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AUXILIAR DE BIBLIOTECA
1TIPOS DE BIBLIOTECAS
Biblioteca é um espaço físico em que se guardam livros, dispostos ordenadamente para estudo e consulta. É a coleção de livro.  É uma palavra de origem grega. Biblioteca é todo espaço, seja ele concreto ou virtual que reúne coleção de informações de qualquer tipo, sejam livros, enciclopédias, dicionário, monografias, revista, folhetos etc., ou digitalizadas e armazenadas em CD, DVD e banco de dados.
Existem basicamente 5 tipos de bibliotecas: Escolar, Universitária, Especializada, Pública e Nacional.
A Biblioteca Escolar é aquela que serve à escola, entendendo-se escola como a instituição de ensino fundamental e médio, destinada a servir a alunos e professores.
A Biblioteca Universitária, como o nome já indica, é aquela que serve aos propósitos das universidades e instituições de ensino superior, estando também por isso ligada ao tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Em universidades de grande porte, é comum existir a Biblioteca Central e Bibliotecas Setoriais ligadas à ela, formando assim um Sistema de Bibliotecas (SIBI).
A Biblioteca Especializada é aquela que foca em alguma área ou público específico, também chamada de biblioteca especial. Entre os exemplos de biblioteca especializada, destacam-se as bibliotecas jurídicas e de centros de pesquisa.
A Biblioteca Pública, aqui entendida como Pública Estadual ou Pública Municipal, é aquela que tem como objetivo servir à coletividade e é mantida por recursos públicos. Possui acervos gerais, mais focados em literatura de lazer e fontes de informação como dicionários e enciclopédias. As Bibliotecas Públicas Estaduais, em muitos estados brasileiros, são responsáveis pelo depósito legal estadual.
A Biblioteca Nacional é a biblioteca mais importante de um país e é a responsável por sua memória bibliográfica. A Fundação Biblioteca Nacional, é a responsável pelo depósito legal e pela bibliografia brasileira. Teve origem na biblioteca real, que chegou ao país em 1810 e foi aberta ao público em 1814. Fica no Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco, e é belíssima. Vale a visita.
Estrutura física da biblioteca
Estrutura física entende-se como a estrutura organizacional, e a organização funcional como o que cada setor faz. É bastante simples. Uma parte é responsável pelos usuários, e a outra parte, pelo acervo.
Acervo 
Segundo o Dicionário de Biblioteconomia (2008), acervo é um “conjunto de documentos conservados para o atendimento das finalidades de uma biblioteca: informação, pesquisa, educação e recreação”. Também é sinônimo de coleção.
Em suma, acervo é tudo que é documento dentro da biblioteca (essa definição é minha mesmo). 
Seleção/aquisição 
Como vimos mais acima, o acervo é formado através de um processo de Formação e desenvolvimento de coleção. Esse processo é formado pela etapa de seleção, que irá dizer quais documentos devem ser adquiridos de acordo com os desejos e necessidades da biblioteca, e que é de bom senso estar de acordo com a Política de Formação e Desenvolvimento e com a Política de Seleção da Biblioteca. E a etapa de aquisição será responsável por efetivar as escolhas da seleção, ou seja, adquirir, seja por compra, permuta (troca, que normalmente se dá entre duplicatas que as bibliotecas possuem) ou doação (que pode ser solicitada, ou seja, a Biblioteca envia um pedido de doação a uma instituição, editora, ou mesmo ao próprio autor).
Tratamento técnico
Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá tratar o documento com as técnicas da biblioteconomia para representação do documento (catalogação) e do conteúdo (classificação e indexação).
Catalogação: a catalogação é o processo de descrição do documento para a criação de um catálogo. Cada documento será catalogado a partir de um código de catalogação – o código em vigor e mais utilizado no mundo inteiro é o AACR2 – Regras de Catalogação Anglo Americanas segunda edição, que está em edição revista e é publicado aqui no Brasil pela FEBAB.
A catalogação se divide em duas partes: acesso (entrada) e descrição física. O acesso irá dizer quais os pontos de acesso para o documento. Existem dois tipos de entrada: principal e secundárias. O autor lá no alto da ficha é a entrada principal. E as demais entradas, embaixo da ficha, são as entradas secundárias.
Antes do nome do autor deverá ir na ficha o número de Cutter correspondente, que deverá ser retirado da Tabela de Cutter-Sanborn. A tabela é usada da seguinte forma. A entrada será por Silva, João da. Devemos então encontrar na tabela o número correspondente a SIL, que é 581. Logo, o número será S581. Após esse número, irá entrar a primeira letra da primeira palavra do título, exclui-se artigo, em minúscula. Se o título começar com A Arte de Estudar, o cutter será S581a.
Classificação: Classificar é atribuir uma classe (um assunto) ao livro. E isso é importante numa biblioteca, pois cada livro será classificado sob um único assunto, ainda que composto por vários assuntos. Para tanto, as bibliotecas adotam em geral dois esquemas de classificação. A Classificação Decimal de Dewey e a Classificação Decimal Universal. As duas têm muito em comum. A CDU, que é baseada na CDD, dá mais liberdade ao classificador. Mas o mais importante, como não poderia deixar de ser, são as classes. Ambas dividem o conhecimento em 10 classes principais, por isso são chamadas de classificações decimais. E há apenas uma pequena diferença entre elas, nas classes 4 e 8, que na CDD continuam como sempre foram, mas na CDU a classe 4 está vaga enquanto que a 8 abriga além de literatura, linguística.
As principais classes da CDU podem ser acessadas clicando nos nomes.
Por exemplo, um livro de Literatura Brasileira será classificado em 869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. Note que a raiz é a mesma, 869, mas o uso das tabelas é diferente para cada caso.
O número da classificação, ou número da notação ou somente notação, irá aparecer junto ao Cutter e possíveis informações sobre edição, exemplar ou coleção, no número de chamada. Logo, o número de chamada, utilizando CDU, para um livro de literatura brasileira, vamos usar no exemplo Gabriela, Cravo e Canela de Jorge Amado, será: 
869(81)
A481g
 Indexação: Indexar vem do termo Index, que significa índice. Índice é “Lista dos elementos identificadores de um documento, (autor, assunto, titulo, etc.) dispostos em determinada ordem para possibilitar seu acesso” e podem ser também Produto da indexação, como instrumento de pesquisa autônomo ou complemento de outro. “Aqui vale dizer a diferença entre indexação e catalogação. A indexação representa o conteúdo, o tema, a catalogação representa a parte física, ela descreve.
Em termos práticos, indexar é representar o documento por meio de palavras. Peguemos como exemplo o livro Português para Concursos, de Renato Aquino (livro, aliás, que recomendo toda vida). Quais palavras nós usaríamos para representar seu conteúdo? Português e Concursos são duas prováveis. Mas poderíamos utilizar também Língua Portuguesa, Gramática, Testes, Provas, enfim. O indexador irá decidir quais palavras serão usadas com base na política de indexação da biblioteca, no público-alvo da indexação, e nos instrumentos que tiver em mãos (vocabulários controlados).
Preparação física do livro: Cada livro será devidamente etiquetado com o número de chamada e carimbado, antes de ir para o acervo. Isso irá ajudar a identificar a propriedade do livro em caso de extravio. Nas bibliotecas que possuem sistemas de segurança, cada livro receberá um alarme.
A maioria das bibliotecas costuma colocar o número do tombo no exemplar, em alguns casos, ainda se coloca data de aquisição.
Além dos carimbos e etiquetas, também podem ser colocados bolso e (não lembro como chama) uma “folha de devolução”, onde é carimbada a data em que o livro deve ser entregue. Tanto um quanto outro são mais comuns em sistemas não automatizados.
Bibliotecas no Brasil – um breve histórico 
 SegundoFonseca (1979) a biblioteconomia brasileira no contexto mundial “quando oBrasil foi descoberto, já as bibliotecas do mundo haviam alcançado períodos de esplendor, tanto no Egito e Babilônia, Grécia e Roma, como na Idade Média e no renascimento”. 
 O século XVI assiste ainda à abertura de várias bibliotecas, merecendo realce a de Lourenço de Médice, Biblioteca Nacional de Paris. A trajetória das bibliotecas no Brasil iniciou-se com as ordens religiosas dos beneditinos, franciscanos e jesuítas. 
 No Brasil, as primeiras bibliotecas foram às escolares, a história da inteligência brasileira começa, como assinala Wilson Martins, isso em 1550, “quando o Pe. Leonardo Nunes inicia os estudos rudimentares do latim no Colégio dos Meninos de Jesus, em São Vicente”, e quase simultaneamente outras classes se abriam, na Bahia,no Espírito Santo e em Pernambuco. Assim, segundo Fonseca (1979), pode-se afirmar que as primeiras bibliotecas brasileiras começam com colégios da Companhia de Jesus. 
	As primeiras bibliotecas brasileiras foram organizadas pelos jesuítas em seus colégios, a começar pela Bahia, e no princípio tinham caráter privado,as bibliotecas tornaram-se públicas nos meados do século XVI. 
 Os jesuítas foram também os primeiros bibliotecários. Chegando os livros aos colégios da Companhia de Jesus, houve a necessidade de bibliotecários. Se europeias foram as primeiras obras lidas no Brasil, elas vinham de um continente onde a bibliografia já ensaiava seus primeiros passos, com as obras de Johann Tritheim e Conrad Gesner. 
Já em 1723 pode-se citar o Pe. Antonio Vieira e Serafim Leite como os primeiros bibliotecários brasileiros. A Biblioteca Nacional foi o marco inicial da biblioteconomia no Brasil. Esta biblioteca é remanescente da Biblioteca Real da Ajuda, criada por D. João I, rei de Portugal, depois do terremoto de 1° de novembro de 1755, que destruiu a antiga Biblioteca Real. 
