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Carcinoma Basocelular/Melanoma

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Carcinoma basocelular
CONCEITO
Carcinoma Basocelular (CBC) é o câncer maligno cutâneo mais prevalente (75%), de crescimento lento e progressivo que acomete frequentemente áreas expostas ao sol, como o rosto. O CBC é um problema “local”, causando invasão e destruição da pele no local acometido. Deriva das células da bainha radicular externa do folículo piloso (o nome basocelular é porque as células tumorais são bastante semelhantes as células basais da epiderme). Raramente o CBC metastiza, isto é, espalha pelo corpo.  Por esta razão o CBC é considerado um tumor maligno de bom comportamento.
Há cinco subtipos clínicos principais que se correlacionam com o padrão de crescimento e tratamento: 
(1) nodular/ulcerativo - Esta a forma mais comum do CBC, apresenta-se como um nódulo (bolinha) de coloração rósea, bordas arredondadas e brilho perolado, apresentando minúsculos vasos sanguíneos, conhecidos como teleangiectasias. O CBC ulcera, fere, com facilidade. Quando ulcera, normalmente não cicatriza. Esta é uma das características dos carcinomas basocelulares: ferida que não cicatriza.
(2) difuso ou infiltrativo/esclerodermiforme - Caracteriza-se por um comportamento mais agressivo, clinicamente lembra uma cicatriz, é uma placa branco-amarelada ou rósea, com limites mal definidos. Esta forma de CBC é difícil de ser diagnosticada, normalmente apenas médico muito bem treinados são capazes de fazer o diagnóstico.
(3) superficial/multifocal - é mais comum em indivíduos jovens e ocorre principalmente nas costas e membros inferiores. Clinicamente caracteriza-se por uma área avermelhada, descamativa e mal delimitada.
(4) pigmentado - Qualquer das outras formas clínicas á citas pode ser pigmentada, mas é mais comum a pigmentação na forma nódulo ulcerativa. A incidência de carcinoma basocelular pigmentado varia, sendo mais frequente em indivíduos de pele mais escura.
(5) fibroepitelioma de Pinkus – Pouco frequente e surge no tronco e nas coxas, lembra um pólipo fibroepitelial.
ETIOPATOGENIA
Os fatores de risco para o desenvolvimento do carcinoma basocelular podem ser divididos em próprios da pessoa e ambientais:
Os fatores próprios da pessoa são: pele clara, tendência a queimadura solar e antecedente de CBC prévio. Indivíduos idosos acima da 6ª década e pacientes imunossuprimidos também apresentam um risco maior de desenvolverem carcinoma basocelular, principalmente os transplantados.
O principal fator ambiental é a exposição crônica à radiação ultravioleta (UV) do sol. Contudo a relação entre tempo, quantidade e padrão de exposição e risco de CBC ainda não é clara. Pessoas que tomaram muito sol na infância e adolescência tem um risco maior de aparecimento de carcinoma basocelular na vida adulta.
PATOGENIA 
Patogênese: O carcinoma basocelular tem sido associado á desregulação na vida da proteína Sonic hedgebog(SHH), ou do PTCH. Os defeitos herdados no gene PTCH com perda subseqüente da heterozigosidade em numerosas focos individuais de tumor causam o carcinoma basocelular, a síndrome Gorlin. Desta forma, o PTCH funciona como um clássico supressor de tumor. Visto que a vida do PTCH é também importante no desenvolvimento embrionário, sutis anomalias de desenvolvimento também são notados no individuo. 
A síndrome do carcinoma de células basais nevoides (SCCBN; também conhecida
com o nevo de células basais ou síndrome de Gorlin) é uma desordem autossômica dominante caracterizada por múltiplos carcinomas de células basais. A maior parte desses tumores se desenvolve antes dos 20 anos e é acompanhada por várias outras condições, incluindo os tumores. 
 
 
*AD= autossômica dominante
O gene associado à SCCBN, localizado no cromossomo 9q22.3, é o PTCH. Indivíduos com a SCCBN nascem com a mutação da linhagem germinativa em um dos alelos PTCH; o segundo alelo normal é inativado em tumores por uma mutação adquirida por acaso ou devido à exposição aos agentes mutagênicos (como luz UV). O gene PTCH codifica um receptor para o produto proteico do gene “sonic hedgehog” (SHH), um membro da família hedgehog (HH) de genes que determinam a polaridade durante o desenvolvimento embrionário. A via é também envolvida na formação do folículo piloso e no ciclo piloso na pele. A proteína PTCH forma um complexo receptor com outra proteína transmembrana, conhecida como SMO (para “smoothened”). Na ausência do seu ligante, SHH, PTCH inativa SMO e o sequestra da transdução de um sinal inibidor. A ligação de SHH a PTCH libera a supressão de SMO, causando a indução dos genes-alvos hedgehog através de uma cascata de sinalização que envolve o fator de transcrição GLI1. Na SCCBN, a ausência de PTCH causa a
ativação constitutiva de SMO, levando ao desenvolvimento do carcinoma de células basais.
