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Artigo Estágio II

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Estágio Supervisionado de Prática Pedagógica II
Artigo científico sobre pesquisa em Educação Química
Revisitando o Ensino Médio sob o olhar dos estudantes	
Revisiting high school under the students eyes
Camila K. S. Matsu; Beatriz H. S. Silva; João P. da S. Fidelis; Thais C.S. Paula
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) – Faculdade de Ciência e Tecnologia (FCT) – Campus de Presidente Prudente
camilaksmatsu@hotmail.com
Resumo
O seguinte trabalho visa observar o funcionamento, métodos de aprendizado e possíveis problemas através de um prisma diferente do comum (olhar de professores e pesquisadores da área da educação). Essa observação ocorre através do olhar de estudantes do ensino médio da escola pública estadual, na qual foi realizada a partir de um questionário baseado em propostas educacionais de Paulo Freire, onde em 14 questões é possível trazer um momento de reflexão ao aluno passando de passivo para ativo além de conhecer a historicidade do aluno, relação social, o método de aprendizagem que está inserido, e suas ideias para um possível melhoramento das aulas de Química (podendo ser expandido para demais áreas da ciência e até mesmo demais disciplinas). Por fim o resultado da análise dos questionários, mostra que os alunos podem enriquecer as aulas com seus conhecimentos prévios, e indicar ao pesquisador o que poderia facilitar no entendimento da disciplina.
Palavras chave: química, questionário, observação, estudantes, ensino médio, aprendizagem.
Abstract
The objective of the study is to verify the functioning, learning methods and possible problems through a different perspective from the common one (teachers and researchers view of education). This observation occurred through the study of high school students of the state public school, in which it was carried out from a questionnaire available in educational proposals of Paulo Freire, where in 14 it is possible to bring a moment of reflection to the student passing from passive to Active as well as knowing the historicity of the student, social relation, the learning method that is inserted, and his ideas for a possible improvement of Chemistry classes (being able to be expanded to areas of science and even other disciplines). Finally the result of the analysis of the questionnaires, shows that students can enrich as classes with their previous knowledge, and indicate to the researcher with regard to the understanding of the discipline.
Keywords: chemistry, questionnaire, observation, students, high school, learning.
Introdução
Esse trabalho traz uma nova visão da sala de aula, através do questionário é possível entender o que os estudantes pensam sobre as aulas de química, e como gostariam realmente que fosse ministrado essas aulas. 
Utilizando a ideia de Paulo Freire onde é necessário o professor conhecer a historicidade do estudante, entender em qual meio social está inserido, qual o conhecimento que cada um já possui, e qual a importância que a disciplina tem para ele, pode-se dizer que esse trabalho possui uma relevância significativa, pois através do mesmo pode-se conhecer mais sobre o estudante, sobre como ele e sua família tratam a escola (importância do estudo), tomar ideias para melhoramento do nível de aprendizagem, obter meios mais interessantes para abordar um determinado conteúdo, e para o próprio professor a qual ministra a disciplina pode avaliar seu modo de ensino, corrigir possíveis erros - método que pelo olhar do estudante não estaria sendo efetivo -, ter o conhecimento de qual é a maior dificuldade dos alunos, e vários outras observações que se pode obter através de um questionário bem preparado. 
De uma forma geral, através desse trabalho ocorrem mudanças significativas para o ensino e principalmente para a área da ciência (Química, Física, Biologia), por se tratar de uma disciplina que possui cálculos, ser um tanto quanto abstrata, e muitas vezes de difícil compreensão, causa grande desinteresse por boa parte dos estudantes, o que dificulta ainda mais o ensino, logo com possíveis mudanças é capaz de modificar o método de aprendizagem, a abordagem ao aluno, e até mesmo a opinião e interesse do aluno. 
Referencial teórico
Para realização de uma entrevista com estudantes do ensino médio a partir de um questionário, foi necessário buscar um referencial teórico que compartilhasse dos mesmos pensamentos e ideais que originaram o trabalho realizado. Foi selecionado Paulo Freire (1921-1997), o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacional, como referencial teórico para embasar a ideia central do trabalho. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. 
