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Direito Ambiental - Prof. André Pires
Grupo S-DA-C-6
Membros:
Renata Carvalho Neves
Renata de Sousa Araujo
Rodrigo Augusto Lima de Medeiros
Sharlynn Margery de Jongh Martins
Stephanie Hortência Barbalho Carlos
Thamires da Silva Correa Lima
Ulisses Alves Martins
Vitória Aida Lourenço de Lima Barbosa
Wencell Alves da Silva
SISTEMATIZAÇÃO
A transversalidade do Direito Ambiental e seus desafios: entre princípios e regras.
1. ABORDAGEM INICIAL
O Direito Ambiental tem relação com os demais ramos do Direito, e essa relação é transversal, isto é, as normas ambientais tendem a se incrustar em cada uma das demais normas jurídicas, obrigando que se leve em conta a proteção ambiental em cada um dos demais “ramos” do Direito.3
O Direito Ambiental penetra em todos os demais ramos da Ciência Jurídica, não se encontrando em paralelo a outros ramos, e, nesta condição, é um Direito que impõe aos demais setores do universo jurídico o respeito às normas que o formam, pois, o seu fundamento de validade é emanado diretamente da Norma Constitucional.3
Há grande conflito do Direito Ambiental com as normas, leis e regimentos a serem aplicados no ordenamento jurídico. Este que, ao passo da transversalidade estar focada na pluralidade de pensamentos e aplicações, está também baseado na preservação do meio ambiente juntamente com medidas protetivas que tenham verdadeira eficácia. Eficácia que é vista como princípio norteador de instrução acerca de possíveis condutas a serem monitoradas e advertidas.
As temáticas ambientais possuem abordagens transversais, à medida que sua eficácia depende de análises múltiplas e de atuação multidisciplinar. Não poderia ser diferente com o Direito Ambiental. O Direito Ambiental está se consolidando como um dos ramos do Direito que se concretiza na transversalidade.
2. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL
Podemos observar essa transversalidade no cenário que segue o ordenamento jurídico brasileiro: a competência legislativa constitui atribuição constitucional conferida a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para que editem leis sobre determinadas matérias. É atribuição privativa da União que concorre entre a União, mas não obsta em privar a autonomia de reger leis aos Estados e Distrito Federal, dando assim, aos entes federativos, autonomia constitucional.4
O conteúdo da competência privativa, atribuída à União e prevista no art. 22 da Constituição, refere-se à disciplina normativa do Congresso Nacional. Embora o dispositivo constitucional mencione o termo privativamente, a União pode, por lei complementar, autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas no citado artigo.4
De antemão, é possível afirmar que, na formulação das normas sobre as matérias objeto do art. 22, há que se considerar tanto a regra do art. 170, que condiciona a ordem econômica à proteção ambiental, como o art. 225, que dispõe sobre meio ambiente. Essa relação obrigatória por força constitucional é o que se denomina de “transversalidade” do meio ambiente nos vários setores produtivos, de acordo com os riscos de impactos e as soluções encontradas. Há, pois, que incluir, na elaboração das normas relativas aos temas elencados no art. 22, o fator ambiental.4
3. PRINCÍPIOS COMO BASE FUNDAMENTAL
A transversalidade é uma das características do Direito Ambiental, com suas normas agregadas a diversos ramos do Direito que contém normas jurídicas de conteúdo ambiental, tais como: Direito Constitucional; Direito Administrativo; Direito Internacional Público; Direito Penal; Direito Processual Penal; Direito Civil, entre outros. Há os princípios norteadores do Direito Ambiental, com suas características podendo estar expressas ou implícitas no texto constitucional; são princípios setoriais e colaboram na concretização do meio ambiente ecologicamente equilibrado (princípio constitucional geral), que seguem: 5
a) Meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental: o reconhecimento do direito para caracterização de um meio ambiente sadio tem como decorrência o direito à vida, com enfoque a saúde física com a devida existência ou saúde mental dos seres humanos, com inclusão o aspecto da dignidade da pessoa humana, princípio indispensável se tratando de direito fundamental evocado pela Constituição; 
