Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
27/03/2017 1 Selante de fóssulas e fissuras INTRODUÇÃO Altos índices de doença cárie em populações: pesquisas em Odontologia buscam meios de prevenção e tratamento precoce. Representam facilidade de execução, redução de custos, benefícios a longo prazo para o paciente. INTRODUÇÃO Fóssulas e fissuras ou superfície oclusal: → localização de maior prevalência de cárie; → Achava-se que 99% destas superfícies iriam cariar; → Black, em 1906 propõe a extensão preventiva; → Década de 20 e 30: odontomia profilática; → Selante indiscriminado. INTRODUÇÃO Nos dias de hoje, 80% das lesões de cárie são em superfícies oclusais. prevalência de superfícies oclusais cariadas diminuiu de 55% para 15% em 20 anos. neste período, 2os molares cariados ou obturados passou de 68% para 25%. à proporção que diminui a incidência de cárie oclusal em dentes não selados, diminui a efetividade do benefício obtido com o selante. INTRODUÇÃO A luta para combater a cárie de sulcos e fissuras vem de longa data: → erradicação mecânica da fissura (Bodecker, 1923) → odontomia profilática (Hyatt, 1929) → tratamento químico com nitrato de prata (Kline e Knutson, 1942) → bloqueamento com cimento de fosfato de zinco (Wilson, 1985). PRIMEIRO SELAMENTO DE FÓSSULAS E FISSURAS INTRODUÇÃO Com a redução dos índices de cárie em diversos países, principalmente aqueles pesquisadores de selantes, os conceitos sobre a cárie de sulcos e fissuras sofreram uma drástica alteração. Consequentemente, as indicações para o uso do selante também se modificou. INDICAÇÕES PARA O SELANTE O selamento oclusal é a tentativa de impedir a retenção de restos de alimentos, colônias bacterianas e outros resíduos nas áreas de sulcos e fissuras hígidas ou com lesões de cárie ativas em esmalte. SULCOS E FISSURAS: Regiões susceptíveis: local que primeiro aparecem e de maior prevalência de lesões. 80% do total de lesões em dentes permanentes jovens são nessas superfícies (Brown e cols, 1996). Acreditava-se que todas essas superfícies iriam cariar. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 2 3 4 5 6 7 8 9 27/03/2017 2 também se modificou. INDICAÇÕES PARA O SELANTE O selamento oclusal é a tentativa de impedir a retenção de restos de alimentos, colônias bacterianas e outros resíduos nas áreas de sulcos e fissuras hígidas ou com lesões de cárie ativas em esmalte. SULCOS E FISSURAS: Regiões susceptíveis: local que primeiro aparecem e de maior prevalência de lesões. 80% do total de lesões em dentes permanentes jovens são nessas superfícies (Brown e cols, 1996). Acreditava-se que todas essas superfícies iriam cariar. PRIMEIRO MOLAR PERMANENTE dente quando está em erupção apresenta esmalte imaturo. acúmulo e placa bacteriana pela falta de oclusão. recobrimento parcial com capuz gengival. PRIMEIRO MOLAR PERMANENTE A função mastigatória normal, acesso mais fácil à escovação, acarretam a paralização de lesões iniciadas durante a erupção dos dentes. Sendo assim, o período eruptivo é o mais crítico ao aparecimento de lesões. PRIMEIRO MOLAR PERMANENTE Há evidências de que a aplicação de selantes em lesões de cárie iniciais ou de tamanho moderado reduz drasticamente a quantidade de bactérias viáveis, permitindo que ela não progrida. O selante, no entanto, é parte do tratamento total do paciente baseado no controle dos fatores etiológicos da doença. INDICAÇÕES PARA OS SELANTES INDICAÇÕES PARA OS SELANTES: Consultório particular: Avaliar a atividade do paciente. molares parcialmente erupcionados. paciente cárie ativo com lesão inicial ativa. paciente cárie inativo ou livre de cárie mesmo com lesão ativa em molar erupcionando, só recebe selante quando esta lesão evoluir (lesão oportunista). INDICAÇÕES PARA OS SELANTES: Consultório particular: paciente cárie ativo sem lesão ativa no dente erupcionando (?). paciente cárie inativo ou livre de cárie não recebe selante. INDICAÇÕES PARA OS SELANTES: Saúde pública: Avaliar a atividade do paciente. molares parcialmente erupcionados. paciente cárie ativo com lesão inicial ativa. paciente cárie inativo ou livre de cárie com lesão ativa em molar erupcionando pode 