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relatório vivência hopital psiquiatrico

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FACULDADE LEÃO SAMPAIO – FALS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
PSICOPATOLOGIA EM FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL
Lucas da Silva Santos
RELATO VIVIDO SOBRE A EXPERIÊNCIA DE AULA DE CAMPO NO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO SANTA TERESA
Juazeiro do Norte
2014
Lucas da Silva Santos
RELATO VIVIDO SOBRE A EXPERIÊNCIA DE AULA DE CAMPO NO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO SANTA TERESA
Trabalho apresentado à disciplina de Psicopatologia em Fenomenologia Existencial da Faculdade Leão Sampaio afim de obtenção de nota parcial de AV2
 Professor: Joaquim Iarley Brito Roque 
Juazeiro do Norte
2014
A experiência vivida naquele dia foi indescritível. Foram tantos detalhes que me surpreenderam que é difícil saber por onde começar a descrevê-los. Incialmente a imagem que eu tinha do local de visitação não condiziam em nada no que era a realidade. Imaginava um local com altos muros, com uma grande proteção em todos os ambientes e tudo muito controlado.
Ao chegar no hospital de cara me veio a desconstrução dessa imagem, pois não condizia em nada ao imaginário que eu tinha. Quando estávamos no local de visitação o sentimento “geral” se é que posso assim trazer era de euforia, ansiedade e um pouco de insegurança. Ninguém fazia ideia do que nos aguardava no interior do hospital e até o momento de nossa entrada os pré-conceitos pairavam em minha cabeça.
Antes de ser iniciada a visitação fomos levados a uma sala para instruções iniciais e algumas recomendações de como lidar com os internos de maneira ética e responsável. Esse primeiro contato foi crucial pois a partir dele pude quebrar vários tabus acerca do desenvolvimento do trabalho no hospital psiquiátrico. 
A visita foi dividida em dois momentos: o primeiro deles quando visitamos a ala emergencial onde também ficavam os internos judiciários, logo após visitamos a ala masculina onde pudemos interagir bastante com os internos, direcionando perguntas a eles; no segundo momento visitamos a ala feminina, uma visita rápida porem pude observar detalhes bastante diferente em relação a ala masculina.
Ao chegarmos na ala emergencial/internos judiciários, o sentimento era de tensão e ao mesmo tempo uma ansiedade para descobrir o que estava por vir. O primeiro contato com os internos dessa ala foi bem rápido a pedido da enfermeira que nos acompanhava. Seguimos para a masculina, onde o ambiente era totalmente diferente do que eu imaginava e julgava, os internos conversavam entre si normalmente, estavam tocando violão, cantando e se divertindo normalmente, nesse momento eu senti uma abertura maior para o processo. Ao entrarmos na sala onde os internos estavam fomos muito bem recebidos por todos, que vieram logo até nos para conversar e saber porque estávamos ali.
Conversei a maior parte do tempo com dois ou três internos, sobre assuntos diversos, um deles afirmou que me conhecia de longa data e que eu era filho ou neto de índios. Muitos dos internos nem mesmo parecia estar sofrendo algum tipo de transtorno mental pela lucidez que apresentavam.
Voltamos e nos dirigimos para a ala feminina, onde a minha experiência foi muito diferente da ala masculina. Ao chegar lá percebi o ambiente diferente do visto anteriormente, o que me causou um certo receio. 
As internas aparentavam um estado diferente, mais dispersas da realidade, senti ali uma espécie de demanda por parte delas, como se necessitassem de algo a mais, algo que precisava ser suprido, houve uma interna que me chamou atenção por aparentar um estado mais severo do que as outras, esta não estava em boas condições de higiene, com a fala alterada, mas não permanecemos para um maior contato com elas.
Voltando de lá fomos a uma sala para compartilhar as experiências vividas naquele dia. Em meio aos comentários massivos de como não tinham gostado da intensidade da experiência, eu achei que foi um momento único na minha vivência acadêmica e insubstituível até cercado de novas e grandes emoções.

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