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AULA 3 – ORDEMANETO JURÍDICO: CONJUNTO FR NORMAS JURÍDICAS VIGNTES NUMA DETERMINADA COMUNIDADE POLÍTICA. 
Obs.: as normas jurídicas nunca existem isoladamente na realidade, mas sempre em um contexto, sempre relacionadas entre si. 
A CONSTITUIÇÃO É UMA FORMA PRIMÁRIA SOB O PONTO DE VISTA GENÉTICO-FUNCIONAL PORQUE REGULA OS PROCESSOS ATRAVÉS DOS QUAIS AS NORMAS DO SISTEMA JURÍDICO PODEM SER CRIADAS E MODIFICADAS. 
A SUPERIORIDADE RELATIVA ÁS OUTRAS NORMAS IMPLICA NA RELAÇÃO AXIOLOGICA ENTRE A CONSTITUIÇÃO R ESSAS NORMAS PRECISAMENTE. PORQUE A SUA PRIMARIEDADE POSTULA MAIOR FORÇA NORMATIVA. 
O ORDENAMENTO JURÍDICO PRETENDE, POR DEFINIÇÃO, EM CERTO GRAU DE COERÊNCIA, ISTO É: NÃO É DESEJÁVEL QUE NORMAS INCOMPATÍVEIS ENTRE SI POSSAM SE AFIRMAR COMO SIMULTANEAMENTE VÁLIDAS. 
A EXISTÊNCIA, EM UM MESMO ORDENAMENTO JURÍDICO, DE NORMAS INCOMPATÍVEIS ENTRE SI DÁ LUGAR AO FENÔMENO CHAMADO ANTINOMIA. 
UMA DAS ESPÉCIES DE ANTINOMIA MAIS CONHECIDAS É A INCOSNTITUCIONALIDADE, A INCOMPATIBILIDADE ENTRE UMA NORMA CONSTITUCIONAL E UMA NORMA INFRACONSTITUCIONAL.
NORNALMENTE SÃO 3 OS CRITÉRIOS DE SOLUÇÃO PARA ANTINOMIAS:
CRITÉRIO CRONOLÓGIO (LEX POSTERIOR) É AQUELE COM BASE NO QUAL, ENTRE DUAS NORMAS INCOMPATÍVEIS, PREVALECE A NORMA POSTERIOR. 
 O CRITÉIO HIERÁRQUICO (LEX SUPERIOR) É AQUELE PELO QUAL, ENTRE DUAS NORMAS INCOMPATÍVEIS PREVLAECE A HIERARQUICAMENTE SUPERIOR.
O CRITÉRIO DA ESPECIALIDADE (LEX SPECIALIS) É AQUELE PELO QUAL, DUAS NORMAS INCOMPATÍVEIS UMA GERAL E UMA ESPECIAL (OU EXCEPCIONAL) PREVALECE A SEGUNDA. 
QUANDO FALAMOS EM LEI EM SENTIDO FORMAL, GERALMENTE QUEREMOS NOS REFERIR AO ATO NORMATIVO APROVADO PELO PODER LEGISLATIVO E SANCIONADO PELO PRESIDENTE, GOVERNADOR OU PREFEITO, CONFORME A ENTIDADE FEDERATIVA, ISTO É, A EXPRESSÃO “SENTIDO FORMAL” SIGNIFICA, TÃO-SOMENTE, EXPLICITAR QUE ANORMA REVESTE-SE DA FORMA DE LEI, LEVANDO, INCLUSIVE O NOME “LEI” (ORDINÁRIA OU COMPLEMENTAR) 
 
LEI EM SENTIDO MATERIAL, POR SUA VEZ, É A NORMA GERAL, ABSTRATA, OBRIGATÓRIA E QUE INOVA O ORDENAMENTO JURÍDICO, FUNDANDO SUA VALIDADE DIRETAMENTE NA CONSTITUIÇÃO. A LEI EM SENTIDO MATERIAL PODE REVESTIR-SE DA FORMA DE LEI, MAS TAMBÉM PODE SER VEICULADA POR ATOS NORMATIVOS DIVERSOS DA LEI( EM SENTIDO FORMAL). É O CASO, POR EXEMPLO, DOS DECRETOS LEGISLATIVOS QUE APROVAM TRATADOS INTERNACIONAIS, CRIANDO, MODIFICANDO OU EXTINGUINDO NOVOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES NA ORDEM JURÍDICA. TAMBÉM É COMUM OUVIR A EXPRESSÃO “LEI FORMAL” COMO CONTRAPOSIÇÃO À “LEI MATERIAL”, ISTO É, COMO AQUELA LEI QUE, APESAR DE REVESTIR-SE DA FORMA DE LEI, NÃO É LEI EM SENTIDO MATERIAL, ISTO É NÃO ATENDE ÀS CARACTERISTICAS ACIMA ENUMERADAS (NORMA JURIDICA DOTADA DE GENERALIDADE, ABSTRAÇÃO, OBRIGATORIEDADE E QUE INOVA O ORDENAMENTO JURÍDICO)
POTENCIALMENTE, TODAS AS ESPÉCIES NORMATIVAS PREVISTAS NO ARTIGO 59, II A VII DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PODEM SER LEI EM SENTIDO MATERIAL. 
