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IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br MORFOLOGIA, SINTAXE E MORFOSSINTAXE DA LÍNGUA PORTUGUESA Morfologia Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical a que ela pertence. Quando nos referimos às classes gramaticais, logo sabemos que se refere à dez classes, que são: substantivos, artigos, pronomes, verbos, adjetivos, conjunções, interjeições, preposições, advérbios e numerais. Classes Gramaticais ou Classes de Palavras Uma Classe Gramatical ou Classe de Palavra é o nome dado ao grupo que classifica uma palavra de acordo com sua estrutura sintática e morfológica. Veja quais são: SUBSTANTIVOS É a palavra que dá nome aos objetos, aos lugares, às ações, aos seres em geral, entre outros e varia em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). Quanto à formação, o substantivo pode ser: Primitivo – é o nome que não deriva de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: casa, pedra e jornal. Derivado – é o nome que deriva de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: casarão, pedreira e jornaleiro (palavras derivadas dos exemplos acima, respetivamente). Simples – é o nome formado por apenas um radical. Radical é o elemento que é a base do significado das palavras. Exemplos: casa, flor e gira, cujos radicais são respetivamente: cas, flor e gir. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br Composto – é o nome formado por mais do que um radical. Exemplos: couve-flor, girassol e passatempo, cujos radicais são respetivamente: couv e flor, gir e sol e pass e temp. Quanto ao elemento que nomeia, o substantivo pode ser: Comum – é a palavra que dá nome aos elementos da mesma espécie, de forma genérica. Exemplos: cidade, pessoa e rio. Próprio – é a palavra que dá nome aos elementos de forma específica, por isso, são sempre grafados com letra maiúscula. Exemplos: Bahia, Ana e Tietê. Concreto – é a palavra que dá nome aos elementos concretos, de existência real ou imaginária. Exemplos: casa, fada e pessoa. Coletivo – é a palavra que dá nome ao grupo de elementos da mesma espécie. Exemplos: acervo (conjunto de obras de arte), cardume (conjunto de peixes) e resma (conjunto de papéis). Abstrato – é a palavra que dá nome a ações, estados, qualidades e sentimentos. Exemplos: trabalho, alegria, altura e amor. ARTIGOS É a palavra que antecede os substantivos e varia em gênero e número, bem como o determina (artigo definido) ou o generaliza (artigo indefinido). São artigos definidos: o, a (no singular) e os, as (no plural) São artigos indefinidos: um, uma (no singular) e uns, umas (no plural) ADJETIVOS É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos e varia em gênero, número e grau. Quanto à formação, o adjetivo pode ser: Primitivo – é o adjetivo que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: alegre, bom e fiel. Derivado – é o adjetivo que deriva de substantivos ou verbos. Exemplos: alegria e bondade (palavras derivadas dos exemplos acima, respetivamente) e escritor (palavra derivada do verbo escrever). IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br Simples – é o adjetivo formado por apenas um radical. Exemplos: alta, estudioso e honesto, cujos radicais são respetivamente: alt, estud e honest. Composto – é o adjetivo formado por mais do que um radical. Exemplos: superinteressante, surdo-mudo e verde-claro, cujos radicais são respetivamente: super e interessant, surd e mud e verd e clar. Há também os Adjetivos Pátrios, que caracterizam os substantivos de acordo com o seu local de origem e as Locuções Adjetivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de adjetivo. Exemplos de Adjetivos Pátrios: brasileiro, carioca e sergipano. Exemplos de Locuções Adjetivas: de anjo (=angelical), de mãe (=maternal) e de face (=facial). NUMERAL É a palavra que indica a posição ou o número de elementos. Os numerais classificam-se em: Cardinais – é a forma básica dos números, utilizada na sua contagem. Exemplos: um, dois e vinte. Ordinais – é a forma dos números que indica a posição de um elemento numa série. Exemplos: segundo, quarto e trigésimo. Fracionários – é a forma dos números que indica a divisão das proporções. Exemplos: meio, metade e um terço. Coletivos – é a forma dos números que indica um conjunto de elementos. Exemplos: uma dúzia (conjunto de doze), semestre (conjunto de seis) e centena (conjunto de cem). Multiplicativos – é a forma dos números que indica multiplicação. Exemplos: dobro, duplo e sêxtuplo. PRONOME