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História Natural da Doença

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Mariana Marques – T29 
 História Natural da Doença 
 Conjunto de diversos processos relacionados a distribuição de doenças em uma sociedade. Esses fatores 
representam desde o agente, o indivíduo suscetível e o meio ambiente. 
 Consiste na progressão ininterrupta, em um indivíduo, do desenvolvimento de uma doença, do momento em que é 
iniciada pela exposição aos seus agentes causais até sua recuperação, invalidez ou óbito. 
 Abrange dois domínios: Meio interno (locus da doença). Exemplo: pré-condições internas ou Meio ambiente (pré-
condições). Exemplo: pobreza 
 Através de um quadro esquemático dos fatores relacionados a doença, apontar os diferentes métodos de 
prevenção e controle, servindo de base para interceptar ou anular a evolução de uma enfermidade. 
 
 Pré patogênese: ocorre previamente à instalação do agente patogênico e é caracterizado pela 
ausência da doença e envolve medidas de atenção primária à saúde. 
 Representa a evolução das inter-relações dinâmicas que envolvem: os condicionantes ambientais e sociais e 
os fatores próprios do suscetível até que chegue a uma configuração favorável para instalação da doença. 
 Exemplo: Qual o risco de um indivíduo de alta renda adoecer por cólera? Qual o risco de um indivíduo que 
usa drogas injetáveis, contrair o vírus HIV? Essas pré-condições da produção de doença formam a chamada 
estrutura epidemiológica ou sistema epidemiológico. 
 Fatores que compõe a estrutura epidemiológica: 
 Sociais (socioeconômicos (probabilidade de adquirir a doença relacionada ao nível de pobreza), 
sociopolíticos (decisão política, higidez política; participação consentida, participação comunitária, 
transparência das ações e acesso à informação), socioculturais (preconceitos, crendices e valores, hábitos 
sociais influenciando na aquisição e manutenção da doença) 
 Ambientais (conjunto de fatores que interagem com agente etiológico e o suscetível, incluindo o ambiente 
físico e a sociedade em questão) 
 Genéticos (fatores que determinam maior ou menor suscetibilidade à adoecerem) 
 
 Período de Patogênese: é caracterizado pela instalação do agente patogênico 
 Esse período se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado 
 Ocorrem modificações bioquímicas em nível celular, podendo evoluir para modificações na forma e na função 
 Seu desenlace varia conforme sua extensão. 
 Etapas: 
 Interação estímulo-suscetível: doença ainda não desenvolvida, mas todos os fatores necessários para a 
ocorrência da mesma estão presentes (fatores agem predispondo o organismo à ação do agente) 
 Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas (estágio pré-clínico): doença já está implantada no 
organismo afetado mas não há manifestação clínica (apenas detectadas por exames clínicos ou 
laboratoriais) → período de incubação. 
 Sinais e sintomas (estágio clínico): sinais da doença tornam-se nítidos e transformam-se em sintomas 
(inicia-se ao ocorrer alterações funcionais no organismo) 
 Cronicidade: evolução clínica da doença podendo progredir até o estado de cronicidade, ou conduzir o 
doente a um nível de incapacidade física por tempo variável, ou produzir lesões que podem ser uma porta 
de entrada para novas doenças futuras. 
 
 Período de Desenlace: período de morte, cura ou invalidez. 
Mariana Marques – T29 
 Níveis de Prevenção 
 Prevenção Primária: realizada no período pré-patogênico 
 Promoção da saúde (medidas de ordem geral): moradia adequada, educação em saúde, atividade física 
regular, saneamento básico, além de construção de escolas para a elevação da escolaridade. 
 Proteção específica: imunização, higiene pessoal, saúde do trabalhador, proteção contra acidentes, 
aconselhamento genético, controle de vetores e reservatórios, uso de preservativos e seringas descartáveis. 
 
 Prevenção Secundária: realizada no período patogênico 
 Diagnóstico precoce: exames de detecção precoce, isolamento (evita propagação da doença), tratamento (evita 
progressão da doença). 
 Limitação da incapacidade: evitar futuras complicações, evitar sequelas, diminuir o risco de transmissão da 
doença. 
 
 Prevenção Terciária: realizada no período patogênico 
 Prevenção da incapacidade e reabilitação 
 Reabilitação, fisioterapia (melhora na qualidade de vida), vagas de emprego para o reabilitado, redução da 
dependência familiar e social. 
 
 Prevenção Quaternária: 
 Conjunto de medidas para evitar intervenções desnecessárias: avaliação do risco do excesso de intervenção, 
medicalização ou cirurgias desnecessárias, diminuição dos efeitos adversos dos tratamentos e construção da 
autonomia do indivíduo.

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