Trabalho sobre Psicologia do Trânsito

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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PRESIDENTE PRUDENTE
CURSO DE PSICOLOGIA
	
	
 
ATENÇÃO E AMBIENTE DE TRÂNSITO
PAULO MARTIN CARREÑO FERREIRA DA MOTTA
SUMÁRIO
Introdução...............................................................................................2
O que é o sistema de trânsito e seus componentes..........................3
Atenção..................................................................................................4
O Local de estágio................................................................................5
Conclusão..............................................................................................7
Referências bibliográficas....................................................................8
Anexos....................................................................................................8
Presidente Prudente
2017
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem o intuito de analisar o local de estágio à luz da psicologia do trânsito utilizando conceitos como o processo psicológico da atenção. Pretende-se verificar quais características do trânsito estão adequadas a utilização da população e quais necessitam melhoras.
O objetivo então é prezar pelos indivíduos que utilizam o trânsito, reduzindo a probabilidade de acidentes e aumentando a qualidade de vida. Diversos fatores como a via, os veículos, os indivíduos, as estruturas, o ambiente, serão analisados.
O QUE É O SISTEMA DE TRANSITO E SEUS COMPONENTES
Apresenta Rozestraten (1988) diversas definições de trânsito, aponta que diferente do tráfego, sendo este em função de transporte, o trânsito tem como definição por diferentes autores o deslocamento de pessoas ou coisas por meio de vias de circulação, ou a circulação de pessoas ou de veículos. Já Rozestraten (1988) vai definir como “o conjunto de deslocamentos de pessoas e veículos nas vias públicas, dentro de um sistema convencional de normas, que tem por fim assegurar a integridade de seus participantes.”.
Nota-se que as normas são integradas à simples circulação de pessoas, veículos ou coisas. Esta se deu a partir do século XX através de um sistema que tem como principal objetivo a redução de acidentes no trânsito. Para que se entenda o trânsito como um todo, é necessário ter ciência de seus componentes, sendo estes o homem, a via e o veículo (ROZESTRATEN, 1988).
Ainda à luz do mesmo autor, o homem é definido como peça de maior importância e complexidade no sistema de sistema de trânsito, pode agir de diversas formas, como pedestre, motorista dentre as diversas categorias e veículos, os fiscalizadores e autoridades, construtores e engenheiros. Aponta também outra tríade dentro desta categoria, aquela que dá suporte ao trânsito seguro: a engenharia, a educação e o policiamento.
Segundo Rozestraten (1988), a via possui inúmeras formas, podendo englobar objetos e coisas construídas pelo homem, como pista, desvios, cruzamentos, pavimentos, sinalização, além de abranger todos as características dinâmicas dentro deste ambiente que é percebido pelo indivíduo que está no trânsito, como a paisagem e suas condições climáticas e edifícios.
O veículo, por fim, é a massa em movimento dentro deste trânsito, pode ser motorizado, onde tem objetivos de passeio ou trabalho, é coletivo ou particular, como não motorizado, possuindo tração humana e animal. Possui diversas formas, intuitos e características, transportando pessoas ou objetos (ROZESTRATEN, 1988).
ATENÇÃO
A atenção, segundo Tanaka (2008), é uma das funções psicológicas superiores do ser humano e pode ser compreendida como a direção da consciência, ou seja, estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto. De início a atenção funciona de forma inata e involuntária, transformando-se gradualmente em um processo voluntário do indivíduo.
A característica seletiva da atenção é abordada por teóricos como Tanaka (2008), onde o foco de uma atenção se dá a um estímulo e não a outro por meio de uma seleção, esta seleção por sua vez exige memória e torna o indivíduo capaz de selecionar estímulos e objetos específicos em meio de uma gigante quantidade de estímulos que o corpo humano é capaz de receber ao mesmo tempo.
Tanaka (2008) cita Luria (1979) para dissertar sobre os três tipos de seletividade de um estímulo no processo de atenção:
“volume da atenção, sua estabilidade e suas oscilações. O volume (de estímulos) da atenção varia conforme a quantidade de sinais recebidos ou associações, que determina o que é dominante. Para conseguir a atenção de alguém, precisa ser despertado o seu interesse. A estabilidade é a duração do estímulo dominante. Neste item deve-se considerar que existem oscilantes, pois o mecanismo neurológico da atenção é inato e involuntário, mas a atenção não é inata e sim, treinável. Por oscilações da atenção entende-se o caráter cíclico do processo, no qual determinados conteúdos da atividade consciente ora adquirem caráter dominante, ora o perdem.”
Por fim, é necessário o conhecimento do conceito de tenacidade, caracterizado pela capacidade de fixar a atenção em uma área, estímulo ou objeto. Vigilância, por sua vez, é a habilidade de mudar o foco da atenção rapidamente entre estímulos apresentados no ambiente (TANAKA, 2008).
