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Cursos da Área de Gestão – Matemática para Decisões Administrativas 1 – Prof. José Renato Buêncio 1 mnmmm n n n aaaa aaaa aaaa aaaa A .... ....... ....... ....... .... .... .... 321 3333231 2232221 1131211 MMAATTRRIIZZEESS I. Introdução O crescente uso dos computadores tem feito com que a teoria das matrizes seja cada vez mais aplicada em áreas como Economia, Engenharia, Matemática, Física, dentre outras. Vejamos um exemplo. A tabela a seguir representa as notas de três alunos em uma etapa: QUIMICA INGLÊS LITERATURA ESPANHOL A 8 7 9 8 B 6 6 7 6 C 4 8 5 9 Se quisermos saber a nota do aluno B em Literatura, basta procurar o número que fica na segunda linha e na terceira coluna da tabela. Vamos agora considerar uma tabela de números dispostos em linhas e colunas, como no exemplo acima, mas colocados entre parênteses ou colchetes: Em tabelas assim dispostas, os números são os elementos. As linhas são enumeradas de cima para baixo e as colunas, da esquerda para direita: Assim, chama-se de matriz de ordem m por n a um quadro com nm elementos ou entradas (números, polinômios, funções, etc) dispostos em m linhas e n colunas: II. Representação dos elementos da Matriz Cada elemento da matriz A é definido por dois índices i e j, que indicam respectivamente a linha e coluna na qual se encontra o elemento na matriz. Assim para um elemento genérico da linha i e da coluna j indica-se: jia III. Representação de uma Matriz A matriz A pode ser representada abreviadamente por mxnij aA ,com i variando de 1 a m, ou seja, mi ,...,3,2,1 e j variando de 1 a n ( nj ,...,3,2,1 ) IV. Ordem da Matriz – Notação Se a matriz possui m linhas e n colunas, diz-se que ela é de ordem m por n e representa-se da seguinte forma: A(m x n). Exemplo: A(3 x 4) , diz-se: Matriz de ordem 3 por 4. 4.1. Matriz Retangular: ma matriz na qual m n. Exemplo: 240 321 B é uma matriz 2 x 3 4.2. Matriz-Coluna: É a matriz de ordem m por 1 ( 1m ) Exemplo: 1 31 21 11 . . . ma a a a C 4.3. Matriz-Linha: É a matriz de ordem 1 por n ( 1 n ). Exemplo: 11 12 13 1nC a a a a 4.4. Matriz quadrada: Quando o número de linhas é igual ao número de colunas, tem-se uma matriz quadrada. 4.4)1. Diagonal principal: Em uma matriz quadrada A = [ jia ] de ordem n, os elementos jia nos quais i = j, constituem a diagonal principal, ou seja, os elementos a11 , a22 , a33 , ... ann formam a diagonal principal. Cursos da Área de Gestão – Matemática para Decisões Administrativas 1 – Prof. José Renato Buêncio 2 11 22 33 44 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 a a A a a 5 0 0 0 5 0 0 0 5 A 3 1 0 0 0 1 0 0 0 1 I 2 1 0 0 1 I 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 x 4.4)2. Diagonal secundária: Na matriz quadrada A = [ jia ] de ordem n, os elementos jia para os quais 1 nji , constituem a diagonal secundária. Assim, os elementos a1n, a2n-1 , a3 n-2 , ... an1 formam a diagonal secundária. Exemplo: Na matriz de ordem 4 a seguir, estão indicados os elementos que formam as diagonais, principal e secundária. 4.5. Matriz Diagonal: É a matriz quadrada ijA a que tem os elementos 0ija quando i j . Em outras palavras, a matriz diagonal é aquela na qual os elementos que não fazem parte da diagonal principal são todos nulos. Exemplo: 4.6. Matriz Escalar: É uma matriz diagonal onde os elementos ija são iguais entre si. Exemplo: 4.7. Matriz Identidade ou Matriz Unidade: A matriz quadrada de ordem n que tem os elementos da diagonal principal iguais a 1 e todos os demais elementos iguais a zero. Indica-se esta matriz por In , ou simplesmente por I. Exemplos: 4.8. Matriz Nula ou Matriz Zero: É uma matriz, de ordem 0m x n , cujos elementos jia são todos iguais a zero. Exemplo: 4.9. Matriz transposta: matriz tA obtida a partir da matriz A trocando-se ordenadamente as linhas por colunas ou as colunas