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RESUMO HENRI WALLON NP2

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HENRI WALLON
Nasceu na França, viveu em Paris, médico psiquiatra e psicólogo, trabalhou como médico na 2º guerra mundial, foi muito influenciado pelas duas guerras mundial e pelas revoluções francesas.
Sua participação nos movimentos pedagógicos revela sua preocupação com uma sociedade democrática, justa, solidária. Valorizava o trabalho em equipe, a cooperação.  Para ele, o professor deve estabelecer uma boa relação com o aluno, colocando-se no papel de líder do grupo, permitindo a autonomia da criança ou adolescente.
Autor da Teoria Psicogenética: Psico = Mente e Gêneses = Formação, constituição.
Desenvolveu A Psicogêneses Da Pessoa Completa: Considerou o ser humano como alguém contextualizado, integrado nos diferentes aspectos: A cognição, afetividade, o motor e o social nos quais os processos psíquicos integram-se ao cronológico. 
Wallon é considerado um autor internacionalista e da ênfase ao desenvolvimento da afetividade como base ao desenvolvimento cognitivo. 
Para Wallon a afetividade e a cognição são processos indissociáveis, que se alternam em diferentes aprendizagens e estão em constante movimento, por toda a vida do indivíduo. 
Wallon se interessou em estudar as fases iniciais das crianças, limitando-se ao estudo da consciência. 
Enfatizou a criança contextualizada a “pessoa completa” com os aspectos cognitivo, afetivo, motor, social integrados.
Considerou a criança primeiramente como um ser social, que se desenvolve e se diferencia do outro, construindo assim sua personalidade.
Para Wallon, o desenvolvimento é descontinuo e acontece na relação com o meio ambiente, o que ele chamou de criança contextualizada. 
O desenvolvimento acontece do sincrético (do todo, da simbiose, da mistura entre eu e outro) para o individual (total diferenciação do outro). Ex: O percurso da educação infantil ao mestrado. 
A afetividade é p primeiro recurso da interação social, a base da inteligência e está sempre ligada a maturação.
A afetividade é a base da autoestima.
Auto = Eu
Estima = Gostar querer bem
Autoestima: Quanto eu me gosto? A imagem que tenho de mim?
Wallon descreveu o desenvolvimento afetivo em três fases:
1º) Dialogo Tônico: É o diálogo corporal que o bebe tem com a mãe ou com a pessoa cuidadora, através dos reflexos corporais emitidos na hora do cuidado. 
Nessa fase a criança é impulsiva e compreende a existência do outro através do cuidado que recebe. 
Ex: O bebe chora e mobiliza toda a família. 
2º) Movimentos corporais: Através do contato físico que a criança tem o outro compreende o quanto é aceita ou não.
Ex: A criança com medo pede colo e abraça com força o adulto que a segura.
3º) Linguagem: Através da fala que a criança entende que escutar e ser escutada é sinônimo de afetividade.
EX: A criança convida o adulto para cantar junto, para conversar e quer contas coisas que fez. 
OBS: O sentimento é algo interno, meu, individual e emoção é algo externo, como demostro sentimentos. 
Por considerar a afetividade como base do desenvolvimento, Wallon entendeu a aprendizagem como algo não linear, porque nesse caso a inteligência nasce das emoções, da interação com a família, com a escola, com diferentes grupos sócias e de como a criança articula internamente essas influências.
Para Wallon, o desenvolvimento não se dá de forma linear, por isso ele rompe com visões lineares e positivistas ao construir um modelo de investigação e interpretação próprio. Pois, percebe que o desenvolvimento humano é marcado por avanços, recuos e contradições; não há uma sucessão de estágios, mas, sim, desenvolvimentos que ocorrem de forma simultânea, o que ele confirma posteriormente. 
A aprendizagem é descontinua e acontece por REFORMULAÇÃO, por desencontros e contradições, que provocam alterações quantitativas de comportamentos e aprendizagem através dos:
 
Estagio impulsivo emocional – Do nascimento até um ano de idade.
Subdividido em dois momentos:
Impulsividade motora
Emocional
PRIMEIRO MOMENTO: IMPULSIVIDADE MOTORA
Com base nos estudos de  Wallon esse momento começa no nascimento e vai aproximadamente até os três meses , nesse período o bebê é quase um organismo puro , e suas atividades se baseia em reflexo e movimentos impulsivos. Nos primeiros dias de vida as, “ atividades do bebê esta totalmente monopolizada pelas necessidades primárias fisiológicas ,sejam elas tônico-posturais , alimentares ou sono. Tais necessidades não são mais automaticamente atendidas como eram durante o período fetal, o que causa na criança momentos de espera, de ansiedade e de desconforto”. 