A família real portuguesa, sentindo-se ameaçada com a invasão das tropas francesas de Junot, refugiou-se na colônia mais próspera, trazendo nos porões dos navios os instrumentais necessários ao seu bem-estar social, cultural e artístico, dentre eles “a numerosa e rica livraria pacientemente amontoada pelo douto abade de Santo Adrião de Sevér, Diogo Barbosa Machado, que generosamente ofertara a D. José I”. (CASTRO, 2000). 
 Assim chegaram ao Brasil, por forçadas pressões políticas, as primeiras obras, originadas da Real Biblioteca, também denominada Biblioteca do Rio de Janeiro, da Corte. Nascia a Biblioteca Nacional, como se pode ver adiante com a vinda da família real para o Brasil, sendo a primeira remessa de livros recebida, em 1808 de obras raras, com muita perfeição e ordem das coleções. “Em 1811, outra parte da coleção foi aqui recebida, admirada e avaliada pelo seu estado, pela beleza dos exemplares, boa ordem e saberes reunidos quase todas as províncias do saber humano”. (GALVÃO, 1889). 
 No ano posterior a sua inauguração, é franqueada ao público, mas facultada apenas aos estudiosos, àqueles que obtinham consentimento régio. Em 1814, é suprimida esta exigência, ficando totalmente aberta à população. Como as bibliotecas brasileiras no tempo colonial, a Biblioteca Nacional nas suas primeiras décadas foi gerenciada por religiosos, que vieram, alguns, com a família real. 
 A influência européia das bibliotecas populares. E que na América do Sul haveria de repercutir, entretanto, mais na Argentina. No período do Segundo Reinado é a fase das bibliotecas, dos liceus literários, das sociedades beneficentes, dos gabinetes de leitura. Surge, então, um tipo interessante de benemérito das letras: o barão ou o fazendeiro que queria transformar a sua cidade natal num centro de cultura e de progresso. 
 Porém, muitas bibliotecas surgidas neste contexto não foram adiante em crescimento e conservação, manutenção, outras, como a Nacional do Rio de Janeiro aumentaram seuacervo com a aquisição de coleções particulares e também em virtude da lei que obriga todo editor a doar-lhe um exemplar de cada obra publicada. As bibliotecas estaduaistambém cresceram as dos ministérios e das faculdades, ou seja, as especializadas, mais por força das circunstâncias que por iniciativa direta dos respectivos governos. 
 Conforme o acima exposto, a criação da Biblioteca Nacional aconteceu com avinda do Príncipe Regente, que vem de Lisboa a célebre coleção de Diogo Barbosa Machado, sendo o seu ponto de partida, servindo até os nossos dias. Assim, após três anos da criação da Biblioteca Nacional, em 1911 o Conde dos Arcos funda na Bahia a primeira Biblioteca Pública. 
	O que se pode ver no cenário atual, geralmente é o inverso, uma total desintegraçãodesses profissionais, que fisicamente estão próximos ou juntos e ideologicamente, às vezes, objetivamente dispersos. Embora na mesma organização ainda nãoentendessem que a racionalização e eficiência resultarão em vantagens com esse trabalho sintonizado. 
Biblioteca como instrumento da educação e cidadania
Entende-se biblioteca no que concerne a sua estrutura em totalidade como um espaço imemorial e de educação onde é possível manter de maneira estruturada as produções intelectuais pertinentes a existência humana, torna-se impossível não relacioná-la com educação. Segundo Freire (1982), “a ciência é cumulativa e a biblioteca tem função depreservar a memória como se ela fosse o cérebro da humanidade organizando a informação para que todo ser humano possa usufruí-la. Isso vai da biblioteca que se constrói para aqueles que se alfabetizam, especializada para o homem de ciência”. 
Esta relação é tão interessante que não se constrói uma escola espaço no qual modernamente se categorizou o ensino das etapas educacionais que formam o homem, num preparo para o melhor convívio e comportamento social, sem que haja uma biblioteca. Segundo normas, procedimentos regulamentados pelo Ministério de Educação e Cultura – MEC há uma exigência e obrigatoriedade da existência de biblioteca em estabelecimentos de ensino. A relação ensino-aprendizagem, feita por intermédio do corpo docente, se fundamenta nas informações pessoais adquiridas e principalmente no que encontramos nos livros, periódicos e materiais audiovisuais, dispostos no espaço de uma biblioteca.
Desta maneira é imperdoável se pensar em educação escolar, distante das funções da biblioteca em seu fundamentalismo, haja vista a precisão do corpo discente parte essencial na relação ensino-aprendizagem no uso de seus serviços básicos. 
É possível citar aqui algumas das incontáveis razões que fazem da biblioteca um instrumento educacional, tais como: situação econômica dos estudantes e pesquisadores em geral, deficiência do sistema de ensino, necessidades constantes de pesquisa, dentre outras. Mas algumas são de grande importância devendo ser exploradas com maior precisão. Embasando mais claramente, a tendência que se clarificou a partir do século XIX veio no bojo da revolução industrial. A biblioteca assim como museu deixa de ser a única possibilidade enquanto coleção pública. Essa tendência foi se espalhando no rastro da expansão do operariado: a nova biblioteca tinha uma determinada função educativa caracterizando-se como um presente filantrópico que se dava aos segmentos populares, os mais necessitados de ilustração. 
	É importante observar, no âmbito da educação, que a biblioteca assume um papel notoriamente importante também, com o desenvolvimento do papel da informação em nossa sociedade. Com a atribuição de valor, quer seja econômico, quer seja pelo simples fato de informar, é preciso ter centros organizados onde esta comunicação escrita possa realizar-se gradualmente. “Posteriormente, já no limiar do século XX, sobrepondo-se à ideia de biblioteca como uma forma de organização do saber, delineou-se para uma nova função: sistematizar o acesso ás informações. Ter dados à disposição, funcionalmente, passou a ser uma nova necessidade. 
Sabe-se que os paísessubdesenvolvidos ainda não se debruçaram sobre a realidade do poder da educação como um instrumento de riqueza, ascensão social e moral etc. 
Para Milanesi (2002), tal afirmação está apoiada na existência de sistemas educacionais insólitos e pouco objetivos, sem uma base claramente sólida. Como se pode observar: “Nenhum empreendimento cientifico poderá se sustentar sobre uma escola frágil, sem reforçar as bases, através de maciço investimento na educação, do primeiro grau à universidade, não será possível gerar sequer os usuários para a utilização dos complexos sistemas oferecidos”.
A biblioteca é aqui entendida como instrumento necessário à educação, por suaconstituição, por seus serviços e principalmente por ser um local, onde se garante a transferência do conhecimento acumulado de geração a geração, e por estar apta a difundi-lo cotidiana e continuamente.
Da biblioteca tradicional para a virtual 
A evolução que especifica os vários tipos de bibliotecas ocorrera por várias razões: 
Primeiro, uma demanda crescente pela informação rápida; segundo, os custos também crescentes do material tradicional; terceiro, o surgimento de redes de informações mais rápidas, mais econômicas que possibilitarão o conhecimento digital. 
 A biblioteca digital será cada vez mais distribuída geograficamente e permitirá acesso ao conhecimento universal. Por outro lado, as bibliotecas digitais abrirão o conteúdo de bases de dados aos usuários da rede mundial. 
	Numa era digital, a natureza do trabalho se modifica, e tal como o processo educacional do trabalhador, implica agora em ler e escrever documentos digitais. O trabalhador do futuro fundirá trabalho mental e manual. 
Cabe à biblioteca participar desta transformação do conceito de emprego, através dos novos posicionamentos e atribuições do profissional da área. 
É claro que a biblioteca vai continuar a desempenhar seu papel tradicional de armazenagem e compartilhamento do conhecimento humano. Continuará a ser a ferramenta da educação, base para a geração do pensamento inovador, estímulo da cultura, e ajuda ao desenvolvimento individual dos cidadãos. Mas seu papel se ampliará, continuando a coordenar e facilitar a preservação do registro e expressão cultural e intelectual através de formatos tradicionais e digitais. 
 Segundo Kramer (1998), “as bibliotecas deverão num futuro próximo serem fontes de informação digital gratuita e barata”. 
Elas darão acesso a um fluxo aprimorado de informação governamental eletrônica e recursos digitalizados de ambiente universal, permitirão a solicitação e o envio de cópias de documentos e outras publicações armazenadas segundo as regras estabelecidas por lei de direito autoral ou outro acordo; reproduzirão materiais raros e únicos que pertencem ao domínio público e permitirão o acesso aos arquivos expressões da cultura. 
 Os dados digitais podem criar variadas informações que podem ser acessadas ou manipuladas por computadores, de existência temporária ou que não podem ser arquivados. 
 As instituições, incluindo-se as bibliotecas, podem dar acesso a estes materiais sem possuir seu controle físico, e os usuários têm ao mesmo tempo materiais simultaneamente em vários pontos, (sites). 
 O papel do bibliotecário é relevante, neste momento de mudança radical, à medida que se torna gerente, gestor da informação e do conhecimento. Os bibliotecários podem estar presentes no processo de geração do conhecimento, ajudando a gerenciar informações digitalizadas e auxiliar os usuários na recuperação de toda a gama de informações. 
2 CONCEITOS BÁSICOS DE BIBLIOTECONOMIA
Biblioteconomia é uma área interdisciplinar e também multidisciplinar do conhecimento que estuda as práticas, perspectivas e as aplicações de métodos de representação e gestão da informação e do conhecimento em diferentes ambientes de informação tais como bibliotecas e centros de documentação, centros de pesquisa. 
