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Aula 6 (1)

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Contabilidade Tributária II
Prof. Marcos Lima
 Aula 6.0
1 – Regime Cumulativo:
- Programa de Integração Social (PIS) 
- Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 
2 – Exercícios de Fixação
Obs.: mudanças poderão ocorrer na sistemática de apuração desses dois tributos, tanto na base de cálculo como nas alíquotas. Enquanto isso não ocorrer mediante Lei, iremos aprender o que se encontra em vigência.
Histórico e Definições Iniciais
 O Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) são contribuições sociais criadas na década de 70, tendo sido sua sistemática inicial modificada pela CF/88. 
 Atualmente, o PIS destina-se especialmente ao pagamento do seguro-desemprego, e outras finalidades governamentais, dentre as quais permitir angariar recursos para fomentar projetos econômicos de desenvolvimento, tais como os conduzidos pelo BNDES.
 O PIS é gerenciado (operado) pela Caixa Econômica Federal.
 A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social tem como destino arrecadatório a seguridade social do Governo Federal.
 Portanto, conclui-se que ambas são contribuições de exclusiva competência da União. 
Histórico e Definições Iniciais
Fatos Geradores
 A CF/88 definiu o fato gerador para as contribuições sociais, conforme o “capítulo II – Da Seguridade Social”, observado abaixo:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;  → PIS 
b) a receita ou o faturamento; → PIS e COFINS
c) o lucro; 
II)... e III)... 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. → PIS e COFINS
Histórico e Definições Iniciais
Contribuintes e Periodicidade de Apuração (Lei 9.715/98):
 
 Art. 2o A contribuição para o PIS/PASEP será apurada mensalmente:
 I - pelas pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, com base no faturamento do mês; → PIS e COFINS
 II - Revogado.
 III - pelas pessoas jurídicas de direito público interno, com base no valor mensal das receitas correntes arrecadadas e das transferências correntes e de capital recebidas. → PASEP
Histórico e Definições Iniciais
Entidades Imunes e Isentas (MP 2.158-35/2001):
 As entidades imunes e isentas deverão recolher o PIS sobre a folha de salários (exceto salário-família, aviso prévio indenizado e FGTS pago na rescisão contratual de trabalho), à alíquota de 1%.
Citam-se abaixo algumas dessas entidades:
Templos de qualquer culto;
Partidos políticos;
Sindicatos, federações e confederações;
Conselhos de Fiscalização de profissões regulamentadas;
Instituições de educação e de assistência social a que se refere o art. 12 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997;
Serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;
Instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, a que se refere o art. 15 da Lei no 9.532, de 1997; e
Outras.
Histórico e Definições Iniciais
Entidades Imunes e Isentas (MP 2.158-35/2001):
 Quanto à COFINS, tanto as entidades imunes e as isentas não recolhem nenhum valor, à exceção de, no caso das isentas, haver receita de atividades que não sejam consideradas próprias (principais), pois essas não são alcançadas pela isenção.
 Neste caso, as isentas que estiverem no regime cumulativo não recolherão COFINS sobre tais receitas, por estarem submetidas ao conceito de receita bruta estabelecido na Lei 12.973/2014; porém, no caso das isentas que estiverem no regime não cumulativo, essas recolherão COFINS à alíquota de 7,6% sobre a receita não isenta.
 Ao longo das aulas, veremos que há receitas que não são tributáveis pelo PIS/COFINS, independentemente da situação jurídica da PJ, como por exemplo as receitas obtidas com exportação e tributação monofásica(ou substituição tributária).
Histórico e Definições Iniciais
Regimes do PIS e da COFINS: 
 Veremos adiante, nesta aula 6 e na aula 7, de forma detalhada, os dois regimes de tributação do PIS e da COFINS:
Regime cumulativo; e
Regime não cumulativo.
 Entre ambos há diferenças de enquadramento legal, base de cálculo, aproveitamento de créditos e alíquotas.
 