Freire propôs um método para sala de aula com o objetivo de aguçar a curiosidade e o pensamento crítico do aluno, onde o mesmo condenava a forma de ensino da maioria da escolas (para Freire, as “escolas burguesas”), na qual ele qualificou como educação bancária, onde o professor age como quem deposita o conhecimento num aluno apenas receptível, dócil, ou seja, um aluno que esteja interessado em receber esse “depósito”. Neste ponto o conhecimento é analisado “como uma doação dos que se julgam sábios” (Freire, 2005, p. 67) para os que ‘não possuem’ conhecimento. Para Freire trata-se de uma escola alienante, não colocando o aluno para pensar.
Dentre o método em que Freire propôs, encontra-se pontos congruentes ou próximos das ideias principais da realização do questionário com estudantes do ensino médio. A ideia principal tomada foi práxis (ação e reflexão do aluno), onde uma não pode ser tratada separada da outra. Não basta apenas a reflexão, pois corre-se o risco de sair do objetivo, assim como a ação sem pensamento reflexivo, pautado em um corpo teórico de conhecimentos, torna-se ativismo. Na perspectiva Freiriana, a educação deve ser concebida como um processo incessante, inquieto e, sobretudo, permanente de busca ao conhecimento, em oposição ao que o autor denominou de educação bancária, caracterizada pela transmissão acrítica e apolítica do conhecimento. Por outro lado, na pedagogia problematizadora, o professor deve suscitar nos estudantes o espírito crítico, a curiosidade, a não aceitação do conhecimento simplesmente transferido. Os educadores têm “como uma de suas tarefas primordiais [...] trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos objetos cognoscíveis” (Freire, 2006, p. 26). A problematização inicial consiste em apresentar situações reais que os alunos presenciam e que, ao mesmo tempo, estão envolvidas com os temas a serem discutidos. Tais situações exigem a introdução de conhecimentos teóricos para sua interpretação. O conhecimento explicitado pelo aluno na tentativa de compreender essas situações iniciais é então problematizado a partir de questionamentos, primeiramente em grupos pequenos e, posteriormente, com toda a sala. 
Além da problematização como um método para ensino, Freire chama atenção para a historicidade dos seres humanos e, desse modo, a historicidade do conhecimento. Todos possuem conhecimento de algo e esse deve ser respeitado, enquanto que esse mesmo conhecimento está em constante evolução, com o intuito de reformular as ideias e teorias dos alunos, moldando esse conhecimento junto com eles, para fim de torna-lo cada vez mais próximo e compatível do conceito aceito. Por fim o método que Paulo Freire propõe para aprendizado do aluno gira em torno da experimentação, essa que pode ser realizada, ser visualizada ou apenas imaginado pelos alunos, com o objetivo dos alunos questionarem, refletirem e juntos moldar seu próprio conhecimento.
Questão de pesquisa
O questionário foi preparado baseado em alguns pontosdas ideias principais de Paulo Freire, constituído por 14 (catorze) questões sendo a mesma dividida em duas partes, ‘Tema Geral’ onde as questões não faziam alusão a nenhuma disciplina diretamente, e as questões ‘Especificas para aula de Química’. As questões abordaram um segundo ponto de vista do que Freire defende, seguindo o mesmo raciocínio mas tentando conhecer mais sobre o aluno e o que acha dos métodos de aprendizado na qual são submetidos diariamente. Abaixo segue o questionário preparado para realização da pesquisa: 
Tema Geral
Na sua opinião, a escola é a única fonte de descobertas e aprendizagem? 
Você considera a escola necessária para o seu futuro ou uma obrigação que deve ser realizada? Explique. 
A sua família incentiva os seus estudos e a frequentar a escola? 
Como é a relação entre os alunos e seus professores? 
Você acha que esse relacionamento interfere no seu aprendizado ou da turma? De que forma isso ocorre? 
O que você acha do Caderno do Aluno, que é enviado pelo governo (Concorda com a sua utilização)? 
Poderia ser feita alguma melhoria nesse material didático? O quê? 
