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Curso: Engenharia Elétrica Disciplina: Análise de Sistemas de Energia Elétrica Professor: MsC. Eng.º Alex A. C. Bozz SISTEMA DE ENERGIA ELÉTRICA Funcionamento do SEP • Geradores transformam energia mecânica em energia elétrica e injetam a potência elétrica gerada na rede de transmissão. • A energia mecânica é fornecida por turbinas hidráulicas ou a vapor. • Por razões econômicas (minimização de perdas), a transmissão é feita normalmente em tensões elevadas (345, 500, 750 kV) • Devido a limitações físicas de isolamento elétrico, os geradores operam com tensões reduzidas, na faixa de 10 a 30 kV. ESTÁGIOS DE UM SEP ONS - Geral • O ONS é o "maestro" que controla e coordena a geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), que corresponde a 96,6% da energia elétrica produzida no Brasil. • Hoje existem 5 COS funcionando 24 horas por dia, 365 dias do ano. • A função do ONS é manter o SEP funcionando corretamente de acordo com suas diretrizes. ONS - história • O Operador Nacional do Sistema Elétrico é uma entidade privada criada em 26 de agosto de 1998. • É de sua responsabilidade a coordenação e o controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica nos sistemas interligados brasileiros. • O ONS é uma associação civil, cujos integrantes são as empresas de geração, transmissão, distribuição, importadores e exportadores de energia elétrica e consumidores livres, tendo o Ministério de Minas e Energia como membro participante com poder de veto em questões que conflitem com as diretrizes e políticas governamentais para o setor. ons - ESTRUTURA • O operador tem 5 escritórios espalhados pelo Brasil. O escritório central fica no Rio de Janeiro e também há representantes do ONS em Recife, Brasília e Florianópolis. • Os membros do órgão podem ser associados ou participantes. O primeiro grupo é integrado por agentes de geração (usinas), agentes de transmissão e agentes de distribuição de energia elétrica integrantes do SIN, entre outros. O segundo, pelo Ministério da Minas e Energia e pelos conselhos de consumidores e pequenos distribuidores (abaixo de 500 GWh/ano). ons - ESTRUTURA • A diretoria do ONS é composta por cinco integrantes que ocupam os cargos durante quatro anos com direito a apenas um segundo mandato de mais quatro anos. Três dos diretores, entre eles o diretor geral, são indicados pelo Ministério da Minas e Energia, enquanto os outros dois são indicados pelas empresas associadas. ONS - ESTRUTURA FUNÇÕES DE UM COS • Aquisição de dados FUNÇÕES DE UM COS • Modelagem em Tempo-Real FUNÇÕES DE UM COS • Função de Análise FUNÇÕES DE UM COS • Visão simplificada das Funções de Análise FLUXO DE CARGA EM SEP • O FC é utilizado tanto no planejamento como na operação da rede. • É parte de um procedimento mais complexo. Exemplos: • Operação: Análise de segurança e controle de intercambio; • Planejamento: Planejamento de expansão. • Ao longo de anos, vários métodos de solução do FC foram propostos. Para cada aplicação existem métodos mais apropriados. FLUXO DE CARGA - HISTÓRIA • Network Analyzer - painéis em que os equipamentos do sistema eram emulados através de conjunto de fontes, resistores, capacitores e indutores variáveis; • Primeiro método prático de solução do problema do FC através de um computador digital → Ward e Hale, 1956 (método baseado na matriz Y); • Métodos baseados na matriz Y: espaço de armazenamento pequeno, convergência lenta; • Começo da década de 60: métodos baseados na matriz Z(Gupta e Davies, 1961). Convergência mais confiável, mais espaço de armazenamento, mais lentos; • Método de Newton (Van Ness, 1959). Convergência excelente, mas não competitivo computacionalmente; FLUXO DE CARGA - HISTÓRIA • Meados da década de 60: técnicas de armazenamento compacto e ordenamento da fatoração (Tinney e Walker, 1967) tornaram o método de Newton muito mais rápido e exigindo pouco espaço de memória, mantendo a característica de ótima convergência → método de Newton passou a ser considerado como o melhor método e foi adotado pela maioria das empresas de energia elétrica; • Década de 70: métodos desacoplados (Stott e Alsa¸c, 1974) baseados no método de Newton foram propostos → ainda mais rápidos, mantendo precisão e convergência. Somente em 1990 foi apresentado um estudo teórico profundando das características dos métodos desacoplados; • Foram propostos ainda: variações dos métodos desacoplados básicos, métodos para redes mal condicionadas, métodos