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Pessoas Jurídicas Conceito: é um coletivo de pessoas ou bens que adquirem personalidade jurídica própria; Teorias quanto à criação da PJ: Da ficção: afirma que as PJ nascem por força da lei e são entes fictícios, visto que somente PN podem ser sujeitos de direitos e obrigações; Da realidade orgânica: sustenta que as PJ são uma realidade sociológica, um ser com vida própria que nasce por imposição das forças sociais; Da realidade técnica: Ficção + realidade orgânica – entende que a personalização de grupos sociais nascem de uma ordem técnica, que é a forma que o direito encontrou para reconhecer a existência de grupos que se unem para determinados fins; Requisitos para constituição da PJ: Requisito material: coletividade (de pessoas ou de bens); Vontade humana (intenção); Requisito formal: ato constitutivo e registro no órgão competente; Ato constitutivo; Registro; Finalidade lícita; OBS: A existência legal das PJ de direito privado, em regra, se inicia após o registro de seu ato constitutivo no órgão competente, porém há casos em que será necessário a previa autorização do Poder Executivo (Ex: instituições financeiras). Classificação das PJ: Quanto à estrutura interna: Corporações: coletividade de pessoas com fins e objetivos próprios; Associações: não possuem fins lucrativos; Sociedades: possuem fins lucrativos; Fundações: coletividade de patrimônios (bens) personalizados para exercer um fim determinado; PJ de direito Privado: Fundações Associações Sociedades Partidos políticos, sindicatos e associações religiosas Desconsideração da personalidade jurídica: permite que o juiz, em casos de fraude, desconsidere o principio da de que as pessoas jurídicas têm existência distinta de seus membros e os efeitos desta autonomia, para vincular e atingir os bens particulares dos sócios para a satisfação das dívidas a sociedade. Extinção da personalidade jurídica: Por deliberação dos membros: a vontade humana tem o poder de criar uma PJ, também tem o poder de extingui-la. Uma sociedade se dissolve pela maioria absoluta dos membros. Por determinação legal Em decorrência de ato governamental: quando as pessoas jurídicas dependem da autorização do Poder executivo e tem essa autorização cassada. Por termino do prazo determinado Por dissolução judicial: quando a entidade se desvia de seus fins. OBS: a extinção das PJ não ocorre de modo instantâneo. Qualquer que seja o fator tem-se o fim da entidade; porém se houver bens de seu patrimônio ou dívidas, ela ficará em fase de liquidação. Encerrada a liquidação, cancela-se a inscrição da PJ. Nos casos de dissolução de uma associação, seus bens arrecadados serão transferidos para entidades também sem fins lucrativos. Bens: objetos das relações jurídicas A pessoa Natural e Jurídica são os sujeitos de direitos; os bens são os objetos das relações jurídicas que se formam entre os referidos sujeitos. Coisas e bens: Coisa é gênero e bem é espécie. Coisa é tudo que existe objetivamente, com exceção do homem. Bens são coisas úteis e raras, suscetíveis a apropriação e contém um valor econômico. OBS: bens podem ser tanto materiais quanto imateriais. (Ex: direitos autorais) “Todo bem (especificidade) é uma coisa, mas nem toda coisa (generalidade) é um bem” Classificação dos bens: Quanto à tangibilidade: essa classificação não foi incorporada pelo CC, mas é importantíssima para a compreensão da matéria. Corpóreos (tangíveis): são os bens que possuem existência física e material que podem ser medidos pelo homem. (Ex: casa, carro, jóia) Incorpóreos (intangíveis): são os bens que possuem existência abstrata e valor econômico. (Ex: direito autoral) Dos bens considerados em si mesmos (Livro II, Cap. I): Móveis x Imóveis: Bens imóveis: são aqueles que não podem se transportar, sem destruição, de um para outro lugar. Art. 79 do CC conceitua que “são bens imóveis o solo e tudo quanto lhe incorporar natural ou artificialmente”. Imóveis por natureza: a rigor, somente o solo, sua superfície, subsolo e espaço aéreo são bens imóveis por natureza. Tudo o que for nele incorporado será considerado como imóvel por ascensão natural; Imóveis por ascensão artificial ou industrial: são aqueles que o homem incorpora de forma permanentemente ao solo, não podendo removê-los sem sua destruição. (Ex: casa, plantações) Imóveis por ascensão natural: são aqueles incorporados naturalmente, tais como árvores, pedras, fontes e cursos de água. OBS: árvores destinadas ao corte são consideradas “bens móveis por antecipação”. Imóveis por determinação legal: tais bens são considerados como imóveis para dar maior segurança jurídica, são bens incorpóreos (imateriais) – Art. 80 do CC: I – sucessão aberta, II – os direitos reais