Quando é iniciado um conteúdo novo, seus professores fazem perguntas a respeito do que vocês já sabem sobre o que vai ser estudado? Como ocorre esse momento? 
Seus professores relacionam o conteúdo abordado em sala de aula com o dia a dia? Se sim dê um exemplo.
Especifico para aulas de química
Se o seu professor de Química relaciona o conteúdo com seu cotidiano, você acha que tornaria mais fácil a compreensão da matéria? Explique. (Leia Exemplo I abaixo)
(Exemplo I) - “Você já observou que quando cortamos uma maçã e a deixamos exposta ao ar por um tempo, ela começa a ficar escura? Esse fenômeno ocorre, pois após a cortarmos, ela libera uma enzima chamada polifenol oxidase, que tem a função de proteger a fruta de fungos e bactérias, no entanto quando essa enzima é liberada e entra em contato com o oxigênio presente no ar, ocorre uma reação conhecida como oxidação, e produz o tecido de cor marrom na fruta. (A cor marrom aparece porque os compostos envolvidos nesse esquema de proteção acabam produzindo melanina, que é responsável pela coloração)”
Você se sente livre para fazer perguntas durante as aulas ou apenas escuta o professor ensina? Explique. 
Você acha que aulas experimentais são necessárias para seu aprendizado na área de Ciências da Natureza (Química, Física, Biologia) ou as aulas teóricas são suficientes? Explique. 
Na sua opinião, como deveriam ser as aulas de Química na sua escola? 
Questões de opinião, que tem o intuito de trazer uma reflexão ao estudante, de âmbito totalmente escolar para que não avançasse nos limites éticos (relação estudante-professor). As respostas esperadas vão além de apenas de afirmação e negação, e sim uma explicação de forma completa sobre a opinião do estudante, deixando os à vontade para responder o que determinassem necessário, assim como não responder se não houvesse interesse.
Objetivos
O objetivo do questionário aplicado aos alunos do ensino médio foi principalmente conhecer a historicidade de cada aluno, o modo como o professor (principalmente o de Química) trabalha em sala de aula, identificar a forma de pensar de cada aluno e colocar os mesmo a refletir sobre as questões, reflexão essa sobre o próprio saber e como a adquire, sobre a forma que está sendo submetido a aprendizagem e sua opinião sobre o mesmo, bem como conhecer o andamento das aulas de Química e demais matérias.
Metodologia
Público alvo: Maioria dos alunos do ensino médio. Não sendo de interesse os alunos do ensino fundamental por não possuírem aulas de Química.
O questionário foi aplicado em uma escola pública estadual de um bairro bem localizado na cidade de Presidente Prudente/SP. Foram 14 questões propostas aos alunos do ensino médio. Tomou-se o cuidado para não formular um questionário muito extenso e manter em anonimato a identificação dos alunos, buscando evitar uma intimidação dos mesmos e por questões éticas. Iniciou-se o questionário com perguntas mais fáceis sobre as perspectivas do futuro, relacionamento com os professores no âmbito escolar e sobre incentivo de sua família, afim de criar um momento de reflexão. Em seguida algumas questões especificas de química para finalização.
Foi utilizado questões abertas que é apresentada ao respondente, de modo a deixa-lo à vontade para expressar suas ideias, sem que haja uma restrição para tal. A questões foram elaboradas com base nas teorias de Paulo Freire e algumas questões pessoais sobre a visão dos estudantes sobre o ensino atual.	
Vantagens
-Estimulam a cooperação; 	
-Permitem avaliar melhor as atitudes para análise das questões estruturadas; 		
-São muito úteis como primeira questão de um determinado tema porque deixa o respondente mais à vontade para a entrevista a ser feita; 	
-Cobrem pontos além das questões fechadas; 	
-Têm menor poder de influência nos respondentes do que as perguntas com alternativas previamente estabelecidas;	
-Exigem menor tempo de elaboração;	
-Proporcionam comentários, explicações e esclarecimentos significativos para se interpretar e analisar as perguntas com respostas fechadas;	
Evita-se o perigo existente no caso das questões fechadas, do pesquisador deixar de relacionar alguma alternativa significativa no rol de opções.	