Atualmente, a área está entrelaçada com diversas outras áreas, principalmente com a Ciência da Informação e a Documentação. A primeira escola de Biblioteconomia do mundo foi criada por Melvil Dewey, que não só participou da criação da American Library Association (ALA), como criou também a Classificação Decimal de Dewey . Outros grandes nomes como Johannes Gutenberg e Gabriel Naudé, além de períodos como o Renascimento e a Revolução Francesa, também estão atrelados à história da área. Atualmente, existem cerca de 30.000 bibliotecários no Brasil, inscritos nos 15 Conselhos Regionais ao redor do país3 . A profissão de bibliotecário no Brasil é fiscalizada pelo Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB).
Conceituação
Um dos primeiros conceitos de Biblioteconomia foi criado pela American Library Association, que a definiu como uma "área voltada para a aplicação prática de princípios e normas à criação, organização e administração de bibliotecas." Já para o autor do Diccionario de Bibliotecologia (1963), Domingo Buonocore, a Biblioteconomia é a "área que se destina ao estudo dos princípios racionais para realizar, com a maior eficácia e o menor esforço possível, os fins específicos das bibliotecas," como citado pela coordenadora Mariza Russo do curso da UFRJ. A definição de Maria das Graças Targino, da UFPI, entretanto, é "a área do conhecimento que se ocupa com a organização e a administração das bibliotecas e outras unidades de informação, além da seleção, aquisição, organização e disseminação de publicações sob diferentes suportes físicos."9 Baseado nessas definições, autores como Francis Miksa mostram o paradigma da Biblioteconomia: a biblioteca como instituição social, destacando que a função maior da instituição é possibilitar o uso dos documentos a um dado público, e para isso, é necessário utilizar técnicas e pessoal qualificado para a aquisição e organização de tais documentos.
Estrutura e Políticas 
Em seu contexto histórico, a Biblioteconomia possui uma herança social e política desde o seu nascimento a partir das áreas da Sociologia e Educação, com o intuito de fundamentar uma área do conhecimento humanístico-social no processo de atuação das bibliotecas. 
Os mentores da Documentação, Paul Otlet e La Fontaine, ativistas e pacifistas porexcelência, acreditavam que a disseminação e o acesso ao conhecimento produzido por todas as nações propiciariam a paz mundial, no sentido do conhecimento das diferenças (classes). 
Em 1913 La Fontaine recebeu o Prêmio Nobel da Paz. 
Nos anos sessenta tem início um movimento dentro da Biblioteconomia preocupado com o compromisso e a responsabilidade social da profissão, isso mais concretamente nos Estados Unidos. As discussões se relacionavam aos ideais associados à profissão bibliotecária no que tange a neutralidade profissional, no desenvolvimento de coleções diante da censura e dos grandes grupos editoriais, assim como também a neutralidade dos sistemas de classificação com as suas problemáticas nos temas como: homossexualidade, religião, guerra, paz e etc. 
A nível internacional, mais recentemente surgiram diversos grupos sensibilizados com temas sociais, com destaque para o PLG (Progressive Librarian Guild), associação americana nascida em 1990, que tem objetivo desvendar os interesses políticos e econômicos 
encontrados em cada um dos processos e práticas do trabalho dos bibliotecários, o que proporcionou muitos inimigos dentro e fora dos Estados Unidos para os mesmos. No México o CEBI (Círculo de Estudos sobre Biblioteconomia Política e Social) produz diversas discussões sobre censura e neutralidade, assim como o GESBI (Grupo de Estudos Sociais em Biblioteconomia e Documentação) na Argentina, já na Espanha há uma forte campanha desde 2004, chamada “Não ao empréstimo pago nas bibliotecas” em que ocorre um embate judicial na Corte Europeia a respeito da mercantilização das bibliotecas e da informação. 
A Biblioteconomia está inserida nas áreas de conhecimento das Humanidades e das Ciências Sociais Aplicadas, ou seja, no possuilaços ligados ao social o que deságua no contexto político, visto que as relações sociais são designadas por processos e atividades políticas, e a política é o resultado da atividade dos próprios homens vivendo em sociedade. Portanto, o nascimento e desenvolvimento da Biblioteconomia não estão ligados somente à sobrevivência dos suportes e o fazer dos processos, como definida na maioria dos dicionários da área, mas também na satisfação e desenvolvimento dasnecessidades sociais da sociedade. 
Bibliotecas, Ideologia e Luta de Classes
A história da biblioteca é a história do registro da informação, ou seja, a história do homem como ser social e político, ser político no que se refere a sua maneira hábil de agir e tratar (MILANESI, 1983). As bibliotecas são criaturas e instrumentos de políticas públicas derivadas de processos políticos, afirmamos esta ideia através dos processos rotineiros que ocorrem nas bibliotecas e demais espaços de organização da informação, processos tais como: - políticas de desenvolvimento de coleções, políticas de empréstimo, políticas de organização e - disponibilização da informação e etc. 
Em seu manifesto em 2005 sobre “transparência, bom governo e ausência de corrupção”, a IFLA lembra que a biblioteca é uma instituição necessária ao exercício dademocracia, e que deve ajudar na defesa dos direitos civis, na promoção da cidadania e no combate à corrupção, metas impossíveis fora do âmbito político tanto para as bibliotecas quanto para os seus profissionais. 
As bibliotecas públicas e as co-irmãs devem ter por objetivo uma política de ação social e educacional como uma atividade emancipadora, um instrumento essencial para que os indivíduos se reconheçam como cidadãos, e para isso são geridas quase sempre com uma delimitação política de sua atuação e/ou ligadas aos seus objetivos, ou seja, processos políticos do qual o bibliotecário nem sempre tem consciência. 
No período colonial as Bibliotecas eram divididas em religiosas e particulares, ambas com acesso restrito e com propósito de atender os anseios informacionais da elite religiosa que se instalava no Brasil e dominava a educação secular impondo a sua ideologia, e dos jovens brasileiros que iam estudar na Europa. Esta última parcela, apesar a sua posição de classe, sofreu com uma intensa censura de livros e outros materiais que confrontassem a ideologia da Coroa Portuguesa. 
A Biblioteca Nacional, antes chamada de Biblioteca Real, teve uma pouco mais de autonomia, mas somente no que tange a sua forma de organização, sendo por muitos anos, e talvez até hoje em alguns aspectos, usada como um aparelho político-ideológico do Estado reproduzindo ideias da ideologia dominante.
Desde os primeiros contextos de agitação política e cultural no Brasil como denúncia das condições econômicas, políticas, sociais e culturais, as bibliotecas ficaram a parte do processo, este distanciamento da sociedade pode ser atribuído aos profissionais bibliotecários que atuavam de maneira alienada, passiva, apática e acomodados diante de todas essas convulsões. Deste modo a biblioteca passou para a opinião pública uma imagem de instituição de caráter elitista, que servia apenas aos letrados, e com a sua localização geralmente em pontos nobres, ou seja, condicionava o afastamento das camadas populares. As bibliotecas pararam no tempo enquanto importantes mudanças ocorriam a nível societário. 
Em tempos de Regime Militar e de contracultura constituíram-se movimentos de alfabetização, cultura e educação popular como forma de reação a um sistema educacional voltado para as elites dominantes, em alguns destes movimentos propunham-se a criação de bibliotecas nos bairros, mas mesmo com essa aproximação a “biblioteca” continuava neutra, e os bibliotecários não conseguiam atingir certo nível de crítica e de consciência da realidade social, que os levasse a enxergar e definir qual deveria ser o seu posicionamento dentro deste contexto “sócio-cultural-popular”. 
	Nos movimentos sociais as bibliotecas apareceram em poucas situações como demanda de lutas, devido a várias outras necessidades básicas das populações serem prioritárias, porém aos poucos e paralelamente vai se construindo uma conscientização da necessidade e importância da informação pelas comunidades, seja para fins de estudo, lazer ou para avançar suas lutas. E no final da década de 70 dá-se início a discussões sobre a ideia de “bibliotecas populares” e a visualização nelas de uma possível alternativa aos serviços oferecidos pela biblioteca, que até então vinha privilegiando as classes médias e altas da sociedade, uma nova concepção de biblioteca. 
Os homens da classe dominante viam nas bibliotecas uma forma de atenuar 
os problemas sociais. Assim, foram impostas ao povo, sem terem sido resultantes de uma demanda popular. O desenvolvimento industrial demandava uma mão-de-obra especializada e a biblioteca surgiu como meio de aperfeiçoamento dos trabalhadores que já estavam fora do ensino formal. 
	O pensamento da segunda metade do século XΙX, no contexto de um crescente
capitalismo, entregou a sociedade um modelo de biblioteca pública mantida pelo Estado, na Inglaterra e nos Estados Unidos surgem movimentos em prol da biblioteca pública, sendo tal reivindicação atrelada a ideia de educação, ou seja, as classes baixas esperavam através da “instituição biblioteca” ter mais condições de ascender à classe hegemônica. Já a classe hegemônica vislumbrava uma instituição para manter a ordem pública que mais tarde se tornou um receio de que um instrumento de tal proporção viria a contestar a posição que essa classe detinha na estrutura social, sabendo que não poderiam ter controle dessa demanda, as classes privilegiadas estruturaram a biblioteca pública como mais um aparelho voltado para a manutenção da estabilidade social e difusora dos valores, propostas, normas e ideias convenientes. 
	Um alto índice de analfabetismo não permitia a população utilizar um instrumento que estava ao seu dispor fisicamente, mas não cognitivamente. A biblioteca tornou-se por um bom período de tempo segregadora, um reflexo da sociedade brasileira naqueles dias e de certo modo hoje também. 
Em muitos casos, as informações que normalmente eram e são veiculadas pela biblioteca apenas são decodificadas e absorvidas pelos que possuem um mínimo de conhecimento, neste sentido as bibliotecas acabam reafirmando a luta de classes ao se preocupar com o usuário culto ampliando as diferenças na distribuição da informação. 
