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Processo Saúde Doença

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HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
Profa.Ângela Carvalho
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História Natural da Doença
	
 É o nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo:
 “as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo processo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar; passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte”
(Leavell & Clark, 1976) 
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 O que significa saúde?
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CONCEITOS DE SAÚDE E DE DOENÇA
SAÚDE – “Ausência de doença e a doença falta ou perturbação da Saúde”.
OMS – “Saúde é um completo estado de bem estar físico, mental, e social e não meramente ausência de doença”(1948).
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Aurélio diz que : “saúde é o estado do indivíduo cujas funções orgânicas , físicas e mentais se acham em situação normal. É o resultado do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e o seu meio ambiente.
Na prática - quantificada em termos de ausência ou presença de algum sinal, sintoma ou diagnóstico da doença. 
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Conceito de Saúde – Mais abrangente
Saúde - é a resultante das condições de alimentação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso a serviços de saúde.... resultado de formas de organização social de produção, as quais podem gerar profundas desigualdades no níveis de saúde. 
8a. Conferência Nacional de Saúde
 
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O que significa doença?
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DOENÇA
A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece (CANGUILHEM; CAPONI apud BRÊTAS e GAMBA, 2006). 
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Conceitos de Doença 
A doença é um sinal da alteração do equilíbrio homem-ambiente, estatisticamente relevante e precocemente calculável, produzida pelas transformações produtivas, territoriais, demográficas e culturais.
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 O QUE É PREVENÇÃO?
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PREVENÇÃO
Ato ou efeito de prevenir-se;
Precaução, cautela;
Disposição prévia.
 (Morais 1995).
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As doenças progridem de maneira idêntica no organismo?
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CATEGORIAS DE PROGRESSÃO:
a) Evolução aguda rapidamente fatal – como raiva e na exposição a altas doses de radiação; 
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b) Evolução aguda, clinicamente evidente e com rápida recuperação na maioria dos casos – muitas doenças infecciosas, como viroses respiratórias;
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c) Evolução sem alcançar o limiar clínico, de modo que o indivíduo não saberá jamais do ocorrido, salvo se for submetido a exames laboratoriais – são infecções subclínicas, das quais a hepatite anictérica é um exemplo;
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d) Evolução crônica, que se exterioriza e progride para o êxito letal após longo período – são exemplos as afecções cardiovasculares de cunho degenerativo;
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e) Evolução crônica, com períodos assintomáticos entremeados de exacerbações clínicas – como é o caso de muitas afecções psiquiátrica e dermatológicas.
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História Natural da Doença
Agente causador
Susceptível
Meio Ambiente.
	
