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PPT AULA 6 PLANEJAMENTO ESCOLAR

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*28/04/2011
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PLANEJAMENTO ESCOLAR
PEDAGOGIA – DALTA MOTTA
AULA 06
Rio de Janeiro, 2011 
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Planejamento - Aula 06
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O Projeto Político-pedagógico 
Construindo caminhos na escola II
Para construir um Projeto político-pedagógico na escola, de acordo com Vasconcellos (2000) o plano inclui três partes: 
o marco referencial 
o diagnóstico 
a programação 
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Vejamos:
Marco Referencial - explicita o posicionamento político e filosófico da escola
Diagnóstico - identifica as necessidades da escola. 
Programação - define a proposta de ação propriamente dita.
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A equipe que vai utilizar o Projeto Político-Pedagógico precisa se sentir bem diante da proposta, percebendo a sua funcionalidade.
 Deve estar convicta de que o plano global, elaborado segundo esse roteiro, pode mesmo apontar os rumos e criar as condições para a sua efetiva realização.
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Os participantes envolvidos na construção do PPP, além de sugerir ajustes no que tange as etapas, podem modificar e até ampliar as perguntas previstas em cada uma delas - variações e adaptações são legítimas, se forem produto de construções coletivas.
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Para Gandin (2010, p.21), em um processo de planejamento, três perguntas são básicas: 
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O que queremos alcançar ?
2. A que distância estamos daquilo que queremos alcançar ?
3. E o que faremos concretamente, dentro de um prazo determinado, para diminuir essa distância ?
Essas perguntas devem ser retomadas e reavaliadas periodicamente. 
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Marco Referencial 
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Espaço destinado, principalmente, à expressão da utopia do grupo.
É o momento de “sonhar alto”, “pensar grande”, “afinar concepções”.
 Ao procurar responder o que queremos alcançar, vamos precisar nos remeter aos nossos posicionamentos:
- Político - a nossa visão ideal de sociedade e de homem. 
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- Pedagógico - a nossa concepção de educação ou o entendimento que temos sobre o significado da ação educativa e sobre as características que deve ter a instituição.
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O marco referencial está relacionado à construção e explicitação da identidade da própria instituição e do próprio grupo que dela participa.
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Autores como Vasconcellos (2000) e Gandin (2010), apontam três dimensões que compõem o marco referencial:
marco situacional 
marco doutrinal 
marco operativo 
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Marco Situacional
É o momento de pensar no cenário que nos envolve; é a hora de lançar o olhar, descrever e analisar a realidade de um modo mais geral e amplo, procurando avaliar seus aspectos políticos, sociais, econômicos, culturais, educacionais, dentre outros de natureza macro.
É o momento de perceber como as questões mais amplas e estruturais que configuram a realidade estão afetando ou poderão afetar a construção do Projeto político-pedagógico da escola.
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É a oportunidade para o grupo expressar a sua compreensão a respeito do mundo atual – suas crises, suas contradições, seus limites, mas também seus avanços, suas possibilidades.
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Exemplo de perguntas que podem ser feitas:
1 – Que aspectos da situação global (sócio-econômico, político, cultural, educativo) chamam atenção, hoje, no Brasil e na América Latina?
2 – Citar e comentar alguns pontos negativos e positivos na situação global do mundo nos dias de hoje.
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3 – Dentre as tendências da sociedade, hoje, quais as que mais chamam atenção? Justificar. 
4 – Quais os valores preferenciais na sociedade de hoje? Como essas preferências se manifestam? 
5 – Qual lhe parece ser a explicação dos males do Brasil?
Compreender o cenário é fundamental para alimentar os próximos passos, tendo presente a perspectiva de transformar esse cenário na direção da construção de um mundo sempre melhor. 
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Marco doutrinal ou marco filosófico
“Doutrinal” – refere-se a uma escolha que tem fundamentação explícita em elementos teóricos.
É aqui que o grupo expressa seus ideais, utopias e valores, mas com os pés fincados na realidade.
