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HISTORIA DA CULTURA TRABALHO FINAL INDUSTRIA CULTURAL

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Indústria Cultural
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
PROFESSORA: RAISSA DE KELLER
DEPARTAMENTO DE TURISMO | UFOP
TRABALHO FINAL
28 de agosto de 2017
OURO PRETO - MG
RESUMO
Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração, baseadas na cultura, visando o lucro. Sua origem se deu através da sociedade capitalista que transformou a cultura num produto comercializado. A principal forma cultural construída por essas indústrias é a televisão, que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo. Nela podem-se observar diferentes temas e culturas expostas a qualquer horário e idade. Os conteúdos nela existentes possuem mensagens subliminares que conseguem escapar da consciência, o que tende a provocar alienação. Diante disso, pode-se perceber este meio cultural como um produto bom que é capaz de mostrar conteúdos reveladores e contribuir para o desenvolvimento humano e um produto ruim capaz de alienar uma pessoa, levando-a a pensar e agir como lhe é proposto sem qualquer tipo de argumentação. Neste trabalho, irei abordar o surgimento da cultura de massa em consequência da indústria cultural e como ela pode atingir nosso cotidiano refletindo no nosso modo de viver sabendo-se que a produção realizada pela indústria cultural é centralizada no interesse lucrativo e que impõe um determinado padrão a ser mostrado que transforma o espectador numa pessoa de pouco (ou nenhum) pensamento crítico em relação aos produtos que compra e consome, alienado, padronizado e coisificado. 
PALAVRAS-CHAVE: Cultura de massa. Industria. Comercialização. Entretenimento. Lucro. Conteúdo. Padrão. Capitalismo. Coisificação. Bens. Consumo. Cultura. Poder de compra.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................ 5
REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................8
CONCLUSÃO.................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................10
INTRODUÇÃO
A existência de meios de comunicação capazes de colocar uma mensagem ao alcance de grande número de indivíduos não basta para caracterizar a existência de uma Indústria Cultural e de uma cultura de massa.
 A Indústria Cultural é fruto da sociedade industrializada, de tipo capitalista liberal. Mais especificamente, a indústria cultural concretiza-se apenas numa segunda fase dessa sociedade, a que pode ser descrita como a do capitalismo de organização (ou monopolista) ou, ainda, como sendo a sociedade dita de consumo. 
Com seus produtos, a Indústria Cultural pratica o reforço das normas sociais, repetidas até a exaustão sem discussão. Em consequência, uma outra função: a de promover o conformismo funcional. Ela fabrica seus produtos cuja finalidade é a de serem trocados por moeda; promove a deturpação e a degradação do gosto popular; simplifica ao máximo seus produtos, a obter uma atitude sempre passiva do consumidor; assume uma atitude paternalista, dirigindo o consumidor ao invés de colocar-se a sua disposição.
 Ao lado da defesa da Indústria Cultural está a tese de que não é fator de alienação na medida em que sua própria dinâmica interior a leva a produções que acabam por beneficiar o desenvolvimento do homem. A favor desta ideia lembra-se, por exemplo que as crianças hoje dominam muito mais cedo a linguagem graças a veículos como a TV. O acúmulo de informação acaba por transformar-se em formação dos indivíduos, isto é, a quantidade provocando alterações na qualidade. Ou que a Indústria Cultural acaba por unificar não apenas as nacionalidades, mas também as próprias massas. 
A indústria cultural, nem de longe produz produtos artísticos, pois, seus produtos não representam uma classe (inferior, superior, dominante ou dominada) mas, são dependentes do mercado, ou seja, estabelece uma padronização dos produtos, apenas para promover uma satisfação compensatória de públicos específicos como adolescentes, crianças, etc.
Sabendo-se que esse sistema de produção em massa resulta de condicionamentos caracterizados pela vontade, em que tudo é produzido em função da satisfação das necessidades humanas é importante lembrar que ela está presente no nosso cotidiano ao longo de nossas vidas e pensar formas de trabalhar seus impactos do ponto de vista ético.
