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Aula 2 Abordagem normativa da língua Pontuação

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Prof. Luiz Carlos Sá
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação 
Sinais de Pontuação
Objetivos Gerais:
Aprender utilizar adequadamente os sinais de pontuação em textos escritos;
Identificar a importância dos sinais de pontuação na elaboração de textos formais;
Reconhecer os mecanismos de produção textual.
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
O ponto já era usado no antigo Egito em textos poéticos e no ensino de crianças na escrita hierática - espécie de letra de forma que simplificava os complexos hieróglifos. À medida que os jovens ficavam mais fluentes na leitura, os pontos eram retirados. 
A maioria dos sinais de pontuação apareceu na Europa entre os séculos XIV e XVII. Eles nasceram para facilitar a leitura e a compreensão dos textos. O período em que as primeiras vírgulas, pontos de interrogação e dois-pontos surgiram coincide com o momento em que o hábito de ler, praticamente restrito aos monges na Idade Média, crescia com o surgimento da impressão tipográfica.
O alfabeto grego teve início com uma sequência de letras seguidas, sem espaços e sem qualquer marca de pontuação. O processo adotado era o de um zigue-zague: a primeira letra geralmente ia da esquerda para a direita e quando o redator chegava ao fim da linha, ele voltava da direita para a esquerda e assim sucessivamente (Halliday,1989:33).
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
A pontuação é capaz de modificar o sentido de um texto. O ponto final é, talvez, o mais simples de ser usado, já que marca o final de orações declarativas, aquelas em que se afirma algo.
Já ouvimos a seguinte afirmação: “Usamos a vírgula quando paramos para respirar na leitura”. Outros falam que a empregam de acordo com o que lhes convém, aleatoriamente, após a escritura do texto.  
Será que é mesmo assim?
Importância da VÍRGULA
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Padrão frasal –é o modo de combinação dos elementos em uma língua. Há 5 padrões frasais no Português, ou seja, as orações (aquelas frases com verbos) podem se apresentar de 5 maneiras diferentes. 
S+V+O
Padrão I: Sujeito + Verbo. Ex.: O homem morreu.
Padrão II: Sujeito + Verbo + Objeto Direto. Ex.: O homem comprou um carro novo.
Padrão III: Sujeito + Verbo + Objeto Indireto. Ex.: O homem gosta de carros novos.
Padrão IV: Sujeito + Verbo + Objeto Direto + Objeto Indireto. Ex.: O homem entregou o documento ao vendedor
Padrão V: Sujeito + Verbo + Predicativo. Ex.: O homem é bonito
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Padrão frasal 
Predicado: é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração, identifica-se também o predicado. Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado. 
As mulheres compraram roupas novas.
 Predicado
Durante o ano, muitos alunos desistem do curso.
 Predicado		 Predicado
A natureza é bela.
 Predicado
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Padrão frasal 
Nunca separe sujeito e predicado! 
Não podemos separar sujeito e predicado com vírgula.
Exemplo: “A esperança é um urubu pintado de verde”. (Mário Quintana)
 sujeito predicado
 Projeto de inclusão digital do Rio ganha prêmio internacional.
Você percebe, agora, como aquela ideia de pontuar quando paramos para respirar na leitura não funciona?
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Padrão frasal 
Observe: 
O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária, do diretor e do coordenador.  
Nesse caso, o presidente foi à reunião com três pessoas. 
O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária do diretor e do coordenador. 
Já nesse caso, o presidente foi à reunião só com duas pessoas: a secretária do diretor e o coordenador. O diretor não foi, e a secretária não é funcionária do presidente. 
Exemplos fornecidos por Silva (2012a), a importância da vírgula e a relação de seu uso com o padrão.
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Padrão frasal 
Observe: por que não posso separar o sujeito do verbo.
Maria preciso falar com você. Afirmação
Maria, preciso falar com você. Vocativo
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Período Simples: enunciado de sentido completo, que contém apenas uma ação verbal.
Ex.: 
O prédio está pegando fogo! 
Pedro adoeceu repentinamente.
Período Composto: enunciado de sentido completo, que contém mais de uma ação verbal, ou seja, mais de uma oração.
Ex.: 
Corram depressa e saiam pela direita!
Corram, pois o prédio está pegando fogo
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Período Composto: quando uma declaração/ enunciado, contém duas ou mais orações, este enunciado é chamado de período composto.
Há dois tipos de período composto:
Período composto por coordenação
Período composto por subordinação
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Período composto por coordenação: um período composto por coordenação é formado por duas ou mais orações coordenadas, ou seja, que não possuem nenhum tipo de dependência uma das outras.
Ex.:
 Corram depressa e saiam pela direita!
Ele sabia a verdade mas ela negou tudo.
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Período composto por subordinação: ocorre quando é constituído de um conjunto de pelo menos duas orações, em que uma delas (subordinada) depende sintaticamente da outra (principal).
Ex.:
Não fui à aula porque estava doente.
 oração principal oração subordinada
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Período composto por coordenação e subordinação: quando é constituído de orações coordenadas e subordinadas.
Ex.: Fui à escola e busquei minha irmã que estava esperando.
 or. coord. 	 or. coord. 	 or. subordinada
No caso abaixo, há uma oração principal, que possui duas orações subordinadas a ela, e estas duas orações são coordenadas entre si.
Veja que a oração “que ela venha amanhã” não possui nenhum tipo de dependência com a oração “(que ela) traga os livros”. Contudo, ambas são subordinadas à oração principal, iniciada com “É bom que...”.
Ex.: É bom que ela venha amanhã e traga os livros.
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Obs.: qualquer oração (coordenada ou subordinada) será ao mesmo tempo principal, se houver outra que dela dependa.
Ex.:
Fui ao mercado(1) e comprei os produtos(2) que estavam faltando(3).
Oração Coordenada (1) oração subordinada
Oração Coordenada (2) (Com relação à 1ª.) 
e Oração Principal (Com relação à 3ª.)	
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois tipos:
Coordenadas Assindéticas - são orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
Coordenadas Sindéticas – diferente da assindética, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração uma classificação. As orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
“As luzes apagam-se, abrem-se as cortinas e começa o espetáculo.”
 
