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1 DIREITO COMERCIAL I INTRODUÇÃO Profª Renata Cortez Parladore 2 Direito Comercial ou Direito Empresarial Profª Renata Cortez Parladore 3 Ao longo da história da humanidade três critérios ou teorias surgiram:- 1ª Teoria: Subjetivista (século XII) ou Corporação de Mercadores. 2ª Teoria: Mercantilista (século XVI). 3ª Teoria: Objetivista ou Atos do comércio (século XIX). 4ª Teoria: Teoria da Empresa (século XX) ou Subjetivista moderna. 2 Profª Renata Cortez Parladore 4 Histórico Brasil Ordenações portuguesas – Ordenações Filipinas (ano 1603). Carta Régia (1808). Lei da Boa Razão (1822). Código Comercial (ano 1850). Direito Civil (ano 2003 – Lei 10.406/2002) Profª Renata Cortez Parladore 5 Código Comercial Regulamento 737/1850 Art. 19. Considera-se mercancia: § 10. a compra e venda ou troca de efeitos móveis ou semoventes, para os vender por grosso ou a retalho, na mesma espécie ou manufaturados, ou para alugar o seu uso; § 20. As operações de câmbio, banco e corretagem; § 30. As empresas de fábrica, de comissão, de depósito, de expedição, consignação e transporte de mercadorias, de espetáculos públicos; § 40. Os seguros, fretamentos, riscos ou quaisquer contrato relativos ao comércio marítimo; § 50. A armação e expedição de navios. Profª Renata Cortez Parladore 6 Código Comercial Regulamento 737/1850 Art. 191 - Código Comercial de 1850 “Pratica o comércio a pessoa física ou jurídica que exerce atividade profissional de: Compra e venda de bens móveis ou semoventes, para revenda, por atacado ou a varejo, industrializado ou não, ou para alugar o seu uso; Comércio, indústria, bancos e seguradoras; Transporte de mercadorias; Sociedades por ações (S.A e Comandita por ações) quando se dedique à compra e venda de imóveis ou empresas de construção, quando houver construção sobre o imóvel antes de revende-lo”. 3 Profª Renata Cortez Parladore 7 DIREITO COMERCIAL Ramo Jurídico. Objeto: os meios socialmente estruturados de superação dos conflitos de interesses entre os exercentes de atividades econômicas de produção ou circulação de bens e serviços. Objetivo fundamental: o LUCRO. Profª Renata Cortez Parladore 8 Conceito “É o conjunto de regras jurídicas que regulam as atividades das empresas e dos empresários comerciais, bem como os atos considerados comerciais, mesmo que esses atos não se relacionem com as atividades das empresas”. Fran Martins Profª Renata Cortez Parladore 9 Conceito atual “Regime Jurídico especial de direito privado destinado a regulamentação das atividades econômicas e de seus agentes produtivos” (André Luiz Santa Cruz Ramos) 4 Profª Renata Cortez Parladore 10 Princípios Liberdade de iniciativa; Liberdade de concorrência; Garantia de defesa da propriedade privada; Preservação da empresa; Autonomia da vontade. Profª Renata Cortez Parladore 11 Características fundamentais Cosmopolitismo; Onerosidade; Informalismo; Fragmentarismo. Profª Renata Cortez Parladore 12 CARACTERÍSTICAS DE DIREITO COMERCIAL SIMPLICIDADE – INFORMALISMO COSMOPOLISMO ONEROSIDADE FRAGMANTALISMO 5 Profª Renata Cortez Parladore 13 Conceito Poliédrico de Alberto Asquini 1. Perfil ou aspecto subjetivo; 2. Perfil ou aspecto objetivo; 3. Perfil ou aspecto funcional; e 4. Perfil ou aspecto corporativo ou institucional. Profª Renata Cortez Parladore 14 Código Civil Atual EMPRESÁRIO Empresários, a EIRELI e Sociedade Empresárias são aqueles quem exercem profissionalmente atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens ou de serviços. art.966 C. Civil Sujeito de direito e obrigações. Profª Renata Cortez Parladore 15 Elementos Estrutura Organizada. Atividade Profissional. Patrimônio Específico. Finalidade Lucrativa. Identidade Social. Capacidade civil plena (art. 972, art. 5 CC); Exercício de atividade lícita. 