por linhas. Por exemplo: Desse modo, se a matriz A é do tipo mxn, tA é do tipo nxm. Note que a 1ª linha de A corresponde à 1ª coluna de tA e a 2ª linha de A corresponde à 2ª coluna de tA . OPERAÇÕES ENTRE MATRIZES V. Igualdade de Matrizes: Duas matrizes A = [ jia ] e B = [ jib ] de mesma ordem são iguais se, e somente se, jiji ba . NOTA: A matriz identidade é um caso particular de uma matriz escalar, portanto toda matriz identidade também é uma matriz diagonal. Cursos da Área de Gestão – Matemática para Decisões Administrativas 1 – Prof. José Renato Buêncio 3 2 5 2 5 9 0 9 0 11 12 13 11 12 13 11 11 12 12 13 13 21 22 23 21 22 23 21 21 22 22 23 23 a a a b b b a b a b a b a a a b b b a b a b a b Exemplo: VI. Soma e Subtração de Matrizes: Dadas duas matrizes A = [ i ja ] e B = [ i jb ] de mesma ordem ( nm ), a soma destas duas matrizes resulta em uma matriz C = [ jic ] também de ordem ( nm ) tal que: i j i j i jc a b Exemplo: 6.1. Propriedades da Adição de Matrizes Sejam A, B e C matrizes de mesma ordem. São válidas as propriedades: a) Comutativa: A + B = B + A b) Associativa: A + (B + C) = (A + B) + C c) Elemento neutro: A + 0 = 0 + A = A d) Elemento oposto: –A + A = A + (–A) = 0 e) Cancelamento: se A = B, então A + C = B + C VII. Produto de uma Matriz por um Escalar: Seja k um escalar ( k ). O produto deste número k pela matriz A = [ jia ] , de ordem nm , resulta em uma matriz B = [ jib ] , de mesma ordem nm , tal que: jiji akb 7.1. Propriedades do produto de uma matriz por um escalar Sejam e números reais e A e B matrizes de mesma ordem. São válidas: a) AA b) AAA c) BABA d) AA 1 VIII. Produto Entre Matrizes: O produto de uma matriz por outra não é determinado por meio do produto dos seus respectivos elementos. Assim, o produto das matrizes A = (aij) m x p e B = (bij) p x n é a matriz C = (cij) m x n em que cada elemento Cij é obtido por meio da soma dos produtos dos elementos correspondentes da iésima linha de A pelos elementos da j- ésima coluna B. Vamos multiplicar as matrizes A e B a seguir para entender como se obtém cada Cij: 1ª linha e 1ª coluna 1ª linha e 2ª coluna 2ª linha e 1ª coluna OBSERVAÇÃO: A diferença A – B de duas matrizes é uma matriz C tal que: i j i j i jc a b Cursos da Área de Gestão – Matemática para Decisões Administrativas 1 – Prof. José Renato Buêncio 4 3 2 2 5 3 54 1 2 3 4 2 2 1 4 1 Se e , então . Se e , então NÃO existe o produto Se e , então . x x x x x x x x A B A B A B A B A B 2ª linha e 2ª coluna Assim: Observe: B. A = Portanto, . .A B B A , ou seja, para a multiplicação de matrizes não vale a propriedade comutativa. Vejamos outro exemplo do produto entre duas matrizes: Da definição, temos que a matriz produto A . B só existe se o número de colunas de A for igual ao número de linhas de B: A matriz produto terá o número de linhas de A (m) e o número de colunas de B (n): 8.1. Propriedades Verificadas as condições de existência para a multiplicação de matrizes, valem as seguintes propriedades: a) associativa: (A . B) . C = A . (B . C ) b) distributiva em relação à adição: A.(B + C ) = A.B + A.C ou ( A + B ).C = A.C + B.C c) elemento neutro: A.In = In. A = A, sendo In a matriz identidade de ordem n. Vimos que a propriedade comutativa, geralmente, não vale para a multiplicação de matrizes. Não vale também o anulamento do produto, ou seja: Sendo 0 m x n uma matriz nula, A .B =0 m x n Não implica, necessariamente, que A= 0 mxn ou B= 0 mxn. Cursos da Área de Gestão – Matemática para Decisões Administrativas 1 – Prof. José Renato Buêncio 5 DDEETTEERRMMIINNAANNTTEESS Como já vimos, matriz quadrada é a que tem o mesmo número de linhas e de colunas (ou seja, é do tipo nxn). A toda matriz quadrada está associado um número ao qual damos o nome de determinante. Dentre as várias aplicações dos determinantes na Matemática, temos: resolução de alguns tipos de sistemas