Note que a conexão entre as duas primeiras é feita exclusivamente por uma pausa, representada na escrita por uma vírgula. Entre a segunda e a terceira, é feita pelo uso da conjunção "e". As orações coordenadas que se ligam umas às outras apenas por uma pausa, sem conjunção,
são chamadas assindéticas. É o caso de "As luzes apagam-se" e "abrem-se as cortinas". As orações coordenadas introduzidas por uma conjunção são chamadas sindéticas. Temos acima, a oração "e começa o espetáculo" é coordenada sindética, pois é introduzida pela conjunção coordenativa "e".
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Obs.: a classificação de uma oração coordenada leva em conta fundamentalmente o aspecto lógico-semântico da relação que se estabelece entre as orações. 
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Coordenadas Assindética:
Ex.: Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto)
Podemos dizer:
1. Estou comprando um protetor solar.
2. Irei à praia.
Separando as duas, vemos que elas são independentes.
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... como, assim... como.
Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.
Não só cantei como também dancei.
Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia.
Comprei o protetor solar e fui à praia.
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... como, assim... como.
Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a forma "e nem" para introduzir orações aditivas.
Exemplo:
Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dançando.
Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à praia.
“O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade.”
Renata gostava de cantar, todavia não agradava.
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Elas exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-se as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: 
Nota: algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.
Ex.: Deus cura, e o médico manda a conta.
No ditado popular é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!“
A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo.
Ex.: Camila era uma menina estudiosa, mas(e) principalmente esperta.
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ou... ou; ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, etc. 
Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras diferentes.
Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto.
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, por fim, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, consequentemente, etc. 
Passei no vestibular, portanto irei comemorar.
Conclui o meu projeto, logo posso descansar.
Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada.
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois.
- Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo.
- Só fiquei triste por você não ter viajado comigo.
- Não fui à praia pois queria descansar durante o Domingo.
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo) isto é, ou seja, a saber, na verdade. 
Vou embora, que cansei de esperá-lo.
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.
Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: 
Nota: cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadas adverbiais causais. 
Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior. 
Ex.: A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.)
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: 
Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato. 
Ex.: Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.)
Veja também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a anterior e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
Ex.: A criança devia estar doente, porque chorava muito.
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Subordinadas Adjetivas - são aquelas orações que exercem a função de um adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Elas são sempre iniciadas por um pronome relativo e servem para caracterizar algum nome que aparece na estrutura da frase. Há dois tipos de orações adjetivas: as restritivas e as explicativas. Haverá pronome relativo (que, quem, qual, onde, quanto e cujo) quando houver relação sintática entre um verbo e um substantivo (ou palavra substantivada) anterior a ele, e, entre os dois, surgir o pronome relativo. 
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas (parcial): funcionam como adjuntos adnominais e servem para designar algum elemento da frase. Não pode ser isolada por vírgulas, e restringe, identifica o substantivo ou pronome ao qual se refere.
Ex: 
Você é um dos poucos alunos que eu conheço.
 Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva
Os idosos que gostam de dançar se divertiram muito.
Suj. + O.S. Adjetiva Restritiva + VI + adj. Adv.
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Orações Subordinadas Adjetivas Explicativa(Total): ao contrário das restritivas, são quase sempre isoladas por vírgulas. Servem para adicionar características ao ser que designam. Sua função é explicar, e funciona estruturalmente como um aposto explicativo.
Ex.: 
Meu tio, que era advogado, prestou serviços ao réu.
 Sujeito + O.S. Adj. Explicat. + VTDI + OD + OI
Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves.
Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VTD + OD
 
