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ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA DE FUNDAÇÕES PROF. LEANDRO O. NERVIS leandron@unisc.br CAPÍTULO 2 FUNDAÇÕES DIRETAS 2.1 INTRODUÇÃO FUNDAÇÃO SUPERFICIAL (RASA OU DIRETA): elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação (NBR 6122:2010). 2.2 TIPOS DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ALICERCE OU BALDRAME BLOCOS DE FUNDAÇÃO SAPATAS A) Sapata corrida B) Sapata isolada C) Sapatas associadas D) Sapata alavancada RADIER 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO – ELU (COMPRESSÃO) OU onde: A: área da base da fundação; Pk e Pd: esforços característicos e de cálculo; PP: peso próprio do elemento de fundação (5%P); σadm e σd: tensões admissível e resist. de projeto. adm k PPPA d d PPPA 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO – ELU (COMPRESSÃO) Cálculo em termos de FS global (solicitações estruturais características) Cálculo em termos de FS parciais (solicitações estruturais de cálculo) adm k PPPA d d PPPA 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO – ELU (COMPRESSÃO) 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO – ELU (COMPRESSÃO) onde: σadm: tensão admissível; σd: tensão resistente de projeto; σr: tensão de ruptura do solo ou resistência última; FS: fator de segurança global; ξ: fator de minoração da resistência última. FS r adm rd 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ALTURA DOS ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO A) VIGAS DE BALDRAME OU ALICERCE 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ALTURA DOS ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO B) BLOCOS DE FUNDAÇÃO onde: σadm: tensão admissível do terreno (MPa); fct = 0,04fck ≤ 0,8MPa fck: resistência característica à compressão do concreto. 1 f tg ct adm 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ALTURA DOS ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO B) BLOCOS DE FUNDAÇÃO σadm/fct 1 f tg ct adm 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ALTURA DOS ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO C) SAPATAS E RADIER A altura é definida no projeto estrutural. 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS CONSIDERAÇÕES GERAIS DE PROJETOS DE BLOCOS E SAPATAS ISOLADAS 1)O centro de gravidade do elemento de fundação deve coincidir com o centro de carga do pilar; 2)Não deverá ter nenhuma dimensão da base menor que 60cm (NBR 6122:2010); 3)Se tratando de seção retangular, a relação entre os lados deverá ser no máximo igual a 2,5; 4)O balanço em relação às faces do pilar, sempre que possível, deve ser igual nas duas direções. 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS CONSIDERAÇÕES GERAIS DE PROJETOS DE BLOCOS E SAPATAS ISOLADAS Forma do elemento de fundação/forma do pilar 1º caso - pilar de seção quadrada ou circular: elemento de fundação com seção quadrada; 2º caso - pilar de seção retangular: onde: L e B: dimensões do elemento de fundação; l e b: dimensões do pilar. blBL 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS CONSIDERAÇÕES GERAIS DE PROJETOS DE BLOCOS E SAPATAS ISOLADAS Forma do elemento de fundação/forma do pilar 3º caso - pilar de seção em forma de L, Z,U, etc.: este caso recai facilmente no caso anterior ao se substituir o pilar real por um outro fictício de forma retangular circunscrito ao mesmo e que tenha o centro de gravidade coincidente com o centro de carga do pilar em questão. 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATAS ASSOCIADAS (RADIER PARCIAL) 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATAS ASSOCIADAS (RADIER PARCIAL) 1)Determinar o centro de carga; 2)Dimensionar como se fosse uma sapata isolada; 3)Sempre que houver disponibilidade de espaço, a forma da sapata será retangular, e do contrário, pode-se lançar mão de um paralelogramo. 