A biblioteca pública se define essencialmente ambígua, pois, ao passo que atende aos interesses ideológicos da classe hegemônica, ela pode propiciar também espaços, brechas para a contestação, podendo ser um local para a expressão das classes populares, mas enfrentando uma incrível burocracia, que de fato não deveria existir. 
Objetivos
A Biblioteconomia tem por objetivo formar profissionais capacitados para atuar na organização e gestão da informação, a partir da compreensão crítica do valor social, econômico, tecnológico, político e cultural do conhecimento.
A Biblioteconomia descreve o ciclo de transferência da informação na sociedade, as necessidades e o comportamento das pessoas em relação à informação, a maneira como a informação é produzida e assimilada, as técnicas e os procedimentos para controle, tratamento, organização e disseminação da informação registrada em diferentes suportes, além da base tecnológica necessária para lidar com recursos digitais.
Organização funcional e administração 
A biblioteca é dividida em setores para atender ao usuário e para atender ao acervo. As principais seções (setores) da biblioteca são: 
 Administração – é responsável pela administração geral. Ou seja, recursos humanos, segurança, finanças, planejamento, controle, correspondências, etc. 
Desenvolvimento de coleções – é o setor responsável pelo acervo da biblioteca, ou melhor, pelo desenvolvimento da coleção de documentos da biblioteca. É dividido em dois (emgeral):
1- Seleção, que se responsabiliza por selecionar os livros e documentos que a biblioteca precisa e deseja para melhorar sua coleção, tanto qualitativamente quanto quantitativamente. 
A seleção que busca incorporar acervo à biblioteca chama-se seleção positiva. 
A seleção que busca retirar acervo da biblioteca, ou descartar, é chamada seleção negativa. 
 2 – Aquisição, que irá implementar as decisões da seleção, ou seja, irá efetivamente adquirir os documentos selecionados pelo setor de seleção. A aquisição pode ser de 3 formas: compra, que será por assinatura para periódicos e por licitação no caso de órgãos públicos. Permuta, ou seja, troca de materiais entre instituições. E doação, ou seja, quando a biblioteca recebe os documentos gratuitamente. Neste caso, é preciso avaliar criteriosamente se os livros doados realmente servem para o uso da biblioteca. 
	Registro – é o setor responsável por tornar os livros e documentos patrimônio da biblioteca. Cada livro/documento ira receber o seu número de tombo e vários carimbos para assegurar a propriedade do exemplar. 
PT (Processos Técnicos) - é o setor que irá tratar o documento, aplicando técnicas da biblioteconomia para classificar, indexar e catalogar. 
Preservação, conservação e restauração – é o setor responsável por periodicamente avaliar o estado físico das obras e retirar da circulação os exemplares danificados, a fim de restaurá-los ou encaderná-los. 
Referência – é o setor responsável por atender o usuário. É o cartão de visitas 
da biblioteca. É o primeiro contato do usuário com o a biblioteca. 
Circulação – Como o próprio nome indica, é o setor responsável pela circulação do acervo, ou seja, empréstimo e devolução dos livros. Normalmente, está ligado ao setor de referência pois faz parte do atendimento ao usuário. Além do empréstimo, que é a retirada do livro pelo usuário, e da devolução, este setor realiza também a cobrança dos livros em atraso (por carta, telefone ou mesmo e-mail), reserva dos livros que estão emprestados e a renovação do empréstimo, ou seja, um novo prazo para ficar com o livro. De uns tempos pra cá este serviço vem melhorando por conta dos softwares de automação. Na UFAL, o software usado é o Pergamum.
- O bibliotecário
Durante séculos o conceito de biblioteca prendeu-se à imagem de um organismo estático, destinado à conservação documental, onde o bibliotecário atuava apenas como guardião do acervo existente, sem realmente ter uma participação ativa. Era comum representá-lo como um profissional silencioso, escondido entre pilhas de livros empoeirados, ranzinza quando perturbado por algum usuário.
Segundo Broom (1979) o papel social é padrão de comportamento associado ao status ou posição social, incluindo os seguintes elementos: o papel socialmente prescrito ou papel ideal dita os direitos e deveres que pertencem a uma posição social. Diz ao individuo o que dele se espera no seu papel. Papel percebido é o que o individuo acredita que ele deveria fazer numa determinada posição, talvez não coincidente com a imagem convencional ou ideal. E o papel desempenhado é aquele que o individuo faz, de fato.
O bibliotecário tem hoje mais do que a simples tarefa de prestar auxilio a seu usuário, e sim a missão de fazer com que a informação chegue a esse usuário da melhor maneira possível. O seu papel como profissional deve ultrapassar os muros da biblioteca ou unidade de informação, devendo assumir desde sua formação uma postura política, questionar-se de como ele pode contribuir com a comunidade, principalmente ao menos favorecidos. 
Sem dúvida, o bibliotecário é um profissional que tem muito a ofertar à sociedade, como pode ser observado através dos programas de extensão das bibliotecas: caixas-estante; mala do livro; ônibus-biblioteca; barco-biblioteca; leitura em voz alta; trabalhos esses que podem ser (e muitos até já são) desenvolvidos em creches, hospitais, penitenciárias, comunidades rurais e periferias, asilos.
Neste contexto, pode-se ressaltar o trabalho que o bibliotecário pode desenvolver através do barco-biblioteca, combatendo o analfabetismo, tendo em vista que a nossa realidade nortista possui uma grande comunidade ribeirinha e que muitas dessas não possuem escolas e muito menos biblioteca. Assim sendo, o profissional terá um melhor conhecimento da comunidade que o cerca, com a s oportunidades de experiência direta que os serviços de extensão podem proporciona, e o confronto com a realidade, a qual difere, muitas vezes daquilo que é vivenciado na biblioteca. 
Percebe-se também com evidência o apoio que o profissional bibliotecário dá a outros profissionais, disseminando informações, administrando-as, é ainda o profissional de biblioteconomia um educador, sendo esta, talvez sua maior contribuição para a sociedade. Realizando um trabalho de suporte á educação formal, cuja preocupação não é apenas fornecer informação propriamente dita, mas orientar no uso correto do acervo, na seleção, aquisição de conhecimento e prepará-las para que possam sozinhas, buscar informações, sempre que precisarem.
3 TRABALHO COM O USUÁRIO DE BIBLIOTECA
Orientação e consulta
Serviços aos usuários são os serviços prestados pela biblioteca às pessoas que usam a biblioteca, os usuários. 
Os usuários são basicamente de 2 tipos: os reais, que efetivamente usam a biblioteca e seus serviços; e os potenciais, que podem vir a usar a biblioteca. Cabe a biblioteca atender as demandas tanto dos usuários reais quanto dos potenciais. Para isso, ela oferece vários serviços, a saber.
 Treinamento, orientação e consulta: Quando o usuário chega à biblioteca, principalmente aqui no Brasil, é um alumbramento, um espanto. Ainda tem muita gente, mesmo em cidades grandes, que nunca foi em uma biblioteca. Por isso, a maior parte da atenção de treinamento, orientação e consulta é voltada para ensinar essas pessoas a utilizar os recursos e serviços da biblioteca da forma mais completa possível. Isso vai desde ensinar como encontrar um dicionário na organização das estantes da biblioteca até ensinar como fazer uma busca por ordem alfabética de uma palavra em um dicionário.
Bibliotecas universitárias se deparam com a necessidade constante de treinar e orientar os usuários, especialmente os calouros (muitos dos quais estão indo pela primeira vez em uma biblioteca na universidade), no uso do sistema de gerenciamento de livros (como fazer uma busca por título, por autor, por assunto, como identificar a data, como saber se o livro está disponível, etc.) e depois de encontrar o livro no sistema, como encontrá-lo nas estantes.
É comum as bibliotecas oferecerem visitas guiadas, para uma ambientação inicial com os novos alunos.
Nas bibliotecas que não possuem sistemas informatizados, o treinamento para o uso do catálogo é essencial.
Serviço de referência 
É o intermediário entre o acervo e o usuário. O usuário quando se depara com a biblioteca precisa de referência, por isso esse nome. Afinal de contas, como encontrar a informação que você quer diante de um mundo de documentos? É preciso de ajuda.
O serviço de referência tem por base a 4ª Lei de Ranganathan, e assim: 
1 – Os livros são para usar
2 – A cada leitor o seu livro
3 – A cada livro o seu leitor
4 – Poupe o tempo do leitor
5 – A biblioteca é um organismo em crescimento
Por poupar o tempo do leitor, entende-se se esforçar para que o tempo entre a solicitação do usuário ao sistema e a sua resposta seja mínimo. Para tanto, as bibliotecas cada vez mais investem em sistemas automatizados, por um lado, e em treinamento de pessoal, por outro.
O serviço de referência também pode ser feito à distância. O que dá mais comodidade ao usuário. Em geral, as bibliotecas oferecem telefone, para receber críticas e sugestões e tirar dúvidas, e e-mail ou formulários web para solicitações mais detalhadas. Neste caso, pode ser chamado de serviço de referência virtual ou digital.
A origem do serviço de referência está diretamenteligada à urbanização e à industrialização, que fez com que as grandes cidades recebessem pessoas sem o mesmo grau de cultura e letramento daquelas que frequentavam bibliotecas até então. Isso fez com que os bibliotecários passassem a se preocupar em como atender melhor pessoas que muitas vezes sequer sabiam ler.
