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Doenças da Polpa e do Periápice A resposta inicial da polpa dentária à lesão não é diferente significativamente das observadas em outros tecidos. Entre- tanto, o resultado final pode ser diferente devido à rigidez das paredes dentinárias da câmara pulpar Em lesões cario- sas, quando bactérias atingem a dentina terciária, então a barreira de defesa foi atravessada, causando um grau de pulpite severa e uma chance mínima de recuperação da polpa. Quatro tipos principais de estímulos nocivos são causas frequentes da inflamação pulpar: Dano mecânico. Lesão térmica. Irritação química Efeitos bacterianos. A pulpite pode ser classificada como: Aguda ou crônica/ Localizada ou generalizada/ Infectada ou estéril. Com frequência, a invasão bacteriana é o limite entre a pulpite reversível e a irreversível. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS PULPITE REVERSÍVEL Quando expostos a temperaturas extremas, os dentes com pulpite reversível apresentam dor súbita de intensidade leve a moderada (pulpalgia) de curta duração. Ainda que o calor possa desencadear a dor, o dente afetado apresenta uma resposta maior aos estímulos frios (p. ex., gelo, bebidas e ar frio). A dor não ocorre na ausência de estímulos e regride dentro de alguns segundos após a remoção dos mesmos. 2 - PULPITE IRREVERSÍVEL Os pacientes com pulpite irreversível nos estágios ini- ciais em geral apresentam uma dor aguda e acentuada ao estímulo térmico e a dor continua após o estímulo ter sido removido. O frio é especialmente desagradável, ainda que o calor ou o doce, além dos alimentos ácidos, também possam provocar dor. Além disso, a dor pode ser espontâ- nea ou contínua e pode ser exacerbada quando o indiví- duo se deita. o paciente pode tornar-se incapaz de identificar o dente acometido no quadrante em questão. Nos estágios avançados da pulpite irreversível, a dor aumenta em intensidade, sendo relatada como uma pressão pulsátil, que pode deixar os pacientes acordados durante a noite. Neste momento, o calor aumenta a dor; entretanto, o frio promove o seu alívio. 3-PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA Esta condição ocorre em crianças e adultos jovens que apresentam grande expo- sição da polpa, nas quais muitas vezes toda a dentina do teto da câmara pulpar está ausente A irritação mecânica e a invasão bacteriana resultam em um grau de inflamação crônico, que produz um tecido de granulação hiperplásico, o qual extrui da câmara pulpar. O ápice pode estar aberto, reduzindo a chance de necrose pulpar secundária à compressão venosa. Dente assintomático. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Nos pacientes com pulpite reversível, a polpa geralmente demonstra hiperemia, edema e algumas células inflamató- rias subjacentes à região dos túbulos dentinários afetados (Fig. 3-4). Pode ser observada dentina terciária na parede dentinária adjacente e, ocasionalmente, são encontradas células inflamatórias agudas dispersas. A pulpite irreversível muitas vezes demonstra conges- tão das vênulas, o que resulta em necrose focal. Essa zona necrótica contém leucócitos polimorfonucleares e histi- ócitos. O tecido pulpar circundante geralmente exibe fibrose e um infiltrado misto de plasmócitos, linfóci- tos e histiócitos A pulpite crônica hiperplásica apresenta um capuz de tecido de granulação inflamado subagudo, que preenche completamente o espaço que a câmara pulpar ocupava, e histopatologicamente se assemelha ao granuloma piogênico TRATAMENTO E PROGNÓSTICO A pulpite reversível é tratada pela remoção do irritante local. (associação de analgesicos) As pulpites irreversíveis e crônicas hiperplásicas são tra- tadas pela extração do dente ou por tratamento endodôntico.
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