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATAS ASSOCIADAS (RADIER PARCIAL) 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATA ALAVANCADA 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATA ALAVANCADA 1)Partir de L=2B e e=0 onde: B: largura da sapata; P: carga do pilar; σ: tensão admissível σadm ou tensão resistente de projeto σd. 2 P B 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATA ALAVANCADA 2)Com o valor de b fixado onde: ΔP: acréscimo de carga; P: carga do pilar; e: excentricidade da carga; d e PP 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATA ALAVANCADA 2)Com o valor de b fixado onde: d: projeção da distância entre os pilares na direção de B. d e PP 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATA ALAVANCADA 3)Com o valor de ΔP onde: R: resultante de carga; P: carga do pilar; PPR R A B A L 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATA ALAVANCADA ΔP: acréscimo de carga; A: área da sapata σ: tensão admissível σadm ou tensão resistente de projeto σd; L: comprimento da sapata; B: largura da sapata. 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATA ALAVANCADA 4)Divide-se o valor de a pelo valor de B e verifica- se se a relação é menor que 2,5. Se for o problema está resolvido. Do contrário, repete-se o processo aumentando- se o valor de B até satisfazer essa condição. 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATA CARREGADA EXCENTRICAMENTE L B 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATA CARREGADA EXCENTRICAMENTE L e6 1 A P max L e6 1 A P min 2 minmax 3,1max 6/Le 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATA CARREGADA EXCENTRICAMENTE onde: σmax e σmin: tensões verticais máxima e mínima; P: carga do pilar; A: área da sapata; e: excentricidade de P em relação ao centro da base da fundação; L: dimensão da sapata referente à excentricidade; σ: tensão admissível σadm ou tensão resistente de projeto σd. 2.3 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕESSUPERFICIAIS CRITÉRIOS ADICIONAIS 1)Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação for assente sobre rocha, a profundidade mínima das fundações não deve ser inferior a 1,5m, exceto quando possuírem dimensões inferiores a 1,0m (NBR 6122:2010); 2)No caso de fundações próximas situadas em cotas diferentes, a reta de maior declive que passa pelos seus bordos deve fazer um ângulo α, conforme demonstrado a seguir: 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd CRITÉRIOS (NBR 6122:2010) A) Prova de carga sobre placa B) Métodos teóricos C) Métodos semiempíricos 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd PROVA DE CARGA SOBRE PLACA (NBR 6489/1984) Modos de ruptura A) Ruptura geral B) Ruptura local C) Ruptura por puncionamento a)Ruptura geral: caracterizada pela existência de uma superfície de deslizamento contínua da borda da base do até a superfície do terreno. A ruptura é repentina e a carga bem definida. Ocorre o solevamento da superfície. b)Ruptura local: é claramente definida apenas sob a base do elemento de fundação. Trata- se de um caso intermediário entre os outros dois tipos. c)Ruptura por puncionamento: com a aplicação da carga, a tendência é haver um afundamento significativo e o solo externo à área carregada não é afetado. 