Histórico e Definições Iniciais
Pagamento do PIS e da COFINS:
 O recolhimento é feito por DARF, em uma única quota, tendo como regra geral o prazo do 25º dia do mês subsequente ao da apuração da ocorrência dos fatos geradores.
MP 2.158-35/2001
Art. 18. O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS deverá ser efetuado: (Redação dada pela Lei nº 11.933, de 2009):
I - até o 20o (vigésimo) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, pelas pessoas jurídicas referidas no § 1º do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; e (incluído pela Lei nº 11.933, de 2009).
II - até o 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, pelas demais pessoas jurídicas.(Incluído pela Lei nº 11.933, de 2009).
Parágrafo único. Se o dia do vencimento de que trata este artigo não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder. (Incluído pela Lei nº 11.933, de 2009).
 
 É a regra “geral”, pois instituições financeiras e equiparadas, empresas de seguros privados e capitalização, sociedades de crédito, empresas de arrendamento mercantil e de previdência privada (abertas e fechadas) recolherem até o 20º dia do mês subsequente aos dos fatos geradores, ou o último dia anterior, se o dia 20 não for dia útil.
 
 Atenção que para essas entidades, o PIS é de 0,65% e COFINS de 4% sobre o faturamento, o qual corresponde à receita bruta. É permissível uma série de exclusões típicas dessas entidades. Ex: para as instituições financeiras, deduz-se as despesas com intermediação financeira (ver IN SRFB 1.285/2012).
Histórico e Definições Iniciais
Obrigações Acessórias do PIS e da COFINS (IN RFB 1252/2012):
 
 Leiaute EFD-Contribuições (ambiente SPED)
 
SPED: SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL
Histórico e Definições Iniciais
Obrigações Acessórias do PIS e da COFINS (IN RFB 1252/2012):
Art. 2º A Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) - (EFD-PIS/Cofins), instituída pela Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 5 de julho de 2010, passa a denominar-se Escrituração Fiscal Digital das Contribuições incidentes sobre a Receita (EFD-Contribuições), a qual obedecerá ao disposto na presente Instrução Normativa, devendo ser observada pelos contribuintes da:
I - Contribuição para o PIS/Pasep;
II - Cofins; e
III - ...
Art. 3º A EFD-Contribuições emitida de forma eletrônica deverá ser assinada digitalmente pelo representante legal da empresa ou procurador constituído ...
Parágrafo único. A EFD-Contribuições de que trata o caput deverá ser transmitida, ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) (...) pelas pessoas jurídicas a ela obrigadas nos termos desta Instrução Normativa e será considerada válida após a confirmação de recebimento do arquivo que a contém.
 
 
Histórico e Definições Iniciais
Obrigações Acessórias do PIS e da COFINS (IN RFB 1252/2012):
 
 Leiaute EFD-Contribuições
Histórico e Definições Iniciais
Obrigações Acessórias (IN RFB 1.252/2012):
 As PJ tributadas pelo Lucro Presumido, Arbitrado e Real são obrigadas à elaborar a EFD – Contribuições e enviá-la mensalmente até o 10º dia útil do segundo mês subsequente ao que se refere a escrituração, inclusive nos casos de extinção, incorporação, fusão, cisão parcial ou total. 
 
 As entidades imunes e isentas também são obrigadas a elaborar a EFD – Contribuições, exceto se a soma mensal dos valores apurados de PIS e COFINS for igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).
 
 Há várias entidades dispensadas da elaboração, citando-se as empresas enquadradas no SIMPLES NACIONAL, órgãos públicos, fundações e autarquias públicas, condomínios edilícios, cartórios etc conforme previsto no art. 5º da IN RFB 1.252/2012. 
 
