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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4º VARA CRIMINAL DA CAPITAL DO ESTADO/ UF Processo nº ALBERTO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade nº, inscrito no cadastro de pessoas físicas sob o n°, custodiado nas dependências, vem na presença de Vossa Excelência, através do seu advogado infra-assinado, na forma do art. 5, LXVI da Constituição Federal e art.310, III, do Código de Processo Penal, oferecer o presente pedido de LIBERDADE PROVISÓRIA MEDIANTE FIANÇA Com base nos fatos e fundamentos ora expostos: DOS FATOS O requerente foi preso em flagrante pela suposta prática do crime previsto no art.155, § 4, IV, pois teria subtraído um veículo da marca Fiat, tipo uno, que estava estacionado regulamente em rua pública. Destaca-se que a autoridade policial indeferiu o pedido de fiança determinando o recolhimento do indiciado. DO DIREITO Do arbitramento de fiança O requerente está sendo acusado de praticar o crime previsto no art 155, §4 é de reclusão de dois a oito anos e multa. Portanto de acordo com art 323 e 324 do CPP. Para a doutrina crime inafiançável aquele em que não se cogita o pagamento de fiança e consequente liberdade provisória do envolvido em delito. Como consequência, o acusado por crime inafiançável deve necessariamente ficar preso durante toda a instrução processual, sendo eles os previsto no art 5º, XLII a XLIV da CF, assim o crime praticado pelo indiciado é afiançável. Da ausência dos pressupostos da prisão preventiva Não há indícios do periculum libertatis tem como fundamento que a prisão preventiva, que pode decorrer em razão do risco para a ordem pública, para a ordem econômica, para a aplicação da lei penal ou para a conveniência da instrução criminal. Ou seja, não estão presentes os requisitos do art 312 do CPP, sendo eles b.1 – Garantia da ordem pública: o crime não gera repercussão social, além disso, o requerente é primário de bons antecedentes; b.2 – Garantia da ordem econômica: o crime em esse praticado não afeta a economia popular; b.3 – Conveniência da instrução criminal: não há provas ou elementos que indique que o solicitante esteja prejudicando a produção de provas; b.4 – Aplicação da lei penal: não indícios que o postulante irá se esvair do local, uma vez que Possi residência fixa na capital, podendo ser encontrado. Da ausência de violência Para o TJ-RJ, a infração praticada não tem violência ou grave ameaça, logo a prisão se torna desnecessária. Art. 155: subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. TJ-RJ - APELACAO APL 00077161220108190006 RJ 0007716-12.2010.8.19.0006 (TJ-RJ) Do princípio da homogeneidade da pena A prisão cautelar deve ser proporcional a um eventual resultado condenatório. Considerando que sofrerá a pena mínima sendo condenado a dois anos, tendo direito a substituição da pena privativa de liberdade de acordo com art. 44 do Código Penal, a prisão é desnecessária. Segundo Pedro Coelho, pelo princípio da homogeneidade, o Juiz não pode impor ao acusado um encarceramento mais intenso (e grave) do que aquele que lhe seria aplicado em caso de real condenação, sob pena de tornar o processo penal mais punitivo do que a própria sanção penal. A violação ao referido postulado reflete uma (cada vez mais frequente) inversão prática da lógica do in dubio pro reo e da excepcionalidade das medidas cautelares encarceradoras (a partir do binômio necessidade adequação). DO PEDIDO Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: a) o arbitramento da fiança com base no art. 323 e 324 do CPP b) recolhida a fiança, que seja concedida a liberdade provisória na forma do art 310, III do CPP e posterior expedição do alvará de soltura. Nestes termos, Pede deferimento. Local e Data Advogado OAB/ UF
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