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Adjetivas Explicativas X Adjetivas Restritivas
As orações adjetivas explicativas e restritivas diferem-se,
como você já deve ter notado nos exemplos, quanto ao significado. A presença ou não da vírgula altera o sentido da frase. Veja a diferença entre essas orações
 Os trabalhadores que são eficientes receberão gratificação. (somente os que são eficientes receberão gratificação) Restritiva
a) Os trabalhadores, que são eficientes, receberão gratificação. (todos os trabalhadores são eficientes e todos ganharão gratificação) Explicativa
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Adjetivas Explicativas X Adjetivas Restritivas
Os homens que são bons mercem serem recompensados. (só os que são bons merecem serem recompensados) Restritiva
b) Os homens, que são bons, merecem serem recompensados. (todos os homens são bons e todos merecem serem recompensados) Explicativa
Os idosos que gostam de dançar divertiram-se muito. (só se divertiram os idosos que gostam de dançar) Restritiva
c) Os idosos, que gostam de dançar, divertiram-se muito. (todos os idosos gostam de dançar e todos se divertiram) Explicativa
 
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Ponto e vírgula ( ; )
Para unir coordenadas assindéticas – 
(para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si.)
Ex.: O rio está poluído; os peixes estão mortos.
Ele deve ter desistido do emprego, pois nunca mais nos procurou.
Ele deve ter desistido do emprego; nunca mais nos procurou. 
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Ponto e vírgula ( ; )
Ponto e vírgula é o sinal de pontuação intermediário entre o ponto e a vírgula (daí o próprio nome); evite pensar apenas naquela definição “pausa mais forte que a da vírgula e menos que a do ponto”. Um caminho simples: responsável pela enumeração de orações, itens, termos. Ponto e Vírgula é, essencialmente, ENUMERADOR. 
Ex.:
“Dilma reúne-se com ministros; Obama, com governadores.”
 Em São Paulo, chove, mas em Goiás, faz sol.”
 Em São Paulo, chove; em Goiás, faz sol.
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Ponto e vírgula ( ; )
Note que o ponto e vírgula separa estruturas coordenadas (que não se dependem) já portadoras de vírgulas internas, pertencentes à mesma ideia. Tal recurso auxilia bastante a produção de textos argumentativos:
“Durante o governo Lula, defendeu-se largamente a liberdade de expressão; no governo Dilma, o povo literalmente saiu às ruas.”
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Note que deste modo temos quatro frases estanques, enfiadas como as contas de um rosário, que caberia ao leitor ligar à sua maneira: 
“Os americanos viam o escravo negro como um ser inferior, a meio caminho entre o homem e o animal. Muitos anos se passaram, depois da abolição, até que a lei tolerasse os primeiros casamentos inter-raciais nos EUA. Os portugueses já traziam sangue africano nas veias, herança de muitos séculos da presença árabe na Península. Entre nós, que descendemos deles, a miscigenação nunca foi proibida ou hostilizada”. 
Ponto e vírgula ( ; )
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Ponto e vírgula ( ; )
Note que o ponto-e-vírgula que sustenta a arquitetura do contraste entre os EUA e o Brasil. 
“Os americanos viam o escravo negro como um ser inferior, a meio caminho entre o homem e o animal; muitos anos se passaram, depois da abolição, até que a lei tolerasse os primeiros casamentos inter-raciais nos EUA. Os portugueses já traziam sangue africano nas veias, herança de muitos séculos da presença árabe na Península; entre nós, que descendemos deles, a miscigenação nunca foi proibida ou hostilizada”. 
luiz carlos de sá campos
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Aula 2- Abordagem normativa da língua: Pontuação
Ponto e vírgula ( ; )
A organização de simples enunciados enumerativos ocorre também por “ponto e vírgula”:
Nossas declarações preveem:
a) Respeito ao patrimônio público;
b) Humanismo;
c) Compromisso Social.
“Collor, FHC, Lula, Dilma; Bush, Clinton, Obama; eu espiono, tu espionas, ele espiona; nós protestamos; eles continuam a espionar e ponto.”
luiz carlos de sá campos

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