REGIME CUMULATIVO: PIS e COFINS
Enquadramento Legal – Regime Cumulativo
a) PJ que declarem IRPJ pelo regime do lucro presumido ou arbitrado;
b) serviços de transporte coletivo rodoviário, aéreo, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros;
d) receitas de serviços de telecomunicações;
c) receitas e serviço médicos decorrentes de hospitais, clínicas médicas, de odontologia e outras afins;
e) receitas de serviços de telemarketing, e de venda de jornais e periódicos;
f) receitas decorrentes de prestação de serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
g) receitas de parques temáticos, organização de eventos e serviços de hotelaria; 
h) os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais; 
i) as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e médio e educação superior;
j) as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil; 
l) as receitas decorrentes da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e turismo; e 
m) outras previstas na Lei. 
Leis 9.718/98, 10.637/2002 e 10.833/2003
 
Alíquotas e Base de Cálculo
PIS: ALÍQUOTA DE 0,65%
COFINS: ALÍQUOTA DE 3%
BASE DE CÁLCULO: RECEITA BRUTA - EXCLUSÕES
Lei 11.941/2009, consolidada pela Lei 12.973/2014.
 Lembrete: as Entidades imunes e isentas pagam PIS apenas sobre a folha de salários (1%), não pagando PIS e COFINS sobre as receitas de suas atividades próprias (principais ou finalísticas).
Receita Bruta 
 A Lei 9.718/98 teve seus conceitos nos art. 2º e 3º alterados pelas Leis 11.941/2009 e 12.973/2014. Com isso, ficou definitivamente estabelecido que a receita bruta da PJ é a base de cálculo para incidência das alíquotas do PIS (0,65%) e COFINS (3%) no regime cumulativo. Portanto, as demais receitas que compõem a escrituração da PJ, porém não registradas na receita bruta, não estarão na base de cálculo nesse regime, tais como receitas financeiras, receitas extraordinárias (não constantes no objeto social ou estatuto), a de valor justo, ganhos de capital etc.
 Relembra-se que no Lucro Presumido pode-se optar pelo regime de caixa ou de competência, para apuração também do PIS e da COFINS. Importa é que os 4 tributos federais (IRPJ/CSLL/PIS/COFINS) estejam sob o mesmo regime. 
 
Receita Bruta 
 Para relembrarmos a Lei 12.973/2014, segue o conceito de receita bruta, o qual aplica-se ao PIS e COFINS:
“Art. 12. A receita bruta compreende:
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos incisos I a III.”.
 
Atenção: decisão recente do STF (acórdão publicado - RE 574.706) permitiu a exclusão do ICMS da receita bruta para fins de apuração da base de cálculo do PIS e da COFINS em operações no país. Essa medida vale para os contribuintes que tenham ajuizado a ação. A União requereu judicialmente que seus efeitos sejam aplicados somente a partir de 2018.
 
 Com a decisão do STF, muitas empresas entendem que já podem calcular o PIS e a COFINS sem o valor do ICMS. Mas antes, é preciso conhecer a posição da Receita Federal (RFB). Por meio da Solução de Consulta n° 6.012/2017, esclareceu acerca da decisão do STF que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS.
 Para a RFB, em razão da ausência definitiva do mérito, o ICMS devido pela PJ na condição de contribuinte (em virtude de operações ou prestações próprias) compõe a receita bruta, não havendo previsão legal que possibilite a sua exclusão da base de cálculo do PIS e COFINS.
 Há ausência de Ato Declaratório do Procurador Geral da Fazenda Nacional sobre matéria objeto de jurisprudência pacífica do STF, de acordo com a RFB. Ela é atualmente objeto de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), aguardando decisão definitiva de mérito, para que seja vinculante para a Administração Pública.
 