Nesse momento ocorre as descargas motoras que são os movimentos reflexo, impulsivos que pode servir de comunicação entre a criança e o meio exterior ,pessoas do seu convívio. O movimento na teoria Walloriana e fundamental na vida do bebê, ele é a principal forma de comunicação com o meio externo.
SEGUNDO MOMENTO: EMOCIONAL
A descarga motora se transforma em expressão e comunicação, ou seja “ impulsividade se traduz em sinais que estabelecem entre a criança e o adulto em circuito de trocas que acabam por condicionar e construir reciprocamente as reações do bebê a seu meio e vice-versa”. (Duarte; Gulassa,2005, p ,25) 
Cria assim um rico canal de comunicação entre a criança o seu meio, em que a troca é essencialmente afetiva e, inicialmente sem relação intelectual. Após experiência de trocas, o bebê passará a estabelecer associações e apreender a interpretar os significados que recebem do meio, e suas atitudes passa a ser intencional. Um fator que contribuirá durante essa fase são as atividades circulares, que são movimentos inicialmente sem propósitos, mas com o passar do tempo a criança passará a repeti-los intencionalmente, levando-a a fazer uma conexão entre seus movimentos e seus efeitos.
Segundo Wallon as atividades curriculares levam a criança a conhecer cada vez mais a si própria e aos objetos á sua volta. As atividades são importantes instrumentos de aprendizagem nas diferentes áreas. Esse estágio e marcado pela subjetividade afetiva , voltado para si , dando seguimento ao estágio seguinte: Estágio sensório-motor e projetivo (Wallon)
O início da vida da criança é de total dependência do meio externo – mostra-se incapaz de resolver suas próprias necessidade de sobrevivência... Necessitando do meio social para interpretar, dar significados e trazer respostas a ela. Suas reações de bem-estar e mal-estar levam o adulto a ter reações de cunho afetivo afim de suprir suas necessidades.
Pouco a pouco a relação da criança com o meio externo constituirá um campo de comunicação reciproca.
O adulto vai compreendendo cada vez mais os bebes e vai construído um repertorio de significados.
A criança inicia sua vida no mundo social que a rodeia, recebendo dele os significados e as respostas as suas necessidades.
Nesta fase não há delimitação entre eu e o outro – há uma indivisão entre o que deriva do meio exterior e o que provem do próprio sujeito.
Wallon – A criança é ser global... indiscernível e social. Chamamos esse período de sincrético-social, ele antecede a formação da consciência em si. 
Como a criança se diferencia do seu meio e constitui o seu eu diferenciado do outro????
Por meio dos exercícios complexo de relação e interação, momento de espera ansiosa e de respostas as suas necessidades – alternância entre o autor em relação ao outro e objeto por parte do outro. 
O outro participante da construção do EU permanecerá internalizado como parceiro permanente do eu na vida psíquica.
“ O outro por tanto é um estranho essencial”
“É uma relação complementar e antagônica. Pois é preciso expulsar o outro para o verdadeiro eu existe”
“O homem é geneticamente um ser social – é uma necessidade intima e não apenas exterior”
“Desenvolvimento dialético - o homem se faz vivendo dois papeis: 1 de autor em ação, construindo... 2 o de objeto de ação em que é constituído pelo meio”
“ A criança precisa viver cada fase intensamente para contribuirpara construção do período posterior”
“Olha para o que a criança sabe agora... Não descarta o passado e nem o futuro, mas foca no que ela sabe agora vê isso como uma ponte”
“Não há aprendizado sem afetividade”
“Minha ação constitui o meio... eu o modifico e também sou modificado”
Há duas dimensões na teoria de Wallon. Uma afetiva e a outra Cognitiva. A afetiva, podemos dizer, se relaciona aos nossos gestos ou movimentos expressivos que têm a intenção de causar impacto sobre o outro. A dimensão Cognitiva tem referência a ação direta sobre o meio físico.
A emoção é a primeira manifestação afetiva que está presente na criança, ou seja, ela é o primeiro sinal de comunicação do indivíduo com o mundo. É através da emoção que a criança interage com o meio que está inserida. A emoção, simultaneamente biológica e social em sua natureza, é o primeiro ponto de comunicação entre a criança e o meio envolvente. Colocada numa perspectiva genética, adquire o seu significado. Com o passar do tempo a criança adquire o pensamento categorial, ou seja, o pensamento característico do adulto.
IMPULSIVIDADE MOTORA
Do nascimento até 3 meses de vida... a atividade do sujeito se manifesta apenas por movimentos impulsivos.