É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do discurso e varia em gênero, número e pessoa. Os pronomes classificam-se em: IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br Pessoais – Caso reto (quando são o sujeito da oração): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e Caso oblíquo (quando são complemento da oração): me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, os, as lhes, se, si, consigo. Tratamento – Alguns exemplos: Você, Senhor e Vossa Excelência. Possessivos – meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e respetivas flexões. Demonstrativos – este, esse, aquele e respetivas flexões, isto, isso, aquilo. Relativos – o qual, a qual, cujo, cuja, quanto e respetivas flexões, quem, que, onde. Indefinidos – algum, alguma, nenhum, nenhuma, muito, muita, pouco, pouca, todo, toda, outro, outra, certo, certa, vário, vária, tanto, tanta, quanto, quanta, qualquer, qual, um, uma e respetivas flexões e quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada. Interrogativos – qual, quais, quanto, quanta, quantas, quem, que. VERBO É a palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza e varia em pessoa (primeira, segunda e terceira), número (singular e plural), tempo (presente, passado e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva). Exemplos: O time adversário marcou gol. (ação) Estou tão feliz hoje! (estado) De repente ficou triste (mudança de estado) Trovejava sem parar. (fenômeno da natureza) ADVÉRBIO É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros. Os advérbios classificam-se em: IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br Modo – Exemplos: assim, devagar e grande parte das palavras terminadas em “-mente”. Intensidade – Exemplos: demais, menos e tão. Lugar – Exemplos: adiante, lá e fora. Tempo – Exemplos: ainda, já e sempre. Negação – Exemplos: não, jamais e tampouco. Afirmação – Exemplos: certamente, certo e sim. Dúvida – acaso, quiçá e talvez. PREPOSIÇÃO É a palavra queliga dois elementos da oração. As preposições classificam-se em: Essenciais – têm somente função de preposição. Exemplos: a, desde e para. Acidentais – não têm propriamente a função de preposição, mas podem funcionar como tal. Exemplos: como, durante e exceto. Há também as Locuções Prepositivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de preposição. Exemplos: apesar de, em vez de e junto de. CONJUNÇÃO É a palavra que liga duas orações. As conjunções classificam-se em: COORDENATIVAS: Aditivas (e, nem), Adversativas (contudo, mas), Alternativas (ou…ou, seja…seja), Conclusivas (logo, portanto) e Explicativas (assim, porquanto). SUBORDINATIVAS: Integrantes (que, se), IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br Causais (porque, como), Comparativas (que, como), Concessivas (embora, posto que), Condicionais (caso, salvo se), Conformativas (como, segundo), Consecutivas (que, de maneira que), Temporais (antes que, logo que), Finais (a fim de que, para que) e Proporcionais (ao passo que, quanto mais). Há também as Locuções Conjuntivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de conjunção. Exemplos: contanto que, logo que e visto que. INTERJEIÇÃO É a palavra que exprime emoções e sentimentos. As interjeições podem ser classificadas em: Advertência – Calma!, Devagar!, Sentido! Saudação – Alô!, Oi!, Tchau! Ajuda – Ei!, Ô!, Socorro! Afugentamento – Fora!, Sai! Xô! Alegria – Eba!, Uhu! Viva! Tristeza – Oh!, Que pena!, Ui! Medo – Credo!, Cruzes!, Jesus! Alívio – Arre!, Uf!, Ufa! Animação – Coragem!, Força!, Vamos! Aprovação – Bis!, Bravo!, Isso! Desaprovação – Chega!, Francamente! Livra!, Concordância –Certo!, Claro!, Ótimo! Desejo – Oxalá!, Quisera!, Tomara! Desculpa – Desculpa!, Opa!, Perdão! Dúvida – Hã?, Hum?, Ué! IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br Espanto – Caramba!, Oh!, Xi!, Contrariedade – Credo!, Droga!, Porcaria! Há também as Locuções Interjetivas, que são o conjunto de palavras que tem valor de conjunção. Exemplos: Cai fora!, Muito obrigada!, Volta aqui! A ANÁLISE MORFOLÓGICA As palavras da língua portuguesa podem ser analisadas/classificadas de duas formas: Separadamente, palavra por palavra, mesmo fazendo parte de uma oração. De acordo com a função da palavra dentro da oração. Falamos da análise morfológica e da análise sintática de uma oração. O que é análise morfológica? Já aprendemos que a Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical a que ela pertence. Estas são as classificações que as palavras recebem sozinhas, fora das