Desvantagens
-Questões abertas apresentam também desvantagens:	 
-Dão margem à parcialidade do entrevistador na compilação das respostas, já que não há um padrão claro de respostas possíveis. Assim, é difícil a codificação das respostas e sua consequente compilação; 	
-Há grande dificuldade para codificação e possibilidade de interpretação subjetiva de cada decodificador; 	
-Quando feitas através de questionários auto preenchidos, esbarram com as dificuldades de redação da maioria das pessoas, e mesmo com a "preguiça" de escrever; 	
-São menos objetivas, já que o respondente pode divagar e até mesmo fugir do assunto;	
-São mais onerosas e mais demoradas para serem analisadas que os outros tipos de questões
 Resultados e discussão
Após a aplicação dos questionários para alunos do primeiro e segundo ano do ensino médio, os dados foram analisados e organizados nas tabelas 1 e 2 a seguir.
Tabela 1- Análise de questionário aplicado aos alunos do 1º do Ensino Médio
 Tabela 2- Análise de questionário aplicado aos alunos do 2º do Ensino Médio 
Conforme podemos observar o primeiro item da Tabela 1, nenhum dos alunos considera a escola como única fonte de conhecimento, isso pode ser visto como um ponto positivo pois o aluno passa do status de passivo para ativo na busca por conhecimento, assim sendo 44,8% dos alunos entrevistados utilizam a internet além da escola como fonte de conhecimento, enquanto os 55.2% dos alunos restantes consideram diversas outras fontes de aprendizagem além da escola. Já na Tabela 2 apesar de termos uma amostra de dados inferior a primeira, o resultado é semelhante, sendo que apenas um aluno considera a escola como sua única fonte de conhecimento, as imagens a seguir são exemplos das respostas de alguns alunos.
 
Figura 1- Resposta Aluno 1: “Não pois vai de cada um buscar conhecimento aonde estiver de seu interesse, na minha opinião e escola é um auxílio a aprendizagem.”
Figura 2- Resposta Aluno 2: “Não, existe vários tipos de maneiras para descobertas e aprendizagem como passeios etc.”
 
Figura 3- Resposta Aluno 3: “Na minha opinião que sim.”
A fim de evitar um excessivo prolongamento deste trabalho, os demais dados serão tratados de forma mais objetiva a partir deste ponto. No segundo quesito analisado, tanto na Tabela 1 quanto na Tabela 2, o número de alunos que considera a escola necessária é expressivamente superior as demais opções com apenas um aluno em cada tabela discordando dos demais, um deles com a seguinte justificativa: “Uma obrigação pois sem ela não temos nenhuma noção no mundo do trabalho”, tal resposta acaba por geral uma certa dúvida se o aluno compreendeu de fato aintenção da pergunta.
No item 3 do questionário, todos os alunos da afirmam ter o incentivo dos familiares acerca dos estudos, contrariado apenas por um aluno da Tabela 2 que diz não receber apoio familiar, no entanto este não expressou nenhuma justificativa para essa resposta. No quarto item temos 65% dos alunos da Tabela 1 e 60% na Tabela 2 responderam ter um bom relacionamento com os professores frente a 27,8% afirmando um relacionamento regular e apenas 6% um relacionamento ruim, complementando este item, na questão 5, os alunos justificaram que o bom relacionamento influência de forma positiva no aprendizado, enquanto 31% diz que a relação com o professor não influencia no aprendizado, uma justificativa interessante utilizada por alguns alunos foi a de que o relacionamento com o professor interfere pois o professor tem “poder nas notas”. No item 6 contabilizando os alunos do primeiro e segundo ano 53% deles concordam com o uso do caderno do aluno, e que o mesmo ajuda na compreensão dos conteúdos, 30% não aprovam sua utilização justificando isso com o fato dos conteúdos serem repetitivos ou de difícil compreensão, 10% dizem que o caderno se mostra bom em determinadas disciplinas e em outras não enquanto 5 se dizem indiferentes a sua utilização. Quando perguntados no item 7 se fariam alguma mudança no material, 38% dos entrevistados disseram que a metodologia utilizada no material deveria ser melhorada, 41% disseram não serem necessárias mudanças, 10% afirmam que o material precisa apresentar mais conteúdo, 5% que deve utilizar mais recursos tecnológicos e 2% defende que o material deveria ser trocado por livros didáticos. Já no item 8, 74% dos alunos afirmam que o professor faz levantamentos acerca do conhecimento prévio dos alunos, ao iniciar um novo conteúdo, sendo justificado por alguns que isto ocorre de forma natural no decorrer da aula, 20,5% disseram que esse levantamento não o corre, alguns alunos afirmando que o conteúdo era apenas passado na lousa e 5% disseram que isso varia de professor para professor. No item 9, 71% dos alunos disseram que o professor relaciona o conteúdo com o dia a dia dos alunos, dando alguns exemplos nas disciplinas de Física, Língua Portuguesa e Sociologia, frente a 28% que dizem que o professor não utiliza tal metodologia.