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd PROVA DE CARGA SOBRE PLACA (NBR 6489/1984) Critério de ruptura A) Rupturas geral e por puncionamento B) Ruptura local FS r adm rd FS 25 adm 25d 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd PROVA DE CARGA SOBRE PLACA (NBR 6489/1984) Critério de ruptura onde: σadm: tensão admissível; σd: tensão resistente de projeto; σr: tensão de ruptura do solo ou resistência última; σ25: tensão referente a um recalque de 25mm; FS: fator de segurança global; ξ: fator de minoração da resistência última. 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd PROVA DE CARGA SOBRE PLACA (NBR 6489/1984) Critério de recalque OU onde: σadm e σd : tensão admissível e tensão resistente de projeto; σx: tensão que corresponde a um recalque “x” admissível; xadm xd 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Método de Skempton (somente válida para ø=0) onde: σr: tensão de ruptura do solo ou resistência última; c: coesão do solo; Nc: coeficiente de capacidade de carga; q’: pressão efetiva do solo na cota de apoio da fundação. 'qcNcr 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Método de Skempton (somente válida para ø=0) Valores de Nc 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Método de Terzaghi onde: σr: tensão de ruptura do solo ou resistência última; c: coesão do solo; γ: peso específico do solo na cota de apoio da fundação; B: largura do elemento de fundação; qqccr SN'qSBN 2 1 ScN 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Método de Terzaghi q’: pressão efetiva do solo na cota de apoio da fundação; Nc, Nγ e Nq: fatores de carga; Sc, Sγ e Sq: fatores de forma. 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Método de Terzaghi Fatores de forma 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Método de Terzaghi Fatores de carga Para solos com ruptura geral usam-se as linhas cheias e para solos com ruptura local usam-se as linhas pontilhadas e 2/3 da coesão 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Fórmula Generalizada (Hansen 1970) onde: σr: tensão de ruptura do solo ou resistência última; c: coesão do solo; γ: peso específico do solo na cota de apoio da fundação; B: largura do elemento de fundação; qqqqqqccccccr SN'qgbdiSBN 2 1 gbdiScNgbdi 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Fórmula Generalizada (Hansen 1970) q’: pressão efetiva do solo na cota de apoio da fundação; Nc, Nγ e Nq: fatores de carga; Sc, Sγ e Sq: fatores de forma; ic, iγ e iq: fatores de inclinação da carga; dc, dγ e dq: fatores de profundidade; bc, bγ e bq: fatores de inclinação da fundação; gc, gγ e gq: fatores de inclinação do terreno. 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Fórmula Generalizada (Hansen 1970) Fatores de forma (De Beer, 1967) 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Fórmula Generalizada (Hansen 1970) Fatores de carga onde: ø: ângulo de atrito interno do solo. )(tg)1N(2N:Vésic Segundo )(tg)1N(5.1N )(gcot)1N(N )2/º45(tgeN q q qc 2tg q 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Fórmula Generalizada (Hansen 1970) Fatores de inclinação da carga ic = iq – [(1-iq) / (Nq -1)] iq = {1 – [H/(V+A’ c cot())]} m i = {1 - [H/(V+A’ c cot())]} m+1 A’ = B’ L’ = área reduzida; B’ = B – 2ex; L’ = L – 2ey; m=mB=(2+B/L) / (1+B/L) para H paralelo a B; m=mL =(2+L/B) / (1+L/B) para H paralelo a L; m=mLcos 2() + mB sen 2() para ângulo de inclinação com relação a L. 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Fórmula Generalizada (Hansen 1970) ic, iγ e iq: fatores de inclinação da carga; H e V: carregamentos horizontal e vertical ou componentes da carga inclinada; ex e ey: excentricidades. 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Fórmula Generalizada (Hansen 1970) Fatores de profundidade Para D ≤ B dc = dq-[(1-dq)/(Nc tg ())] dq = 1 + 2 tg() (1-sen())2 (D/B) d = 1 Para D ≥ B dc = dq-[(1-dq)/(Nc tg ())] dq = 1 + 2 tg() (1-sen())2 arctg(D/B) d = 1 onde: D: profundidade de cota de apoio da fundação. 