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Uma Breve Descrição da Psicanálise (1924 [1923])

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Monitoria de Psicanálise Barueri
 
quarta‐feira, 13 de março de 2013
Uma Breve Descrição da Psicanálise (1924 [1923])
Freud I ­ RESUMO ­ 1ª Unidade
Uma Breve Descrição da Psicanálise (1924 [1923])
vol. XIX Obras Completas de Sigmund Freud.
           
­ A psicanálise nasceu com o século XX – A interpretação dos sonhos, 1900. Ela não caiu pronta dos céus.
Portanto, devem­se entender as influências que determinaram sua origem e não desprezar circunstâncias de sua
época.
­ Inicialmente, Freud tinha o objetivo de compreender a natureza das chamadas “doenças nervosas funcionais”, já
que o modelo médico para o tratamento dessas doenças baseado em fatos químicos­físicos e patológico­
anatômicos estava impotente.
­ Nesta época ainda, os médicos não sabiam o que fazer com o fator psíquico e nem podiam entendê­lo,
deixando­o aos filósofos, místicos e charlatões.
­ Na década de 1880, Freud entrou em contato com a hipnose e três lições puderam ser extraídas:
            1) Tinham­se provas de que influências mentais poderiam ocasionar mudanças somáticas;
            2) Impressão mais clara de que processos mentais inconscientes existiam. Pela primeira vez, o
inconsciente se tornou algo concreto, tangível e sujeito a experimentação.
            3) um auxílio poderia ser dado ao estudo das neuroses, principalmente da histeria.
­ Charcot, um médico parisiense, suspeitou através de seus experimentos, que certas paralisias histéricas
poderiam ser ocorridas após um trauma. Assim, ao sugerir um trauma sob o estado hipnótico, o paciente
apresentava paralisias do mesmo tipo que as histéricas, propondo que influências traumáticas poderiam ter um
desempenho na produção dos sintomas.
­ O médico vienense Breuer, em 1881, pôde, com o auxílio da hipnose, estudar e reconstituir a saúde de uma
jovem que sofria de histeria. Esse caso retém sua significação única para nossa compreensão das neuroses até
o dia de hoje.
­ Anna O. ficou enferma enquanto cuidada de seu pai doente, o qual era muito ligada. Breuer estabeleceu que
todos os sintomas da jovem estavam relacionados a esse período de enfermagem e poderiam ser explicados.
­ Surge, então, a característica universal dos sintomas: situações que envolviam um impulso para uma ação a
qual não fora levada a cabo, mas que por algum motivo, foi reprimida. Então, esse impulso é “deslocado” para
outra direção, constituindo o sintoma.
­ O procedimento terapêutico utilizado por Breuer era induzir o paciente sob hipnose a relembrar os traumas
esquecidos e reagir a eles afetivamente. Quando isso era feito o sintoma desaparecia temporariamente. Ou seja,
os sintomas histéricos surgiam quando o afeto de um processo mental investido era impedido de seguir seu
curso normal pela ação de processos defensivos, e assim, era desviado para uma inervação somática. Mas,
poderiam seguir outra direção se a experiência fosse revivida sob estado hipnótico.
­ Esse método terapêutico de relembrar o momento traumático e reviver o conteúdo afetivo nele contido era
chamado de catarse. Tal método foi precursor imediato da psicanálise e todo o estudo está publicado em
Estudos sobre Histeria, 1895.
II
­ Após o término da parceria entre Breuer e Freud, este decidiu abandonar a hipnose por duas razões:
            1) Ele não conseguia induzir hipnose em um número suficiente de pacientes
            2) Estava insatisfeito com os resultados terapêuticos da catarse sob hipnose, pois eram de curta
duração.
­ Freud decidiu substituir a hipnose pela associação livre para restituir à lembrança do paciente o que havia
esquecido. Para isso, pedia para o paciente abster de qualquer reflexão consciente para que as idéias
(inconscientes) espontaneamente lhe ocorressem.
­ Esse material não trazia à tona o que realmente foi esquecido, mas alusões que com auxílio da interpretação
do analista, poderia adivinhar ou reconstituir o material esquecido. Desta maneira, associação livre e
interpretação desempenhavam a mesma função da hipnose.
­ Com a associação livre, descobriu­se que o trabalho de revelar o que havia sido patogenicamente esquecido
estava sob a ação de fortes resistências, as quais mantinham os conteúdos reprimidos presos no inconsciente.
­ Teoria da repressão: ação de forças que impedem o curso normal dos impulsos e de os tornarem conscientes,
manifestando­se em caminhos fora do comum, como os sintomas. Os conteúdos reprimidos baseavam­se em
ser grosseiro, proibidos ( como desejos sexuais. )
­ Assim, Freud, ao estudar mais profundamente os desejos sexuais, constatou a existência de que experiências
e conflitos dos primeiros anos da infância representam uma parte fundamental no desenvolvimento do indivíduo.
Vale ressaltar a necessidade de ampliar o conceito de sexualidade para o além do senso comum.
