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Escoamentos Livres - Aula 1 Engenharia Civil Hidráulica e Hidrologia Aplicada Profa Olga Caminha Agosto, 2017 1. Introdução ao estudo de canais O escoamento livre, ou escoamento em canais abertos, é caracterizado pela presença de uma superfície em contato com a atmosfera, logo está sujeito à pressão atmosférica em pelo menos em um ponto da sua seção do escoamento. Em a, b e c: escoamento livre Em d: escoamento sobre pressão (conduto forçado). 1. Introdução ao estudo de canais • Canais Naturais A superfície livre pode variar no espaço e no tempo. Assim, os parâmetros hidráulicos (profundidade, largura, declividade, etc.) também podem variar. Ex: Córregos, rios, correntes. • Canais Artificiais Os parâmetros do canal são controlados, e não necessariamente variam no espaço e no tempo, Ex: canais de irrigação, galerias, aquedutos. Prismático: seção reta e declividade de fundo constantes ao longo de seu comprimento. 1. Introdução ao estudo de canais 1.1 Tipos de escoamentos Em escoamentos com superfície livre, o nível d‘água pode variar no tempo e no espaco. Além disso, grandezas como profundidade, vazão, velocidade e declividade do fundo do canal estão interligadas, fazendo com que a análise seja mais complexa do que a empregada em escoamento em condutos forcados (Chow, 1973). 1. Introdução ao estudo de canais • Escoamento Permanente Escoamento permanente é aquele no qual as características do escoamento, tais como, vazão, velocidade e profundidade, não variam ao longo do tempo numa dada seção ou num dado local do domínio. O critério de classificação, nesse caso, é o tempo. Uniforme Um escoamento é dito permanente e uniforme quando suas características se mantém constantes, tanto no tempo quanto no espaço. Canal prismático Variado Um escoamento é dito permanente e variado quando, em qualquer lugar do domínio, as características do escoamento não mudam ao longo do tempo, porém são diferentes de local para local. 1. Introdução ao estudo de canais Tipos de escoamentos permanentes. 1. Introdução ao estudo de canais 1.2 Classificação do escoamento Baseada em números adimensionais Número de Reynolds: 𝑹𝒆 = 𝑽𝑳 ʋ Re < 500 - Escoamento Laminar Re > 2000 - Escoamento Turbulento 𝑅𝑒 = 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝐼𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑉𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑎𝑠 = *L: Dimensão Geométrica 1. Introdução ao estudo de canais 1.2 Classificação do escoamento Baseada em números adimensionais Número de Froude: 𝐹𝑟 = 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝐼𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝐺𝑟𝑎𝑣𝑖𝑡𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 𝑭𝒓 = 𝑽 𝒈𝑳 Fr < 1 - Escoamento Subcrítico (FLUVIAL) Fr = 1 - Escoamento Crítico Fr > 1 - Escoamento Supercrítico (TORRENCIAL) 𝐹𝑟 = *L: Dimensão Geométrica 1. Introdução ao estudo de canais 1.3 Características Geométricas dos Canais Área molhada (Am): área efetiva de escoamento, normal à direção do escoamento. Perímetro molhado (Pm): comprimento da linha de contorno da área molhada, excluindo-se a superfície livre. Raio Hidráulico (Rh): É a razão entre a área molhada e o perímetro molhado. Rh= Am/Pm Largura superficial (T): Largura da superfície líquida em contato com a atmosfera. Função da geometria da seção. Profundidade hidráulica (yh): Razão entre a área molhada (A) e a largura superficial (B). Yh=Am/T 1.3 Características Geométricas dos Canais Determine as propriedades geométricas do canal retangular representado: Am= 40 m² Pm = 18 m Rh = 40 m²/18 m = 2,22 m T = 10 m Yh = 40 m²/10 m = 4 m Exemplificação Retângulo no Quadro 1. Introdução ao estudo de canais Exemplificação Trapézio 1. Introdução ao estudo de canais 1.4 Distribuição de Velocidades As velocidades das várias partículas em um canal não estão uniformemente distribuídas na seção reta do mesmo. As velocidades variam acentuadamente de um ponto a outro. A desuniformidade dos perfis de velocidade nos canais depende da forma geométrica da seção e é devida à resistência oferecida pelo fundo e pelas paredes do canal (tensões cisalhantes) e à presença da superfície livre devido aos ventos. 1.4 Distribuição de Velocidades V máxima 1.4 Distribuição de Velocidades 1.4 Distribuição de Velocidades Curvas isotáquicas em um canal aberto. 1.4 Distribuição de Velocidades Canais Artificiais 1.4 Distribuição de Velocidades Canais Naturais
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