6 Profª Renata Cortez Parladore 16 Podendo ser: Pessoa natural - Empresário Individual; ou Pessoa Jurídica – EIRELI (Empresa Individual com Responsabilidade Limitada), - Sociedade Empresária. Profª Renata Cortez Parladore 17 Empresário Individual Firma individual é a empresa de propriedade de uma única pessoa que opera visando a seu próprio lucro, geralmente com recursos próprios, respondendo por todas as decisões do negócio Tem responsabilidade ilimitada, ou seja, todos seus bens, não apenas o valor do investimento original, podem ser utilizados para satisfazer os credores. Art. 966 C. Civil Profª Renata Cortez Parladore 18 EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada Lei nº 12.441/2011 Requisitos: 1. Pessoa natural; 2. Única pessoa titular do capital social; 3. Capital social totalmente integralizado; 4. Capital não inferior à 100 vezes o salário mínimo vigente; 5. Nome empresarial Firma ou denominação acrescido da expressão EIRELI; 6. Possuir uma única empresa dessa natureza; 7. No que for omisso o art. 980 A, segue as regras da Ltda. art.980A C. Civil 7 Profª Renata Cortez Parladore 19 SOCIEDADE EMPRESÁRIA Art. 881 e 982 C.Civil conceitua a sociedade empresária como aquela que tem por objeto o exercício de atividade própria do empresário. Profª Renata Cortez Parladore 20 Empresário casado Proibição de contratar sociedade entre si – regime de comunhão universal de bens ou separação obrigatória. Possibilidade de alienar imóvel ou gravá-lo de ônus real quando integral o patrimônio da empresa. Necessidade de averbação. arts. 978 a 980 C.Civil Profª Renata Cortez Parladore 21 Empresário rural Faculdade Equiparado art. 971 e 984 – C.Civil 8 Profª Renata Cortez Parladore 22 INCAPAZ Não pode iniciar atividade empresária. Pode continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seu pais ou pelo autor da herança. Profª Renata Cortez Parladore 23 São excluídos dessa definição Aqueles que exercem profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo que contem com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se constituir o exercício da profissão elemento da empresa. Elemento de empresa Estará presente quando à atividade intelectual for oferecida juntamente com outra(s) atividade(s) que não sejam intelectuais, mas sim empresariais. Profª Renata Cortez Parladore 24 9 Profª Renata Cortez Parladore 25 Obrigações gerais dos empresários Registrar-se na junta comercial antes de dar início a exploração de sua atividade. Manter escrituração regular do seus negócios. Levantar demonstrações contábeis periódicas. Profª Renata Cortez Parladore 26 REGISTRO Arts. 967 a 970 C.Civil e Lei n° 8.934/1994. Visa dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos do empresário proporcionando segurança aos que desenvolvem atividade mercantil. Os atos do registro de empresa tem alcance formal. ProfªRenata Cortez Parladore 27 Órgãos do Registro de Empresa Plano federal Departamento Nacional do Registro do Comércio (DNRC) – foi substituído pelo Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI) No plano estadual Juntas Comerciais. Com função de execução e administração dos serviços de registro, administrativamente subordinadas ao governo do estado-membro e, tecnicamente ao DREI Órgão da administração pública estadual 10 Profª Renata Cortez Parladore 28 O Registro Compreende: Matrícula. Arquivamento. Autenticação. Profª Renata Cortez Parladore 29 Registro O registro do ato