Partindo da leitura do livro “O que é indústria cultural” de Teixeira Coelho, a existência dos meios de comunicação de massa não necessariamente caracteriza a existência de uma cultura de massa, uma consequência da indústria cultural. Acredita-se que a cultura de massa surge com a produção dos primeiros jornais e romances de folhetim que eram produtos que abrangiam um grande público de maneira rápida, uma arte fácil, que descrevia vivencias cotidianas da época. No livro, Teixeira faz uma breve comparação com as telenovelas de hoje em dia.
 Explica também que, uma característica forte de cultura de massa é o fato de não ser feito por aqueles que consumem e a massificação de obras e produtos, por exemplo, o cartaz que é uma massificação da pintura, fato que marca o aparecimento da cultura de massa.
É claro que, não se pode falar em indústria cultural antes da revolução industrial, no século XVIII, entretanto o surgimento desse termo só começa a ser pensado e praticado na segunda metade do século XIX com a existência de uma economia de mercado maior e a criação de uma sociedade de consumo. 
Após a concretização de um mercado baseado no consumo de bens, surge por consequência, uma série de características marcantes da sociedade capitalista liberal. Em seu livro, Teixeira dá atenção especial a duas delas: A coisificação e a alienação. Ele explica que de acordo com essa nova sociedade de consumo passa a existir também um padrão de avaliação. Tudo passa a ser julgado como coisa, logo, tudo se transforma em coisa, inclusive o homem. Partindo disso, a cultura, que começa a ser produzida em série, passa a ser vista apenas como um mero objeto trocável por dinheiro esquecendo de pensa-la como um instrumento de crítica e conhecimento. 
[...]“Produto feito de acordo com as normas gerais em vigor: produto padronizado como uma espécie de kit para montar, um tipo de pré-confecção feito para atender as necessidades e gostos de um público que não tem tempo para questionar o que consome. Uma cultura que não vale mais como algo a ser usado pelo indivíduo ou grupo que a produziu e que funciona quase que exclusivamente, como valor de troca (por dinheiro) para quem produz”. - Trecho do livro “o que é indústria cultural” de Teixeira Coelho. 
A indústria cultural não representa uma classe social pois suas produções não são originais e nem específicas, entretanto, segundo Dwight Mcdonald é possível discutir a existência de três formas de manifestação cultural: Superior, média e de massa podendo ser estabelecida uma relação entre classes sociais e categorias culturais. 
Teixeira cita em seu livro que esse assunto é capaz de gerar longas horas de discussão e fala sobre a passagem de um produto cultura classificado como “masscult” para as culturas media e superior citando como exemplo o jazz que saiu das favelas e bordéis negros para as plateias brancas dos teatros e diz que: “a oposição entre cultura superior e de massa é considerada imprescindível para a caracterização da indústria cultural”.
Com isso, pode-se fazer um paralelo com o confronto entre cultura popular e cultura de massa que por sua vez estabelecem um relacionamento de segregação quando na verdade deveria ser de inclusão e complementação, pois, a cultura popular não é a única fonte de uma cultura nacional, não havendo razão para usa-la como escudo contra a cultura de massa.
Enfim, a culturadiz respeito a humanidade como um todo cada realidade cultural tem a sua lógica interna e é importante para o auto reconhecimento do indivíduo dentro de um grupo e a indústria cultural vai quebrando isso com a produção de cultura de massa que, como já tido anteriormente, padroniza e coisifica deixando assim de existir as crenças e saberes populares, por exemplo. 
REFERENCIAL TEÓRICO
Partindo dos conceitos de indústria cultural, segundo Adorno e Horkheimer, eles acreditam que esta possui padrões que se repetem com a intenção de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo.