Dennis Grogan, um dos principais autores sobre o tema, coloca 8 etapas para o processo de referência, a saber:
O problema: o processo é iniciado com um problema que atrai a atenção de um usuário; a necessidade de informação: explicitação do problema pelo usuário, seja por necessidade de conhecer e compreender, seja por curiosidade ou qualquer outro motivo; a questão inicial: o usuário formula a questão e solicita auxílio do bibliotecário; inicia-se o processo de referência, que compreende duas fases: a análise do problema e a localização das respostas às questões; a questão negociada: o bibliotecário solicita esclarecimentos sobre a questão inicial para atender satisfatoriamente a necessidade do usuário; a estratégia de busca: o bibliotecário analisa minuciosamente a questão, identificando seus conceitos e suas relações, para traduzi-la em um enunciado de busca apropriado à linguagem de acesso ao acervo de informações; a seguir, são escolhidos os vários caminhos possíveis para o acesso às fontes especificas para responder a questão apresentada.
O processo de busca: estabelecimento de estratégias flexíveis que comportem mudança de curso para otimizar a busca;
A resposta: para a maioria dos casos será encontrada uma resposta, porém isso não constitui o fim do processo, pois a resposta encontrada pode não ser a esperada;
A solução: o bibliotecário e o usuário devem avaliar se o resultado obtido é suficiente para finalizar o processo de busca.
Leis de Ranganathan
Consideradas por estudiosos e profissionais da Biblioteconomia  como cinco leis fundamentais da ciência, as cinco Leis de Raganathan  foram criadas pelo matemático, bibliotecário e introdutor da biblioteconomia na Índia, Shiyali Ramamrita Ranganathan. Tamanha foi a importância de sua invenção, que estas leis são aplicadas hoje em dia em bibliotecas e centros documentais do mundo todo. Os estudos do indiano podem ser conferidos em sua obra "The Five Lawsof Library Science" (1931).
As Cinco Leis de Raganathan podem ser resumidas da seguinte forma:
Primeira Lei - Livros são para Uso
De acordo com Raganathan, com exceção das obras clássicas da literatura, os livros não devem ser consumidos como matéria física e muito menos como produção de um indivíduo em especial. Para ele, as obras devem ser usadas como uma ideia incorporada nos livros. Desta forma, a organização das obras em uma biblioteca deve ser feita por assunto. Esta primeira lei advém da experiência do indiano, que visitou bibliotecas do mundo todo e conviveu com diversos profissionais da área. Ele percebeu que a maioria dos leitores procurava por assuntos específicos, independente de autor, daí veio a ideia de uma primeira organização por sequência de assuntos.
Segunda Lei - Para cada Leitor, seu Livro
Esta segunda lei de Ranganathan prioriza o leitor. Para o indiano, é necessário o atendimento de uma necessidade específica. Desta forma, os livros devem ser reunidos sobre um assunto e seguir uma sequência de assuntos. De acordo com Ranganathan, "Quando um leitor procura informação sobre um dado assunto, o arranjo dos livros na biblioteca vai ser útil para ele somente se todos os livros sobre um assunto estiverem reunidos. Ele será mais bem servido ainda se eles estiverem reunidos dentro de cada assunto por suas línguas, e se aqueles em qualquer grupo lingüístico estiverem na seqüência por ano de publicação, ficando os mais recentes no final de cada grupo. Este é um dos resultados da aplicação da Segunda Lei da Biblioteconomia".
Terceira Lei - Para cada Livro, seu Leitor
Nesta lei a obra intelectual é priorizada acima de tudo. Em sua justificativa desta lei, o indiano afirma que os livros procuram os leitores que melhor se adéquam a eles. Segundo ele, "um livro sobre Solo pode interessar tanto a quem está querendo uma obra geral sobre o tópico como para quem está interessado em Adubação. Ao ordenar Adubação depois de Solo há grande probabilidade que o leitor o encontre. Da mesma forma, o tópico Cultivo deve ser colocado depois de Solo e antes de Adubação”.
Quarta Lei - Poupe o tempo do leitor
Esta lei prima pela organização, arrumação e catalogação dos livros como ferramenta importante para diminuir o tempo com que o leitor procura pelos livros e informações desejadas. A quarta regra ainda discute o serviço de referência, melhorias em processos técnicos e condições de acesso às estantes e prateleiras.
Quinta Lei - A Biblioteca á uma organização em crescimento
Nesta lei, Raganathan diz que a classificação das obras de uma biblioteca deve sempre permitir a inclusão de novos tópicos. Na opinião do estudioso, não importa o quanto uma coleção esteja ganhando novos títulos ou o quanto a biblioteca esteja crescendo, o arranjo deve sempre facilitar e dar novas oportunidades de consulta ao leitor, ficando implícito a inclusão de novos assuntos.
Curioso é constatar que, tendo sido enunciadas em 1931, as Leis de Ranganathan continuam atuais 75 anos depois.
4 NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA
O que é Arquivo?
A Associação de Arquivistas Brasileiros adota a seguinte definição: “Arquivo é o conjunto de documentos que, independentemente da natureza ou do suporte, são reunidos por acumulação ao longo das atividades de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas”.
Os conjuntos de atas de reuniões da Diretoria, de projetos de pesquisa e de relatórios de atividades, mais os conjuntos de prontuários médicos, de boletins de notas, de fotografias etc., constituem-se o Arquivo de uma Unidade, por exemplo, e devem naturalmente refletir as suas atividades.
Arquivo também pode ser definido como a entidade ou órgão administrativo responsável pela custódia, pelo tratamento documental e pela utilização dos arquivos sob sua jurisdição.
Ex. Arquivo Central da UNICAMP. DAME do Hospital de Clínicas.
E tem mais: ARQUIVO também é conhecido como móvel ou armário que guarda documentos (mas não vamos considerar essa definição nesse texto).
Tipos de Arquivos
Baseados nas primeiras definições podemos dizer que existem vários tipos de Arquivos, tudo depende dos objetivos e competências das entidades que os produzem.
Segundo as Entidades criadoras/mantenedoras os Arquivos podem ser classificados em:
Públicos (federal, estadual, municipal); 
Institucionais (escolas, igrejas sociedades, clubes, associações); 
Comerciais (empresas, corporações, companhias); e
Pessoais (fotos de família, cartas, originais de trabalhos etc)
Temos também os Arquivos que guardam e organizam documentos cujas informações são registradas em suportes diferentes do papel: discos, filmes, fitas e são chamados de Especiais. Estes podem fazer parte de um Arquivo mais completo.
Existem aqueles que guardam documentos gerados por atividades muito especializadas como os Arquivos Médicos, de Imprensa, de Engenharia, Literários e que muitas vezes precisam ser organizados com técnicas e com materiais específicos. São conhecidos como Arquivos Especializados.
Sistema de Arquivos
Sistema é um conjunto de arquivos de uma mesma esfera governamental ou de uma mesma entidade, pública ou privada, que independentemente da posição. que ocupam nas respectivas estruturas administrativas, funcionam de modo integrado e articulado na consecução de objetivos técnicos comuns.
Exemplo: Sistema de Arquivos da UNICAMP. 
Tipos de documentos
É a unidade constituída pela INFORMAÇÃO (elemento referencial ou dado) e seu SUPORTE (material, base), produzida em decorrência do cumprimento de uma ATIVIDADE.
O documento pode ser Simples (ofício, relatório, ficha de atendimento) ou Composto (Processo)
Natureza dos Documentos
Sabe-se que as organizaçõesdesenvolvem diversas atividades de acordo com as suas atribuições e os documentos refletem essas atividades, porque fazem parte do conjunto de seus produtos. Portanto, são variados os tipos de documentos produzidos e acumulados, bem como são diferentes os formatos, as espécies, e os gêneros em que se apresentam dentro de um Arquivo. Vamos conhecê-los:
1. Formato: é a configuração física de um suporte de acordo com a sua natureza e o modo como foi confeccionado:
Exemplos: formulários, ficha, livro, caderno, planta, folha, cartaz, microficha, rolo, tira de microfilme, mapa
2. Espécie: é a configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nesse contidas.
Exemplos: ata, relatório, carta, ofício, proposta, diploma, atestado, requerimento, organograma)
Gênero: configuração que assume um documento de acordo com o sistema de signos utilizado na comunicação de seu conteúdo.
Exemplos: audiovisual (filmes); fonográfico (discos, fitas); iconográfico (obras de arte, fotografias, negativos, slides, microformas; textual (documentos escritos de uma forma geral); tridimensionais (esculturas, objetos, roupas); magnéticos/informáticos (disquetes, cd-rom).
Idade dos Arquivos
Você sabia que os Arquivos também tem ciclo de vida?.
É, e este é contado a partir da produção do documento e do encerramento do ato, ação ou fato que motivou a sua produção e da sua frequência de uso. Essa fase se diz na Arquivística que tem relação com a VIGÊNCIA do documento (a razão de ser do documento). Depois de destituído dessa vigência o documento pode ser guardado em função da importância das informações nele contidas, para a história da administração ou mesmo para tomadas de decisões pautadas nas ações do passado.
Então o ciclo pode ser categorizado em três fases ou arquivos:
Arquivo Corrente ou de Gestão – também conhecido como de Primeira Idade ou Ativo. São conjuntos de documentos estreitamente vinculados aos objetivos imediatos para os quais foram produzidos e que se conservam junto aos órgãos produtores em razão de sua vigência e frequência de uso. São muito usados pela administração.
Arquivo Intermediário – também conhecido como de Segunda Idade ou Semi-Ativo. São Arquivos que aguardam em depósito de armazenamento temporário, sua destinação final. Apresenta pequena frequência de uso pela administração.
Arquivo Permanente – também conhecido como de Terceira Idade ou Histórico. São os conjuntos documentais custodiados em caráter definitivo, em função do seu valor. O acesso é público.
Atenção: Por descuido e desinformação, muitas vezes o Arquivo é considerado “morto” ou “inativo”.
- Lembre-se:
* É importante saber estes conceitos porque os métodos de organização em cada fase do ciclo poderão sofrer algumas diferenças, devido a frequência de uso e mesmo pelo perfil do usuário.
