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SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR UNP - DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins Quem não fez nada, não sabe nada (Thomas Carlyle) EXAME MÉDICO ANAMNESE EXAME FÍSICO INSPEÇÃO PALPAÇÃO AUSCULTA MANOBRAS ESTABELECER POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS EXAMES COMPLEMENTARES Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins SEMIOLOGIA Anamnese Exame físico Disciplina Assiduidade Perseverança Mendonça Neto, José Martins Dor torácica Dispnéia Tosse Hemoptise Síncope Edemas Palpitação Cianose Fadiga Rouquidão Náuseas Febre e calafrios Perda de peso Claudicação Raynaud SINTOMAS CARDIOVASCULARES Mendonça Neto, José Martins SINTOMAS MAIS FREQUENTES DOR TORÁCICA DISPNÉIA PALPITAÇÕES SÍNCOPE EDEMA Mendonça Neto, José Martins DOR TORÁCICA Mendonça Neto, José Martins ANGINA TÍPICA Sensação de dor ou desconforto subesternal ou precordial do tipo opressiva (em queimação, peso ou aperto) ou em queimação Irradiação para membro superior esquerdo (em geral face ulnar), ombro esquerdo e/ou mandíbula. Algumas vezes irradia para ambos os membros superiores, membro superior direito ou dorso. No caso da angina estável, esta, tipicamente deve apresentar todas as seguintes características: (1) dor subesternal/precordial tipo opressiva ou queimação, de duração entre 2-15 minutos, (2) desencadeada por estresse físico ou emocional, (3) aliviada por repouso ou nitrato sublingual. DOR TORÁCICA Caracterização Início Duração Qualidade Localização Irradiação Intensidade Fatores desencadeantes Impacto na capacidade de trabalho Fatores de alívio Manifestações concomitantes Evolução dos sintomas Mendonça Neto, José Martins UNIDADE DE DOR TORÁCICA Mendonça Neto, José Martins UNIDADE DE DOR TORÁCICA Mendonça Neto, José Martins DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Mendonça Neto, José Martins DOR ESOFÁGICA(espasmo esofagiano difuso, refluxo gastroesofágico): tem pouca ou nenhuma relação com esforço, podendo ter relação com as refeições. Sua duração pode superar 30 minutos. Em geral o paciente tem queixa de pirose. DOR MUSCULOESQUELÉTICA (distensão muscular ou costocondrite – sd de Tietze): a distensão muscular piora com movimentação dos membros superiores ou palpação e a dor da costocondrite (inflamação das cartilagens costais) piora com digitopressão do precórdio, podendo haver sinais flogísticos em alguns. PERICARDITE é contínua, piora com inspiração (caráter pleurítico) e com decúbito dorsal, melhora com posição sentada e tronco inclinado para frente, tem duração maior e, sua irradiação típica é para a crista do músculo trapézio. HIPERTROFIA DO VE: pode induzir à isquemia subendocárdica sem presença de doença coronariana obstrutiva, apenas devido à maior compressão dos vasos nesta região. Melhor diferenciado com exame físico e complementar. HAP: a distensão do tronco da artéria pulmonar pode causar dor tipo anginosa. Causas psiquiátricas: Devem ser diagnóstico de exclusão !!! Mendonça Neto, José Martins SUBJETIVA !!! 20% da população Maior mortalidade Limita qualidade de vida Relacionada a outras doenças Mendonça Neto, José Martins Escala de Dispnéia – MRC (Medical Research Council) GRAU DEFINIÇÃO 0 Sem dispnéia, apenas com exercício extenuante 1 Ao caminhar depressa no plano ou subindo ladeira suave 2 Anda mais devagar que pessoa com mesma idade ou tem que parar (respirar) 3 Tem que parar após uma quadra (90 a 120 m) ou após poucos minutos no plano 4 Muito dispnéico para sair de casa ou vestir-se TIPOS DE DISPNÉIA Mendonça Neto, José Martins Ortopnéia: piora com a posição deitada; Trepopnéia: desencadeada ao assumir decúbitos laterais; Platipnéia: dispnéia ao se assumir posição