( PARA COMPREENDER A RELEVÂNCIA DA DISTINÇÃO, VALE A PENA DISCUTIR COM A TURMA: QUESTÃO DE ORDEM 536, DE 2005 – SOBRE SOBRESTAMENTO DA PAUTA POR MEDIDA PROVISÓRIA. A DECISÃO FUNDA-SE EXATAMENTE NA DIFERENÇA ENTRE LEI EM SENTIDO FORMAL E LEI EM SENTIDO MATERIAL) 
LEIS ORDINÁRIAS E LEIS COMPLEMENTARES 
AS LEIS ORDINÁRIAS E COMPLEEMNTARES SÃO ESPÉCIES NORMATIVAS DESTINADAS A VEICULAR COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO, SEJA TAL COMPETÊNCIA PRIVATIVA (QUANDO CABE APENAS À UNIÃO REGULAR A MATÉRIA) OU CONCORRENTE (QUANDO A UNIÃO EXPEDIRÁ APENAS SOBRE NORMAS GERAIS SOBRE A MATÉRIA REGULADA, HAVENDO SUPLEMENTAÇÃO POR PARTE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL, DISTRITAL E MUNICIPAL). ESTE PONTO SERÁ OBJETO DE ANÁLISE MAIS APROFUNDADA NA AULA SOBRE O MODELO FEDERAL BRASILEIRO. 
NO MODELO CONSTITUCIONAL VIGENTE, POSSUEM PODER DE INICIATIVA PARA DEFLAGRAR O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DAS LEIS; 
QUALQUER MEMBRO OU COMISSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DO SENADO FEDERAL OU DO CONGRESSO NACIONAL;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA;
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL; 
 OS TRIBUNAIS SUPERIORES; 
O PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
OS CIDADÃOS POR MEIO DA CHAMA INICIATIVA POPULAR
AS LEIS ORDINÁRIAS SÃO APROVADAS POR MAIORIA SIMPLES, AO PASSO QUE AS LEIS COMPLEMENTARES SÃO APROVADAS POR MAIORIA ABSOLUTA. NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, OS PROJETOS DE LEI COMPLEMENTAR DEVEM SER APROVADOS EM DOIS TURNOS DE DISCUSSÃO E VOTAÇÃO, SEGUNDO INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 148 DO REGIEMNTO INTERNO. DECIDIU-SE, AINDA, QUE O PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR EM REGIME DE URGÊNCIA “URGENTÍSSIMA” SERIA SUBMETIDO A APENAS UM TURNO DE DISCUSSÃO E VOTAÇÃO (CF. QUESTÃO DE ORDEM 10.434, DE 1993) 
NO SENADO FEDERAL, A VOTAÇÃO OCORRE EM UM SÓ TURNO. APROVADO PELO CONGRESSO NACIONAL, O PROJETO DE LEI ORDINÁRIA OU COMPLEMENTAR SEGUE PARA SANÇÃO OU VETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. UMA VEZ SANCIONADO, É PROMULGADO E PUBLICADO. SE VETAD, AS PARTES VETADAS OU A INTEGRA DO PROJETO ( CONFORME SE TRATAR DE VOTO PARCIAL OU TOTAL) RETORNARÁ AO CONGRESSO PARA APRECIAÇÃO. O CONGRESSO SÓ PODE DERRUBAR O VETO PRESIDENCIAL PELO VOTO DA MAIORIA ABSOLUTA DOS MEMEBROS DA CÂMARA E DO SENADO, EM VOTAÇÃO SCRETA. OS DIPOSITIVOS OBJETOS DE VETO DERRUBADO PE CONGRESSO SÃO, ENTÃO, PROMULGADOS. 