Finalidade dos arquivos
Servir a administração: Fornecem informações e documentos necessários ao desenvolvimento das atividades, facilitam o acesso aos documentos, preservam a documentação da empresa, possibilitam o controle da produção de documentos e colocam à disposição dos usuários documentos que fornecem informações de caráter probatório ou simplesmente informativo.
Servir à História: Fornecem informações e/ou documentos para reconstituir ou escrever a história política, social ou econômica de uma nação. Também servem de memória de uma empresa e constituem uma importante fonte de pesquisa.
Roteiro para se organizar arquivos correntes e intermediários
Estrutura Básica Necessária
Para poder desempenhar satisfatoriamente as suas funções, o arquivo necessita de uma estrutura básica que pode ser composto dos seguintes elementos:
• Instalações 
• Recursos Humanos
• Recursos Materiais
- Instalações:
A instalação dos arquivos requer análise dos seguintes aspectos:
Localização: acessível (se for volumoso é preferível que seja no andar térreo devido ao peso) e que tenha capacidade de expandir-se;
Iluminação: ampla, mas, difusa, isto é sem que tenha incidência direta do sol; 
Arejamento: ventilação natural, constante e regulável; Higienização: limpo, bem cuidado. Com dedetização periódica;
Disposição: (layout): espaço livre para locomoção; fácil consulta e conservação do acervo;
Segurança: contra incêndio, roubo, infiltrações etc. 
- Recursos Humanos 
A responsabilidade da execução das operações de arquivo dever ser confiada a pessoal competente e responsável para executar as operações de:
a) Selecionar documentos 
b) Registrar documentos 
c) Estabelecer o método de classificação adequado 
d) Codificar documentos 
e) Ordenar documentos 
f) Arquivar documentos de acordo com o método adotado 
g) Conservar os documentos mantendo o arquivo organizado e atualizado 
h) Localizar documentos 
i) Controlar a saída de documentos do arquivo 
j) Transferir e descartar documentos 
k) Orientar e treinar usuários
Para desenvolver estas atividades, o técnico em arquivos deve possuir alguns requisitos indispensáveis, dentre os quais se destacam:
a) Estar a par de todas as atividades e interesses da Instituição e da sua área de atuação; 
b) Conhecer as principais regras para classificar documentos;
c) Conhecer abreviaturas importantes; 
d) Possuir habilidade para ler e destacar as funções (ações) principais dos documentos; 
e) Ser leal e discreto; f) Ser metódico; g) Possuir boa memória
- Recursos Materiais 
Mobiliário: ideal para os formatos e gêneros dos documentos produzidos que economize espaço, que permita arrumação racional dos documentos e que apresente capacidade de expansão, seguro e resistente;
Acessórios: pastas suspensas (frontais ou laterais), pastas intercaladoras, pastas A/Z ou outras. As caixas devem ser resistentes e específicas para cada tipo de arquivo, dependendo do formato/gênero dos documentos. Observar também as etiquetas e projeções para que sejam ideais.
Observação: para os Arquivos Intermediários que são instalados em depósitos centralizados, o ideal é o uso de Caixas para o armazenamento de documentos.
Como Organizar um Arquivo?
É interessante que a unidade ou área de trabalho tenha um plano de classificação para que você possa guardar os documentos dentro dos dossiês ou pastas certas.
Classificação é, portanto, a sequência de operações que, de acordo com as diferentes estruturas e atividades da entidade produtora, visam a distribuir os documentos de um Arquivo.
Rotinas de Arquivamento 
Antes de se guardar os documentos nas pastas, dossiês e móveis correspondentes, os funcionários de arquivo deverão obedecer a uma sequência de etapas:
1. Inspeção -consiste na verificação de cada documento quanto ao seu destino, pois este pode chegar ao Arquivo por diversos motivos:
a) para arquivamento 
b) para solicitar informação 
c) para verificar a existência de antecedentes, ser anexado a outro etc. 
d) em obediência a uma rotina
É importante que o funcionário ao fazer esta inspeção, verifique se os documentos possuem autorização para serem arquivados e se a ação nele contida já foi cumprida e encerrada. Verificar o último despacho. Nesta inspeção também será examinado se os documentos possuem anexos e se esses estão no documento. Aqueles que se encontrarem irregulares deverão retornar ao setor de origem, ou se for do seu conhecimento completá-lo.
2. Leitura – cada documento deve ser lido cuidadosamente afim de verificar o seu conteúdo e sob que classificação deverá ser arquivado. (se já existe pasta ou se há necessidade de abrir nova).
3. Seleção – selecionar o material que será realmente arquivado, daquele que poderá ser descartado imediatamente, sem prejuízo para a instituição (como cópias, comunicados passageiros).
“A manutenção de um arquivo é dispendiosa e ocupa muito espaço, portanto este trabalho de seleção requer conhecimento, critério e cuidado, para não deixar de arquivar o que é necessário, nem entulhar o arquivo de papéis desnecessários”.Atenção: o responsável pela seleção deve conhecer as exigências que determinam a conservação de documentos, tanto por lei como por necessidade de serviço. Exemplos:
- A sua Área assessora administrativamente a Diretoria do Órgão e recebeu do: IMECC – Cartazes, folders e convite ao Diretor para participar de um evento. Destinação possível dos documentos:
Afixar os cartazes e distribuir os folders – Eliminar quando tiver ocorrido o evento.
Convite ao Diretor – Arquivar juntamente com a resposta doDiretor na Pasta – Participação/Eventos/Convites (em ordem cronológica).
Caso o Diretor faça parte do Evento como organizador ou conferencista arquivar em Pasta: Diretoria/Participação/Eventos juntamente com o folder e texto apresentado. Isso se tiver relação com a Unidade. (Se for particular do Diretor, sem que haja ligação com o órgão, você poderá ser gentil e arquivar numa Pasta individual devolvendo ao mesmo). Marcar a hora e a data de entrada do documento no arquivo, a fim de anular todas as possíveis controvérsias sobre a chegada do documento no arquivo;
	
	 Registro: registrar diariamente, em um livro (ou outro sistema) os documentos que darão entrada no Arquivo ou no Expediente
 Colocar a data, procedência, breve descrição de conteúdo, número da R/Procedência e o código de localização (de encaminhamento ou arquivamento). Isso possibilitará estabelecer uma estatística diária de arquivamentos efetuados, e facilitará a busca.
Observação: Se o seu setor também cuidar do Expediente da Área fazer esse Registro quando o documento entrar na Área ou quando se é expedido. Assim sendo, coloque todas as informações necessárias e no campo de localização preencha para onde ele foi encaminhado.
Classificação: Determinar como será arquivado o documento, de acordo com o método e a classificação adotados pela organização. Escrever à lápis no documento onde deverá ser arquivado.
Lembre-se: analisar o tipo do documento, a atividade que o gerou, a sua procedência e a data.
Ex.1 Procedência: Gabinete do Reitor. Comunicado com Normas para Contratação de Funcionários, em um Arquivo da Direção Pasta: Diretoria - RH-ATOS/GR (poderão entrar Portarias e demais atos do Reitor relativos a RH).
Ex.2 Procedência: SUS. - Ofício ao Diretor solicitando reunião para tratar de assuntos relativo a Convênio. (já despachado pelo Diretor) Pasta: Diretoria - CONVÊNIOS/SUS/CONTRATO
Ex.3. Procedência: SUS. - Cópia do Termo Aditivo de Convênio firmado (já despachado pelo Diretor e Original no Processo) Pasta: Diretoria. CONVÊNIO/SUS/CONTRATO (entra contrato, termos e todos os documentos relativos ao Contrato inclusive os Termos de Encerramento)
Ex.4 Procedência: a própria Diretoria. Cópia do Ofício do Diretor solicitando auxílio da Área X para elaborar o Projeto A que está em anexo. Pasta: Diretoria: PROJETO A (acondicionar as cópias do Ofício e do Projeto, depois arquivar tudo o que estiver relacionado ao Projeto nesta Pasta. Se necessário abrir outra subclasse dentro dessa. Ex. Pasta Diretoria – PROJETO A/PRESTAÇÃO DE CONTAS
Dica: Caso você tenha um “Caderno” para registrar os Ofícios expedidos, indique em um campo específico a Pasta em que foi arquivada a cópia.(é preferível que ele faça parte do conjunto de outros documentos gerados pela mesma função).
Ex.5 Memorando ao ESTEC solicitando conserto de torneira. O que é o conserto de torneira senão uma das atividades de Manutenção do Prédio. Então você poderá arquivar em uma Pasta: MANUTENÇÃO do PRÉDIO (ai dentro você poderá arquivar todos os documentos que “nascerem” em função da Manutenção, independente do assunto: conserto de torneira, pintura, telhado). Outra pasta pode ter relação com a MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS e assim por diante.
Se houver necessidade, dado o volume de documentos acumulados, pode-se abrir subclasse (nova Pasta) para a Atividade.
Catalogação dos arquivos
A catalogação é uma atividade relacionada às bibliotecas e que consiste em registrar um conjunto de informações sobre um determinado documento ou conjunto de documentos. As informações registradas variam de acordo com o tipo de documento que está sendo catalogado. Por exemplo, para um livro, os elementos que são comumente registrados são: título, autor(es), tradutor(es), número da edição, editor, local e data de publicação, número de páginas, ISBN e os assuntos abordados no livro. A catalogação é guiada por normas locais, nacionais ou mesmo internacionais, devendo tais normas serem definidas de acordo com as características de cada biblioteca ou agência catalogadora. A palavra "catalogação" pode referir-se também ao produto da atividade de catalogação, por exemplo, "a catalogação de um livro", ou seja, o conjunto de informações sobre o livro que foram registradas durante a catalogação. Neste sentido, o termo "catalogação" se transforma em um sinônimo de registro bibliográfico.