sobre os imóveis, como é o caso da hipoteca. Bens móveis: são os bens que podem ser transportados, por força própria ou de terceiros, sem a deterioração, destruição e alteração da substância ou da destinação econômico-social. Móveis por natureza: são aqueles que podem ser transportados, por força própria ou alheia, sem nenhum dano. Semoventes: bens que se movem por força própria. (Ex: animais); Móveis propriamente ditos: bens que se movem por força alheia. (Ex: objetos inanimados); OBS: materiais de construção, enquanto não empregados, serão considerados móveis propriamente ditos. Móveis por determinação legal: Art. 83 do CC – I – Energias que tenham valor econômico, II – os direitos reais sobre objetos móveis ou ações correspondentes, III – direitos pessoais de patrimônio e respectivas ações. OBS: são bens imateriais que adquirem essa qualidade por disposição legal. Móveis por antecipação: são aqueles bens incorporados ao solo, mas com a intenção de separá-los oportunamente e convertê-los em móveis. (Ex: árvores de corte) Fungíveis x Infungíveis: OBS: a fungibilidade em regra alcança somente os bens móveis, no entanto há casos que alcanças os imóveis também. Bens fungíveis: são os móveis que podem ser substituídos por outro de mesma espécie, qualidade e quantidade. A fungibilidade é o resultado da comparação de duas coisas, que se consideram equivalente. (Ex: Um carro popular equivale a R$ 38 mil reais) Bens infungíveis: são os móveis que não podem ser substituídos por outro de nenhuma forma. (Ex: uma pintura famosa pelo fato de ela ser única) OBS: a fungibilidade pode variar pela vontade das partes. (Ex: uma moeda é um bem fungível. Determinada moeda, porém, pode ser um bem infungível para um colecionador) Consumíveis X Inconsumíveis: Bens consumíveis: são bens móveis cujo uso importa na destruição imediata da própria coisa (consumíveis de fato), bem como aqueles destinados a alienação (consumíveis de direito); Bens inconsumíveis: são os bens que proporcionam várias utilizações, sem sua destruição imediata (consumível de fato), bem como aqueles que são inalienáveis (consumível de direito); OBS: Em sentido jurídico, bem consumível é aquele que desaparece com o primeiro uso; diferente dos bens inconsumíveis que necessitam de bastante uso e tempo para acabarem. Consumíveis de fato – são os que podem ser destruídos de forma imediata. (Ex: alimentos); Consumíveis de direito – são destinados à alienação. (Ex: mercadorias); OBS: dependendo do caso concreto os bens podem ser consumíveis ou inconsumíveis. (Ex: os livros na estante de uma livraria são consumíveis, pois se destinam a alienação. Já os livros na estante de uma biblioteca são inconsumíveis) Divisíveis X Indivisíveis: Bens divisíveis: são os bens que podem ser fracionados sem alterar sua substância, sem diminuir consideravelmente seu valor ou que dê algum prejuízo ao uso que se destinam – Art. 87 do CC. Ex: uma saca de cereais é um bem divisível. Um relógio é um bem indivisível. OBS: existem hipóteses que um bem que é divisível pode se tornar indivisível, por vontade das partes ou por imposição legal. Bens indivisíveis: são os bens que não podem ser fatiados, pois deixariam de se tornar um todo perfeito, gerando assim uma desvalorizaçãodo bem. A indivisibilidade pode ocorrer pela natureza do bem (natural), por imposição legal (legal) ou pela vontade das partes (convencional). Singulares X Coletivos: Bens singulares: são singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independente dos demais – Art. 89 do CC; Bens coletivos: são os que, sendo compostos de várias coisas singulares, se consideram em conjunto, formando um todo, uma unidade que passa a ter individualidade própria e distinta da dos seus objetos componentes. (Ex: rebanho, floresta) Dos bens reciprocamente considerados: Após visualizar os bens de forma individual, o legislador no Cap. II concerne às diferentes classes de bens, e os considera reciprocamente, levando em consideração a relação entre uns e outros. Classificando assim os bens entre principais e acessórios. Principais X Acessórios: Bens principais: é o bem que tem existência própria, autônoma, que existe por si só de forma abstrata ou concretamente. Bens acessórios: é aquele cuja existência depende do principal. Ex: O solo é considerado um bem principal. A árvore plantada nesse solo é bem acessório pois depende dele para existir. Classes de bens acessórios: os bens acessórios, ainda que separados do bem principal, podem ser objetos de negócio jurídico. Produtos: são as utilidades que se retiram do bem principal diminuindo-lhe a quantidade, pois não se reproduzem periodicamente. (Ex: pedras, metais preciosos, petróleo) Frutos:
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