Nas primeiras semanas de vida o bebe gira em torno das necessidades primarias fisiológicas que podem ser tônus postural, alimentares ou sono. A criança passa por momentos de espera, ansiedade e desconforto (diferente de como era no útero). Esse desconforto provoca descargas motoras... movimentos reflexos, impulsivos, não intencionais provocados por origem orgânicas ou por excitação exterior na tentativa de tentar diminuir o desconforto e ansiedade – estagio da impulsividade motora pura (ausência de inibidores).
Toda essa imperícia da criança... Suscita respostas e intervenções úteis e desejáveis. Inicia-se um processo de comunicação entre a criança e seus envolventes (campo totalmente emocional). 
SENSIBILIDADE INTEROCEPTIVA: Tem a ver com as vísceras da criança, como sentir fome.
Reuni os sinais que vem dos órgãos internos fazendo chegar ao cérebro as excitações que vem das paredes das vísceras. A sensação de fome, referente aos movimentos de digestão e aos processos respiratórios são fortemente sentidos pela criança.
SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA: Tem a ver com os órgãos, mas com a parte de tecido muscular, parte “motor” sensibilidade motora.
Está relacionado ao movimento e ao equilíbrio do corpo no espaço.
SENSIBILIDADE EXTEROCEPITIVA: Tem a ver com o mundo externo da criança como o brinquedo no berço.
Está relacionada ao conhecimento do mundo exterior. As reações os estímulos externos são ainda incipientes e funcionam mera descarga motora, tendo em vista tensões que não conseguem sofrer inibições. 
SIMBIOSE FISIOLÓGICA: É intermediada por meio da sensibilidade.
A criança precisa do adulto para viver. 
SIMBIOSE AFETIVA: Se dá por meio da diferenciação do EU e do outro, ela se dá no psiquismo, quando mais acontece a simbiose fisiológica mais a simbiose afetiva se desenvolve. 
MOVIMENTO
O movimento seria um dos primeiros campos funcionais a se desenvolver, e que serviria de base para o desenvolvimento dos demais.
Os movimentos, enquanto atividades cognitivas, podem estar em duas categorias: movimentos instrumentais e movimentos expressivos. Os movimentos instrumentais são ações executadas para alcançar um objetivo imediato e, em si, não diretamente relacionado com outro indivíduo; este seria o caso de ações como andar, pegar objetos, mastigar etc. Já os movimentos expressivos têm uma função comunicativa intrínseca, estando usualmente associados a outros indivíduos ou sendo usados para uma estruturação do pensamento do próprio movimentador. Falar, gesticular, sorrir seriam exemplos de movimentos expressivos.
Wallon dá especial ênfase ao movimento como campo funcional porque acredita que o movimento tem grande importância na atividade de estruturação do pensamento no período anterior à aquisição da linguagem.
AFETIVIDADE
A afetividade, por sua vez, seria a primeira forma de interação com o meio ambiente e a motivação primeira do movimento.
À medida que o movimento proporciona experiências à criança, ela vai respondendo através de emoções, diferenciando-se, para si mesma, do ambiente. A afetividade é o elemento mediador das relações sociais primordial, portanto, dado que separa a criança do ambiente.
As emoções são, também, a base do desenvolvimento do terceiro campo funcional, a inteligência.
INTELIGÊNCIA
Na obra de Wallon, inteligência tem um significado bem específico, estando diretamente relacionada com duas importantes atividades cognitivas humanas: o raciocínio simbólico e a linguagem. À medida que a criança vai aprendendo a pensar nas coisas fora de sua presença, o raciocínio simbólico e o poder de abstração vão sendo desenvolvidos. Ao mesmo tempo, e relacionadamente, as habilidades linguísticas vão surgindo no indivíduo, potencializando sua capacidade de abstração.
PESSOA
Wallon dá o nome de pessoa ao campo funcional que coordena os demais. Seria este também o campo funcional responsável pelo desenvolvimento da consciência e da identidade do eu.
As relações entre estes três campos funcionais não são harmônicas, de modo que constantemente surgem conflitos entre eles. A pessoa, como campo funcional, cumpre um papel integrador importante, mas não absoluto. A cognição desenvolve-se de maneira dialética, em um constante processo de tese, antítese e síntese entre os campos funcionais.
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
Assim como na teoria piagetiana, a teoria de Wallon também propõe uma série de estágios do desenvolvimento mas, diferentemente daquele, não se limitando ao aspecto cognitivo. Além disso, Wallon é bem mais flexível na análise dos estágios: ao contrário de Piaget, Wallon não acredita que os estágios de desenvolvimento formem uma sequência linear e fixa, ou que um estágio suprima o outro. Para Wallon, o estágio posterior amplia e reforma os anteriores.