Exclusões da base de cálculo que afetam o regime cumulativo
a) As vendas canceladas e as devoluções de vendas;
b) Os descontos incondicionais concedidos no ato da venda; 
c) O IPI destacado nas notas fiscais de venda (quando incluso na receita bruta), o ICMS-ST (substituição tributária) e as receitas com produtos que tenham sofrido substituição tributária (= “antiga tributação monofásica”);
d) As receitas de exportação de mercadorias e serviços para o exterior que representem ingresso de divisas para o país;
e) receitas decorrentes de saídas isentas da contribuição ou sujeitas à alíquota zero;
Lei 9.718/1998.
Tributação monofásica (= substituição tributária): incidência das contribuições em uma única operação de venda, normalmente no fabricante ou no importador, alíquotas diferenciadas e mais elevadas.
(continuação):
f) As receitas decorrentes dos recursos recebidos a título de repasse, oriundos do Orçamento Geral da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelas empresas públicas e sociedades de economia mista (Ex: BNDES e PETROBRAS, respectivamente);
g) As receitas do fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou consumo de bordo em embarcações e aeronaves em tráfego internacional (pagamento efetuado em moeda conversível); e
h) As receitas do transporte internacional de cargas ou passageiros. 
Ver também as Lei 10.637/2002 e10.833/2003, e MP 2.158-35/2001
Caso especial: Receitas obtidas com o Poder Público
 No caso de construção por empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado de bens ou serviços, com prazo de execução superior a 1 ano, à pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, a pessoa jurídica contratada ou subcontratada poderá diferir o pagamento das contribuições adotando-se o regime de caixa, excluindo-se, da base de cálculo, o valor da contraprestação (receita) ainda não recebida, e somente incluindo o valor das parcelas na base de cálculo do mês quando do seu efetivo recebimento.
Lei 9.718/1998 - Art. 7º - No caso de construção por empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado de bens ou serviços, contratados por pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, o pagamento das contribuições de que trata o art. 2º desta Lei poderá ser diferido, pelo contratado, até a data do recebimento do preço. Esse texto foi complementado pelo § 13 do art. 52 da Lei 12.973/2014. 
Exemplificar para a turma no quadro da sala de aula
EXEMPLO DE CÁLCULO 
NO REGIME CUMULATIVO
 Suponha que uma PJ declare seu IR pelo lucro presumido e tenha levantado seu balancete de março de 2015 com os seguintes dados:
Receitas:
Vendas de mercadorias............R$ 2.200.000,00, 
sendo R$ 1.000.000,00 para o exterior do país; 
Prestação de Serviços...............R$ 2.400.000,00
Receita de Dividendos..............R$
120.000,00
Resultado positivo de Equivalência Patrimonial....R$ 150.000,00
Receitas Financeiras.................R$ 40.000,00
Recuperação de créditos do ano anterior ..............R$ 50.000,00
Venda de Ativo Imobilizado.....R$ 40.000,00
Total........................................ R$ 5.000.000,00
Deduções das Receitas :
ICMS sobre vendas.............................................R$ 360.000,00
ISS sobre serviços...............................................R$ 120.000,00
Vendas canceladas...............................................R$ 200.000,00
Descontos incondicionais concedidos (vendas)...R$ 100.000,00
Total .....................................................................R$ 780.000,00
Apuremos a base de cálculo :
BC = (2.200.000 – 200.000 – 100.000 – 1.000.000) + 2.400.000
BC = 900.000 + 2.400.000 = 3.300.000,00
PIS = 21.450,00 (0,65% de R$ 3.300.000,00)
COFINS = 99.000,00 (3% de R$ 3.300.000,00).
 Registros: 
 Despesa Dedução PIS
 a PIS a pagar............. R$ 21.450,00 
  Despesa Dedução COFINS
 a COFINS a pagar..... R$ 99.000,00 
 BASE DE CÁLCULO = RECEITA BRUTA – EXCLUSÕES
 
 
Disposições contidas na Lei 12.973/2014
 A imensa maioria das definições contidas nos art. 52 a 56 referem-se ao regime não cumulativo, objeto de estudo da aula 7.
 Ressalta-se apenas uma inclusão contida no art. 56, ainda não citada anteriormente nesta aula:
Art. 56. No caso de contrato de concessão de serviços públicos, a receita decorrente da construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo financeiro representativo de direito contratual incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro, integrará a base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, à medida do efetivo recebimento. 
 No caso do regime cumulativo, na situação acima, este valor deverá compor a receita bruta para que haja incidência das contribuições.
 
