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Desenvolvimento Cognitivo segundo Piaget

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Mariana Amorim – 109354
Faculdade de Fisioterapia
Neuro Pediatria 
Desenvolvimento Cognitivo segundo Piaget
	Segundo Piaget o desenvolvimento cognitivo é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas cognitivas derivando cada estrutura, de estruturas precedentes. Ou seja, o indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais apto ao equilíbrio. Dividindo em fases ou estágios do desenvolvimento da criança.
	
	Para Piaget, a construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações que provocam o desequilíbrio no esquema (estruturas intelectuais) , necessitando dos processos de assimilação e acomodação para a construção de novos esquemas e assim alcançar o equilíbrio.
	
Assimilação: consiste na tentativa do indivíduo em solucionar uma determinada situação a partir da estrutura cognitiva que ele possui naquele momento específico da sua existência. 
É a incorporação de elementos do meio a estrutura do individuo. 
Exemplo: a criança que tem a ideia mental de uma ave como animal voador, com penas e asas, ao observar um avestruz vai tentar assimilá-lo a um esquema que não corresponde totalmente ao conhecido. 
Acomodação: consiste na capacidade as modificações da estrutura mental antiga para dar conta de dominar um novo objeto do conhecimento.
Exemplo: Assim, depois de aprender que um avestruz não voa, a criança vai adaptar seu conceito “geral” de ave para incluir as que não voam.
Os estágios do desenvolvimento cognitivo
Sensorio Motor
(0 - 2 anos)
Pré Operatório
(2 - 7 anos)
Operatório
Concreto
(7 - 11 anos)
Operatório 
Formal
(12 anos acima)
5
Sensório Motor (0 – 2 anos)
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. Nessa fase o pensamento é constituido por sensações e movimentos. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.
A exploração visual e manual do ambiente.
Experiencia obtida através de ações, imitação
Ações como agarrar, sugar, atirar, bater (inteligencia prática)
Exemplo: O bebê pega o que está em sua mão; “mama” o que é posto em sua boca; “vê” o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca, praticando a ação, imitando. 
O estágio sensorio-motor é dividido em 6 subfases:
1 subfase: REFLEXOS (0 à 1 mês): a criança é o meio são percebidos como um só; os reflexos são acionados quando algo entra no campo perceptivo da criança.
2 subfase: REAÇÕES CIRCULARES PRIMÁRIA (1 ao 4 mês): inicio das imitações; exploração do proprio corpo; a criança não conserva o objeto que sai do seu campo visual
3 subfase: REÇÕES CIRCULARES SECUNDARIAS (4 ao 8 mês): a criança começa a observar o mundo separado dela; inicio da exploração do meio
4 subfase: REAÇÕES CIRCULARES COORDENADAS (8 ao 12 mês): a criança já começa a achar objetos que sairam do seu campo visual; movimentos intencionais com objetivo final
5 subfase: REAÇÕES CIRCULARES TERCIARIAS (12 ao 18 mês): a criança é capaz de procurar objetos desaparecidos; comportamento exploratorio ou de experimentação
6 subfase: INICIO DO SIMBOLISMO (18 ao 24 mês): a criança já consegue pensar em um fato sem preciso vê-lo; 
É nesta fase que surge, na criança, a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação (imagem, simbolo, palavra) e esta substituição é possível, graças à função simbólica e lúdica. Assim este estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica. Também está presente a irreversibilidade, a criança não percebe que algumas mudanças são resersíveis (ex: gelo em água). O pensamento da criança nessa fase é voltada a todo o seu sentimento, por isso é marcada pelo egocentrismo. 
Pré Operatório (2 – 7 anos)
A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade. Ela já tem condições de lidar com algumas operações matematicas básicas. O pensamento ainda esta preso ao concreto. O raciocio se apoia em experiencias reais, não existindo um pensamento abstrato. 
Porém, desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade)
Exemplo: despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa, uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.
Operatório Concreto (7 - 12 anos)
A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a representação imediata nem somente às situações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as situações possíveis logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade. De acordo com Piaget, esta fase diz a respeito à forma adulta de pensar, representando o ápice da maturidade cognitiva 
Exemplo: Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da ideia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.
Operatório Formal (12 anos adiante)
MOREIRA, Marco Antonio. Teoria de Aprendizagem. 1 ed. São Paulo: EPU, 2003.
FARIA, Analia R. O desenvolvimento da criança e do adolescente segundo Piaget. 2 ed. São Paulo: Atica, 1998
Referencias

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