frases/orações. Quando analisamos/classificamos separadamente estas palavras é que temos a sua análise morfológica. Observem a oração abaixo: Os meninos da rua treze estavam atônitos com a beleza da nova moradora. Análise morfológica: Os - artigo meninos – substantivo da – preposição rua- substantivo treze– numeral estavam – verbo atônitos–adjetivo com – preposição IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br a– artigo beleza-substantivo da– preposição nova – adjetivo moradora – substantivo Fica a dica: Sempre que lhe for proposto a análise morfológica de uma oração, pense nas palavras sozinhas, analisadas uma a uma, como se fosse a única. E lembre-se das famosas 10(dez) classes gramaticais Sintaxe A Sintaxe é a parte da língua portuguesa que trabalha com a disposição das palavras em uma frase e a lógica entre elas. Ela é muito importante para compreender a combinação de orações e palavras. Nos estudos gramaticais a sintaxe é estudada por meio da análise sintática para analisar o sujeito, o predicado e os termos acessórios de uma oração. Sintaxe de Concordância A concordância de uma frase ocorre quando há determinada flexão entre dois termos e ela pode ser caracterizada como verbal ou nominal. É a responsável pela harmonia na construção de uma frase na língua portuguesa. Concordância Verbal Flexão do verbo para concordar com o número e a pessoa do seu sujeito. O verbo representa o subordinado e o sujeito o item subordinante. Sujeito Simples: Quando é um sujeito simples o verbo concorda em número e pessoa e a ação é praticada por apenas um núcleo. - Meus filhos chegaram (3º pessoa do plural) com fome. - Meu filho chegou (3º pessoa do singular) com fome. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br Regras :Sujeito Simples 1) Sujeito - formado por expressão partitiva (uma porção de, a maioria de, grande parte de...) pode ter a concordância no singular ou plural quando for seguida de substantivo ou por um pronome no plural. Exemplos: A maioria dos alunos apoia/apoiaram a greve dos professores. Parte dos ônibus apresentou/apresentaram defeito mecânico. 2) Nos substantivos coletivos especificados os verbos ficam na 3º pessoa do singular. Exemplo: Um bando de bandidos saqueou/saquearam uma joalheria no centro da cidade. 3) Para os sujeitos que indicam uma quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de...) seguido por um numeral e substantivo, o verbo fica em concordância com o substantivo. Exemplos: Mais de quinhentas pessoas participaram da corrida escolar. Cerca de duzentas crianças comemoraram o feriado no parque. 4) Nomes que só existem no plural e os que não tem artigo ficam com o verbo no singular. Mas, quando essa palavra no plural vier com artigo o verbo deve ficar no plural. Exemplo: Os Estados Unidos são o país da oportunidade. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br 5) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (muitos, vários, quantos, alguns...) que seja sucedido dos termos “de nós” ou “de vós”. O verbo nesse caso pode concordar com o primeiro pronome ou com o pronome pessoal. Para os casos em que o pronome interrogativo e indefinido estiver no singular o verbo também fica no singular. Exemplos: Quais de nós são/somos capazes? Qual de nós é capaz? 6) Quando o sujeito é formado por uma porcentagem e sucedido por um substantivo. O verbo deve estar em concordância com o substantivo. Exemplos: 35% dos candidatos reprovaram no vestibular. 5% do orçamento do país deve ser destinado ao transporte público. 7) Para os casos em que existe porcentagem que não é sucedida de substantivo o verbo concorda com o número. Exemplo: 50% conhecem o candidato. 8) Quando o sujeito da frase é o pronome relativo "que" o verbo concorda em número e pessoa com o termo que antecede o pronome. Exemplos: Fomos nós que pagamos a conta do restaurante. Fui eu que fiquei feliz com sua visita. 9) Na expressão “umdos que” o verbo fica no plural. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br Exemplos: Pelé foi um dos jogadores que mais usaram a camisa da seleção brasileira. João é um dos que ensinam inglês na escola do bairro. 10) Para os casos em que o sujeito for um pronome relativo o verbo pode concordar com o termo que antecede o pronome ou vir na 3º pessoa do singular. Exemplo: Fui eu quem viajou de carro./ Fui eu quem viajei de carro. 11) Para o sujeito que é um pronome de tratamento o verbo deve permanecer na 3º pessoa do singular ou plural. Exemplos: Vossa Majestade é irônica? Vossas Majestades vão viajar? 