O LOCAL DE ESTÁGIO
O local de estágio a ser analisado sob o ponto de vista do ambiente de trânsito é o edifício que comporta o Hotel intitulado Aruá Hotel, localizado na Av. Coronel José Marcondes, n° 1111, em cruzamento com a Av. Washington Luiz, no bairro Bosque, no centro. Para a locomoção a este edifício, os indivíduos podem utilizar qualquer veículo, privado ou público, particular ou profissional, como carro, moto, ônibus circular, táxi ou moto-táxi. 
Este encontra-se em um dos locais mais movimentados da cidade, o centro, além de situar-se entre duas avenidas principais. O fluxo neste local é grande na maior porção do dia, tendo como pico das 08 h às 12 h, início do horário comercial da cidade, onde indivíduos deslocam-se a seus locais de trabalho, e das 16 h às 18 h, onde o horário comercial é finalizado, levando assim os indivíduos a retornarem a suas residências (anexo 1 e 3).
Portanto, é notável que haja um aumento de circulação no sentido bairro/centro durante o início do dia, e um aumento de circulação no sentido centro/bairro ao final do dia, este se dá tanto nas avenidas que se encontram no local de estágio, quanto nas ruas que o rodeiam. Porém esta circulação é pouco perceptível ao demais horários dos dias, onde o sentido da circulação é mais homogêneo. 
Quanto as avenidas do trânsito do local de estágio, são avenidas que compõem o trânsito de Presidente Prudente há anos, assim, apesar de suas diversas reformas e construções, foram desenvolvidas numa diferente época da atual, onde o número de indivíduos e as características dos veículos divergem. Possuem um asfalto regular, na maioria de sua extensão, facilitando a transição de veículos, possui uma boa sinalização, reduzindo drasticamente o erro e a transgressão da lei. Possui uma boa pintura e equipamentos novos de trânsito, como os locais de estacionamento, faixa de pedestre e semáforos (anexo 2).
Conforme sua localização, as avenidas possuem locais específicos para o estacionamento de veículos, assim há um controle e fiscalização de rotação de veículos em vagas, mantendo um dinamismo de carros e motos particulares e profissionais. Ainda por conta do local, o centro, há uma grande diversidade de comércios e estabelecimentos, entre eles públicos e privados, gerando um ambiente específico do centro. Tem em sua composição um grande número propagandas (anexo 4) em muros e outdoors, podendo gerar uma distração em todos os indivíduos que ali transitam, além da poluição visual. Em contrapartida destas propagandas, há algumas árvores e arbustos entre a divisão dos sentidosdas avenidas (anexo 1), sendo em sua maioria árvores altas, proporcionando uma boa visibilidade da via em ambos sentidos, além de um balanço entre luz e sombra durante o dia. A poluição por meio de lixos e resíduos como terra e poeira é pequena, uma vez que os lixos são colocados em sacolas plásticas e em lugares específicos para a coleta.
As avenidas (anexo 1), apesar de terem uma largura suficiente para que dois carros andem lado a lado na via, ainda demonstra um problema de engenho para veículos de transporte público como ônibus circular, onde ao haver um carro estacionado à calçada, um ônibus a via da direta e um carro a via da esquerda, sobra um pequeno espaço entre os veículos, aumentando a chance de colisões laterais caso o fator humano falhe em questão da sensação de espaço.
As calçadas que rodeiam as avenidas e ruas paralelas possuem uma idade avançada em relação a bairros mais jovens da cidade, onde requerem uma constante manutenção. A existência do piso tátil (anexo 3) não compreende a totalidade destas calçadas, tornando a acessibilidade falha para algumas deficiências. Em contrapeso, há o rebaixamento de calçadas em lugares específicos para a travessia de deficientes físicos ou carrinhos em geral.
A sinalização por meio de semáforos gera um bom de veículos no cruzamento das avenidas, uma vez que evita o acúmulo destes em alguma das vias. Porém, é notável o acúmulo de carros em ruas que vão de encontro a estas avenidas (anexo 3), uma vez que o tempo entre a abertura dos semáforos é maior e que seu tamanho físico é menor, comportando um número maior de carros e motos estacionados às calçadas.
CONCLUSÃO
	É notório a partir de uma visão crítica sobre o local de estágio e seu trânsito que o envolve que o governo necessita realizar um olhar mais técnico, uma vez há espaço para melhoras significativas para todos aqueles que utilizam direta e indiretamente da via, ambiente e estruturas pertencentes ao local.
	Há espaço também para uma crítica positiva em relação ao que já foi implantado na área, uma vez que está à frente de várias outras avenidas e ruas de Presidente Prudente, tornando a cidade e seu trânsito em partes mais segura para todos.
REFERÊNCIAS
ROZESTRATEN, R.J.A. Psicologia do trânsito: definição, objetivo e área de atuação. In Psicologia do trânsito: conceitos e processos básicos. São Paulo EPU/EDUSP, 1988 
TANAKA, Priscila Junko. Atenção: reflexão sobre tipologias, desenvolvimento e seus estados patológicos sob o olhar psicopedagógico. Constr. psicopedag.,  São Paulo ,  v. 16, n. 13, p. 62-76, dez.  2008 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-69542008000100004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  10  set.  2017.
ANEXOS
Anexo 1 Anexo 2 Anexo 3 Anexo