sentada, que melhora ao se deitar; Dispnéia paroxística noturna INSPEÇÃO Mendonça Neto, José Martins INSPEÇÃO Mendonça Neto, José Martins MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS CONFORMAÇÃO TÓRAX ABAULAMENTO / DEPRESSÃO TIRAGEM INTERCOSTAL VISUALIZAÇÃO DO ICTUS CORDIS PULSAÇÕES VISÍVEIS ASPECTO DO TÓRAX Mendonça Neto, José Martins ICTUS CORDIS Mendonça Neto, José Martins VISUALIZADO OU NÃO LOCALIZAÇÃO AMPLITUDE ASPECTO MOBILIDADE CIANOSE Mendonça Neto, José Martins PERIFÉRICA OU CENTRAL INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CARDIOP. CONGÊNITAS Mendonça Neto, José Martins PULSO VENOSO x ARTERIAL Mendonça Neto, José Martins PULSO ARTERIAL Mendonça Neto, José Martins PULSO ARTERIAL Mendonça Neto, José Martins CURVAS DE PRESSÃO Mendonça Neto, José Martins PULSO ARTERIAL Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins TIPOS DE PULSO Mendonça Neto, José Martins ESTENOSE AO INSUFICIÊNCIAAO TIPOS DE PULSO Mendonça Neto, José Martins Ondas de pulso normal- cujas características são aprendidas pelo exame de pacientes normais - Pulso célere ou martelo d’água - a principal característica é aparecer e sumir com rapidez. Decorre do aumento da pressão diferencial e ,por isso, é observado na insuficiência aórtica, nas fístulas arteriovenosas, no hipertireoidismo e nas anemias graves Pulso dicrótico- se percebe uma dupla onda em cada pulsação, a primeira mais intensa e mais nítida, é seguida de outra de menor intensidade e que ocorre imediatamente depois. Ex: febre tifóide e outras doenças com febre - Pulso bisferiens- se percebe também uma dupla sensação, mas neste caso as duas ondulações aparecem no ápice da onda de pulso. Ex: associação de estenose e insuficiência aórtica Pulso alternante- se percebe de modo sucessivo uma onda ampla seguida de uma onda mais fraca. Constitui um sinal de insuficiência ventricular esquerda - Pulso filiforme- pulso de pequena amplitude e mole. Indica quase sempre colapso circulatório periférico - Pulso paradoxal- caracterizado pela diminuição da amplitude das ondas durante a inspiração forçada. Ex: pericardite constritiva, derrame pericárdico volumoso e enfisema pulmonar Confunde-se com o pulso dicrótico- perde sua característica de dupla pulsação á compressão da artéria - Pulso anacrótico – constituído de uma pequena onda inscrita no ramo ascendente da onda pulsátil. Ex: estenose aórtica DIFERENÇA DE PULSO (CoAo) Mendonça Neto, José Martins PULSO VENOSO Mendonça Neto, José Martins PULSO JUGULAR (VENOSO) Onda a - Contração atrial Seio descendente x - Relaxamento atrial Crista c - Fechamento da tricúspide Crista v - Enchimento do átrio Seio descendente y - Fase de enchimento ventricular rápido Mendonça Neto, José Martins PULSO VENOSO Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins CICLO CARDIACO Mendonça Neto, José Martins INSPEÇÃO E PONTOS DE AUSCULTA Mendonça Neto, José Martins ICTUS CORDIS IMPULSÕES RETRAÇÕES DEFORMIDADES PALPAÇÃO Mendonça Neto, José Martins ICTUS BULHAS FRÊMITOS ICTUS CORDIS Mendonça Neto, José Martins VISUALIZADO OU NÃO LOCALIZAÇÃO AMPLITUDE ASPECTO MOBILIDADE AUSCULTA CARDIACA Focos ou áreas de ausculta 1. Foco Aórtico ( 2 ºEICD) 2. Foco Pulmonar (2 ºEICE) 3. Foco Tricúspide ( borda esternal inferior E 4. Foco Mitral ( 5 º EICE) Mendonça Neto, José Martins Posição do paciente e examinador Decúbito dorsal - padrão b) Sentado c)Decúbito lateral esquerdo – auscultar o ruflar diastólico da estenose mitral, B3 e B4 mais audível d) Em pé, tórax fletido – auscultar sopro da insuficiência aórtica ou bulhas hipofonéticas AUSCULTA CARDIACA Mendonça Neto, José Martins AUSCULTA CARDIACA BULHAS (B1, B2, B3 (Galope), B4) SOPROS (Sistólico, Diastólico, Sis-Dis, Contínuo) ESTALIDOS CLICKS ATRITOS Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins Bulhas Cardíacas B1 B2 B1 B2 tum ta tum ta B1 B2 B3 B1 B2 B3 tum ta tu tum ta tu B4 B1 B2 B4 B1 B2 tu tum ta tu tum ta BULHAS Mendonça Neto, José Martins Ausculta - Bulhas Mecanismo Fisiológico INSPIRAÇÃO - Desdobramento Diminuição da pressão intratorácica Aumento do gradiente de pressão entre as porções extra e intratorácicas das grandes veias Retardo do componente tricúspide e pulmonar Maior enchimento do VD Alongamento do período de contração do VD Desdobramento das bulhas Mendonça Neto, José Martins Ausculta - Bulhas Mecanismo Fisiológico INSPIRAÇÃO - Desdobramento Diminuição da pressão intratorácica Os componentes mitral e aórtico ocorrem no mesmo tempo ou ligeiramente mais cedo Aumento da capacidade de arma- zenamento de sangue nas grandes veias e capilares pulmonares Não há aumento do enchi- mento do AE e VE podendo até diminuir A contração do VE não se prolonga ou está ligeira- mente encurtada Desdobramento das bulhas Mendonça Neto, José Martins Ausculta - Bulhas Mecanismo Fisiológico EXPIRAÇÃO - Desdobramento Aumento da pressão intratorácica Diminuição do gradiente de pressão entre as porções extra e intratorácicas das grandes veias Menor enchimento do VD Encurtamento do período de contração do VD Adiantam-se os componentes do lado direito Componentes ficam juntos Mendonça Neto, José Martins Ausculta - Bulhas Mecanismo Fisiológico EXPIRAÇÃO - Desdobramento Aumento da pressão intratorácica Diminuição do armazenamento de sangue nas grandes veias e capilares pulmonares Aumento do enchi- mento do AE e VE Prolongamento da contração do VE Os componentes mitral e aórtico ocorrem no mesmo tempo ou ligeiramente mais cedo Componentes ficam juntos Mendonça Neto, José Martins SOPROS Análise Situação no ciclo cardíaco Localização Irradiação Intensidade Manobras especiais Mendonça Neto, José Martins MECANISMOS DOS SOPROS Aumento da velocidade da corrente sanguínea(pode formar turbulência capaz de dar origem ao sopro. Esse tipo pode surgir após exercício físico, na anemia, nohipertireoidismoe na síndrome febril) Diminuição da viscosidade sanguínea(a viscosidade sanguínea exerce efeito amortecedor sobre a turbulência do sangue. Os sopros anêmicos decorrem em parte, da diminuição da viscosidade sanguínea que acompanha a afecção). Passagem de sangue através de uma zona estreitada(O fluxo sanguíneo sofre radicais modificações, deixando de ser laminar para se fazer em turbilhões – que produz o sopro. Os defeitos valvares (estenose e insuficiência) e algumas anormalidades congênitas (comunicação interventricular, persistência do canal arterial) representam zonas de estreitamento entre duas câmaras cardíacas ou entre uma câmara e um vaso ou entre dois vasos. Passagem do sangue para uma zona dilatada( A explicação é a mesma do item anterior. Por este mecanismo, explicam-se os sopros de alguns defeitos valvares, dos aneurismas e rumor venoso) Passagem de sangue por uma membrana de borda livre(Quando acontece, originam-se vibrações que se traduzem também como sopro. Mendonça Neto, José Martins SOPROS (LEVINE) I: AUDÍVEL SÓ COM MUITO ESFORÇO II: SUAVE, MAS FACILMENTE DETECTÁVEL III: PROEMINENTE, SEM FRÊMITOS IV: INTENSOS, COM FRÊMITO V: MUITO INTENSOS, ESTETO PRÓXIMO À PELE VI: SEM NECESSIDADE DE ESTETO Mendonça Neto, José Martins MANOBRAS Mendonça Neto, José Martins Posição de cócoras (squatting): provoca aumento do retorno venoso ao coração por comprimir vasos dos membros inferiores e abdominais. Mudando de posição da posição ortostática para a de cócoras é útil para detectar a presença da cardiomiopatia hipertrófica, pois o sopro diminui e, ao contrário, da de cócoras para ortostática possibilita aumento do mesmo. Posição em decúbito dorsal: provoca