da farmacologia não estão 
claramente definidas. A farmacologia, como especialidade, acaba sendo definida mais pelo 
seu propósito - entender as ações que as substâncias exercem sobre os organismos vivos e, 
mais particularmente, como seus efeitos podem ser aplicados à terapia – do que pela sua 
coerência científica. 
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Século XVIII... EVOLUÇÃO Hoje... 
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 A importância da educação 
 
A educação não traz felicidade. 
E nem se quer liberdade. 
Não nos tornamos felizes porque somos livres. 
Se é que somos, ou porque fomos educados, se formos. 
Mas porque a educação pode ser o meio pelo qual percebemos que somos felizes. 
Abre nossos olhos e ouvidos. 
Conta-nos onde se escondem os prazeres. 
Convence-nos de que só existe uma liberdade que realmente importa. 
A liberdade da mente. 
E nos da a segurança, a confiança para trilhar o caminho da mente, 
Que nossa mente educada proporciona. 
 
Iris Murdoch (filosofa irlandesa/professor de Oxford na década de 50) 
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