Substituição Tributária do PIS e da COFINS
 
 As receitas obtidas com a venda desses itens não devem fazer parte da base de cálculo das PJ substituídas, tanto no método cumulativo quanto no método não-cumulativo, pois são exclusões da base. 
 Seguem abaixo alguns desses produtos com substituição tributária:
a) combustíveis derivados de petróleo: gasolina (exceto a de aviação), óleo diesel e suas correntes, GLP, nafta petroquímica para óleo diesel e querosene de aviação, biodiesel e álcool para fins carburantes (quando tributado, podendo ser o hidratado e o anidro), realizada por meio de alíquotas diferenciadas sobre a receita bruta obtida com a venda desses produtos por produtores, importadores, refinarias de petróleo e distribuidores de álcool para fins carburantes, ficando os varejistas dispensados do recolhimento desses 2 tributos. 
b) produtos diversos da indústria farmacêutica e de cosméticos;
c) outros (cigarros, bebidas diversas, alguns veículos e máquinas etc).
PIS-importação e COFINS-importação
 A Lei 13.137/2015 veio confirmar o que já se encontrava em vigência desde a MP 668/2015, com a elevação das alíquotas incidentes nas contribuições na importação. Com essa Lei, o artigo 8º da Lei 10.865/04 passou a prever que as alíquotas na entrada de bens estrangeiros em território nacional, em regra geral, serão de:
• PIS-Importação: 2,1%; e
• COFINS-Importação: 9,65%.
Comentaremos um mais sobre esse assunto na aula 7, inclusive quanto à composição da base de cálculo.
Exercícios 
 
1) (PETROBRAS - adaptada) Admita que uma empresa industrial, atuando exclusivamente no Brasil, optante pelo Lucro Presumido, apresentou as informações a seguir, em reais, relativas ao mês abril/2015, inclusas na Demonstração do Resultado do Exercício.
Vendas brutas......................... (incluindo o IPI) 675.000,00
IPI ....................................................................... 33.750,00
ICMS................................................................. 121.500,00
Descontos Incondicionais ................................... 10.250,00
Descontos Condicionais ..................................... 30.000,00
Receitas Financeiras ........................................... 50.000,00
Custo das Vendas ............................................. 228.000,00
O valor da COFINS devida pela empresa, em reais, foi de (em R$)
a) 20.737,00. 
b) 20.430,00. 
c) 19.530,00. 
d) 18.930,00. 
e) 17.430,00. 
Resolução:
675.000 – 33.750 – 10.250 = 631.000
631.000 x 3% = 18.930,00
 
2) (PETROBRAS)
Rede de distribuição Litros Preço/litro Valor total(em R$) Refinaria Duque de Caxias 1.000.000 2,2000 2.200.000,00
Petrobras Distribuidora 1.000.000 2,3330 2.333.000,00
Distribuidora Gama 1.000.000 2,4780 2.478.000,00
Rede de Postos 1.000.000 2,6240 2.624.000,00
Consumidor final 1.000.000 2,7890 2.789.000,00
Informação adicional:
Alíquotas de COFINS e PIS, incidente sobre os derivados de petróleo, a partir de maio de 2004: COFINS/ PIS de Gasolina e suas correntes, exceto a gasolina de avião; 23,44% e 5,08%, respectivamente. O valor total suportado pelos consumidores finais da gasolina, a título de COFINS, em reais, é:
a) 515.680,00
b) 546.855,20
c) 580.843,20
d) 615.065,60
e) 653.471,60
Resolução: 2.200.000 x 23,44% = 515.680,00
 