de equações lineares; cálculo da área de um triângulo situado no plano cartesiano, quando são conhecidas as coordenadas dos seus vértices; I. Determinante de 1ª ordem Dada uma matriz quadrada de 1ª ordem M=[a11], o seu determinante é o número real a11: 11 11 11det =M a M a a II. Determinante de 2ª ordem Dada a matriz , de ordem 2, por definição o determinante associado a M, determinante de 2ª ordem, é dado por: Portanto, o determinante de uma matriz de ordem 2 é dado pela diferença entre o produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária. Veja o exemplo a seguir. III. Regra de Sarrus O cálculo do determinante de 3ª ordem pode ser feito por meio de um dispositivo prático, denominado regra de Sarrus. Acompanhe como aplicamos essa regra para . 1º passo: Repetimos as duas primeiras colunas ao lado da terceira: 2º passo: Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal principal com os dois produtos obtidos pela multiplicação dos elementos das paralelas a essa diagonal (a soma deve ser precedida do sinal positivo): 3º passo: Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal secundária com os dois produtos obtidos pela multiplicação dos elementos das paralelas a essa diagonal (a soma deve ser precedida do sinal negativo): Assim: OBSERVAÇÃO: Representamos o determinante de uma matriz entre duas barras verticais, que não têm o significado de módulo. Por exemplo: 5 det 5 ou 5M M 3 det 3 ou 3M M Cursos da Área de Gestão – Matemática para Decisões Administrativas 1 – Prof. José Renato Buêncio 1 1) Determine a matriz A = (aij)3x3 tal que aij = i – j. 2) Construa as seguintes matrizes: A = (aij)3x3 tal que aij = ji ,0 ji ,1 se se B = (bij)3x3 tal que bij = ji se 3j,-i ji se2j, i 3) Determine a soma dos elementos da 3ª coluna da matriz A = (aij)3x3 tal que aij = 4 + 3i –j. 4) Determine a soma dos elementos da diagonal principal com os elementos da diagonal secundária da matriz A = (aij)3x3. 5) Determine a soma dos elementos da matriz linha (1x5) que obedece a lei: aij = 2i 2 – 7 j. 6) Determine a e b para que a igualdade 7 10 b 4 3a = 7 10 b 2a seja verdadeira. 7) Sejam A = 2 0 1- 4 3 2 e B = 5 8 1- 7 0 2 , determine (A + B)t. 8) Dadas as matrizes A = 2- 4 1 3 e B = 2- 1 y- xyx , determine x e y para que A = B t. 9) Resolva a equação matricial: 2 2 4 3 5 1 2 5 3 2- 1- 1 7 2 0 5 4 1 = x + 5 9 1 3- 1- 8 2 7 2 . 10) Determine os valores de x e y na equação matricial: 4 3 2 1 .2 5 7 4- 4 3 x2 y . 11) Dadas as matrizes A = , 5- 2 3 0 B = 1- 0 4 2 e C = 0 6 2 4 , calcule: a) A + B b) A + C c) A + B + C 12) Dadas as matrizes A = 8 2 6 2- 4 0 , B = 0 6- 12 9 6 3 e C = 2 1- 1 0 1- 0 , calcule o resultado das seguintes operações: a) 2A – B + 3C b) CBA 3 1 2 1 13) Sendo A = 1 5 2 3 e B = 0 2 1- 3 e C = 4 1 , calcule: a) AB b) BC Cursos da Área de Gestão – Matemática para Decisões Administrativas 1 – Prof. José Renato Buêncio 2 14) Calcule os seguintes determinantes: a) 3- 1 8 4- b) 7- 3 3 8 c) 8 3 1 6 4 3- 9- 6 4- 15) Se a = 4 3 1 2 , b = 1 3 7 21 e c = 3 5 2- 1- , determine A = a 2 + b – c 2. 16) Calcule o valor do determinante da matriz A = 3 1 2 6 7 5 0 1- 4 17) Foi realizada uma pesquisa, num bairro de determinada cidade, com um grupo de 500 crianças de 3 a 12 anos de idade. Para esse grupo, em função da idade x da criança, concluiu-se que o peso médio p(x), em quilogramas, era dado pelo determinante da matriz A, em que: A= 3 2 2 0 x- 0 3 1 1- 1 , com base na fórmula p(x) = det A, determine: a) o peso médio de uma criança de 7 anos b) a idade mais provável de uma criança cuja o peso é 30 kg. 18) Resolva as equações: a) 7 5 2x x = 0 b) 2 1 3 x4 2 1 4 2 = 0 19) Dada a matriz A = 3 1 4 2 , calcule: a) det A b) det A2 20) Cursos da Área de Gestão – Matemática para Decisões Administrativas 1 – Prof. José Renato Buêncio 3
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