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DIREITO EMPRESARIAL I Prof. Célio Celli Aula 8 1 REVISÃO / APLICAÇÃO PRÁTICA UNIDADE I - Direito Empresarial. Teoria da Empresa. Evolução. Autonomia e características. Elementos da Organização da Atividade Econômica. Empresário Individual e Coletivo. UNIDADE II – Personalidade Jurídica. Separação Patrimonial e Limite de Responsabilidade. Desconsideração. Nome Empresarial. Estabelecimento Empresarial. Contrato social UNIDADE III - Direito Societário. Classificação. Sócios e Administrador. Quadro Geral das pessoas jurídicas. UNIDADE IV – Sociedades Empresárias Limitada e Anônima. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LIVRE INICIATIVA Art. 1º, CF. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; Art. 170, CF. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. TEORIA DA EMPRESA Não mais importa a prática de atos de comércio, mas se a pessoa desenvolve profissionalmente uma atividade econômica, formando mecanismo de união de capital e trabalho para a produção ou circulação de bens ou serviços, com intuito lucrativo APLICAÇÃO PRÁTICA – AULA 1 Pela formação histórica do Direito Comercial, e antes de sua transformação para o que hoje se denomina Direito Empresarial, conclui-se que surgiu na Idade Média, em decorrência do desenvolvimento do tráfico mercantil. A partir desse momento, o Direito Comercial passou por uma evolução conceitual, desenvolvida em teorias próprias que passaram a delimitar o conceito jurídico de comércio, o que gerou a separação do Direito Privado. Indaga-se: a) Quais as teorias formuladas que caracterizam uma evolução nesse ramo do Direito? b) Diferencie: Comerciante e Empresário / Atos de Comércio e Empresa. ELEMENTOS DE EMPRESA Profissionalismo: Habitualidade X Atividade esporádica. Atividade: Produção ou circulação de bens ou serviços. Econômica: Sistema capitalista - geração de lucro. Organizada: Articulação dos fatores de produção. Setorização / Hierarquização APLICAÇÃO PRÁTICA – AULA 2 Interpelado por uma de suas alunas sobre o conceito de empresa, o Professor de Direito Empresarial recomenda a leitura da doutrina, ressaltando que o Prof. Rubens Requião, referindo-se à noção Econômica da Empresa, destaca a observação feita pelo jurista Giuseppe Ferri de que “a produção de bens e serviços para o mercado não é consequência de atividade acidental ou improvisada, mas sim de atividade especializada e profissional, que se explica através de organismos econômicos permanentes nela predispostos. Estes organismos econômicos, que se concretizam da organização dos fatores da produção e que se propõem a satisfação das necessidades alheias, e, mais precisamente, das exigências do mercado geral, tomam a terminologia econômica de empresa.” (REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial, p. 49) Com base na assertiva acima, e sob a égide do Código Civil de 2002, desenvolva em resposta à aluna o conceito jurídico de Empresa, fundamentando com os seus elementos integradores. CAPACIDADE CIVIL Art. 5º, CC: Capacidade. Art. 5º, § Único, CC: Emancipação. Art. 974, CC: Exceção Empresário Incapaz – Constituir x Continuar. Art. 974, §3º, CC: Exceção Sócio Incapaz. IMPEDIMENTO LEGAL Constitucionalidade. Principais impedimentos: Estrangeiro, servidor púbico, militar, magistrado, falido. Características – Pessoalidade / Sociedade / Art. 973, CC. Art. 977, CC: SOCIEDADE ENTRE CÔNJUGES OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS Registro Escrituração Balanço APLICAÇÃO PRÁTICA – AULA 3 Marta Medeiros ficou viúva de Oswaldo Rodrigues, com quem era casada pelo regime de separação total de bens. Antes de falecer, Oswaldo Rodrigues exercia uma empresa individual, tirando dali o sustento da família. Uma semana após o enterro do falecido, Marta recebeu uma proposta de compra do estabelecimento feita por outro empresário individual, um concorrente do negócio de seu falecido marido, alertando-lhe esse que, como os bens do falecido, em razão do regime de casamento estabelecido, será transferido diretamente a Nelson Rodrigues, filho único do casal e menor de idade, a família não poderia mais contar com a empresa individual. Indaga-se: Podem os menores de 18 anos iniciar a empresa, individualmente, como Empresários Individuais? Especifique os casos dos relativa e dos absolutamente incapazes. Fundamente sua resposta. Podem os menores de 