b) Solidariedade intergeracional (entre gerações): busca assegurar a solidariedade da geração atual com relação às futuras gerações, para que as mesmas possam usufruir de forma saudável do que está sendo deixado em relação aos recursos naturais; 
c) Natureza pública da proteção ambiental: com previsão legal no artigo 225, caput, da Constituição Federal. Esse princípio possui correlação com o princípio geral, de direito público, com relação a primazia do direito público sobre o particular e também com correlação com direito administrativo sobre a indisponibilidade do interesse público. Decorre de previsão constitucional que consagra o meio ambiente ecologicamente equilibrado com o bem do uso comum, com a devida proteção do direito público e da sociedade para que se tenha a devida preservação e proteção; 
d) Desenvolvimento sustentável: inadmite que as atividades econômicas se desenvolvam de forma alheias a realidade com relação aos recursos ambientais. O que se busca é a harmonização entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. A Constituição Federal dispõe no seu artigo 170, IV "que a ordem econômica também tem como fundamento a defesa e preservação do meio ambiente; 
e) Poluidor pagador: é um importantíssimo princípio por se tratar e refletir um dos fundamentos da responsabilidade civil em matéria ambiental. Esse princípio reforça o comando normativo no sentido de que aquele que polui deve ser responsabilizado pelo seu ato, sendo assim, compreendido como um mandamento potencialmente causador de danos ambientais que se faz preventivamente para que o indivíduo arque com os custos relativos a ocorrência de danos; 
f) Usuário pagador (art. 4º, VII da Lei 6938/81): serve de complemento ao princípio anterior, buscando evitar o "custo zero" dos serviços e recursos naturais por ser definido a uma exploração desenfreada do meio ambiente. Determina ainda que quem usa bens ambientais com fins econômicos deve devolver isso à coletividade, já que o meio ambiente pertence à coletividade; 
g) Prevenção e precaução: o princípio da prevenção é um dos mais importantes do Direito Ambiental por conter um objetivo fundamental, relacionando com o perigo concreto de um dano, ou seja, por ser um dano deve-se esperar que ele não aconteça, fazendo-se assim necessário a adoção de medidas capazes de evitá-lo. O princípio da precaução trata-se do perigo abstrato, ou seja, há um mero risco, que não tem como ser definido para se saber se o dano ocorrerá ou não. Na Conferência Rio 92 esse princípio recebeu determinada definição: "O Princípio da Precaução é a garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não podem ser ainda identificados"; 
h) Participação: possui previsão legal no artigo 225, p. 1º, VI da Constituição Federal onde dispõe que "o cidadão não depende apenas de seus representantes públicos para participar de gestão do meio ambiente". O indivíduo tem direito a uma atuação ativa no que diz respeito a preservação do meio ambiente. Todos na sociedade devem ser informados pelo Poder Público para que os mesmos possam interferir ativamente na gestão ambiental; 
i) Ubiquidade ou Transversalidade: visa demonstrar qual é o objeto de proteção do meio ambiente em se tratando de direito humanos, levando em conta a preservação da qualidade de vida. Esse princípio dispõe que o objeto de proteção do meio ambiente. O meio ambiente passou a ser o centro das atenções em qualquer atividade humana, daí a necessidade de se desenvolver uma política global de proteção ao meio ambiente. Pensa-se no componente ambiental em toda e qualquer atividade; 
j) Cooperação internacional: trata-se do esforço na busca pela preservaçãodo meio ambiente numa escala mundial. Disposto no artigo 1º, A, IV do Novo Código Florestal, consagra o compromisso do Brasil com o modelo de desenvolvimento ecologicamente sustentável mundial; 
k) Função socioambiental da propriedade: disposto no artigo 186, II da Constituição Federal diz sobre o uso da propriedade condicionado ao bem-estar social. Além da função social, que consagra a finalidade da propriedade que é utilizada, a função socioambiental diz respeito a forma como a propriedade é utilizada para dispor do meio ambiente de forma sustentável e justa.