ENTRE AS LEIS COMPLEMENTARES E AS LEIS ORDINÁRIAS NÃO HÁ HIERARQUIA, COMO REITERADAMENTE DECIDIDO PELO SUPREMO TRIBUNA FEDERAL: “O CONFLITO ENTRE LEI COMPLEMENTA E LEI ORDINÁRIA NÃO HÁ DE SOLVER-SE PELO PRINCÍPIO DA HIERARQUIA, MAS SIM EM FUNÇÃO DE A MATÉRIA ESTAR OU NÃO RESERVADA AO PROCESSO DE LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR. ISTO É, LEIS ORDINÁRIAS E LEIS COMPLEMENTARES POSSUEM UM ÂMBITO DE REGULAÇÃO DIVERSO – REGULAMENTAM MATÉIRAS DIFERENTES. O TEXTO CONSTITUCIONAL IDENTIFICA EXPRESSAMENTE QUAIS MATÉRIAS ESTÃO SUBMETIDAS À RESERVA DE EI COMPLEMENTAR. 
MEDIDA PROVISÓRIA E LEI DELEGADA
A LEI DELEGADA É UMA ESPÉCIE NORMATIVA POUCO UTILIZAA. APENAS DUAS LEIS DELEGADAS FORAM EDITADAS NA VIGÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 ( LEI DELEGADA Nº 12 E A LEI DELEGADA Nº 13, AMBAS DE 1992). DE ACORDO COM O ARTIGO 68 DA CONSTITIÇÃO FEDERAL, O CONGRESSO PODE DELEGAR AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, POR MEIO DE RESOLUÇÃO, PODERES PARA EDITAR UMA LEI. A RESOLUÇÃO DETERMINA OS TERMOS DA DELEGAÇÃO E, AINDA, SE O PROJETO PREPARADO PELO PRESIDENTE SERÁ OU NÃO SUBMETIDO À APRECIAÇÃO DO CONGRESSO ANTES DE SUA PROMULGAÇÃO. EM CASO AFIRMATIVO, ELE SERÁ VOTADO EM UM ÚNICO TURNO, EXIGIDA MAIORIA SIMPLES PARA SUA APROVAÇÃO E VEDADA QUALQUER EMENDA. È IMPORTANTE DESTACAR QUE NEM TODA MATÉRIA PODE SER OBJETO DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA: HÁ, ENTRE OUTRAS, RESTRIÇÕES À DELEGAÇÃO DE MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA E RELACIONADA A DIREITOS INDIVIDUAIS, POLÍTICOS E ELEITORIAIS. 
A MEDIDA PROVISÓRIA, POR SEU TURNO, É MUITO MAIS UTILIZADA, A DESPEITO DE SUA EDIÇÃO ESTAR CONDICIONADA A MATÉRIAS URGENTES E RELEVANTES. A MEDIDA PROVISÓRIA TEM FORÇA DE LEI E JÁ VALE NESSA CONDIÇÃO A PARTIR DO MOMENTO DE SUA EDIÇÃO. COMO NO CASO DAS LEIS DELEGADAS, TAMBÉM AS MEDIDAS PROVISÓRIAS ESTÃO PROIBIDAS DE VERSAR SOBRE DETERMINADAS MATERIAS. AS MP´s TÊM PRAZO DE VIGÊNCIA DE 60 DIAS RENOVÁVEIS (AUTOMATICAMENTE) POR MAIS DE 60. AS MEDIDAS PROVISÓRIAS COMEÇAM A TRAMITAR SEMPRE PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DEVEM SER APRECIADAS PELAS DUAS CASAS DO CONGRESSO. O SENADO, PORTANTO, ATUA SEMPRE COMO CASA REVISORA. TANTO A CÂMARA QUANTO O SENADO, ANTES DE APRECIAR O MÉRITO DA MP, DEVEM JULGAR SE ESTÃO OU NÃO PRESENTES OS REQUISITOS CONSTITUCIONAIS (URGÊNCIA E RELEVÂNCIA). 