constitutivo é pressuposto para o exercício da atividade empresária. Nas sociedades empresárias faz surgir a pessoa jurídica. A falta de registro gera conseqüências. Profª Renata Cortez Parladore 30 Exceções a obrigatoriedade de registro de Empresa Pequeno Empresário Empresário Individual Renda bruta anual- R$ 81.000,00 Ser optante do Simples Nacional Não estar impedido por lei. (Lei Complementar n°123/2006 e 139/20011 .Arts. 3º, 18A §1º e 68. Art. 970 e 1.179– C.Civil) Microempresário e Empresário de Pequeno Porte. Limite de faturamento bruto: ME- até R$ 360.000,00 EPP – mais de R$ 360.000,00 até R$ 4.800.000,00 11 Profª Renata Cortez Parladore 31 ESCRITURAÇÃO CAMBIAL Art. 1.179 – C.Civil Tem função gerencial, documental e fiscal. Obrigatórios Diário (art. 1.180 – C.Civil) Caixa e Registro de inventário (ME e EPP) Profª Renata Cortez Parladore 32 Livro Diário São lançados, dia a dia, diretamente ou por procuração, os atos ou operações da atividade empresarial, ou que possam a vir a modificar a situação patrimonial do empresário. Profª Renata Cortez Parladore 33 Livros Extravio e Perda da escrituração. Exibição dos Livros. Inatividade da Empresa. Os livros podem fazer prova em processo judicial, tanto em favor do empresário que o escriturou, como contrariamente a ele. 12 Profª Renata Cortez Parladore 34 BALANÇO PATRIMONIAL E ECONÔMICO Lançado no livro diário. Deve ser assinado contabilista e pelo empresário ou representante da sociedade empresária. Profª Renata Cortez Parladore 35 Balanço Patrimonial Exprime, de forma fiel e clara, a situação real da empresa, indicando, distintamente, o ativo e o passivo. Indispensável a realização de inventário. Profª Renata Cortez Parladore 36 Demonstração do resultado econômico da empresa O balanço do resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas acompanhará o balanço patrimonial, e dele constarão créditos e débitos, na forma da lei especial. (receitas e despesas durante o exercício) 13 Profª Renata Cortez Parladore 37 ESCRITURAÇÃO CAMBIAL A cargo de contabilista legalmente habilitado. Mecanizada ou não. Necessidade de autenticação, utilização da língua portuguesa e da moeda nacional. Sigilo da escrituração. Profª Renata Cortez Parladore 38 Situação que levam a perda da qualidade de Empresário Individual 1. Morte; 2. Desistência voluntária ou abandono na profissão; 3. Falência; 4. Transformação. Profª Renata Cortez Parladore 39 Distinção entre conceitos ESTABELECIMENTO EMPRESÁRIO SOCIEDADE EMPRESÁRIA EMPRESA 14 Profª Renata Cortez Parladore 40 EMPRESA É atividade de produção e circulação de bens e serviços. Dimensão dinâmica . Universalidade de fato e de direito. Aviamento - clientela. Inclui contratos e aspectos intangíveis (logística, imagem pública, nome público, capital intelectual, cultura interna etc. ) Profª Renata Cortez Parladore 41 Aviamento (goodwill of trade) Capital intelectual é a capacidade de compreender e entender ao mercado, gerando lucros maiores para o empresário ou sociedade empresária. Aviamento é o resultado do capital intelectual investido. Sobre valor experimentado pela organização do estabelecimento empresarial. Profª Renata Cortez Parladore 42 ESTABELECIMENTO (fundo de comércio) . “Todo complexo de bens organizado, para o exercício da empresa, por empresário ou sociedade empresária”. É universalidade de fato instrumental do exercício da empresa. Dimensão estática da empresa - Patrimônio especificado e organizado para o exercício da atividade negocial. 