O desenvolvimento não seria, na obra walloniana, um fenômeno suave e contínuo; pelo contrário, o desenvolvimento seria permeado de conflitos internos e externos. Wallon deixa claro que é natural que, no desenvolvimento, ocorram rupturas, retrocessos e reviravoltas, o que para Piaget e os comportamentalistas parece algo improvável. Os conflitos, mesmo os que resultem em retorno a estágios anteriores, são fenômenos interentemente dinamogênicos, geradores de evolução.
Wallon afirma que os estágios se sucedem de maneira que momentos predominantemente afetivos sejam sucedidos por momentos predominantemente cognitivos. Usualmente, períodos predominantemente afetivos ocorrem em períodos focados na construção do eu, enquanto estágios com predominância cognitiva estão mais direcionados à construção do real e compreensão do mundo físico. Este ciclo não é encerrado, mas perdura pela vida toda, uma vez que a emoção sobrepõe-se à razão quando o indivíduo se depara com o desconhecido. Deste modo, afetividade e cognição não são estanques e se revezam na dominância dos estágios.
ESTÁGIO IMPULSIVO-EMOCIONAL – 0 AO 1 ANO DE VIDA
Do nascimento até aproximadamente o primeiro ano de vida, a criança passa por uma fase denominada estágio impulsivo-emocional. É um estágio predominantemente afetivo, onde as emoções são o principal instrumento de interação com o meio. A relação com o ambiente desenvolve, na criança, sentimentos intraceptivos e fatores afetivos.
O movimento, como campo funcional, ainda não está desenvolvido, a criança não possui perícia motora. Os movimentos infantis são um tanto quanto desorientados, mas a contínua resposta do ambiente ao movimento infantil permite que a criança passe da desordem gestual às emoções diferenciadas.
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO - 03 MESES AOS 3 ANOS
Dos três meses de idade até aproximadamente o terceiro ano de vida, a criança passa pelo estágio sensório-motor e projetivo. É uma fase onde a inteligência predomina e o mundo externo prevalecenos fenômenos cognitivos. A inteligência, nesse período, é tradicionalmente particionada entre inteligência prática, obtida pela interação de objetos com o próprio corpo, e inteligência discursiva, adquirida pela imitação e apropriação da linguagem. Os pensamentos, nesse estágio, muito comumente se projetam em atos motores.
ESTÁGIO DO PERSONALISMO – 03 AOS 06 ANOS
Ao estágio sensório-motor e projetivo sucede um momento com predominância afetiva sobre o indivíduo: o estágio do personalismo. Este estágio, que se estende aproximadamente dos três aos seis anos de idade, é um período crucial para a formação da personalidade do indivíduo e da auto-consciência. Uma consequência do caráter auto-afirmativo deste estágio é a crise negativista: a criança opõe-se sistematicamente ao adulto. Por outro lado, também se verifica uma fase de imitação motora e social.
ESTÁGIO CATEGORIAL – 06 AOS 11 ANOS
O estágio do personalismo é sucedido por um período de acentuada predominância da inteligência sobre as emoções. Neste estágio, usualmente chamado estágio categorial, a criança começa a desenvolver as capacidades de memória e atenção voluntárias. Este estágio geralmente manifesta-se entre os seis e os onze anos de idade.
É neste estágio que se formam as categorias mentais: conceitos abstratos que abarcam vários conceitos concretos sem se prender a nenhum deles. Nesta fase, por exemplo, uma criança que antes associasse o conceito de "triângulo" a triângulos equiláteros (porque este tenha sido apresentado como um exemplo de triângulo) adquirirá a habilidade de compreender que mesmo "formatos" diferentes—triângulos isósceles e escalenos—também são abarcados pelo conceito de "triângulo".
No estágio categorial, o poder de abstração da mente da criança é consideravelmente amplificado. Provavelmente por isto mesmo, é nesse estágio que o raciocínio simbólico se consolida como ferramenta cognitiva.
Estágio da adolescência – A PARTIR DOS 12 ANOS
Mais ou menos a partir dos onze, doze anos, a criança começa a passar pelas transformações físicas e psicológicas da adolescência. Este é um estágio caracterizadamente afetivo, onde o indivíduo passa por uma série de conflitos internos e externos. Os grandes marcos desse estágio são a busca de auto-afirmação e o desenvolvimento da sexualidade.
Os estágios de desenvolvimento não se encerram com a adolescência. Em verdade, para Wallon o processo de aprendizagem sempre implica na passagem por um novo estágio. O indivíduo, ante algo em relação ao qual tem imperícia, sofre manifestações afetivas que levarão a um processo de adaptação. O resultado será a aquisição de perícia pelo indivíduo. O processo dialético de desenvolvimento jamais se encerra.

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