 É nesse momento que o grupo deve deixar claro quais são os princípios básicos que vão nortear o trabalho que se pretende desenvolver, explicitando que tipo de sociedade desejam construir, qual tipo de pessoa deseja colaborar na formação, quais os fins e finalidades da educação que desejam promover, que papel, funções e características tem a escola no contexto da realidade na qual estão inseridos.
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A elaboração do marco doutrinal gera muito debate, em função da pluralidade de visões e concepções que certamente têm os integrantes do grupo envolvidos nessa elaboração.
 Isso deve ser visto mais como vantagem do que problema.
O importante é que o grupo consiga chegar a consensos – mesmo que mínimos e provisórios – que ajude a definir uma direção para um determinado período - uma direção que deve ser constantemente reavaliada, tendo em vista não só as mudanças no cenário, como o próprio processo vivido e, consequentemente, os seus resultados.
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Esses marcos / princípios, como sugere Gandin (2010), são de natureza qualitativa e podem ser complementados com propostas de natureza quantitativa.
 Gandin (1994) destaca que não basta apontar genericamente os marcos / princípios, é muito importante que fique claro, para o próprio grupo, o significado deles.
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Quais são as intenções e quais são as justificativas do grupo para assumir, como fundamento de seus trabalhos, o marco doutrinal estabelecido.
Exemplo de perguntas que podem ser feitas: 
1 – Qual o modelo de sociedade (citar características) que deve servir de rumo para nossos passos?
2 – Que visão de homem deve fundamentar nossas opções?
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3 – Como caracterizo a justiça, participação e democracia?
4 – Que valores devem estar presentes numa sociedade humana?
5 – O que significa ser o homem sujeito da história?
6 – Como cada homem pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa? 
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Marco operativo
A instituição firma o ideal de sua prática, dentro de seu campo de ação.
Diz respeito aos grandes princípios de organização da instituição escolar e precisa estar amplamente articulado com o marco situacional e o marco doutrinal.
É o momento de refletir, identificar e registrar os aspectos, as dimensões básicas que são significativas para a vida da escola para a qual está sendo elaborado o Projeto político-pedagógico.
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É nesse momento que o grupo deve discutir e responder como desejam que sejam: 
 os currículos;
 as práticas didáticas;
 os processos de avaliação;
 as relações entre professores e alunos;
 
- as relações entre escola, famílias e a comunidade.
E ainda:
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- a estrutura organizacional e a gestão da escola;
- os processos de formação continuada da equipe;
- condições de trabalho;
- estratégias possíveis para garantir o funcionamento da escola, a realização de suas metas e objetivos.
O marco operativo refere-se às condições, pressupostos e posicionamentos do grupo, de natureza pedagógica, comunitária e administrativa que vão aproximar, fazer a ponte, entre a realidade apontada no marco situacional e os ideais e valores da escola fixados no marco doutrinal. (VASCONCELLOS, 2000)
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Exemplo de perguntas que podem ser feitas:
1 – Que significa educação voltada para realidade? Que características terá tal educação?
2 – Que tipo de pedagogia se adapta a uma escola que pretende ser transformadora?
3 – O que caracteriza a escola democrática, aberta e participativa?
4 – Quais nossas opções fundamentais em matéria pedagógica?
5 – Que princípios devem orientar nossa prática?
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A construção do Marco Referencial envolve muitas perguntas desafiadoras, cuja intenção é mesmo provocar o desequilíbrio e fazer o grupo avançar na busca das respostas.
O próprio grupo pode ser mobilizado no sentido de elaborar as perguntas que podem e devem ser feitas. 
Momento de discutir as contradições, enfrentar os conflitos de posições e ir fazendo aproximações sucessivas para que o Marco Referencial seja, de fato, o “pano de fundo” do trabalho, tecido coletivamente no contexto de um processo intensamente participativo, crítico e criativo. 
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 Diagnóstico
Trata-se de analisar a realidade intraescolar, verificar de modo crítico quais são as suas necessidades em função de parâmetros considerados adequados para se atingir os pontos de chegada estabelecidos no marco referencial, principalmente aqueles apontados nos marcos doutrinal e operativo.