15 Profª Renata Cortez Parladore 43 ESTABELECIMENTO Bens materiais compreendem coisas corpóreas: Imóveis: depósitos, edifícios, terrenos, armazéns etc.; Móveis: mercadorias, veículos, máquinas, utensílios etc. Bens imateriais compreendem coisas incorpóreas: * Sinais distintivos; * Privilégios industriais; * Obras literárias: artísticas ou científicas; * Ponto empresarial e direito à renovação judicial do contrato de locação; * Serviços de pessoal; e * Clientela e proteção contra à concorrência desleal. Profª Renata Cortez Parladore 44 ESTABELECIMENTO Não se confunde com o patrimônio do empresário ou da sociedade empresária. É uma organização de bens, e não a apenas um somatório de bens isolados. Pode ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatível com sua natureza. Profª Renata Cortez Parladore 45 ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO TRESPASSE OU TRASPASSE (ART. 1.144 - CC) Para que seja eficaz a alienação (art. 1.145 CC) é preciso que: Os bens estejam livres e desembaraçados para pagamento de seus credores; Haja o consentimento expresso ou tácito dos credores. 16 Profª Renata Cortez Parladore 46 ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO TRESPASSE OU TRASPASSE (Art. 1.144 - CC) Faz-se necessário à averbação no Registro Público de Empresas Mercantis. O adquirente se sub-roga dos contratos estipulados para a exploração da atividade (art. 1.148 CC). Não pode o alienante fazer concorrência com o adquirente pelo prazo de 5 anos. (cláusula implícita) Fica o alienante solidariamente obrigado pelo prazo de 1 ano. Profª Renata Cortez Parladore 47 Título de Estabelecimento É a designação (nome fantasia) pelo qual é conhecido o estabelecimento. Como elemento de fundo de empresa, o título do estabelecimento também traduz valor patrimonial, nada obstando sua alienação, independentemente da venda do estabelecimento, desde que não seja composto pelo patronímico do empresário ou dos sócios Profª Renata Cortez Parladore 48 Título de estabelecimento 17 Profª Renata Cortez Parladore 49 Insígnia É a representação gráfica do título, sua expressão figurativa. Profª Renata Cortez Parladore 50 Ponto de Negócio É o local qualificado pelo fato de lá se situar a empresa. (fundo de comércio hoje fundo de empresa) O ponto surge em decorrência da atividade exercida no estabelecimento, colocando à disposição dos consumidores as mercadorias de que eventualmente necessitam. Profª Renata Cortez Parladore 51 Ponto de Negócio NESTLÉ BRASIL LTDA Endereços Empresariais Rodovia Marechal Rondon, 0 , Bairro Jd Nova Yorque, Araçatuba, SP CEP: 16018-839. O BOTICÁRIO Endereços Empresariais Avenida Luis Osório, 411 , Bairro centro, Penápolis, SP CEP: 16300000.18 Profª Renata Cortez Parladore 52 AÇÃO RENOVATÓRIA Direito à renovação compulsória do contrato de locação do imóvel ou recebimento de indenização. - Locupletamento do locador ao desfrutar da freguesia gerada pelo locatário; - Cobrança de alugueis maiores devido a valorização produzida pelo locatário. Requisitos para renovação Art. 51 e 71 d a Lei 8.245/91. O direito à retomada Art. 52 d a Lei 8.245/91. Direito do locatário Ressarcimentos dos prejuízos e dos lucros cessantes. Profª Renata Cortez Parladore 53 AÇÃO RENOVATÓRIA DIREITO A INDENIZAÇÃO ( art. 52, 3 - Lei 8.245/91) Por prejuízos e lucro cessante em decorrência tanto da mudança, com da perda do lugar e desvalorização do fundo. PRAZO (art. 52, 5 - Lei 8.245/91) 1 ano no máximo e 6 meses no mínimo anteriores ao término do contrato. O prazo é decadencial. Profª Renata Cortez Parladore 54 AÇÃO RENOVATÓRIA Contrato por escrito e por prazo determinado. Prazo contratual mínimo de 5 anos. Atividade empresarial constante por 3 anos. Ajuizamento da ação renovatória antes de terminar o contrato a ser renovado, um a seis meses antes do término do contrato. Cumprimento das obrigações contratuais. 