Sob essa perspectiva, a catalogação gera um conjunto convencional de dados, determinados a partir do exame de um documento de onde são extraídos os dados descritos de acordo com regras fixas para se identificar e descrever este documento. A catalogação é conhecida também como Catalogação Descritiva, pois fornecerá uma descrição única e precisa do documento, servindo também para estabelecer os pontos de acesso de autor e prover a informação bibliográfica adequada para identificar uma obra.
Embora o termo catalogação seja frequentemente utilizado com o sentido de classificação (e vice-versa) e até com o sentido de determinação de assunto, as três operações são distintas. A catalogação refere-se à descrição formal dos documentos e não à determinação de seu conteúdo intelectual. Geralmente, a catalogação identifica o documento pela inclusão de elementos-chave do documento. Por exemplo, o título principal (título expresso no documento), a indicação de responsabilidade (autor ou autores expressos no documento), a indicação de publicação (local de edição, nome do publicador e data de publicação), as características físicas como a tipologia documental e a extensão (n.º de páginas ou volumes, dimensões, etc.), a indicação de série ou coleção e outros dados formais e editoriais.
Esses catálogos podem ser organizados:
- Alfabeticamente
- Como um todo, com todas as entradas (autor, título e assunto) em um único catálogo, chamado de catálogo dicionário.
- Com três catálogos diferentes, um para cada tipo de entrada.
Ou podem ser organizados sistematicamente, com as entradas organizadas pelo número de classificação.
Já os catálogos internos podem ser:
- De identidade, organizado pelos nomes dos autores e entidades.
- De assuntos, organizado pelos assuntos dos livros.
- Catálogo de número de classificação
- Catálogo de séries e títulos uniformes
- Catálogo decisório, que organiza as decisões tomadas pela biblioteca concernentes à catalogação.
- Catálogo topográfico, que é o catálogo utilizado para fins de inventário da biblioteca, pois é organizado pelo número de chamada dos livros.
- Catálogo oficial, que é uma réplica dos catálogos externos, mas inclui apenas o ponto de acesso principal.
- Catálogo de registro, para fins de controle do patrimônio da biblioteca. Atualmente, a maioria das bibliotecas utiliza o livro de tombo para isso.
De acordo com a legislação vigente (Lei Federal 4.084/62), compete ao Bibliotecário (Bacharel em Biblioteconomia) a catalogação:
Art 6º São atribuições dos Bacharéis em Biblioteconomia, a organização, direção e execução dos serviços técnicos de repartições públicas federais, estaduais, municipais e autárquicas e empresas particulares concernentes às matérias e atividades seguintes:
[...]
e) a execução dos serviços de classificação e catalogação de manuscritos e de livros raros e preciosos, de mapotecas, de publicações oficiais e seriadas, de bibliografia e referência.
Objetivos da catalogação
O catálogo deve ser um instrumento efetivo e eficiente que permita ao utilizador (usuário):4.1 Encontrar recursos bibliográficos numa coleção como resultado de uma pesquisa, utilizando atributos e relações entre recursos:
4.1.1 Para encontrar ([localizar) um determinado recurso.
4.1.2 Para encontrar (localizar) conjuntos de recursos representando:
- todos os recursos que pertencem à mesma obra;
- todos os recursos que representam a mesma expressão;
- todos os recursos que exemplificam a mesma manifestação;
- todos os recursos associados a determinada pessoa, família ou coletividade (entidade);
- todos os recursos sobre um determinado assunto;
- todos os recursos definidos por outros critérios (língua, lugar de publicação, data de publicação, tipo de conteúdo, tipo de suporte, etc.), normalmente como uma delimitação secundária de umresultado de pesquisa.
4.2 Identificar um recurso bibliográfico ou agente (ou seja, confirmar que a entidade descrita corresponde à entidade procurada ou distinguir entre duas ou mais entidades com características similares);
4.3 Selecionar um recurso bibliográfico que seja apropriado às necessidades do utilizador (usuário), ou seja, escolher um recurso que esteja de acordo com as necessidades do utilizador (usuário), no que diz respeito ao conteúdo, suporte, etc. ou rejeitar um recurso que seja inadequado às necessidades do utilizador (usuário);
4.4 Adquirir ou obter acesso a um item descrito (ou seja, fornecer informação que permitirá ao utilizador (usuário) adquirir um item por meio de compra, empréstimo, etc. ou aceder (acessar) eletronicamente a um item por meio de uma ligação em linha a uma fonte remota); ou acessar (aceder), adquirir ou obter dados bibliográficos ou de autoridade;
4.5 Navegar num catálogo ou para além dele (quer dizer, através da organização lógica dos dados bibliográficos e de autoridade e da apresentação de formas claras de se navegar, incluindo a apresentação de relações entre obras, expressões, manifestações, itens, pessoas, famílias, entidades (coletividades), conceitos, objetos, eventos e lugares).
Classificação
Todas as Unidades possuem planos de classificação de documentos. Cada Área identifica as suas Pastas, Caixas e etc. do modo como conhecem. Mas, é interessante entender como é a sistemática para se montar um Plano que facilite o trabalho de arquivamento, acesso e destinação dos documentos. Vamos apresentar um modelo denominado estrutural/funcional que se baseia nas estruturas e funções da instituição, pode ser utilizado por qualquer Unidade da Unicamp. Siga as etapas abaixo sugeridas:
a) Identifique as Atribuições e Atividades da Instituição e da Área em que você trabalha
Você poderá encontrar essas informações pesquisando nos atos legais que vezes são Portarias, Deliberações, Estatuto, outras vezes, você encontra essas informações nas primeiras Atas e Relatórios da sua Área. Em último caso, analise as atividades desenvolvidas e descreva-as.
b) Relacione e organize o que você levantou.
Dica: aproveite e organize uma Pasta com os atos relativos a implantação de sua Área/Órgão e/ou o que você conseguiu descrever.
c) Identifique os tipos de documentos que “nascem” a partir do cumprimento das atividades identificadas Relacione-os abaixo das suas respectivas atividades foram levantadas
Obs.: uma atividade pode gerar vários documentos e um tipo de documento pode ser produzido em grande escala.
Montagem do Plano de Classificação
1. Relacione as atividades da sua área Exemplos:
Agendar pacientes para atendimento odontológico Agendar pacientes para atendimento médico Assessorar reuniões da Diretoria. Preparar minutas de correspondências para Diretoria Controlar o inventário patrimonial do órgão. Registrar frequência de funcionários Proceder ao cadastro de funcionários
Controlar férias
Solicitar materiais de consumo/almoxarifado Solicitar aquisição de materiais permanente0.s Administrar convênios e contratos
Classifique as atividades de acordo com as atribuições afins ou maiores (classes) ordenando-as em sub-classes:
Você pode dar uma numeração sequencial às classes e subclasses: Veja os Exemplos:
	At. 1. Assessorar Diretoria
	
1 Assessorar Reuniões da Diretoria (pautas, atas) Elaborar/Minutas de Correspondências
Notação/Pastas –Asses..Diretoria 1.1Reuniões/Diretoria 1.2Correspond/Convocações
At..2. Inventariar Bens Patrimoniais
2.1 Inventariar Móveis (inventários, correspondências)
2.2 Inventariar Equipamentos (inventários, manuais)
2.3 Inventariar Instalações/Prédio (codificação e plantas)
At..3 Administrar Recursos Humanos
3.1 Cadastrar Pessoal (lista de necessidades, concursos)
3.2 Controlar Férias (escala, avisos de férias e recibos de férias
3.3 Controlar Frequência de Pessoal (papeletas, atestados)
At.4 Administrar Material/Suprimentos 
4.1 Comprar Material/Consumo (solicitação de compra...)
4.2 Comprar Material/Permanente (solicitação de compra...)
4.3 Controlar Almoxarifado (lista de materiais...)
At.5 Atender Pacientes
	5.1 Agendar Pacientes/ Atendimento Médico (agendas)
	)
5.2 Agendar Pacientes/Atendimento Odontológico (agendas...).
At.6 Administrar Convênio 
6.1 Convênio/SUS (contratos, projeto, relatórios...)
	At.7 Controlar Manutenção do Prédio (solicitação de pintura)
	
Atenção: O ideal é que esse Plano seja elaborado em conjunto com todas as pessoas que vão utilizar e manter o Arquivo. É importante que todos saibam como é que o arquivo esta organizado, para que o acesso seja facilitado.
Bibliografia e referência 
Regras de Alfabetação
O arquivamento de nomes obedece a 13 regras, chamadas regras de alfabetação, que são as seguintes: 
1 – Nos nomes de pessoas físicas, considera-se o último sobrenome e depois o pronome.
Exemplo: João Barbosa
Pedro Álvares Cabral Paulo Santos Maria Luísa Vasconcelos
Arquivam-se: Barbosa, João
Cabral, Pedro Álvares Santos, Paulo Vasconcelos, Maria Luísa
Obs. Quando houver sobrenomes iguais, prevalece a ordem alfabética do pronome.
Exemplo: Aníbal Teixeira
Marilda Teixeira Paulo Teixeira Vítor Teixeira
Arquivam-se: Teixeira, Aníbal
Teixeira, Marilda Teixeira, Paulo Teixeira, Vítor
2 – Sobrenomes compostos de um substantivo e um adjetivo ou ligados por hífen não se separam.
Exemplo: Camilo Castelo Branco
Paulo Monte Verde Heitor Villa-Lobos
Arquivam-se: Castelo Branco, Camilo Monte Verde, Paulo
Villa-Lobos, Heitor
3 – Os sobrenomes formados com as palavras Santa, Santo ou São seguem a regra dos sobrenomes compostos por um adjetivo e um substantivo.