 
 
Mutações dos genes pertencentes à via de sinalização PTCH também são importantes para o
desenvolvimento do carcinoma de células basais da forma esporádica comum, como
documentado pela inativação de PTCH e a presença de mutações ativadoras de SMO nessas
neoplasias de pele. As mutações PTCH são encontradas em aproximadamente 30% dos
carcinomas de células basais esporádicos e destes, cerca de um terço possui mutações
(transições C→T) que são consideradas as marcas de contraste do dano causado pela luz UV. As mutações em p53 ocorrem em 40% a 60% dos carcinomas de células basais, e 60% destes têm “assinatura UV”. A xerodermia pigmentosa, uma desordem do reparo do DNA, representa
um exemplo notável de conexão entre a exposição solar e os defeitos em PTCH e p53. Nesses tumores, a frequência de mutações em PTCH e p53 são, respectivamente, 90% e 40%, e a maioria destas carrega a assinatura UV.
CASO CLÍNICO
Paciente,71 anos de idade, mora na cidade de Salgueiro, trabalha na roça, foi se consultar no HC com lesão ulcerada, redonda, sangramento, 1,8 cm de diâmetro, assintomática, com 3 anos de evolução esquerda face lateral da pirâmide nasal. diagnóstico clínico de Carcinoma Basocelular ulcerada, o que foi provado por biópsia.
MELANOMA
CONCEITO
O melanoma é um tipo de câncer de pele. Dentre os tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais agressivo. Existem 3 tipos de cânceres de pele:* Melanoma.* Câncer de pele basocelular.* Câncer de pele espinocelular.
Melanoma é tumor maligno originário dos melanócitos (células que produzem pigmento) e ocorre em partes como pele, olhos, orelhas, trato gastrointestinal, membranas mucosas e genitais. Um dos tumores mais perigosos, o melanoma tem a capacidade de invadir qualquer órgão, criando metástases, inclusive no cérebro e coração. Portanto, é um câncer com grande letalidade. O melanoma cutâneo tem incidência bem inferior aos outros tipos de câncer de pele, mas sua incidência está aumentando no mundo inteiro. Há diversos tipos clínicos de melanoma, como o melanoma nodular, melanoma lentigioso acral, melanoma maligno disseminado e melanoma maligno lentigo.
Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a 25% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão, apesar de ser o mais grave. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados mais de 6 mil novos casos de melanoma por ano.
O melanoma da pele é geralmente assintomático, embora o prurido ou a dor possam ser manifestações precoces. A maioria dessas lesões apresentam diâmetro maior que 10mm ao diagnostico. Os sinais clínicos mais consistentes são as alterações na cor , tamanho ou forma da lesão pigmentada. Os melanomas exibem variações notáveis na cor, aparecendo em tons de preto, marrom, vermelho, azul-escuro e cinza. 
Existem quatro tipos principais de melanoma:
•	O melanoma extensivo superficial é o tipo mais comum. Ele geralmente é plano e irregular, quanto ao formato e à cor, e ocorre em tons diferentes de preto e marrom. Ele pode se manifestar em qualquer idade ou região do corpo e é mais comum em pessoas de pele branca.
•	O melanoma nodular geralmente começa como uma área elevada de cor pretaazulada ou vermelha azulada. Entretanto, alguns melanomas não apresentam cor alguma.
•	O melanoma lentigo maligno geralmente ocorre em idosos. Ele é mais comum em peles danificadas pelo sol na região do rosto, do pescoço e dos braços. As áreas de pele anormal geralmente são grandes, planas e têm aspecto bronzeado com áreas marrons.
•	O melanoma lentiginoso acral é a forma menos comum de melanoma. Ele geralmente ocorre nas palmas, solas ou embaixo das unhas e é mais comum em afroamericanos
ETIOPATOGENIA 
O melanoma ocorre quando algo dá errado nas células produtoras de melanina (melanócitos) que dão cor à pele. 