para redes de distribuição (média e baixa tensões), etc. De onde vem a energia elétrica? • O que ocorre nos sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica quando uma carga adicional é ligada na rede? o 10−3𝑠: Transitório eletromagnético A energia para suprir a carga adicional vem do próprio circuito elétrico próximo a carga. Pode-se dizer que a nova carga toma parte da energia armazenada em circuitos magnéticos. o 10−1𝑠: Transitório eletromecânico Após o impacto inicial, há uma resposta mecânica do sistema. A energia adicional passa a ser suprida pelos rotores dos geradores, promovendo a queda na frequência da rede. o1𝑠: Atuação dos reguladores de velocidade Quando a frequência cai, há um aumento na potência gerada (Curva PF). Porem, como a frequência deve ser mantida no valor nominal, isto se reflete na necessidade de maior fluxo de água através das turbinas. o102𝑠: Controle carga - frequência - intercâmbio Com o problema na frequência, os intercâmbios entre as várias áreas nas quais a rede é dividida também podem ser afetados pelo acréscimo de carga em uma das áreas. Assim, uma das empresas se responsabiliza pelo controle da frequência da rede como um todo, enquanto as demais empresas tomam conta de seus intercâmbios líquidos com as empresas adjacentes. De onde vem a energia elétrica? o 104 𝑠: Redespacho Econômico/Seguro A atuação do controle PF nem sempre leva ao sistema a um ponto de operação ótimo do ponto de vista econômico ou em relação à segurança da operação. Assim, faz-se necessário uma redistribuição dos fluxos e das potências geradas. o 1 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎: Planejamento da operação do sistema É necessário definir quais geradores estarão em operação e quando estarão. Este problema está ligado diretamente à escala ótima de manutenção preventiva/periódica. o 5 𝑎 20 𝑎𝑛𝑜𝑠: Planejamento da expansão do sistema Acréscimos sucessivos dos níveis de carga acabam levando à necessidade de se adicionarem novos geradores e linhas. De onde vem a energia elétrica? • Trata-se da análise do comportamento elétrico de um sistema em regime permanente, tanto para condições normais de operação, quanto em situações de emergências. “CONSISTE EM SE DETERMINAR AS TENSÕES COMPLEXAS DOS BARRAMENTOS DO SEP” • É talvez o mais importante estudo daqueles frequentemente realizados nos sistemas elétricos. 1 2 3 𝑉1 𝜃1 𝑉2 𝜃2 𝑉3 𝜃3 Fluxo de Carga • Operação o Neste caso procura-se antever o desempenho de um SEP existente, ou seja, com suas configurações estruturadas e parâmetros definidos para condições de carga atual e de curto prazo (3 anos). o Como resultado obtém-se as instruções operativas para que o sistema funcione em condições adequadas, nas condições de carga pesada, média e leve. Também é avaliado o início de funcionamento de novos elementos do sistema. Aplicações • Planejamento o Esta aplicação tem por objetivo a estruturação do SEP, tanto para sua implantação como para sua expansão, a médio e longo prazo (5, 10 anos ou mais), o Os resultados dos estudos de fluxo de carga permitem definir as características principais ds elementos do sistema, bem comoo cronograma de sua implantação. Também são realizados estudos de curto prazo com vistas a ajustar os cronogramas de obras previamente definidas. Aplicações • As simplificações que comumente se fazem em um cálculo de fluxo de carga são: o As cargas nos barramentos do sistema são supostas como constantes, isto é, trabalha-se com um problema estático; o Admite-se que o sistema opera de maneira equilibrada e portanto um representação unifilar é suficiente; o Os elementos passivos do sistema são representados com parâmetros concentrados. Suposições e Aproximações • Geradores: o São representados pelas suas potências ativa e reativa geradas, sejam elas especificadas ou a serem calculadas. • Cargas: o Representadas pelas potência ativa e reativa consumidas. 𝑆𝐾 𝐺 = 𝑃𝐾 𝐺 + 𝑗𝑄𝐾 𝐺 𝑆𝐾 𝐶 = 𝑃𝐾 𝐶 + 𝑗𝑄𝐾 𝐶 Representações • LTs: o São representados pelo circuito π, normalmente com as susceptâncias incluídas. DE PARA R X B 1 2 𝑅𝑘𝑚 𝑋𝑘𝑚 𝐵𝑠ℎ𝑘𝑚 𝑏𝑠ℎ𝑘𝑚 = 𝐵𝑠ℎ𝑘𝑚 2 Representações • Transformadores em fase: o São representados pelo circuito π. 𝐴 = 𝑎𝑦𝑘𝑚 B = 𝑎(𝑎 − 1)𝑦𝑘𝑚 C = (1 − 𝑎)𝑦𝑘𝑚 Representações • Transformadores em fase: o São representados pelo circuito π. o Se 𝑎 < 1? B será Capacitivo e C será Indutivo o Se 𝑎 > 1? B será Indutivo e C será Capacitivo 𝐴 = 𝑎𝑦𝑘𝑚 B = 𝑎(𝑎 − 1)𝑦𝑘𝑚 C = (1 − 𝑎)𝑦𝑘𝑚 Representações
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