Exemplo: Waldemar Santa Rita
Luciano Santo Cristo Carlos São Paulo
Arquivam-se: Santa Rita, Waldemar
Santo Cristo, Luciano São Paulo, Carlos
4 – As iniciais abreviativas de pronomes têm precedência na classificação de sobrenomes iguais.
Exemplo: J. Vieira
Jonas Vieira José Vieira
Arquivam-se: Vieira, J
Vieira, Jonas Vieira, José
5 – Os artigos e preposições tais como a, o, de, d’, da, do, e, um, uma, não são considerados (ver também regra nº 9).
Exemplo: Pedro de Almeida
Ricardo d’Andrade Lúcia da Câmara Arnaldo do Couto
Arquivam-se: Almeida, Pedro de
Andrade, Ricardo d’ Câmara, Lúcia da Couto, Arnaldo do
6 – Os sobrenomes que exprimem grau de parentesco como Filho, Júnior, Neto, Sobrinho são considerados parte integrante do último sobrenome, mais não são considerados na ordenação alfabética.
Exemplo: Antônio Almeida Filho
Paulo Ribeiro Júnior Joaquim Vasconcelos Sobrinho Henrique Viana Neto
Arquivam-se: Almeida Filho, Antônio
Ribeiro Júnior, Paulo Vasconcelos Sobrinho, Joaquim Viana Neto, Henrique
Obs. Os graus de parentesco só serão considerados na alfabetação quando servirem de elemento de distinção.
Exemplo: Jorge de Abreu Sobrinho
Jorge de Abreu Neto Jorge de Abreu Filho
Arquivam-se: Abreu Filho, Jorge
Abreu Neto, Jorge Abreu Sobrinho, Jorge
7 – Os títulos não são considerados na alfabetação. São colocados após o nome completo,entre parênteses.
Exemplo: Ministro Milton Campos
Professor André Ferreira General Paulo Pereira Dr. Paulo Teixeira
Arquivam-se: Campos, Milton (Ministro)
Ferreira, André (Professor) Pereira, Paulo (General) Teixeira, Pedro (Dr.).
8 – Os nomes estrangeiros são considerados pelo último sobrenome, salvo nos casos de nomes espanhóis e orientais (ver também regras nº 10 e 1).
Exemplo: Georges Aubert
Winston Churchill Paul Müller Jorge Schmidt
Arquivam-se: Aubert, Georges
Churchill, Winston Müller, Paul Schmidt, Jorge
9 – As partículas dos nomes estrangeiros podem ou não ser consideradas. O mais comum é considerá-las como parte integrante do nome, quando escritas com letra maiúscula.
Exemplo: Giulio di Capri
Esteban De Penedo Charles Du Pont John Mac Adam Gordon O’Brien
Arquivam-se: Capri, Giulio di
De Penedo, Esteban Du Pont, Charles Mac Adam, John
O’Brien, Gordon
10 – Os nomes espanhóis são registrados pelo penúltimo sobrenome, que corresponde ao sobrenome da família do pai.
Exemplo: José de Oviedo y Baños
Francisco de Pina de Mello Angel del Arco y MolineroAntonio de losRíos
Arquivam-se: Arco y Molinero, Angel del
Oviedo y Baños, José de Pina de Mello, Francisco de Ríos, Antonio de los
* Os nomes orientais – japoneses, chineses e árabes – são registrados como se apresentam.
Exemplo: Al Ben-Hur Li Yutang
Arquivam-se: Al Ben-Hur Li Yutang
12 – Os nomes de firmas, empresas, instituições e órgãos governamentais devem ser transcritos como se apresentam, não se considerando, porém para fins de ordenação, os artigos e preposições que se constituem. Admite-se, para facilitar a ordenação, que os artigos iniciais sejam colocados entre parênteses após o nome.
Exemplo: Embratel
Álvaro Ramos & Cia. Fundação Getúlio Vargas A Colegial The Library ofCongress Companhia Progresso Guanabara Barbosa Santos Ltda.
Arquivam-se: Álvaro Ramos & Cia.
Barbosa Santos Ltda. Colegial (A) Companhia Progresso Guanabara Embratel Fundação Getulio Vargas Library of Congress (The)
13 – Nos títulos de congressos, conferências, reuniões, assembléias e assemelhados os números arábicos, romanos ou escritos por extenso deverão aparecer no fim, entre parênteses.
Exemplo: I Conferência de Pintura Moderna Quinto Congresso de Geografia
3º. Congresso de Geologia
Arquivam-se: Conferência de Pintura Moderna (I)
Congresso de Geografia (Quinto) Congresso de Geologia (3.º)
Estas regras podem ser alteradas para melhor servir à organização, desde que o arquivista observe sempre o mesmo critério e faça as remissivas necessárias para evitar dúvidas futuras
Exemplo: José Peregrino da Rocha Fagundes Júnior José Félix Alves Pacheco
Podem ser arquivados pelos nomes mais conhecidos:
Peregrino Júnior, José Félix Pacheco, José
Colocam-se remissivas em:
Fagundes Júnior, José Peregrino da Rocha Pacheco, José Félix Alves
5 CONSERVAÇÃO DO ACERVO
Os livros e documentos sofrem alterações resultantes de agentes tais como microorganismos, insetos, roedores que se alimentam dos elementos nutritivos encontrados no suporte do papel (amido, gelatina, etc.) e a poluição atmosférica que causa a oxidação da celulose. Umidade, temperatura e luminosidade inadequadas e alterações químicas das substâncias que entram na composição do papel também causam a sua degeneração.
Mas os maiores danos que podem ser ocasionados aos livros e documentos são os decorrentes de acidentes e dos maus-tratos que recebem por parte do Homem que deles se utilizam. O conhecimento das causas que diminuem a vida do livro ou documento vai permitir que se tome decisão no sentido de criar condições favoráveis de armazenagem e uso, para reduzir, ao máximo, os fatores causadores de sua degradação. Todos os materiais orgânicos são extremamente frágeis e facilmente deterioráveis por agentes físicos, químicos e biológicos.
Preservação
É uma consciência, mentalidade política (individual ou coletiva, particular ou
institucional), com o objetivo de proteger e guardar o Patrimônio. Resguardar o bem cultural, prevenindo possíveis malefícios e proporcionando a esse bem condições adequadas de “saúde”. É o controle ambiental, composto por técnicas preventivas que envolvem o manuseio, acondicionamento, transporte e exposição.
Conservação 
É o conjunto de intervenções diretas, realizadas na própria estrutura física do bem cultural, com a finalidade de tratamento, impedindo, retardando ou inibindo a ação nefasta ocasionada
pela ausência da preservação. É composta por tratamentos curativos, mecânicos e/ou químicos, tais como: higienização ou desinfestação de insetos ou microorganismos, seguidos ou não de pequenos
reparos.
Higienização 
Esse tratamento é de fundamental
importância para um acervo bibliográfico e documental. Entre todas as vantagens que apresenta, há uma essencial: a eliminação do máximo possível de todas as sujidades
extrínsecas às obras, que são inerentes ao seu próprio desenvolvimento e têm um caráter de destaque, na medida em que compõe uma sistemática de limpeza de volumes e estantes. Além disso, estabelece uma freqüência na identificação de qualquer tipo de ataque de microorganismos ao acervo, através de uma simples ação que podemos chamar de monitoramento.
Restauração 
É um tratamento bem mais complexo e profundo, constituído de intervenções mecânicas e químicas, estruturais e/ou estéticas, com a finalidade de revitalizar um
bem cultural, resgatando seus valores históricos e artísticos, devendo ser respeitada, ao máximo, a integridade e as características históricas, estéticas e formais do bem cultural e ser feita por especialistas. Portanto, fazendo-se um paralelo com a área da saúde, a “saúde do bem cultural” pode ser assim definida:
a) preservação – profilaxia, conscientização;
b) conservação – medicamento, curativos;
c) higienização – limpeza, assepsia;
d) restauração– cirurgia feita por especialistas.
Fatores externos ambientais:
Agentes físicos: 
- umidade
- temperatura
- luz
Agentes químicos 
- fuligem
- gases
- poeira
Agentes biológicos 
- fungos 
- roedores
- insetos 
Fatores externos circunstanciais
- inundações 
- incêndios 
- vendavais 
- desmoronamentos / terremotos 
Materiais para higienização de livros
• Acetato de Etila PA;
• água destilada;
• álcool etílico;
• algodão;
• aspirador de pó
• borracha branca 
• cânfora;
• cartolina branca;
• cola metilcelulose (cola cellofas B-3500 SCMS);
•EPI – Equipamento de Proteção Individual (luva, máscara, touca, avental e óculos);
• estilete;
• flanela;
• lixa de ferro nº 120;
• mesa de higienização;
• mesa de sucção para partículas sólidas;
•palito para churrasco;
•ralador de aço inox;
•sílica-gel;
•tecido morim branco;
• trincha nº 396 4”.
• tecido morim branco;
• trincha nº 396
Higienização dos livros 
formular um diagnóstico do estado geral de conservação da obra e uma proposta quanto aos métodos e materiais que poderão ser utilizados durante o tratamento;
documentar todos os registros históricos porventura encontrados, sem destruí-los, falsificá-los ou removê-los;
durante o processo de limpeza dos livros, é necessário apagar as anotações de grafite e fazer a conferência da seqüência numérica das páginas, pois, caso esteja faltando alguma página, deve-se anotar na ficha de diagnóstico, para reposição posterior;
a limpeza dos livros deve ser feita com o auxílio de pó-de-borracha. O pó-de-borracha é facilmente obtido através da seguinte operação:
- materiais necessários: ralador inox, borracha branca;
- ralar a borracha branca em ralador inox, a fim de obter uma fina película;
- friccionar levemente, em movimentos circulares, o pó-de-borracha depositado na superfície do material a ser limpo;
- evitar o contato direto do pó-de-borracha com as pontas dos dedos;
- utilizar tecido de puro

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