3) (BNDES - adaptada) A comercial Aurora, tributada pelo lucro presumido, apresentou as seguintes informações relativas ao resultado apurado em agosto de 2014, em reais:
Receita de Vendas: R$ 600.000,00
Devoluções de Vendas: R$ 34.000,00
Descontos Concedidos por Antecipação de Pagamento: R$ 16.000,00
Receitas Financeiras: R$ 10.000,00
Ganho na Venda de um Equipamento do Imobilizado: R$ 8.000,00
Outras informações adicionais:
• 10% das vendas são de produtos com tributação monofásica (ST);
• não houve devolução nem descontos sobre as vendas de produtos monofásicos.
O valor do PIS, em reais, devido pela comercial Aurora, em agosto de 2014, sobre as operações apresentadas, foi de
a) 3.289,00. 
b) 3.302,00.
c) 3.458,00.
d) 3.692,00.
e) 4.017,00.
Resolução:
(600.000 – 60.000) = 540.000 – 34.000 = 506.000
506.000 x 0,65% = 3.289,00
 
4) (PETROBRAS - adaptada) A Comercial Lua e Meia Ltda., tributada pelo lucro presumido, apresentou as seguintes informações ocorridas em suas atividades comerciais normais, em abril de 2014, em reais:
Receita de vendas = 120.000,00
Devolução de vendas = 15.000,00
Descontos incondicionais concedidos = 10.000,00
Descontos financeiros concedidos = 5.000,00
Dividendos recebidos de participação societária avaliada ao custo = 6.000,00
Adotando-se exclusivamente as informações recebidas e considerando-se as determinações fiscais em vigor, o valor da COFINS devido em abril/2014, em reais, foi de
a) 2.700,00.
b) 2.850,00.
c) 3.150,00.
d) 3.300,00.
e) 3.600,00.
Resolução: (120.000 – 15.000 – 10.000) x 3% = 2.850,00
 
5) (TRANSPETRO Contador - adaptada) Em 02 de abril de 2015, a Comercial Futura S/A, tributada pelo lucro presumido, apresentou as seguintes informações, relativas ao mês de março de 2015:
Venda de mercadorias para mercado interno ......................R$ 1.000.000,00
Venda de mercadorias para mercado externo ......................R$ 300.000,00
Devolução de vendas internas feitas pelos clientes ..............R$ 120.000,00
Descontos incondicionais concedidos a clientes internos.....R$ 80.000,00
Descontos concedidos a clientes por pagamentos realizados antes do vencimento ....................................................................................................R$ 50.000,00
Recebimento de juros sobre o capital próprio ..................... R$ 100.000,00
COFINS
retida na fonte – registrada no ativo circulante.....R$ 1.000,00.
 Considere somente essas informações recebidas da Comercial Futura S/A e as determinações fiscais vigentes no regime cumulativo, no cálculo de sua contribuição para o PIS e COFINS. O valor total devido para ambas as contribuições, a esse título, referente ao mês de março de 2015, em reais, foi de
Resolução em sala
 
6) A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
a) incide sobre as receitas derivadas de exportações.
b) não admite o regime de substituições tributária.
c) é sempre monofásica.
d) tem alíquotas diferenciadas nos regimes cumulativo e não cumulativo.
e) tem sua arrecadação repartida pela União, com os Estados e Municípios.
 
7) A legislação da Contribuição para o PIS e da COFINS cumulativos admite que:
I. O pagamento da contribuição do PIS e da COFINS deve ocorrer até o último dia útil da primeira quinzena do mês subsequente ao de ocorrência dos correspondentes fatos geradores.
II. Para efeito da apuração da base de cálculo destas contribuições, podem ser excluídos da receita bruta os valores dos descontos condicionais concedidos.
III. Como determina a Lei 9.718, de 1998, as vendas canceladas pela devolução de mercadorias podem ser excluídas da base de cálculo do PIS e da COFINS.
IV. Quando conhecido o valor do ICMS cobrado em receita bruta no regime de substituição tributária, este integra a base de cálculo das contribuições devidas pelo contribuinte substituto. É correto afirmar que:
a) As proposições I e II estão corretas.
b) As proposições I, II e IV estão incorretas.
c) As proposições II e IV estão incorretas.
d) As proposições III e IV estão corretas.
e) Todas estão incorretas. 
Resolução: Letra B)
 
