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Ressocialização do Preso como direito fundamental

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A BUSCA PELA RESSOCIALIZAÇÃO EM RESPEITO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO PRESO
BRITO, Clovis Dias de 1; CAMPOS, Sandd Lopes Oliveira1; PEREIRA, Roberto César 1; VELOSO, Wandirene Saraiva1. SILVA,
 Leandro Luciano2.
1 Discentes das FIPMoc; 2 Docente das FIPMoc;
Introdução: A análise da atual situação do sistema prisional brasileiro e da repercussão na vida do preso é tema que se torna cada vez mais urgente, tendo em vista a crescente onda de tentativas de fugas e rebeliões nos sistema penitenciário brasileiro Objetivo: Este trabalho buscou verificar se os direitos fundamentais do preso assegurados pela Constituição federal de 1988 têm sido observados pela legislação vigente e sua eficácia no tocante à ressocialização. Metodologia: A pesquisa será qualitativa com abordagem exploratória. Quanto ao procedimento técnico de coleta de dados, será desenvolvida uma pesquisa bibliográfica. Resultados: Verificou-se que não há que se falar em Estado Democrático de Direito sem se observar o respeito e as garantias dos direitos fundamentais da pessoa humana. A Constituição Federal de 1988 assegura ao apenado o exercício de todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, incluindo o respeito à integridade física e moral, garantindo a dignidade do preso bem como diversos direitos voltados à busca pela ressocialização. Para isso prevê a LEP (Lei de Execução Penal) a assistência ao preso e ao internado como dever do Estado, que objetiva prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade, estendendo-se esta ao egresso. Percebe-se que a legislação tenta, de um lado, garantir a dignidade e a humanidade da execução da pena, tornando expressa a extensão de direitos constitucionais aos presos e internos, e, de outro, assegurar as condições para a sua reintegração social. Observa-se ainda que, conforme relatórios de visitas realizados em diversos estados brasileiros, esse ideal de reintegração social do preso ainda é um desafio. De acordo com os relatórios para que tal objetivo se concretize faz-se necessário a abertura de um processo de comunicação e interação entre prisão e sociedade, pois as politicas públicas voltadas para essa finalidade não surtem os efeitos esperados. Ora esbarram na falta de acompanhamento aos egressos do sistema carcerário, ora na má administração dos recursos destinados a esse fim. Em contrapartida, algumas entidades do terceiro setor, com êxito vêm desenvolvendo projetos sociais voltados a ressocialização. 
Conclusão: Pode-se concluir que, sendo o Brasil um Estado democrático de direito, busca-se o respeito e a garantia da efetivação dos direitos e liberdades fundamentais da pessoa humana. Esta realidade faz-se presente ao se analisar o texto constitucional. Todavia, no tocante aos direitos dos presos, previstos na Constituição Federal de 1988 e na Lei d Execução Penal, percebe-se uma realidade inversa tendo em vista que tais direitos são violados constantemente. Verifica-se ainda que a finalidade precípua da pena, qual seja, a recuperação e reinserção social do apenado, é ineficaz. As politicas públicas são ínfimas e quando existem não dão o suporte necessário ao egresso, ocasionando assim a reincidência. 
 
Palavras-chave: Ressocialização. Direitos. Fundamentais. Preso.
Montes Claros – Minas Gerais

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