Buscar

P1 RESPONSABILIDADE CIVIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

NEXO CAUSAL NA RESPONSABILIDADE CIVIL
1.1. Conceito
O nexo de causalidade é elemento indispensável em qualquer espécie de responsabilidade civil. Sergio Cavalieri Filho (2012. p. 67) define nexo causal como “elemento referencial entre a conduta e o resultado. É através dele que poderemos concluir quem foi o causador do dano.” O autor em referência ainda ressalta que o nexo de causalidade é elemento indispensável em qualquer espécie de responsabilidade civil. Pode haver responsabilidade sem culpa, mas não pode haver responsabilidade sem nexo causal.
TEORIAS DO NEXO CAUSAL
1)Teoria das equivalências de condições ( ou dos antecedentes).
Toda e qualquer circunstancia que haja concorrido para produzir o dano é considerada como causa.Sua equivalência resulta do fato de que suprimida uma delas o dano não se verificaria.Se varias são as condições que concorrem para o mesmo resultado todas tem o mesmo valor e a mesma relevância ,todas se equivalem. Aqui não se indaga qual delas foi a mais adequada para produzir o dano. Causa seria a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Condição é todo o antecedente que não pode ser eliminado mentalmente sem que o evento desapareça (ex; a pessoa leva o tiro,e ai a pessoa considera quem produza bala,a pólvora, a arma, o açoda arma e etc.)
2) Teoria da Causalidade Adequada
Por tal teoria considera-se como causadora do dano a condição por si só apta a produzi-lo.Ocorrendo um dano,temos que verificar se o fato que o originou era capaz de produzi-lo ,neste sentido diz-se que a causa era adequada a produzir o efeito. Pó esta teoria causa é o antecedente não só necessário como também adequado a produção do resultado. Assim nem todas as condições serão causa ,mas tão somente aquela apropriada a produzir o dano.
3)Causalidade de omissão 
Por vezes a lei impõe o dever de agir e na hipótese de haver omissão, além do agente violar um dever jurídico pode estar concorrendo para evitar o resultado. Impedir é o mesmo que evitar que a causa se opere, o omitente coopera para o resultado com uma condição negativa.
CONCAUSA
CONCEITO - Àquelas causas distintas da conduta principal, que atuam ao seu lado, contribuindo para a produção do resultado. Podem ser anteriores, concomitante ou posteriores à ação e concorrem com esta para o evento naturalístico.
TIPOS
Doutrina ainda divide as concausas em: preexistentes, concomitantes e supervenientes (CAVALIERI, 2012. p. 80), senão vejamos:
“Preexistentes: Não eliminam a relação causal, considerando-se como tais aquelas que já existiam quando da conduta do agente, que são antecedentes ao próprio desencadear do nexo causal. Assim, as condições pessoais de saúde da vítima, bem como as suas predisposições patológicas, embora agravantes do resultado, em nada diminuem a responsabilidade do agente.
Exemplos: lesão leve resulte a morte por ser a vítima hemofílica; que um atropelamento resultem complicações por ser a vítima diabética; que a agressão física ou moral resulte  a morte por ser a vítima cardíaca; que um pequeno golpe resulte fratura de crânio em razão da fragilidade deste. Em todos esses casos, o agente responde pelo resultado mais grave, independentemente de ter ou não conhecimento da conduta antecedente que agravou o dano.
Concomitantes: Circunstância agravante que concorre simultaneamente ao dano.
Exemplos: durante o parto a vítima vem a falecer em decorrência de um aneurisma cerebral. Não há responsabilidade civil do médico, uma vez que a morte não decorreu da conduta do profissional-médico. É uma concausa concomitante absolutamente independente.
Supervenientes: Ocorre depois do desencadeamento do nexo causal e, embora concorra também para o agravamento do resultado, em nada favorece o agente.
Exemplos: Vítima de um atropelamento não é socorrida em tempo, perde muito sangue e vem a falecer”.
CONSEQUENCIAS
 - INDEPENDENTES; 
- ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES;
- RELATIVAMENTE INDEPENDENTES;
- DEPENDENTE.
CULPA
CONCEITO – É o desrespeito a um dever preexistente, onde não há propriamente uma intenção de violar qualquer dever jurídico, porém, o mesmo acaba sendo violado por falta de cuidado, cautela, diligência e atenção na conduta que pode se dar por ação ou omissão.
MODALIDADES DE CULPA
No estudo da responsabilidade civil, a culpa assume duas concepções. A primeira se desdobra em dolo e culpa, chamada de lato sensu. A segunda, stricto sensu, tem fundamento numa determinada posição ou situação psicológica do agente para com o fato. 
Quanto à concepção lato sensu, o dolo surge como tipo mais grave da culpa, definindo-se como a infração consciente do dever preexistente, ou o propósito de causar dano a outrem. Assevera-se a existência de outros tipos de dolo, como o dolo direto, que ocorre quando o agente atua para atingir o fim ilícito; o dolo necessário, quando o agente tem a pretensão de atingir o fim lícito, mas tem conhecimento de que sua ação inevitavelmente terá um resultado ilícito; e o dolo eventual, que ocorre quando o agente visa um fim lícito, mas conscientemente sabe que pode eventualmente advir do seu ato um resultado ilícito, e quer que este se produza. 
Quanto à concepção stricto sensu - culpa em sentido estrito - se refere à vontade do agente, que é dirigida ao fato causador da lesão. O agente não queria o resultado, mas este ocorre pela falta de diligência na observância da lei ou norma de conduta. Não tinha o objetivo, mas este era previsível. É a omissão da diligência exigível do agente. 
A mera culpa ocorre pela violação de um dever jurídico por negligência, imprudência ou imperícia, podendo consistir numa ação ou numa omissão.

Outros materiais