12) Para verbos como dar, bater e soar a concordância ocorre dependendo do numeral. Exemplos: Soaram dez horas no relógio. Deu uma hora da manhã. 13) A concordância para verbos impessoais (haver, fazer e os que indicam fenômenos da natureza) são utilizados na 3º pessoa do singular. Exemplos: Faz duas semanas que não como carne. Trovejou ontem pela manhã. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br Sujeito Composto: Aquele que possui mais de um núcleo. Veja a seguir as regras: 1) Para o sujeito composto que vem antes do verbo a concordância deve ser no plural. Exemplos: João e Maria conversavam na varanda. Pais e filhos devem ser amigos. 2) Para os sujeitos compostos que possuem pessoas gramaticais distintas a concordância verbal segue a seguinte regra: a 1º pessoa predomina sobre a 2º pessoa. Exemplo: Pais e filhos precisam respeitar-se. (3º pessoa do plural-eles) 3) Quando o sujeito composto vem após o verbo (posposto) há duas possibilidades de concordância. Na primeira o verbo concorda no plural com o sujeito e na segunda opção concorda com o núcleo do sujeito mais próximo. Exemplos: Compareceram à festa a mãe e suas filhas. Compareceu ao evento a mãe e suas filhas. 4) Para casos de reciprocidade a concordância se dá no plural. Exemplo: Abraçaram-se tios e primos. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br 5) Quando há sujeitos compostos formados por núcleos sinônimos o verbo concorda no plural ou no singular. Exemplo: A falta de chuva e a seca marcam/marca o inverno no Distrito Federal. 6) Quando o sujeito composto apresenta termos dispostos em gradação o verbo pode concordar com o último núcleo do sujeito ou ficar no plural. Exemplos: Dias, horas, minuto, segundo parecem solitários sem você. Dias, horas, minuto, segundo parece interminável sem você. 7) Quando os núcleos do sujeito estão ligados pelos termos “ou” ou “nem”, o verbo concorda no plural e a afirmação do predicado é relacionada a todos os núcleos. Para os casos de núcleo excludente o verbo permanece somente no singular. Exemplos: Jogador ou treinador de futebol ganham pouco. Nem Maria nem João foram viajar. 8) Para as expressões “um ou outro” e "nem um nem outro” pode-se utilizar a concordância no plural ou singular, no entanto é mais comum ver no singular. Exemplos: Nem um nem outro foi/foram à festa. Um e outro viajou/viajaram para Paris. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br 9) Quando os núcleos do sujeito são ligados com o termo “com” o verbo concorda no plural. Exemplo: A mãe com a irmã criaram uma nova empresa. 10) Para os núcleos do sujeito ligados por expressões correlativas (tanto...quanto, não somente, não só...mas ainda, etc). Exemplo: Tanto os alunos quanto os professores ficaram tristes com o fim das aulas. 11) Quando os sujeitos compostos são reunidos em apenas um aposto recapitulativo (nada, tudo, etc.) a concordância se dá de acordo com o termo utilizado na oração. Exemplo: Doces, Sal, Gorduras, tudo faz mal à saúde. Concordância Nominal A concordância nominal trabalha a relação de um substantivo com as palavras (adjetivos, particípios, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos) que o caracterizam. Veja abaixo as principais regras: 1) Quando o adjetivo refere-se a apenas um substantivo ele concorda em gênero e número. Exemplos: Os celulares barulhentos tocavam sem parar. As pernas trêmulas apontavam seu nervosismo. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br 2) Para os adjetivos que referem-se a vários substantivos a concordância varia se o adjetivo estiver anteposto ou proposto a eles. Para o primeiro caso ele vai concordar em gênero e número com o substantivo que estiver próximo e quando ele estiver posposto o adjetivo concorda com o substantivo que estiver mais próximo ou com todos eles. Exemplos: Compramos barato o carro e a casa. Compramos baratas as roupas e os sapatos. A padaria oferece pão e bolo gostoso. A padaria oferece pão e rosca gostosa. Obs.: Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentes o adjetivo concorda no plural. Exemplo: Os maravilhosos João e Maria me visitaram no hospital. 3) Quando houver a expressão ser + adjetivo ele concorda como masculino singular se não houver nenhum modificador na frase. No entanto, se houver algum modificador o adjetivo deve concordar com o substantivo. Exemplos: Caminhar é bom para o coração. Esta caminhada é boa para o coração. 4) Para os casos em que o adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais. Exemplo: Eu as vi pela manhã muito misteriosas. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br 5) Para as expressões com pronome indefinido neutro (tanto, nada, muito, algo, etc.) seguido da preposição "de + artigo" a concordância se dá para o masculino singular. Exemplo: A rua tinha algo de fantasmagórico. 6) Quando a palavra só estiver na frase com sentido de "sozinho" ele adquire função adjetiva e concorda com o substantivo a que se refere. Exemplo: Aline ficou só. Aline e João ficaram sós. 7) Quando apenas um substantivo é alterado por mais de dois adjetivos no singular pode-se deixar o substantivo no singular e inserir o artigo antes do último adjetivo ou o nome vai para o plural e o artigo é retirado. Exemplos: Adoro a comida argentina e a mexicana. Adoro as comidas argentina e mexicana. Morfossintaxe A morfossintaxe é a parte da gramática que estuda e analisa as palavras simultaneamente segundo uma perspectiva morfológica e uma perspectiva sintática. A análise morfológica das palavras preconiza a classificação isolada das palavras em diferentes classes gramaticais. A análise sintática das palavras preconiza a classificação da função que as palavras desempenham inseridas numa oração. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferentede aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br Sendo a morfossintaxe a compreensão simultânea dessas duas perspectivas, a análise morfossintática estuda, por exemplo, a função que um substantivo pode desempenhar numa oração, ou que funções gramaticais podem desempenhar um pronome. Análise morfológica Tendo como base uma análise morfológica, as palavras podem ser classificadas em: substantivo; artigo; adjetivo; pronome; numeral; verbo; advérbio; preposição; conjunção; interjeição. Exemplo de análise morfológica Ontem, a Ana comprou um livro novo. ontem: advérbio a: artigo definido Ana: substantivo próprio comprou: verbo comprar IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br um: artigo indefinido livro: substantivo comum novo: adjetivo Análise sintática Tendo como base uma análise sintática, os termos de uma oração podem ser classificados em: sujeito; predicado; objeto direto; objeto indireto; predicativo do sujeito; predicativo do objeto; complemento nominal; agente da passiva; adjunto adnominal; adjunto adverbial; aposto. Exemplo de análise sintática A Ana comprou um livro novo. sujeito: A Ana predicado: comprou um livro novo IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br objeto direto: um livro novo adjunto adverbial: ontem adjunto adnominal: a, um, novo Análise morfossintática Através da análise morfossintática, ou seja, através da análise simultânea desses dois tipos de classificação, é possível compreender quais as funções que uma determinada classe gramatical pode desempenhar numa oração. Relação entre funções sintáticas e classes gramaticais Sujeito: Pode ser representado por substantivos, pronomes pessoais retos, pronomes demonstrativos, pronomes relativos, pronomes interrogativos, pronomes indefinidos e numerais. Predicado: Pode ter como núcleo um verbo ou um nome. Objeto direto: É representado principalmente por substantivos, pronomes substantivos e pronomes oblíquos átonos. Objeto indireto: É representado principalmente por substantivos e pronomes pessoais oblíquos. Predicativo do sujeito: Pode ser desempenhado por adjetivos, locuções adjetivas, substantivos, pronomes e numerais. Predicativo do objeto: Pode ser desempenhado por adjetivo, locuções adjetivas e substantivos. Agente da passiva: Pode ser representado por substantivos e pronomes. Complemento nominal: Pode ser representado por substantivos, pronomes e numerais. Adjunto adnominal: Pode ser representado adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e artigos. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br Adjunto adverbial: Pode ser desempenhado por advérbios e locuções adverbiais. IECEF – Instituto Fayol Uma forma diferente de aprender Av. Paulista 1765 – 7º Andar, Bela Vista, São Paulo / SP - CEP 01311-200 www.iecef.com.br / (11) 950237402 / contato@iecef.com.br BIBLIOGRAFIA Morfologia. Disponível em: http://www.infoescola.com/portugues/morfologia/. Acesso em 26 de março de 2017. Sintaxe. Disponível em: http://www.okconcursos.com.br/apostilas/apostila- gratis/135-portugues-para-concursos/2177-sintaxe#.WNhoGdKlzIU. Acesso em 26 de março de 2017. Morfossintaxe. Disponível em: https://www.normaculta.com.br/morfossintaxe/. Acesso em: 26 de março de 2017.
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