­ Freud resume os fatores para a constituição da teoria psicanalítica:
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Postado por Monitoria Psicanalise às 20:53 
Marcadores: Freud I
­ Freud resume os fatores para a constituição da teoria psicanalítica:
            a) ênfase na vida instintual (afetividade)
            b) dinâmica mental
            c) fenômenos mentais possuem um significado e causação
            d) teoria do conflito psíquico e da natureza patogênica da repressão
            e) sintomas constituem satisfações substitutas
            f) importância etiológica da vida sexual, inclusive infantil
            g) Complexo de Édipo, núcleo de todo caso de neurose
­ Tal teoria provocou espanto, repugnância e ceticismo em estranhos, principalmente devido à constatação da
existência do inconsciente, sexualidade infantil e a ênfase concedida ao fator sexual na vida mental.
III
­ o estudo dos sintomas histéricos abriu caminhos para a psicanálise compreender o funcionamento do
psiquismo “normal” e não só patológico. E isso, devido à vinculação de dois fenômenos:
            a) Parapraxias
            b) Sonhos
­ Esses acontecimentos, assim como os sintomas, têm um significado ou surgem devido a uma intenção
consciente com a qual interfere uma outra suprimida ou realmente inconsciente.
­ Os sonhos podem parecer estranhos e sem sentido devido a uma deformação das forças censurantes. Porém,
através da análise pode se revelar como expressão de uma satisfação ou realização de um desejo. Portanto, o
sonho é uma realização (disfarçada) de um desejo (reprimido).
­ Elaboração onírica é o trabalho de transformar (disfarçar) o desejo latente (secreto) em conteúdo manifesto (o
que aparece no sonho).
­ O estudo sobre os sonhos pôde proporcionar à psicanálise uma dupla significação:
            1) constituiu uma nova psicologia;2) reivindicou a atenção de todos que eram estudiosos de uma ciência mental            
­ A teoria psicanalítica pôde provar que as mesmas forças e os mesmos processos que se realizam entre os
sonhos operam tanto na vida mental moral quanto patológica.
­ A psicanálise não foi recebida amistosamente ao mundo científico, pois submetia todo indivíduo à reação
analítica por revelar aquilo que por acordo universal foi reprimido para o inconsciente.
­ Apesar da resistência à psicanálise, ela teve uma expansão em duas direções:
            1) sobre o mapa;
            2) periódicos dedicados à psicanálise
­ Na segunda década da psicanálise, Freud não estava mais sozinho. Tinha vários seguidores ao seu lado para
difundir a teoria, além de ampliar, suplementar e conduzir para um maior aprofundamento.
IV
­ No decorrer de seu desenvolvimento, a técnica psicanalítica se tornou tão definida e delicada quanto a qualquer
outro ramo da medicina. Portanto, o analista necessita fazer uma formação especial. A fundação da primeira
clínica psicanalítica, em Berlim, 1920, tornou­se um passo de grande importância prática para os novos
analistas.
­ Um dos primeiros conceitos hipotéticos a ajudarem no tratamento analítico é o da libido, que significa uma força
dos instintos sexuais (sentido amplo exigido pela psicanálise) dirigidos a um objeto. Ao lado dessa libido objetal,
Freud conceituou a libido narcísica que é dirigida ao próprio ego do indivíduo.
­ Neurose de transferência (histeria e neurose obsessiva) constituem os objetos do objeto psicanalítico.
­ Neurose narcísica (psicose) oferece dificuldades fundamentais à influência terapêutica.
­ O estudo psicanalítico das neuroses constitui a única preparação para uma compreensão das psicoses.
V
­ Além dos estudos sobre os sonhos, a psicanálise ainda precisava de outro passo para poder ser considerada
como a teoria dos processos mentais mais profundos. Esse passo era a transição da psicologia individual para a
de grupo.
­ A principal força motivadora para o desenvolvimento cultural do homem foi a exigência de renunciar impulsos
instituais impossíveis de ser socialmente satisfeitos. Assim, a psicanálise demonstrou que os impulsos
instintuais sucumbiram a supressão cultural, sendo que uma parte deles são sublimados (buscam outra via de
satisfação) e outra parte, persistem insatisfeitos no inconsciente, pressionando por alguma satisfação, ainda que
deformada.
­ Outra forma social está nas artes, contos, mitos. Freud percebeu que entre essas criações estão vinculadas
com um inconsciente incompreensível, mas que podem ser interpretados como sonhos.
­ Como um terceiro argumento, a psicanálise nos demonstrou a grande importância do Complexo de Édipo, uma
relação emocional de uma criança com seus pais.
(Indicação do filme " Freud além da alma")
Março/2013 ­ Elaborado por Camila Sanzi e Karina de Queiroz Bueno, Equipe de Monitores de Psicanálise ­
PUC/SP – Campus Barueri .
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