4. EMBATE ATUAL E DEFESA
Internacionalmente, o Brasil é integrante do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), grupo econômico e de cooperação que tem como maior desafio não os impactos econômicos em si, mas os impactos ambientais resultantes dos acordos que são fixados e as medidas realizadas posteriores. Impactos ambientais que ensejam em disputas internas, mesmo adentrando ao Brasil, em sua imensidão territorial, identificamos conflitos.¹
Nas disputas internas, os desafios estão pautados no artigo 225 da CF/88 que estabelece parâmetros da transversalidade de princípios do Direito Ambiental. Inicialmente, a ideia de que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado já inaugura o primeiro princípio ambiental. É nesse sentido que quando se fala em proteção ambiental, aludem-se várias modalidades de responsabilidades ambientais. Por exemplo, as responsabilidades por lesões ao meio ambiente se dividem em três grupos: penal, civil e administrativa. A Constituição Federal brasileira de 1988 dá as bases para a proteção ambiental e o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado ao mesmo passo que define como objetivos fundamentais da República o desenvolvimento nacional. Essas são as bases conceituais do desenvolvimento sustentável, pensando em termos de CF/88.
O grupo sugere pensar a transversalidade do Direito Ambiental em dois níveis: (i) em princípios que emanam do texto constitucional; (ii) em normas materiais presentes no ordenamento jurídico pátrio, incluindo os tratados internacionais ratificados. A transversalidade do Direito Ambiental se dá pela mesma temática. A proteção do meio ambiente se dá transversalmente. Todos os setores da sociedade precisam em suas atividades particulares levar em consideração a proteção ambiental.
5. CONCLUSÃO
Portanto, como se desenvolveu ao longo da sistematização, as temáticas ambientais possuem abordagens transversais. A eficácia do Direito ambiental depende de análises múltiplas e de atuação multidisciplinar no âmbito do Direito. É nesse sentido que o Direito Ambiental está se consolidando como um dos ramos do Direito que se concretiza na transversalidade da norma jurídica. Um exemplo dessa transversalidade está no próprio conceito de Desenvolvimento Sustentável.
Desenvolvimento sustentável é uma reinvenção do capitalismo que percebeu que a natureza também é um bem escasso, resultando em uma procura fundamental por se reinventar de forma que não seja prejudicial ao meio ambiente. A capacidade de adaptação e de mudança do capitalismo ocidental recriou o desenvolvimento, propondo um desenvolvimento econômico menos agressivo a natureza². 
Defendemos a ideia de que o Direito Ambiental deve ser fundado não somente em princípios constitucionais, mas também na mudança de mentalidade, ideológica, que consagra o desenvolvimento sustentável como marca mundial a ser seguida, não importando quem são os agentes poluidores, mas sim punindo-os, com a criação de uma consciência certa e limpa de que iremos garantir a nós e nossas crianças, um futuro certo e prazeroso.
6. REFERÊNCIAS
1. GOMES, Magon Federici; SILVA, Luís Eduardo Gomes. "BRICS: DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIOAMBIENTAL". 2016. Disponível em: https://www.publicacoes.uniceub.br/rdi/article/view/4449/pdf_1. Acesso em: 24 out. 2017.
2. RIBEIRO, G. L. “AMBIENTALISMO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO, NOVA IDEOLOGIA/UTOPIA DO DESENVOLVIMENTO”. Revista de Antropologia da USP. V. 34, 1991. Disponível em https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/111253. Acesso em 05 nov. 2017.
3. TORRES, Leonardo Araújo; TORRES, Rodrigo Araújo. Direito Ambiental Brasileiro: surgimento, conceito e hermenêutica. 2012. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/21836/direito-ambiental-brasileiro-surgimento-conceito-e-hermeneutica. Acesso em: 06 nov 2017.
4. GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito Ambiental: Revista e Atualizada. 4ª ed. São Paulo. Atlas S.A. 2015
5. BAYER, Diego Augusto. Princípios norteadores do direito ambiental. 2013. https://diegobayer.jusbrasil.com.br/artigos/121943191/principios-norteadores-do-direito-ambiental-resumo. Acesso em 05/11/2017, as 19:00.

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