“A Indústria Cultural impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente. ”
Segundo Adorno, na Indústria Cultural, tudo se torna negócio. Enquanto negócios, seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programada exploração de bens considerados culturais. Um exemplo disso, dirá ele, é o cinema. O que antes era um mecanismo de lazer, ou seja, uma arte, agora se tornou um meio eficaz de manipulação. Portanto, podemos dizer que a Indústria Cultural traz consigo todos os elementos característicos do mundo industrial moderno e nele exerce um papel especifico, qual seja, o de portadora da ideologia dominante, a qual outorga sentido a todo o sistema.
Partindo também das pesquisas feitas no livro “ o que é indústria cultural” é possível dar uma atenção à analise estrutural dos veículos da indústria cultural e a relação com o fenômeno da alienação. No livro, Teixeira cita uma das lições de Marx: “todo produto traz em si os vestígios, as marcas do sistema produtor que o engendrou. Estes traços estão no produto, mas geralmente permanecem “invisíveis”. Tornam-se visíveis quando o produto é submetido a uma certa análise, a que parte do conceito segundo o qual a natureza de um produto somente é inteligível quando relaciona com as regras sociais que deram origem a esse produto”. 
A partir dessa citação ele começa a analisar que, a indústria cultural e todos os seus veículos, independem do conteúdo das mensagens divulgadas, ou seja, qualquer produto carrega consigo traços de uma ideologia, no caso da indústria cultural trazem em si a ideologia do capitalismo. 
CONCLUSÃO
Por fim, após longas horas de pesquisas, é possível perceber o peso da indústria cultural em nosso cotidiano e, para além dele, na formação de indivíduos e suas culturas particulares. E o quão influenciador ela é, fato que deve nos fazer ter muito cuidado com isso, pois, é necessário que tenhamos em mente a importância de sermos seres críticos e pensantes e se ficarmos massificados, conformados apenas em sermos seres receptivos isso pode nos alienar. 
Seguindo a linha de pensamento da alienação e dando como exemplo o noticiário que são veículos de informação que abrange uma gama enorme da população, senão toda, que estão especialmente interessadas em divulgar os pontos de vista políticos e sociais de um determinado grupo de pessoas de poder, com isso, as pessoas acabam por aceitar aquelas notícias e fazem dela uma realidade para si. 
Fazendo um paralelo com o conteúdo trabalhado nas aulas, pude entender de forma mais concisa o valor da “coisificação” e “padronização” de uma cultura. O patrimônio histórico imaterial, é algo muito específico de um local, como por exemplo, o capim dourado que é uma planta da região de Tocantins que com a palha é possível produzir artesanatos, tais como: Pulseira, bolsas, brincos, anéis, sapatos e uma infinidade de coisas, e é um saber tradicional e popular de trabalho manual, que se passa de geração a geração e se um dia esse conhecimento não for mais passado a técnica será perdida ao longo do tempo. Enfim, foi possível, de forma breve, compreender a importância de ponderar a massificação e a coisificação dos produtos e saber que a cultura de massa existe e nós temos que saber lidar com ela da melhor maneira possível, sem que nós a deixe nos transformar em seres não pensantes, apenas massa de manobra, pois, muito além disso, nós somos capazes de absorver essas informações e digeri-las de maneira correta. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Coelho, Teixeira. (1985) O que é indústria cultural. São Paulo, editora Brasiliense.
Feijó, Martin. (1989) O que é política cultural. São Paulo, editora Brasiliense.
ADORNO, Theodor. Indústria Cultural e Sociedade.Rio de Janeiro: Editora Paz Terra, 2009.
Jéssica Rezende Corrêa de Sá. Arte POP, indústria cultural e publicidade: Um estudo iniciante sobre a sedução. http://www.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/CCL/Pesquisa_e_Extensao/Arte_Pop_industria_cultural_e_publicidade_Um_estudo_iniciante_sobre_a_seducao.pdf

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