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01) Cliente: Criança A. B., 06 anos e 11 meses, sexo masculino. 02) Queixa: Dificuldade em aceitar a gravidez da mãe (06 meses). 03) Aspectos conceituais: Segundo Bee (1977), em referência a Piaget, esta criança está na fase de operações concretas (06 aos 12 anos), saindo do específico e indo para o geral, sendo capaz de sair das meras representações internas e começar a manipular essas representações de vários modos. Também que no período dos 04 aos 07 anos a criança usa de certo modo a linguagem como um auxílio ou guia para seu comportamento de aprender. Para Bee (1977), em referência a Freud, esta criança está na fase de latência (05 aos 12 anos) nesta fase há um enorme crescimento das capacidades cognitivas, o que sugere a possibilidade de um intercâmbio entre o desenvolvimento interpessoal e emocional. Por um lado e ao mesmo tempo o desenvolvimento cognitivo. Estes dois teóricos trazidos por Helen Bee, dão a nossa proposta um fundamento, pois mostra que esta criança já começa a olhar para o meio e tem a possibilidade imaginativa e conceitual para fazer a atividade de planejar e imaginar, bem como de associar a atividade de chegada de um novo membro ao seu momento de vida atual. 04) Proposta de intervenção: 04.a) Título: Novo membro na família. 04.b) Estratégia: Trazer a família um novo membro, mostrando a criança todo o processo de planejar, preparar e os cuidados necessários. Também levar à reflexão sobre a chegada da criança a família. 04.c) Instrumentos: Peixinho Beta, pequeno caderno, lápis, caneta. 04.d) Procedimento: Semanal, anotado no caderno de atividades: - pesquisar junto aos membros da família o interesse em receber um peixinho beta, lembrando que o voto da maioria decide a questão; - em conjunto com os pais planejar o melhor local para a morada deste peixinho; - decidir que tipo de casa esse peixinho vai ter; - em conjunto com os pais pensar nomes de peixinho e de peixinha; - pesquisar os cuidados necessários para a manutenção e alimentação deste novo membro da família; - aquisição do peixinho beta; - pesquisar tempo médio de vida deste animal. 05) Intervenção: Propiciar à criança a construção em seu mundo do processo de chegada de um novo membro a família. Deixar sempre o link aberto para comparações ao irmão ou irmã que está a caminho, explorando seus sentimentos, sua visão de mundo e os aspectos traumáticos que mantêm encobertos. Incentivar o contato com os familiares, principalmente pai e mãe no tocante ao assunto do peixe, porém sempre conectando e refletindo sobre o processo de maternidade da mãe. Trabalhar assim através da ferramenta “peixinho” a questão do sexo da criança (masculino e feminino), o espaço que vai ocupar seja físico ou sentimental, a mudança da rotina que deve ocorrer, a atenção compartilhada por todos os membros da família, a possibilidade de morte do animal, bem como todos os campos que possam ser explorados dentro desta temática. 06) Reflexões: A escolha do peixe foi realizada sobre investigação anterior onde se obteve a informação da simpatia da criança por este tipo de animal, bem como sobre a facilidade de manutenção. Processo também decidido e aceito antecipadamente pela família. 07) Resultado: Espera-se com este processo de intervenção conseguir trabalhar os aspectos relacionados à gravidez da mãe, utilizando como meio a pesquisa, planejamento e aquisição do peixinho beta. Pensar sobre o sexo masculino e feminino, mostrando a criança que existem duas possibilidades. Mostrar que haverá intervenção no espaço físico da casa, bem como uma mudança na rotina da família. Preparar a criança para um possível processo de luto. 08) Bibliografia: BEE, H. A criança em desenvolvimento. São Paulo, Editora Harbra, 1977.
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