19 Profª Renata Cortez Parladore 55 DIREITO DE INERÊNCIA NO PONTO (art. 51 da Lei 8.245/91) Para que uma locação possa ser considerada empresarial, ou seja, para que se submeta ao regime jurídico da renovação compulsória, é necessário que satisfaça os seguintes requisitos: 1- O locatário deve ser empresário; 2- A locação deve ser contratada por tempo determinado de, no mínimo, 5 anos, admitida a soma de prazos de contratos sucessivamente renovados por acordo amigável; 3- O locatário deve estar explorando mesmo ramo de atividade econômica pelo prazo ininterrupto de 3 anos . Profª Renata Cortez Parladore 56 NOME EMPRESARIAL É aquele utilizado pelo empresário ou a sociedade empresária para se identificar enquanto sujeito exercente de uma atividade econômica. É aquele sob o qual a sociedade ou o empresário individual exerce sua atividade econômica e obriga-se nos atos a eles pertinentes . Profª Renata Cortez Parladore 57 ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL FIRMA INDIVIDUAL Nomina o empresário, que deverá adotar seu nome civil, por extenso ou abreviado, não permitindo a abreviatura do último sobrenome nem a exclusão de um dos seus componentes. 20 Profª Renata Cortez Parladore 58 ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL FIRMA (razão social) Nomina as sociedades empresárias e constitui-se a partir dos nomes civis, completos ou abreviados, de um, alguns ou todos os sócios da sociedade. Na hipótese de ser omitido o nome de um dos sócios, será obrigatório o uso da expressão “& Cia.” ou outra equivalente, quando se tratar de sociedade em nome coletivo. Profª Renata Cortez Parladore 59 ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL DENOMINAÇÃO Nomina as sociedades empresárias. Constitui-se, indicando o ramo de atividade econômica da empresa. É permitida até a sua composição a partir de um nome civil de pessoa que tenha contribuído como sucesso da empresa ou, mesmo, de um sócio fundador, ambas em caráter de mera homenagem. Profª Renata Cortez Parladore 60 PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL Art. 5 , inciso XXIX, da CF Arts. 61 e 62 da Lei n 8.934/94 Garantia de exclusividade do nome empresarial. O direito protege o nome empresarial - visando tutelar o interesse do empresário quanto à proteção de sua clientela e de seu crédito. A proteção restringe-se a unidade da federação na qual ocorreu o registro. 21 Profª Renata Cortez Parladore 61 PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL O titular de um nome empresarial tem direito à exclusividade de uso, podendo impedir que outro empresário utilize nome empresarial idêntico ou semelhante, que possa causar confusão quanto a atividade empresarial. Aquele que usa nome empresarial de núcleo idêntico ou semelhante pratica crime de usurpação previsto no Código Penal Princípios da VERACIDADE e da NOVIDADE (arts. 33 e 34 da Lei 8.934/94 / art. 1.166 do CC). . Profª Renata Cortez Parladore 62 ALIENAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL art. 1.164 do CC/2002 O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. Caso, porém seja alienado o próprio estabelecimento empresarial, o adquirente pode, se houver previsão contratual, usar o nome empresarial do alienante, precedido de seu próprio, acrescentando do termo “sucessor”. Profª Renata Cortez Parladore 63 PERDA DO NOME EMPRESARIAL Arts. 59 e 60, da Lei 9.934/94 1. Expiração do prazo da sociedade celebrada por tempo determinado; 2. Quando não proceda a qualquer arquivamento no período de 10 anos consecutivos; 3. Pela cessação da empresa, liquidação (no caso da sociedade) ou transformação societária. 