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 27/03/2017 3 paciente cárie ativo sem lesão ativa no dente erupcionando (?). paciente cárie inativo ou livre de cárie não recebe selante. INDICAÇÕES PARA OS SELANTES: Saúde pública: Avaliar a atividade do paciente. molares parcialmente erupcionados. paciente cárie ativo com lesão inicial ativa. paciente cárie inativo ou livre de cárie com lesão ativa em molar erupcionando pode receber selante. INDICAÇÕES PARA OS SELANTES: Saúde pública: paciente cárie ativo sem lesão ativa no dente erupcionando (?). paciente cárie inativo ou livre de cárie não recebe selante. Inúmeras publicações comprovam que uma lesão cariosa não progride se estiver recoberta por selante ou por restauração com margens seladas. Muitos profissionais têm relutado por aceitar esse fato, mesmo que comprovado a mais de 30 anos. AMELOPLASTIA / SELANTE INSAVIVO Com a aceitação do selante sobre lesão de cárie, está contra-indicado. A progressão da lesão de cárie pode ser controlada sem eliminação de tecido dentário. Pode causar dano ao esmalte normal, levando a maior susceptibilidade à cárie no futuro. SELAMENTO BIOLÓGICO / SULCO PIGMENTADO Descrição: Processo fisiológico de mineralização da base de sulcos e fossetas permeado pela presença de microrganismos indutores de calcificação. SELAMENTO BIOLÓGICO / SULCO PIGMENTADO Morfologia interna das fossetas – acúmulo de biofilme: Ekstrand & Bjorndal, 1997: morfologia influencia as condições de crescimento bacteriano. Carvalho et al, 1989: morfologia não influencia no início das lesões de cárie, mas sim o período de erupção. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 27/03/2017 4 Processo fisiológico de mineralização da base de sulcos e fossetas permeado pela presença de microrganismos indutores de calcificação. SELAMENTO BIOLÓGICO / SULCO PIGMENTADO Morfologia interna das fossetas – acúmulo de biofilme: Ekstrand & Bjorndal, 1997: morfologia influencia as condições de crescimento bacteriano. Carvalho et al, 1989: morfologia não influencia no início das lesões de cárie, mas sim o período de erupção. SELAMENTO BIOLÓGICO / SULCO PIGMENTADO As bactérias presentes são responsáveis pela alteração de meio e precipitam fosfato de cálcio, tendendo a obliterar o sistema de sulcos, formando uma massa mineralizada tornando, assim, essas áreas menos vulneráveis às lesões de cárie. SELAMENTO BIOLÓGICO / SULCO PIGMENTADO Aspecto clínico: Pigmentação escurecida (preto ou marrom) de sulcos e fossetas que ao exame tátil mostra-seuma estrutura endurecida, mineralizada e não-retentiva (diferenciar de mancha branca inativa). Ao exame radiográfico, geralmente não são encontradas alterações de radiolucidez sugestiva de lesão de cárie. POR QUE USAR O CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO? técnicas menos sensíveis em relação à umidade do que selantes resinosos convencionais ou resinas. dente parcialmente erupcionado apresenta dificuldade de isolamento e normalmente um “capuz” de gengiva sobre o dente. POR QUE USAR O CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO? Capacidade de se aderir quimicamente tanto ao esmalte quanto a dentina. libera flúor em baixas concentrações, mas com frequência constante. Contribui no controle da atividade em superfícies seladas e em áreas adjacentes. Recarga de flúor e reserva constante. Forma pó – líquido, em cápsulas ou frascos com dosadores próprios. Pó: vidro feito de vários minerais – óxido de silício, o óxido de alumínio e vidro de flúor. Líquido: ácidos orgânicos solúveis em água – ácido poliacrílico e seus co-polímeros. CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO RESINOSO MODIFICADO Libera e incorpora flúor. Biocompatibilidade. Adesividade. Fácil manipulação. Controle do tempo de presa. Melhor estética em relação aos convencionais. Condicionamento com ácido fosfórico. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 27 28 29 30 31 32 33 34 27/03/2017 5 flúor. Líquido: ácidos orgânicos solúveis em água – ácido poliacrílico e seus co-polímeros. CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO RESINOSO MODIFICADO Libera e incorpora flúor. Biocompatibilidade. Adesividade. Fácil manipulação. Controle do tempo de presa. Melhor estética em relação aos convencionais. Condicionamento com ácido fosfórico. Proporção 1:2. Descrição da técnica de selante DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 1- Seleção rigorosa de casos: avaliar a real necessidade do paciente, ou do dente em questão. Somente quando tiver lesão de cárie ativa ou com “risco” de existir, em dentes erupcionando ou sem contato com o antagonista. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA • 2- Profilaxia: taça de borracha e escova róbson / pedra-pomes ou pasta profilática. Limpar todas as faces. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA • 2- Isolamento relativo: realizado com roletes de algodão e sugador. Pode-se utilizar afastadores bucais do tipo spandex. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 3 – Condicionamento da superfície: colocação do ácido poliacrílico 11,5% por 15 segundos em marcas que não apresentarem o ácido na composição do líquido (Vidrion–R). • Lavar e secar. • Nas marcas em que o ácido poliacrílico faz parte da composição do líquido, utilizar o próprio antes da colocação do material (Ketac Molar). DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 4- Manipulação do material: os fabricantes em geral recomendam o uso de espátula de plástico (o vidro abrasiona o metal e altera a cor do material) e bloco de papel impermeável para aglutinação do material. Aconselha-se respeitar a proporção pó/líquido de 1:1 para que as propriedades de resistência não se alterem. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 5 - Inserção do material: após a secagem do dente, leva-se o material com o explorador, ou espátula de inserção, e distribui-se pela fossas e fissuras. Nesta etapa, o material deve estar brilhante para o escoamento necessário à adaptação e consequente adesão. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 6 – Pressão digital: Após a colocação do material, passa-se um pouco de vaselina no dedo com luva, e pressiona-se por 2 minutos. Diminui a formação de bolhas, melhora a penetração e retenção do material. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 34 35 36 37 38 39 40 41 42 27/03/2017 6 DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 5 - Inserção do material: após a secagem do dente, leva-se o material com o explorador, ou espátula de inserção, e distribui-se pela fossas e fissuras. Nesta etapa, o material deve estar brilhante para o escoamento necessário à adaptação e consequente adesão. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 6 – Pressão digital: Após a colocação do material, passa-se um pouco de vaselina no dedo com luva, e pressiona-se por 2 minutos. Diminui a formação de bolhas, melhora a penetração e retenção do material. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 7 – Proteção superficial: verniz, adesivo ou camada grossa de vaselina. 8 – Checagem da oclusão: usa-se tiras de carbono. Normalmente não são necessários ajustes. 9 - Orientações ao paciente: uma hora sem comer e evitar mastigar como dente selado nas primeiras horas. ACOMPANHAMENTO E MANUTENÇÃO DOS SELANTES: Falhas de 5 a 10% em média por ano. necessidade de exames periódicos. Caso não haja acompanhamento, restaurações necessárias em dentes selados igual a em dentes não selados em três anos (Dennison, 2000). ACOMPANHAMENTO E MANUTENÇÃO DOS SELANTES Frencken et al, 1998: acompanhamento de três anos de selantes de ionômero de vidro: apenas 30,5% dos selantes haviam sido perdidos. Lovadino et al , 1994: após 12 meses constataram 80% de dentes selados com retenção total do ionômero e desgaste do material sem arestas. REFERÊNCIA 1) Livro: Cimentos de ionômero de vidro – Aplicação clínicas em odontologia / Maria Fidela de Lima Navarro, Renata Corrêa Pascotto. – SP (Capítulo 3, página 41) 2) Livro: Odontologia em saúde coletiva – Planejando ações e promovendo saúde coletiva / Antônio Carlos Pereira – RS ( Capítulo 16) 3) Odontopediatira – Fundamentos para a prática clínica / Orlando Ayrton de Toledo (Capítulo 9) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 41 42 43 44 45 46 47
Compartilhar