A partir deste ponto as questões eram especificas sobre as aulas de Química, o item 10 perguntava se o professor de Química relacionava os conteúdos com o cotidiano, 89,7% dos alunos disseram que sim, como por exemplo as transformações químicas. No item 11, 87% dos alunos disseram que a matéria seria compreendida mais facilmente, 2,5% disseram que iria variar com o assunto, 2,5% não responderam à pergunta e 2,5% disseram ser indiferentes a isso. No item 12, 79,5% dos alunos se sentem livres para fazer perguntas ao professor, a porcentagem que diz não fazer perguntas justifica este fato dizendo terem vergonha, ou porque alguns professores não gostam que façam perguntas. Quanto a utilização de experimentos no item 13, 89,7% dos alunos são favoráveis a utilização, justificado pelo aumento no interesse dos alunos, apenas um aluno disse não ser favorável a utilização do mesmo, e um aluno se disse indiferente utilizando a seguinte frase: “Pra mim tanto faz”. Por último quando perguntados sobre como deveriam ser as aulas de química na escola, 64% defendem o uso de mais experimentos nas aulas, 23% não apontaram mudanças, 5% querem mais contextualizações, e 1 aluno diz que a disciplina deveria ter um professor fixo.
Conclusões
Os questionários foram aplicados em algumas salas do ensino médio da escola pública estadual com o intuito de coletar dados quantitativos e não qualitativos devido a escassez de tempo. É possível observar nas respostas dos alunos que algumas divergências são encontradas entre cada um, porém em várias outras os alunos possuem a mesma resposta.
Através dos questionários é possível avaliar o entendimento de química de cada aluno e do todo, saber o que cada indivíduo gostaria que tivesse nas aulas para que o aprendizado fosse mais interessante. 
Foi possível observar também que a relação dos alunos para com o professor de química é boa devido a 79,5 % dos alunos dizerem que se sentem à vontade para fazer perguntas ao professor. Observamos também uma grande vontade da parte dos alunos para com aulas experimentais, pois 89 % responderam que acham necessário para o aprendizado e 64% dos alunos gostariam que as aulas tivessem mais experimentos que teoria.
Podemos concluir dessa forma que meios alternativos de aprendizagem na disciplina de química seria muito bem vindo, e auxiliaria muito no desenvolvimento do aluno para o entendimento da disciplina.
Referências
FRANCISCO JR., W.E.; FERREIRA, L.H.; HARTWIG, D.R. Experimentação Problematizadora: Fundamentos Teóricos e Práticos para a Aplicação em Salas de Aula de Ciências. Química Nova na Escola, n 30, p. 34-41, Novembro 2008.
NOVA ESCOLA (FERRARI, M.). Paulo Freire, o Mentor da Educação para a Consciência. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/460/mentor-educacao-consciencia>. Acesso em 30 de Junho de 2017
CHAGAS, A.T.R.; NOGUEIRA, F.E. O questionário na pesquisa científica. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABjbAAD/questionario-na-pesquisa-cientifica?part=2>. Acesso em 03 de Julho de 2017
	
 
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Entrevistas com estudantes do Ensino Médio

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