aumento do retorno venoso ao coração, em relação à posição ortostática. Inspiração profunda (manobra de Rivero-Carvalho): provoca aumento do retorno venoso ao coração direito, causando maior volumes e fluxo para o coração direito, pela redução da pressão intratorácica. Essa manobra intensifica o sopro decorrente da insuficiência tricúspide, diferenciando-a da mitral e pode iintensificar o sopro da estenose pulmonar. Manobra de Valsalva ( o paciente exala contra a glote fechada por 20 segundos ): Causa aumento da pressão intra-torácica e, portanto, diminuição do retorno venoso ao coração. Tem efeito oposto à posição de cócoras. Elevação das pernas: mesma influência por aumento do retorno venoso. Preensão isométrica “Handgrip” ( o paciente usa uma mão para apertar dois dedos do examinador ou um objeto sustentadamente por 1 min ou mais ) : causa um aumento a resistência vascular periférica e da pós-carga, reduzindo a ejeção de sangue pela válvula aórtica e aumentando o volume contido no ventrículo esquerdo. É útil para aumantar a intensidade dos sopros da regurgitação mitral e da CIV e reduz o sopro da cardiomiopatia hipertrófica. 1. GIBSON, 1900 Sopro contínuo em maquinária da Persistência do Canal Arterial. 2. ZUM VENOSO Sopro contínuo resultante do fluxo rápido pelas veias do pescoço. 3. GRAHAM STELL, 1888. Sopro protodiastólico provocado pela insuficiência valvar pulmonar. 4. AUSTIN FLINT, 1862 Sopro em ruflar diastólico no foco mitral conseqüente a insuficiência grave da valva aórtica. 5. CAREY COOMBS,1924 Sopro mesodiastólico em ruflar no foco mitral conseqüente a endocardite reumatismal ativa. 6. ROGER, 1873 Sopro sistólico de regurgitação, intenso audível ate no dorso resultante de pequena comunicação interventricular. 7. EVANS,1947 Sopro telessistólico em crescendo, precedido de click de ejeção, audível no foco pulmonar, e tem característica inocente. 8. STILL,1918. Sopro protossistólico inocente com característica vibratória em foco pulmonar 9. EFEITO VENTURI Curto murmúrio mesossistólico, suave, resultante da dilatação da raiz aórtica e tronco pulmonar SOPROS ESPECIAIS Mendonça Neto, José Martins PRESSÃO ARTERIAL Mendonça Neto, José Martins PRESSÃO ARTERIAL Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins CRITÉRIOS DE FRAMINGHAN (ICC) Mendonça Neto, José Martins ESCORE DE FRAMINGHAM Mendonça Neto, José Martins CLASSE FUNCIONAL (ICC) Mendonça Neto, José Martins Classe 1 Pacientes com cardiopatia mas sem limitações resultantes da atividade física. A atividade física comum não causa fadiga anormal, palpitações ou dor anginosa. Classe 2 Pacientes com cardiopatia levando a leve limitação da atividade física. Assintomáticos em repouso. A atividade física comum resulta em fadiga,palpitação, dispnéia ou dor anginosa. Classe 3 Pacientes com cardiopatia resultando em marcada limitação de atividade física. Assintomáticos em repouso. Mínimo esforço físico, menos que a atividade física comum, causa fadiga, palpitação, dispnéia ou dor anginosa. Classe 4 Pacientes com cardiopatia incapazes de executar qualquer atividade física sem desconforto. Os sintomas de Insuficiência Cardíaca ou de Síndrome Anginosa podem estar presentes mesmo em repouso. A qualquer esforço físico empreendido o desconforto aumenta. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (NYHA) Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins SÍNDROMES CLÍNICAS SINDROMES CORONÁRIAS = DOENÇA ATEROSCLERÓTICA (Angina, IAM, AVC, etc) H.A.S. (Primária e secundária) ARRITMIAS (Ventriculares e Supraventriculares) INSUFICIÊNCIA CARDIACA VALVULOPATIAS MIOCARDIOPATIAS (Dilatada, Hipertrófica e Restritiva) Mendonça Neto, José Martins Mendonça Neto, José Martins
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