O seguimento dessa história engloba todas as etapas que fazem parte do processo saúde-doença. 
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PERÍODO PRÉ PATOGÊNICO E
 PATOGÊNICO
Período Pré Patogênico – O indivíduo encontra-se em um estado de saúde.
Período Patogênico – O indivíduo encontra-se em um estado de doença.
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 Período Pré Patogênese
Fase inicial em que há apenas condições favoráveis ao aparecimento da doença, só existe a suscetibilidade.
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Estímulos para o período 
Pré-Patogênese
Falta de Saneamento Básico;
Poluição Atmosférica;
Contaminação de Produtos Diversos;
Ingestão de água contaminada;
Exposição a altas doses de Radiação;
Capacidade de Resposta do Organismo humano a agressão sofrida.
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Período Patogênese
Compreende o desenvolvimento do processo de adoecimento,a instalação da doença, sua evolução, as alterações provocadas no organismo e os seus possíveis “desfechos”(de recuperação, a invalidez, cronicidade e morte).
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Fases do Período Patogênese
1°Fase - A doença já existe mas o organismo ainda não manifesta seus sintomas;
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2°Fase - Aparecem os sinais e sintomas o grau de acometimento da doença dependerá das suas características,condições do doente e assistência prestada.
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3°Fase - O desfecho da doença não é a cura ou a morte, nesse caso é necessário promover medidas de reabilitação para prevenir incapacidades.
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Uma doença pode ser considerada um fato repentino e isolado? 
A Epidemiologia é a disciplina que estuda a história natural da doença, ou seja do PROCESSO SAÚDE-DOENÇA. 
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FASES DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: 
Dois períodos sequenciados, interagentes, consecutivos e mutuamente excludentes, que se completam: 
período de pré-patogênese ou epidemiológico 
período de patogênese. 
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História Natural e Prevenção de Doenças 
Inter-relação entre
Agente, Hospedeiro
e Ambiente que 
 produzem
Estímulo à 
Doença
Período pré-Patogênico
Patogênese
Precoce
 Período Patogênico
Horizonte Clínico
Doença
Precoce
Discernível
Doença
Avançada
Convalescença
 Morte
 Invalidez
Recuperação
Prevenção Primária
I
II
Prevenção Secundária
III
IV
Prevenção
Terciária
V
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PERÍODO DE PRÉ-PATOGÊNESE: 
Não há doença, existem condições que favorecem seu aparecimento. 
as pessoas apresentam o mesmo risco de adoecer? 
As pessoas não nascem nem vivem iguais => fatores de risco ou de proteção. 
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INTERAÇÃO ENTRE OS AGENTES ETIOLÓGICOS, O INDIVÍDUO SUSCEPTÍVEL, OS FATORES AMBIENTAIS, INFLUENCIADOS PELAS CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICO-CULTURAIS, NO PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO:
Condições sócio-econômico-culturais indivíduo 
 indivíduo 
Agentes etiológicos 
Fatores ambientais
0S FATORES PRESENTES E DA FORMA COMO ELES SE ESTRUTURAM DEFINEM O GRAU DE RISCO mínimo máximo.
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HOSPEDEIRO
Idade, 
sexo, 
constituição corporal, genética e imunológica, 
nível educacional,
 estado ocupacional, 
hábitos e costumes, 
estado psicológico e de humor, além de outros.
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AGENTES ETIOLÓGICOS
Fatores biológicos,
Fatores físicos, 
Fatores químicos,
Fatores mecânicos, 
Fatores genéticos e
 Fatores nutricionais.
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FATORES AMBIENTAIS
Ambiente – fatores físicos, fatores biológicos, fatores socioeconômicos, fatores culturais, fatores políticos, dentre outros.
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Exemplos de fatores que influenciam diretamente no processo saúde doença:
Fatores políticos e sócio-econômicos: 
• baixo poder aquisitivo; 
• habitação insalubre ;
• falta de estímulo agrícola; 
• desemprego e subemprego; 
• pobreza; 
• falta de escolas; 
• latifúndios ;
• escassez de alimentos.
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Fatores culturais: 
• hábitos alimentares;
• desmame precoce; 
• uso abusivo de medicamentos; 
• superstições, falta de higiene pessoal e doméstica; 
• ignorância; 
• crendices. 
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Fatores ambientais: 
• água contaminada; 
• falta de esgotamento sanitário; 
• alimentos contaminados;
• contaminação hospitalar; 
• solo fecal; 
• lixo; 
• moscas; 
• agentes patogênicos; 
• fatores nutricionais; 
• fatores congênitos. 
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PERÍODO DE PATOGÊNESE 
Antes e após o aparecimento dos sintomas. 
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Fase patológica pré-clínica : alterações no organismo 
vantagens do diagnóstico precoce;
fase de “interação estímulo-susceptível” 
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Fase clínica: 
A intensidade é a mesma para todos os indivíduos? 
Todos procuram os serviços de saúde? 
“ponta do Iceberg” => demanda espontânea por serviços de saúde. 
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“desenlace”
cura, cronicidade, invalidez ou morte. 
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Promoção específica
Proteção 
específica
diagnóstico e tratamento precoces 	
limitação do dano 	
Reabilitação 	
PREVENÇÃO PRIMÁRIA 	
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA 	
PREVENÇÃO TERCIÁRIA 	
 MEDIDAS PREVENTIVAS 	
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NIVEIS DE PREVENÇÃO
PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
É aplicável durante o período de pré-patogênese, ou seja, quando o indivíduo se encontra em um estado de saúde ótima ou no mínimo subótima.
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ESCALA DO ESTADO DE SAÚDE
100
50
0
PRESENçA 
DE 
SA
Ú
D
E
 