A maioria dos melanomas surge em pele normal. Aceita-se que até 50% dos melanomas possam surgir em pequenos nevos pré-existentes. O maior potencial de malignização seria dos nevos melanocíticos juncionais e compostos, displásticos ou não. A chance de isto ocorrer depende de inúmeros fatores como quantidade de nevos da pessoas, tamanho do nevo (nevos gigantes presentes desde o nascimento tem um risco muito elevado de transformação) cor da pele entre outros.
Normalmente, as células da pele se desenvolvem de maneira controlada e ordenada - novas células saudáveis empurram as células mais velhas para a superfície da pele, onde morrem e, eventualmente, caem. Mas quando algumas células se desenvolvem com danos no DNA, as novas células podem começar a crescer fora de controle e, eventualmente, formar uma massa de células cancerosas. Não está claro como exatamente os danos ao DNA das células da pele podem causar o melanoma. É provável que uma combinação de fatores ambientais e genéticos provoque o melanoma. Ainda assim, os médicos acreditam que a exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol e de câmaras de bronzeamento é a principal causa de melanoma. A luz UV não causa todos os melanomas, especialmente aqueles que ocorrem em lugares em seu corpo que não recebem a exposição à luz solar. Isso indica que outros fatores podem contribuir para o risco de melanoma.
FATORES DE RISCO:
•	EXPOSIÇÃO SOLAR: exposição solar desprotegida agride a pele, causando alterações celulares que podem levar ao câncer
•	IDADE E SEXO: Incide preferencialmente na idade adulta, é um câncer que atinge homens com mais frequência do que mulheres.
•	HISTORICO FAMILIAR
•	CARACTERÍSTICAS DA PELE 
•	HISTÓRICO PESSOAL
PATOGENIA
Patogênese: O melanoma tem rigem nos Melanócitos (células que formam o pigmento) Sua patogenia se dá principalmente por genes herdados e exposição solar. Sua evolução acontece devido a mudanças no tamanho, cor, superfície ou forma; surgindo sintomas como coceira e sensibilidade, podendo também haver sangramento.
 Seu crescimento é progressivo e horizontal ou vertical. Crescimento horizontal: Invade a camada superficial da pele, podendo atingir ou não a camada intermediária da pele e o crescimento Vertical é o Crescimento acelerado através da espessura da pele, formando nódulos visíveis e palpáveis.
O conhecimento sobre os marcadores moleculares envolvidos na gênese e no desenvolvimento de metástases do melanoma é fundamental para a identificação de indivíduos geneticamente predispostos.
O alfabeto do Melanoma 
As primeiras cinco letras do alfabeto são um guia para os primeiros sinais de alerta do melanoma. A significa ASSIMETRIA B Significa BORDAS C significa COR D significa DIÂMETRO E significa EVOLUÇÃO ou MUDANÇA.
Assimetria: Os melanomas tendem a exibir uma assimetria de cores e forma.
Bordas: Os melanomas apresentam bordas irregulares, com final abrupto da pigmentação. Cores: Nos melanomas, predominam as cores escuras e/ou a presença de várias cores em uma mesma lesão (preto, marrom claro, marrom escuro, cinza-azulado, vermelho e branco). 
Diâmetro: O crescimento rápido é uma das principais características do melanoma, o que leva a lesões de diâmetros maiores. Como regra diâmetros maiores que 6 milímetros levam a uma suspeita maior de lesão maligna.. Lembrando sempre que existem melanomas de diâmetro menor e quanto mais precoce o diagnóstico melhor. 
Evolução: Toda pinta que mudar (mudança de cor, formato, relevo) em curto período de tempo (1 a 3 meses) deve ser examinada por um dermatologista. 
CASO CLÍNICO
Identificação: M.L.N, sexo feminino, 60 anos, branca, casada, vendedora ambulante.
Queixa principal: “Aumento do tamanho de uma pinta de cor castanha na testa há três meses”
Paciente refere o surgimento de uma mácula em região frontal de maneira súbita há 8 anos, de coloração castanha acompanhada de cefaleia global esporádica, mais intensa em região frontal, com melhora ao uso de analgésicos e piora ao realizar grandes esforços. Refere ainda que, há 3 meses notou que a lesão de pele começou a aumentar progressivamente de tamanho, tornando-se mais escura, com prurido local e sangramentos frequentes.
QUAL O PROVÁVEL TIPO DE CÂNCER?
Melanoma, podendo ser identificado pela classificação abcde.

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