8) A Cia. Ouro Verde é tributada no regime do lucro presumido. Os seguintes dados foram extraídos da sua escrituração contábil relativa ao mês de setembro de 2015:
- Receita Bruta de Vendas .........................................................R$ 360.000,00
- Receitas Financeiras ...............................................................R$ 30.000,00
- Receita de Dividendos ............................................................R$ 50.000,00
- Ganho de Capital – venda de equipamentos........................R$ 60.000,00
- Descontos Incondicionais de Vendas .................................... R$ 20.000,00
Obedecida a legislação de regência da contribuição, o PIS devido nesse mês corresponde, em R$, a
a) 2.210,00.
b) 2.340,00.
c) 2.860,00.
d) 2.990,00.
e) 3.250,00.
Resolução:
PIS = (360.000 – 20.000) x 0,65% = 2.210,00 
 
9) A empresa “Carro Show Ltda”, tributada pelo lucro real para fins de IRPJ e CSLL, compra e vende automóveis usados, tendo adquirido em janeiro de 2014 um Gol VW 2012 por R$ 10.000,00. Após a aquisição, adquiriu algumas peças para o mesmo Gol por R$ 5.000,00, deixando o carro “novinho em folha”. A venda foi efetuada em dezembro de 2014 por R$ 20.000,00. A COFINS devida pela Cia na operação será de:
a) R$ 150,00.
b) R$ 300,00.
c) R$ 600,00.
d) R$ 760,00.
e) R$ 1.520,00.
Resolução:
(20.000 – 10.000) x 3% = 300,00
 
10) Uma entidade beneficente filantrópica está enquadrada como uma entidade isenta para fins de incidência de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS referente às receitas de suas atividades próprias. No mês de abril de 2015, um “mapa” preparado pela contadora apresentou as seguintes entradas de dinheiro:
Doações recebidas..................................................................................R$ 10.000,00
Locação de espaço frigorificado para empresas privadas (classificada em outras receitas)..................................................................................................R$ 2.000,00
Considerando que a 2ª receita não foi considerada pelo Fisco como uma receita da sua atividade própria, a COFINS que foi paga em maio de 2015 foi de:
a) Zero.
b) R$ 60,00.
c) R$ 152,00.
d) R$ 360,00.
e) R$ 912,00.
Resolução em sala
 
11) A Cia. Docas, tributada pelo lucro presumido, teve um lucro bruto de R$ 200,00, sendo que os custos representam 80% do total de receitas brutas. Sabendo-se que o valor de vendas canceladas representa 10% das receitas brutas, a COFINS devida será de:
a) R$ 6,00
b) R$ 27,00
c) R$ 30,00
d) R$ 54,00
e) R$ 60,00
Resolução em sala
 
12) (AUDITOR – PETROBRAS) A contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) é devida às pessoas jurídicas de direito privado e às que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, dentre outras. Nesse caso de incidência, a base de cálculo dessa contribuição para as pessoas jurídicas comerciais sujeitas ao lucro arbitrado é a 
a) valorização de imóveis, em virtude de obras públicas. 
b) unidade de medida correspondente à quantidade de mercadorias comercializadas sobre a qual incide a contribuição. 
c) totalidade das receitas auferidas, correspondente ao período de apuração. 
d) totalidade da receita bruta, correspondente ao período de apuração. 
e) soma dos valores das mercadorias produzidas pela empresa, durante o exercício fiscal, considerando o preço de custo.
Resolução: Letra D)
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