Saúde ótima
Saúde sub-ótima
Doença
ou incapacidade declarada
Próximo da morte
Morte
100
50
0
AUSÊNCIA
 
DE 
SAÚD
E
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Saúde Ótima: Estado experimentado por períodos curtos de tempo.
Saúde Subótima: Estado situado entre saúde plena e enfermidade real.
Enfermidade: Interação simultânea entre hospedeiro, agente e ambiente.
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NÍVEIS DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Ações voltadas para prevenção da ocorrência,engloba medidas que tem como objetivo atuar sobre a doença,destinada a evitar o desencadeamento de fatores que pode causá-la.
Visa:
Promoção de Saúde;
Proteção específica.
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PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
INESPECÍFICAS, GERAIS OU DE PROMOÇÃO DE SAÚDE: têm o objetivo de promover o bem estar das pessoas;
• moradia adequada; 
• escolas;
• áreas de lazer e recreação;
• alimentação e nutrição adequada; 
• educação em todos os níveis;
• empregos e salários adequados;
• condições para satisfação das necessidades básicas do indivíduo;
• educação sanitária;
• exames periódicos.
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PREVENÇÃO PRIMÁRIA
PROTEÇÃO ESPECÍFICA: (restritas): incluem técnicas próprias para lidar com cada dano à saúde, em particular.
• imunização; 
• saúde ocupacional; 
• higiene pessoal e do lar; 
• proteção contra acidentes; 
• aconselhamento genético, acompanhamento pré-natal; 
• controle de vetores. 
• quimioprofilaxia
• flúor dentário; 
• uso de EPI;
• cloração da água.
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PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Conjunto de medidas voltadas para o período em que a doença já existe,visando impedir sua evolução e suas complicações, englobam:
Diagnóstico precoce.
Tratamento Específico.
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PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Descoberta de casos em levantamentos e exames seletivos;
Notificação de casos e se necessário o tratamento de contatos;
Emprego dos recursos laboratoriais com o objetivo de prevenir complicações e sequelas;
Uso do serviço domiciliar ou hospitalização se necessário.
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PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE: 
Trata-se de identificar o processo patológico no seu início, antes do aparecimento dos sintomas.
• rastreamento;
• exames periódicos de saúde;
• busca ativa de casos entre contatos;
• auto – exame;
• intervenções médicas ou cirúrgicas precoces;
• inquéritos para descoberta de casos na comunidade; 
• exames periódicos, individuais, para detecção precoce de casos; 
• isolamento para evitar a propagação de doenças; 
• tratamento para evitar a progressão da doença.
• Inquéritos para descoberta de casos na comunidade.
 
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Limitação da incapacidade: 
Consiste em identificar a doença, limitar a extensão das respectivas lesões e retardar o aparecimento das complicações.
• Acesso facilitado aos serviços de saúde;
• Tratamento médico ou cirúrgico adequado;
• hospitalização em função das necessidades;
• evitar futuras complicações; 
• evitar sequelas. 
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PREVENÇÃO TERCIÁRIA
É estabelecido quando o indivíduo portador da enfermidade passou pelos estágios anteriores, permanecendo com uma sequela residual e/ou uma incapacidade que necessitam ser minimizadas, para evitar, nesse caso a invalidez total.
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PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Nesta fase a doença já se instalou e o seu desenvolvimento deixou algum tipo de seqüela. Essa fase engloba:
Limitação do dano.
Reabilitação do indivíduo.
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PREVENÇÃO TERCIÁRIA 
Reabilitação: Objetiva desenvolver o potencial residual do organismo, após ter sido afetado pela doença, prover suporte físico, mental e social.
• Tratamento fisioterápico;
• terapia ocupacional,
• empregos especiais para os reabilitados (treinamento do deficiente próteses);
• Dietas especiais;
• Reintegração Social;
• Proporcionar a família instrução e supervisão no cuidado a doentes portadores de deficiência.
 
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