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Fórmula Generalizada (Hansen 1970) Fatores de inclinação da base da fundação bc = bq – [(1 - bq)/(Nc tg())] bq = b = (1 - /tg()) 2 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Fórmula Generalizada (Hansen 1970) Fatores de inclinação do terreno gc = gq – [(1-gq) / (Nc tg()] gq = g = (1-tg()) 2 OBS: valido desde que 0<</2. Caso </2 é recomendável proceder análise de estabilidade de taludes. 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS TEÓRICOS Fórmula Generalizada (Hansen 1970) Verificação da força horizontal máxima onde: Hmax: força horizontal máxima; V: carregamento vertical ou componente vertical da carga inclinada; ø: ângulo de atrito internodo solo; c’: coesão efetiva do solo. 'A'c)øtan(VHmax 2.4 DETERMINAÇÃO DE σadm ou σd MÉTODOS SEMIEMPÍRICOS onde: PA’: tensão de pré-adensamento do solo na cota de apoio da fundação (ensaio de adensamento); NSPT(médio): número de golpes (ensaio SPT). 'PAadm 20SPTpara)MPa( 50 )médio(NSPT adm 2.5 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Três parcelas contribuem para recalques de fundações diretas onde: ρ: recalque total; ρi : recalque imediato; ρa : recalque por adensamento; ρs : recalque secundário. sai 2.5 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ESTIMATIVA DOS RECALQUES i Teoria da elasticidade (parâmetros elásticos obtidos por prova de carga de placa, ensaios de laboratório ou correlações com sondagens); a Teoria do adensamento (parâmetros de adensamento obtidos por ensaio de adensamento correlação com limites de Atterberg ou tempo de adensamento ensaio de CPTU; s Métodos empíricos. 2.5 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ESTIMATIVA DO RECALQUE IMEDIATO Camada Infinita onde: ρi : recalque imediato; σ : tensão característica atuante; B : largura ou diâmetro da fundação; υ : coeficiente de poisson; Es: módulo de elasticidade do solo; Ip: fator de influência. p s 2 i I E 1 B 2.5 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ESTIMATIVA DO RECALQUE IMEDIATO Fator de influência Ip 2.5 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ESTIMATIVA DO RECALQUE IMEDIATO Camada finita onde: ρi : recalque imediato; σ : tensão característica atuante; B : largura ou diâmetro da fundação; Es: módulo de elasticidade do solo; μ0 e μ1: fatores de influência, determinados conforme ábaco do slide a seguir. s 1oi E B 2.5 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ESTIMATIVA DO RECALQUE POR ADENSAMENTO onde: ρa: recalque por adensamento; H: espessura da camada compressível; e0: índice de vazios inicial do solo; 'PA ' logCc ' 'PA logCr e1 H 0v 0v0 a 2.5 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ESTIMATIVA DO RECALQUE POR ADENSAMENTO Cr e Cc: índices de recompressão e compressão; PA’ e σ’v0: tensões efetivas de pré-adensamento e vertical inicial na cota de apoio da fundação; σ : tensão característica atuante. 2.5 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ESTIMATIVA DO RECALQUE SECUNDÁRIO onde: ρs: recalque devido ao adensamento secundário; Cα: índice de compressão secundária; ts: período de tempo de interesse, normalmente considerado como sendo o tempo de vida útil da obra considerada; tp: tempo de ocorrência do recalque primário. p s S t t logHC 2.4 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES ADMISSÍVEIS 2.5 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES ADMISSÍVEIS 2.5 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES ADMISSÍVEIS Segundo Skempton & MacDonald (1956): β = /ℓ = 1/500: limite seguro para evitar-se danos em paredes de edifícios; β = /ℓ = 1/300: trincas em paredes de edifícios; β = /ℓ = 1/150: danos estruturais em edifícios correntes. Bjerrum (1963) e Vargas e Silva apresenta uma relação mais completa, exposta no slide a seguir: 1/100 1/200 1/300 1/400 1/500 1/600 1/700 1/800 1/900 1/1000 Limite a partir do qual são temidas dificuldades com máquinas sensíveis a recalques. Limite de perigo para pórticos com contraventamento. Edifícios estreitos: não são produzidos danosou inclinações. Limite de segurança para edifícios em que não são admitidas fissuras. Edifícios largos: não são produzidos danos ou inclinações. Edifícios largos (B>15m) fissuras na alvenaria Edifícios estreitos (B<15m) fissuras na alvenaria Limite em que são esperadas dificuldades com pontes rolantes. Limite em que são esperadas as primeiras fissuras em paredes divisórias. Edifícos estreitos: fissuras na estrutura e pequenas inclinações. Limite em que o desaprumo de edifícios altos e rígidos se torna visível. Edifícios estreitos: fissuras na estrutura, inclinação notável, necessidae de reforço. Edifícios Largos: fissuras graves, pequenas inclinações. Limite de segurança para paredes Flexíveis de alvenaria (h/l <1/4). Limite em que são temidos danos estruturais nos edifícios em geral. Edifícios largos: fissuras na estrutura, inclinação notável, necessidade de reforço. Bjerrum Vargas e Silva 2.5 ESTIMATIVA DE RECALQUES DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES ADMISSÍVEIS Recalques totais limites segundo Burland et al (1977): Areias: max = 25 mm; max = 40 mm para sapatas isoladas; max = 65 mm para radier; Argilas: max = 40 mm; max = 65 mm para sapatas isoladas; max = 65 a 100 mm para radier. LEITURAS OBRIGATÓRIAS - Página 38 da NBR 6122:2010; - Item 7.8 (pgs.262 a 263) do livro Fundações – Teoria e prática. LEITURAS COMPLEMENTARES - Artigos disponibilizados no VIRTUAL UNISC. 2.6 ASPECTOS CONSTRUTIVOS DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS INICIAR A EXECUÇÃO POR SAPATAS NAS IMEDIAÇÕES DAS SONDAGENS EM CASO DE ESCAVAÇÃO MECÂNICA, A MESMA DEVE SER PARALISADA A NO MÍNIMO 30cm ACIMA DA COTA DE ASSENTAMENTO, SENDO A PARCELA FINAL REMOVIDA MANUALMENTE (NBR 6122/2010) 2.6 ASPECTOS CONSTRUTIVOS DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ANTES DA CONCRETAGEM, O FUNDO DA ESCAVAÇÃO DEVE ESTAR ISENTO DE MATERIAL SOLTO E SERÁ VISTORIADO POR ENGENHEIRO PARA CONFIRMAR A CAPACIDADE DE SUPORTE, A QUAL PODERÁ SER FEITA COM O EMPREGO DE PENETRÔMETRO ATENÇÃO PARA A OCORRÊNCIA DE POÇOS, FOSSAS E FORMIGUEIROS 2.6 ASPECTOS CONSTRUTIVOS DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS CASO HAJA NECESSIDADE DE APROFUNDAR A ESCAVAÇÃO A DIFERENÇA DE COTA INTRODUZIDA PODE SER ELIMINADA COM PREENCHIMENTO EM CONCRETO (Fck≥10MPa) OU PROLONGAMENTO DO PILAR COM CONSENTIMENTO DO PROJETISTA ESTRUTURAL (NBR 6122/2010) O FUNDO DA VALA DEVE SER REGULARIZADO COM CONCRETO MAGRO DE ESPESSURA MÍNIMA DE 5cm (NBR 6122:2010) 2.6 ASPECTOS CONSTRUTIVOS DAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS CASO HAJA NECESSIDADE DE APROFUNDAR A ESCAVAÇÃO A DIFERENÇA DE COTA INTRODUZIDA PODE SER ELIMINADA COM PREENCHIMENTO EM CONCRETO (Fck≥10MPa) OU PROLONGAMENTO DO PILAR COM CONSENTIMENTO DO PROJETISTA ESTRUTURAL (NBR 6122:2010) O FUNDO DA VALA DEVE SER REGULARIZADO COM CONCRETO MAGRO DE ESPESSURA MÍNIMA DE 5cm (NBR 6122:2010)LEITURAS OBRIGATÓRIAS - Páginas 14 (item 5.8) e 24 a 35 da NBR 6122:2010; - Capítulo 3 (pgs.71 a 92) do livro Exercícios de Fundações (Alonso); - Métodos Aoki e Velloso e Décourt e Quaresma (pgs. 274 a 276) e itens 8.1.4 (pg. 286) e 8.1.8 (pgs. 297 a 299) do livro Fundações – Teoria e Prática. LEITURAS COMPLEMENTARES - Artigos disponibilizados no VIRTUAL UNISC.
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