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Trata-se, portanto, de descrever: 
 a realidade da instituição;
 pontos fracos e fortes;
 limites e possibilidades;
 problemas e suas respectivas causas;
verificar o que existe e o que falta para que a escola possa caminhar no sentido de alcançar seus ideais.
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Neste momento cabe responder: 
 Até que ponto nossa prática realiza o que estabelecemos em nosso marco operativo?
O diagnóstico só se realiza plenamente quando existem critérios e parâmetros (definidos em função do que o grupo estabeleceu no marco referencial como o “deve ser” da escola).
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Nesse ponto, uma pergunta se impõe: 
Como fazer o diagnóstico?
O grupo responsável precisa ter presente e de forma bem objetiva todas as propostas e definições indicadas na etapa anterior, no marco doutrinal e, de modo mais especifico, no marco operativo, pois são essas mesmas propostas e definições que vão “alimentar”, servir de “munição” para a concepção e concretização desse diagnóstico.
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Diagnóstico que pode ser realizado de diferentes formas, mas que segundo Vasconcellos (2000) e Gandin (2010), pode ser implementado, tendo em vista os seguintes passos: 
1º Passo: Concepção da pesquisa 
O grupo define que áreas temáticas – aquelas do marco operativo – serão pesquisadas, define seus objetivos e estabelece os indicadores, bem como as estratégias e instrumentos que vão ser utilizados. Veja o exemplo a seguir.
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Ex. 1: Área – pedagógica
Área temática – práticas didáticas; 
Objetivo - verificar quais são as condições didáticas que a escola dispõe para que se efetive a aprendizagem, inclusive, com o uso das novas tecnologias;
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Indicadores – verificar se a escola está oferecendo diferentes projetos, se os alunos estão envolvidos, se estão utilizando linguagens diferentes (linguagem artística, audiovisual, tecnológica) se existem laboratórios de ciências, matemática, informática; se existe biblioteca em condições adequadas, etc.
Estratégias/instrumentos – aplicação de questionário a pequenos grupos, realização de entrevistas.
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- Levantamento de dados propriamente dito, visando à descrição da realidade nas suas diferentes áreas. 
Definição dos atores que, preponderantemente, serão pesquisados.
2º Passo: Elaboração do(s) instrumento(s) de pesquisa
O desafio é saber elaborar as perguntas que precisam ser claras para a compreensão de todos e formuladas segundo os objetivos do próprio diagnóstico.
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3º Passo: Aplicação dos questionários e realização das entrevistas 
- Criar condições adequadas, a aplicação do questionário e entrevistas que devem ocorrer em ambiente de reflexão crítica, de respeito à pluralidade de opiniões e dentro de um ritmo - espaço e tempo - compatível com a vida da escola e de seus integrantes.
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4º Passo: Tabulação dos dados, análise e sistematização das informações. 
Os aspectos qualitativos e quantitativos – extraídos dos questionários e das entrevistas serão:
organizados;
categorizados;
analisados;
sistematizados.
De modo a permitir a descrição dos fatos e das situações que configuram a realidade escolar.
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5º Passo: Realização da plenária para a avaliação da realidade escolar
- Concretização do diagnóstico propriamente dito, diante das sínteses elaboradas no passo anterior e coletivamente.
Responder às perguntas: 
 Qual a distância entre o que temos e o que queremos ter ou entre o que somos e o que queremos ser?
 Como essa distância se caracteriza?
- Como podemos reduzi-la ou superá-la?
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Trata-se, portanto, de juntos avaliarem os problemas e suas causas, as lacunas que terão que ser preenchidas e com que a escola conta para poder então atingir seus objetivos e ideais.
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Observação:
No caso específico do diagnóstico, um grupo menor poderá ficar responsável pela sua concepção e desenvolvimento.
Podem ser criados espaços para “ouvir” os segmentos representativos da comunidade escolar sobre o próprio processo de realização do diagnóstico e sobre como percebem o contexto escolar.
Também se pode debater e refletir, em grandes plenárias, os resultados das pesquisas e, consequentemente, em conjunto, julgá-los, avaliá-los
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