QUANDO UMA MEDIDA PROVISÓRIA É REJEITADA OU PERDE A EFICÁCIA (INCLUA-SE AQUI A HIPÓTESE DE APROVAÇÃO DA MP NA FORMA DE UM PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO, ISTO É, COM ALTERAÇÕES EM RELAÇÃO ÀS REGRAS ESTABELECIDAS PELO SEU TEXTO ORIGINAL) AS RELAÇÕES JURÍDICAS DECORRENTES DA VIGÊNCIA DA MP PODEM SER REGULADAS POR MEIO DE DECRETO LEGISLATIVO. ESTE DECRETO DEVE SER APROVADO EM ATÉ 60 DIAS A CONTAR DA PERDA DE EFICÁCIA OU REJEIÇÃO DA MP, SOB PENA DE AS RELAÇÕES CONSTITUÍDAS PERMANECEREM REGIDAS PELA PRÓPRIA MEDIDA PROVISÓRIA. 
É INTERESSANTE NOTAR QUE, SE A MEDIDAPROVISÓRIA NÃO FOR APRECIADA ATÉ 45 DIAS APÓS SUA PUBLICAÇÃO, ELA PASSA A SOBRESTAR A PAUTA DA CASA EM QUE SE ENCONTRAR. EM OUTRAS PALAVRAS, NENHUMA OUTRA PROPOSIÇÃO PODE SER VOTADA ATÉ QUE SE CONCLUA A APRECIAÇÃO DA MP. 
DECRETO LEGISLATIVO, RESOLUÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DO SENADO FEDERAL E DO CONGRESSO NACIONAL 
NO REGIME CONSTITUCIONAL VIGENTE, O DECRETO LEGISLATIVO É UTILIZADO É UTILIZADO PARA VEICULAR AS MATÉRIAS LISTADAS NO ARTIGO 49 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ISTO É, AS MATÉRIAS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO CONGRESSO NACIONAL. AS HIPÓTESES MAIS COMUNS DE EDIÇÃO DE DECRETO LEGISLATIVO É A APROVAÇÃO DE TRATADOS INTERNACINAIS, A CONCESSÃO E RENOVAÇÃO DE CONCESSÃO DE EMISSORAS DE RÁDIO E TV , A REGULAMENTAÇÃO DE RELAÇÕES JURÍDICAS DECORRENTES DA VIGÊNCIA DE MEDIDA PROVISÓRIA REJEITADA OU QUE TENHA PERDIDO A EFICÁCIA (ART. 62, ϛ 3º) E A SUSTAÇÃO DE ATOS NORMATIVOS DO PODER EXECUTIVO QUE EXORBITEM A COMPETÊNCIA REGULAMENTAR. 
AS RESOLUÇÕES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL, POR SUA VEZ, DESTINAM-SE A TRATAR AS MATÉRIAS DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA DE CADA UMA DESSAS CASAS, LISTADAS, RESPECTIVAMENTE, NOS ARTIGOS 51 E 52 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NO CASO DA CÃMARA E DO SENADO, OS REGIMENTOS INTERNOS SÃO RESOLUÇÕES. AS RESOLUÇÕES DO SENADO DESTINAM-SE AINDA A MÚLTIPLAS FUNÇÕES LIGADAS À MANUTENÇÃO DO EQUILIBRIO FEDERATIVO, COMO, POR EXEMPLO, A DELIMITAÇÃO DE ALÍQUOTAS MINIMAS E MÁXIMAS NAS OPERAÇÕES INTERNAS DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS 9ART. 155, ϛ 20, V DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL). 
AS RESOLUÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL VEICULAM, ALÉM DA DELEGAÇÃO LEGISLATIVA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (NECESSÁRIA À EDIÇÃO DE LEIS DELEGADAS) O REGIMENTO COMUM DO CONGRESSO NACIONAL. 
A REGULAMENTAÇÃO DO PROCESSO LEGISLATIVO NO ÂMBITO DO CONGRESSO É REGRADA POR MEIO DESSE TIPO DE RESOLUÇÃO. 
Axiologia: estudo ou teria de alguma espécie de valor, particulamente dos valores morais
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