22 Profª Renata Cortez Parladore 64 PROPRIEDADE INDUSTRIAL Patente : invenção; modelo de utilidade. Registro: desenho industrial; marca. Profª Renata Cortez Parladore 65 MARCA É designativo que identifica, direta ou indiretamente, produtos e serviços. Profª Renata Cortez Parladore 66 Clientela/Freguesia Cliente # Freguês. Cliente – garantia da livre concorrência e da concorrência leal. Freguesia –proteção ao ponto empresarial. 23 Profª Renata Cortez Parladore 67 SOCIEDADE Art. 981 a 985 C.C. Contrato de sociedade. Negócio plurilateral por meio do qual duas ou mais pessoas, naturais e jurídicas, ajuntam entre si a constituição de uma sociedade, que pode ou não ter personalidade jurídica. - duas ou mais partes; - acordo de vontades; - obrigações recíprocas; - finalidade econômica; - partilha de resultados. Profª Renata Cortez Parladore 68 SOCIEDADE Art. 981 a 985 C.C. “Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados” (art.981 CC) “É a pessoa jurídica de direito privado não- estatal, que explora empresarialmente seu objeto social ou a forma de sociedade por ações”. (Fabio Ulhoa Coelho) Profª Renata Cortez Parladore 69 Sociedade não personificada Sociedade em comum. Sociedade em conta de participação. 24 Profª Renata Cortez Parladore 70 PERSONIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES Art. 997 a 1141 C.C.l Para que uma sociedade seja considerada personificada há a necessidade do arquivamento do seu ato constitutivo na Junta Comercial, sendo empresárias, ou no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, no caso de Sociedades Simples. Profª Renata Cortez Parladore 71 Conseqüências da personalidade jurídica: CAPACIDADE PATRIMONIAL; CAPACIDADE NEGOCIAL; CAPACIDADE JURÍDICA; PROTEÇÃO AO NOME; PROTEÇÃO AO PONTO. Profª Renata Cortez Parladore 72 TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Art. 50 CC Por ela se afasta a autonomia patrimonial da empresa, a fim de poder alcançar bens particulares dos sócios que se valeram da pessoa jurídica para o cometimento de atos com fraude. 25 Profª Renata Cortez Parladore 73 FIM DA PERSONALIDADE JURÍDICA O desaparecimento de uma empresa observaum procedimento dividido em etapas seqüenciais. 1 : Dissolução (resolução ou desfazimento do ato constitutivo, judicial ou não, conforme o caso); 2 : Liquidação (realização do ativo e pagamento do passivo da sociedade); e 3 : Partilha do acervo remanescente da sociedade, se houver, entre os sócios. Profª Renata Cortez Parladore 74 Dissolução Dissolução total de todos os vínculos que deram origem a sociedade contratual. Dissolução parcial resolução da sociedade em relação a um sócio. Dissolução extrajudicial – Distrato _ Alteração Contratual Dissolução judicial _ Sentença Profª Renata Cortez Parladore 75 CAUSAS DE DISSOLUÇÃO TOTAL 1- Vontade dos sócios; 2- Decurso do prazo determinado de duração da empresa; 3- Falência; 4- Inexequibilidade do objeto social; 5- Unipessoalidade por mais de 180 dias; 6- Causas Contratuais. 26 Profª Renata Cortez Parladore 76 CAUSAS DE DISSOLUÇÃO PARCIAL 1- Vontades dos sócios; 2- Morte de sócio; 3- Retirada de sócios; 4- Exclusão de sócios. Profª Renata Cortez Parladore 77 Dissolução Dissolução liquidação partilha. total Dissolução apuração reembolso parcial de haveres (resolução) Profª Renata Cortez Parladore 78 MODIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES art. 1.113 a 1.122 do C.C art. 220 da Lei n° 6.404/76 1. Transformação 2. Incorporação 3. Fusão 4. Cisão
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