18 anos dar continuidade a uma empresa antes exercida por pessoa capaz, individualmente, como Empresários Individuais? PERSONALIDADE JURÍDICA Aquisição Efeitos Responsabilidade Subsidiária AUTONOMIA PATRIMONIAL Art. 1024, CC: Responsabilidade Subsidiária (benefício de ordem). Obs: Art. 1026, CC – Credor particular do sócio DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ART. 50, CC. TEORIA MENOR DESCONSIDERAÇÃO INVERSA APLICAÇÃO PRÁTICA – AULA 4 Ao conversar com um conhecido, Paulo, que exerce uma empresa individualmente, recebeu a orientação para que constituísse uma Sociedade Empresária, criando uma Pessoa Jurídica, já que, assim, afastaria dos riscos da atividade econômica a parte do seu patrimônio pessoal não envolvido no negócio. Indaga-se: a) Está correta a orientação recebida por Paulo? b) Por que, como Empresário Individual, todo o patrimônio pessoal, mesmo a parte não envolvida em seu negócio, pode ser comprometido com os riscos da atividade econômica? c) Se mesmo assim ele quiser manter a atividade individualmente, quais as melhores opções do que empresário individual? d) Porque a constituição de uma Sociedade permitiria limitar o riscos da atividade econômica a apenas a parte do patrimônio pessoal de Paulo? SOCIEDADES PERSONIFICADAS Art. 45, CC – Ato Constitutivo: Contrato Social Obs: Estatuto Social Art. 1150, CC – Órgãos de Registro Obs: Art. 986, CC - Sociedade em Comum CAPITAL SOCIAL Formado pelos Sócios Percentuais iguais ou diferentes Participação proporcional nos lucros Limite de responsabilidade Determina o valor da saída do Sócio APLICAÇÃO PRÁTICA – AULA 5 Maria e Alfredo constituíram uma sociedade empresária do tipo limitada. Os sócios integralizaram 50% das quotas cada um deles. Na semana na passada Alfredo veio a falecer vítima de um acidente automobilístico e, considerando que o contrato social era omisso quanto à sucessão das quotas dos sócios falecidos, Maria consulta você - advogado especialista na matéria - com as seguintes indagações: a) Respeitando as normas doutrinárias do direito societário, diga se é possível a continuação da sociedade em questão com apenas a sócia Maria. b) A omissão do contrato social quanto à sucessão das quotas, impede que o herdeiro de Alfredo ingresse na sociedade apresentada? NOME EMPRESARIAL Espécies Formação Proteção Alienabilidade NOME EMPRESARIAL - ALIENABILIDADE Art. 1164, CC (Obs: § Único) APLICAÇÃO PRÁTICA – AULA 6 Motivado pela intenção de alienar seu estabelecimento empresarial, Mário fez uma pesquisa na internet e, para sua surpresa e confusão, descobriu que havia diferença entre duas expressões que entendia sinônimas: nome empresarial e título de estabelecimento. Desejando por fim às suas dúvidas, resolve contratar um advogado especialista do ramo, indagando-lhe o seguinte: a) As expressões “nome empresarial” e “título de estabelecimento” têm o mesmo significado ou referem-se a conceitos diferentes? b) Há proteção legal ao nome empresarial? c) O nome empresarial e o título de estabelecimento são alienáveis? ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL Art. 1142, CC. – Complexo de bens reunido pelo empresário para o exercíciode sua atividade Obs: Ponto empresarial e Imóvel da Atividade TRESPASSE Anuência dos Credores Responsabilidade sobre o passivo Exercício na mesma atividade BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS Nome Empresarial Ponto empresarial (clientela e freguesia) Propriedade industrial Título do estabelecimento Segredo de empresa APLICAÇÃO PRÁTICA – AULA 7 Roberto, interessado em comprar um estabelecimento empresarial, localizado em imóvel alugado, a fim de investir as economias que fez até se aposentar e que lhe custaram muito sacrifício, procura um advogado e faz uma consulta sobre as cautelas necessárias para afastar os riscos inerentes, que ele próprio desconhece, formulando as seguintes perguntas: a) Quais as cautelas necessárias para que o contrato de alienação do estabelecimento produza efeitos em relação a terceiros? Fundamente a resposta. b) Quais as cautelas necessárias para proteger Roberto quanto à existência de obrigações pendentes e relativas à atividade do empresário alienante? Fundamente a resposta. c) Quais as cautelas necessárias para garantir a Roberto a manutenção do estabelecimento no imóvel onde se situa? Fundamente a resposta.
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